O Feitiço Engasga Dragão

O Feitiço Engasga Dragão



Patrick estava em seu escritório no Ministério lendo o Profeta Diário quando Draco apareceu em sua lareira.


–        Ele fugiu!


–        Já não lhe disse para não entrar em contato comigo aqui!


–        Ele fugiu!


–        O que fugiu?


–        Aquela coisa que você chamou Thuru! Fugiu. Arrebentou a cela, comeu a outra criatura e se mandou!


–        E o bruxo?


–        Ah, ele fugiu também.


–        Como isso aconteceu Draco?


–        Bom, eu abri a cela e ele me acertou, pegou minha varinha e fugiu.


–        Ele acertou você, foi? E levou a sua varinha? Que pena...


–        Nem comece a rir Patrick! Se ele conseguir falar com alguém não vou sozinho para Azkaban. Ele não deve gostar de você nem um pouco. Faça alguma coisa!


–        Ah, sim! Eu sei pra onde ele foi.


–        Legal... Faça alguma coisa! – berrou Draco.

Quando Harry, Rony e Hermione chegaram ao escritório de Roman Young ele estava de saída. Harry o empurrou de volta.


–        Sabemos quem você é o que sua família tinha naquele galpão.


–        Mas o que? Sr. Potter creio que está enganado.


–        Não minta mais Norman Nygnuo! Você não escuta esse nome faz tempo não é? Acabou! Você vai para Azkaban! Diga o que mais pegou de lá, onde as escondeu e o que fez com aquele homem!


–        Eu não sei de nada! – gritou Roman. – Quando soube que tudo tinha queimado eu achei que era o fim.


–        Mas não foi! Você recuperou suas coisas. – continuou Harry – conseguiu de volta seu souvenir das trevas trazidos da África. Em um dos baús estava uma criatura que pode já ter matado uma pessoa.


–        E os elfos! – gritou Hermione.


–        Eu não trouxe nada! Foi meu tio! Ele quase foi pego pelo Ministério e mandou alguém levar tudo! Nunca mais vi, ou soube daquelas coisas até você entrar na minha sala. Minha família ficou marcada... E eu fugi, mudei de nome...


–        Entrou para o Ministério para ter certeza que ninguém descobriria! Não contava que meu pai guardasse tudo referente ao trabalho não é? – disse Rony.


–        Entrei para o Ministério para me proteger! Uma ironia eu sei... mas o ministério é cheio de...


Nesse momento a mulher sem pescoço e antipática entrou na sala apressada.


–        Acabou de soar o alerta de uma criatura solta no Beco Diagonal!


–        Uma criatura? Deve ser seu bichinho saindo para passear! – disse Rony.


–        Eu quero ver essa criatura. – disse Hermione saindo da sala.


–        Hermione! – Rony olhou para Harry e seguiu atrás dela. – Hermione espere!


Harry segurou a mulher sem pescoço e antipática pelo braço:


–        Escute com atenção! Não o deixe sair dessa sala. Você está detido em nome do Ministério da Magia! E em meu nome também!


O Beco Diagonal estava em pânico. O Thuru estava no meio da rua; até aquele momento, não havia feito nenhuma vitima fatal. Rick Nelson estava sozinho lançando feitiços protegendo as pessoas na calçada. Harry, Hermione e Rony o ajudaram.


–        Luna tinha razão afinal! – disse Hermione espantada com a criatura.


O Thuru atirou um pedaço da calçada na vitrine de uma loja. Os estilhaços acertaram Rick Nelson no ombro. Harry o puxou para longe. Ao levantar voo; o movimento das asas fez os estilhaços de vidro serem lançados para todos os lados. Rony abraçou Hermione a protegendo com o corpo. Patrick se juntou a eles.


–       Harry, o reforço está a caminho.


–       Até chegarem o que essa coisa pode fazer muito estrago! Alguma idéia?


–        Meu irmão usa o feitiço “engasga dragão” para prender os dragões em cercados. Cordas enfeitiçadas para não romperem.


–        É pode funcionar! – disse Harry. – Hermione arrume algumas vassouras. Aquele abatedouro é bem perto daqui vamos atraí-lo para lá.


Todas as vassouras da redondeza vieram parar nas mãos de Hermione que as distribuiu entre Rony, Harry e Patrick.


–        O senhor fica aqui. – Harry disse para Rick Nelson.


–        Vou reunir o grupo de apoio Sr. Potter e daremos cobertura!


–        Eu vou também Rony! Vou com você! – disse Hermione.


Ela segurou Rony firme pela cintura e todos decolaram. Patrick que já tinha idéia da ferocidade da criatura alertou:


–        Usem feitiços escudos! Ele pode nos ver e voltar para atacar!


Harry tomou a frente do grupo, sua vassoura era mais rápida e bateu no ombro de Patrick:


–        Você não adora voar? Ainda mais atrás de um bicho que pode te matar a qualquer momento.


–        Você sabe o que é?


–        Não, nunca tinha ouvido falar.


–        O que ensinaram pra vocês em Hogwarts?


–        É um Thuru e ele devia estar extinto! – gritou Hermione quando Rony emparelhou a vassoura ao lado de Patrick.


–        Então esqueceram de avisar esse aí. – disse Rony. – Quando eu der o sinal lançamos o feitiço.


Sobrevoaram o abatedouro e arrancaram o teto deixando os animais amostra.


–        Deu certo Harry! Ele esta vindo! – disse Rony descendo com Hermione.


