Festa na Mansão Malfoy



N/A: Oi, queridos amiguinhos. Bom, primeiramente, Feliz Ano-Novo! Tudo de bom para todos em 2010! Aproveitem porque o mundo acaba em 2012!  Meu aviso de início de capítulo vai ser bem breve, mas vou avisando que vão ter vários N/As no capítulo. Bom.. era isso. Feliz Réveillon para todos e Feliz aniversário, 2010!


N/B: O capítulo está sem título e sem os links dos vestidos por enquanto, mas já já vai ser atualizado. Divirtam-se!


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"Rose, Rose, está me ouvindo?"


"Ivonne, o que deu nela?"


/ironia mode on/ "Não sei, Claire, mas eu acho, eu acho que ela desmaiou." /ironia mode off/


"Eu não estou rindo."


"Por favor, Claire. Abra espaço. Peça para as pessoas se afastarem, senão fica difícil de ela respirar!"


"ABRAM ESPAÇO, DEIXEM-NA RESPIRAR!"


"ROSE, ROSE! O QUE... MAS O QUE... COMO ELA..."


"Calma, Scorpius, ela só desmaiou. V ficar bem."


"Bem... então, como ela está?"


"A pressão dela caiu bruscamente. Dá pra ver até pelo batimento cardíaco."


"Mas e de resto?"


"Ela está com febre... E você, Scorpius, está legal?"


"Olha, essa não é a hora para gentilezas..."


"Não é isso, é que Metade das pessoas que estavam no campo hoje estão doentes, inclusive eu."


"Oh, isso não parece bom."


"E não é."


"Mas que droga."


"Calma, ela está bem e assim que comer alguma coisa, a pressão dela vai subir."


"Ela não come nada enquanto está desacordada desde aquele lance com o Hugo."


"Em minha defesa, ela tinha feito eu comer lasanha de terra de almoço."


"Cala a boca, Hugo. Continue Ivonne."


"Não precisa xingar ele, Mel. Mas enfim, será que alguém pode me dar um pouco de sal?"


"Aqui."


"Obrigado, Anne."


Eu senti levantarem a minha cabeça.


"Ela não está acordando, Ivonne. Por que ela não está acordando?"


"Calma, Scorpius. Vai ficar tudo bem."


"E se não ficar? E se ela--"


"Nem se atreva a dizer. Eu já estive em coma e não é assim."


"Mas e se--"


"Granh..." eu grunhi. Fez-se um silêncio absurdo , aí eu senti o Scorpius se ajoelhar ao meu lado.


"Rosie? Rosie, querida, pode me ouvir?"


Sim, meu príncipe. Eu queria poder falar alguma coisa. Mas não dava. Eu simplesmente estava com um bloqueio.


"Ela precisa descansar. Leve-a para o dormitório que eu vou falar com o diretor e ver se não dá para eu levar alguma coisa para ela lá."


"Tá."


Senti-me sendo levantada. Com certeza Scorpius estava me carregando. Ai ai, sonho de homem. *-*


Depois do que parecia ser uma eternidade, chegamos ao retrato da Mulher Gorda. Eu sei disso por que em seguida ela disse:


"Senha?"


"Er.. eu não tenho uma senha, mas eu tenho um corpo inanimado de uma aluna da Grifinória."


"Sem senha não pode entrar. É a regra."


"É eu sei, mas--"


"Rajetta Cotre."


"Ah, obrigado Ivonne."


"De nada. O diretor deixou que eu trouxesse apenas o equivalente ao que uma pessoa comeria."


"Claramente não conhece a Rose."


O que ele quis dizer com isso?


"Pobre Rose. Esse tipo de coisa vem acontecendo bastante com ela."


"E nem acontecia tanto nos outros anos."


"Então acho que todos sabemos quem é o culpado, não?"


Houve outro silêncio mortal.


"Foi uma piada, Scorpius."


"Ah."


Mais alguns segundos tensos de silêncio.


"Desculpe."


"Não precisa se desculpar. Mas acho até que você está certa. Quando eu e a Rose ainda não namorávamos, ela era bem mais saudável, e quase nunca desmaiava."


"Não perto de você, meu caro."


"Ah, oi Mel."


"Mas acho que vocês estão certos. O Scorp só fez com que ela ficasse cada vez pior. Talvez fosse melhor se ele--"


"EI!" Eu falei em voz alta. Uau, minha fala devia ter voltado há muito tempo, eu que não quis interromper o diálogo do meu namorado e da minha amiga.


"Rosie!" Senti uma mão segurar a minha. Em seguida me sentei e abri os olhos, vendo Ivonne sentada aos pés do sofá, Melanie um pouco mais distante, de pé, e Scorpius sentado ao meu lado, incrivelmente feliz. "Querida!" Ele me beijou do jeito preocupado/carinhoso/ aliviado que ele me beija quando eu desmaio.


"Não se atreva a me deixar!" Eu disse, depois que nos afastamos, e ele riu.


"Claro que não, meu amor." Ele me beijou novamente. "Desculpe por fazer você ficar mais doente."


"Você não me fez mais doente, Scorp." Eu disse, pondo a mão em seu rosto lindo, perfeito e absoluto. "Só mais feliz."


Haha, falei bonito, né?


Ele sorriu. "Você tem que comer alguma coisa."


"Eu estou bem."


"Você acabou de desmaiar, Rosie. Precisa pôr umas calorias para dentro.


Eu assenti e comecei a comer. "Pode ir querido. Eu estou bem agora."


"Eu não teria tanta certeza." Ele parecia um pouco-- um pouco não, muito hesitante.


"Ela tem que dormir agora, Scorp." Melanie aproximou-se de nós.


"Pode deixar que a gente cuida dela." Ivonne garantiu-lhe.


Ele me olhou e eu o encorajei. "Está bem. Mas durma mesmo, que quero te ver amanhã." Ele me beijou e saiu da Sala Comunal, e as meninas me ajudaram a subir.


"Ainda está com febre, Rose. É melhor ficar de cama."


"Mas e você, Iva? Não estava mal?" perguntei.


"Ah, eu vou ficar bem. Nada que umas poções não curem."


Eu ri. Aí eu lembrei que eu tinha que falar com a Mel.


"Er.. Ivonne, pode pegar as minhas coisas lá em baixo?"


"Claro." Ela se levantou e saiu do dormitório. Assim que ela saiu, eu contei à Mel o segredo que abalou o mundo.


"O quê?" ela exclamou. "Como... mas... eu... eu realmente não esperava por essa." Ela desabou na cama.


"Como não? E todas as cantadas? E ele sentando com ela nas aulas e tascando comida nela no almoço?" eu falei, tentando conter meu tom de indignação.


"Ah, Rose. Ele faz isso com todas as meninas. Ele fez isso comigo quando nos conhecemos. A real é: pela natureza dele, ele faz isso. Ele está simplesmente sendo o James Potter que conhecemos e amamos..." ela torceu o nariz. "... ou não."


Eu ri.


"Oi meninas." Falando no