–        Vou ajudar as pessoas a ficarem longe daqui! – disse Hermione saltando da vassoura; Rony tornou a subir.


Harry e Patrick já seguravam as cordas enfeitiçadas.


–        Quando ele passar. Cada um joga a sua, certo? Todos prontos? – perguntou Harry. 


O Thuru desceu para atacar. Rony e Patrick laçaram as garras e Harry e o pescoço. O Thuru não era tão grande, mas muito forte. Com um puxão Patrick e Rony foram ao chão violentamente e soltaram as cordas.


–        Accio!! – gritou Rony.


As cordas voltaram para suas mãos bem na hora em que o Thuru avistou uma menina e a mãe correndo pela rua. A mãe conseguiu escapar, mas menina caiu. Hermione tentou alcançá-la no chão. Seguro só pelo pescoço a criatura investiu contra elas; os rapazes o laçaram novamente e Thuru parou a poucos centímetros das duas.


–        Hermione aparate agora! – gritou Harry.


Harry estava ralando um dos joelhos no chão com os puxões que a criatura dava na corda. Suas costas doíam como nunca.


–        Não, não vou deixá-la aqui! Ela não pode aparatar.


–        Então não se mexa! Diga a ela para não se mexer também!


Hermione fez sinal para que a menina ficasse quieta e calada. O Thuru forçava a cabeça mesmo com o pescoço preso. Rony puxava para trás e Patrick para o seu lado. Ficaram parados. Era muito arriscado tentar alcançar a varinha. Um simples movimento podia ser fatal para Hermione e a menina. O rosto de Rony estava vermelho. Harry estava começando a fraquejar a dor nas costas o estava matando.


–        Segure Harry! – disse Rony. – Vou tentar pegar a vassoura!


Rony tomou fôlego e com muito esforço chegou a sua vassoura; a montou e subiu mais. Harry viu sangue pingando das mãos do amigo, as suas também estavam começando a sangrar. Rony foi puxando a corda até chegar a um prédio com uma enorme caixa d’água; passou a corda em volta das colunas que a sustentava. Sua varinha caiu.


–        Rony!


–        Não se mexa Hermione! Não se mexa! – Harry tornou a gritar. – Ele vai arrancar a base da caixa d’água! Você pega a menina e aparata pra longe daqui!


–       Está pronta Hermione? – perguntou Patrick.


–       Sim!


Foi o segundo de Hermione pegar a menina e aparatar para o outro lado da rua. A caixa d’água foi arrancada do telhado do prédio explodindo em cima da criatura. A explosão de água formou uma imensa onda que varreu a rua, mas deixou o Thuru atordoado e pesado demais para voar. Uma rede, que parecia feita de goma de mascar, caiu sobre ele lançada por Rick Nelson e seus companheiros. Quando mais a criatura mordia e arranhava mais se prendia até ficar exausta demais para se mexer.


Rony apareceu do lado de Hermione. Ele ia dizer alguma coisa, mas Hermione o abraçou com força e o beijou.


–        Sempre se beijando em momentos estranhos... – disse Harry curvado de dor. Patrick estava ao lado dele e o ajudou a se sentar na calçada.


–        Nada mal para a primeira semana de trabalho Sr. Potter.


Depois de todos os curativos feitos e a movimentação dos curiosos e do Ministério diminuir o Sr. Nelson chamou Harry de canto.


–        Precisa ver uma coisa Sr. Potter me acompanhe, por favor.


Harry concordou e foram andando se afastando do grupo.


–        Eu nunca lhe agradeci como devia por salvar minha vida. Eu estenderia a mãos, mas...


–        Tudo bem. Eu fico lisonjeado assim mesmo. É aqui, entre.


Harry parou de repente. Não pretendia entrar em prédios estranhos tão cedo.


–        Pode entrar, eu garanto sua segurança.


Não que estivesse preocupado que alguém o atacasse, mas a escuridão e a sala pequena e abafada deixou Harry ansioso. Num canto reconheceu o homem que lha abrira o galpão deitado no chão muito ferido.


–        O que aconteceu com ele?


–        Eu o achei assim. Ele conseguiu dizer que foi jogado de um prédio. Quebrou muitos ossos, fiz o que pude. Disse que só queria muito falar com o senhor antes de receber qualquer cuidado médico e acredito que guardou suas ultimas forças para isso.


Os olhos do pobre homem estavam vidrados em Harry.


–        Senhor,  sei que não me atacou. Foi a mesma pessoa que lhe fez isso não foi?


Ele só confirmou com a cabeça.


–        Eu era o Guardião, mas ninguém voltou. Escute! O baú com o bastão é o mais perigoso!


–        Nós o recuperaremos. Vamos levá-lo ao St. Mungus, mas primeiro diga quem fez isso!
Lentamente o Guardião foi fechando. Harry ficou de pé com muita dificuldade.


–       Sr. Nelson preciso lhe pedir um imenso favor... 


De volta ao Ministério Harry teve a trágica noticia que a mulher sem pescoço e antipática deixara Roman Young ou Norman Nygnuo escapar simplesmente porque ela seguia ordens dele e não as de Harry.


–        Patrick a despediu e emitiu um aviso de busca e prisão. – disse Rony.


Harry olhou as mãos do amigo e as suas.


–       Mais cicatrizes... – murmurou desanimado.


–       Vão acabar sumindo.


Harry balançou a cabeça concordando e os dois foram procurar Hermione.


 

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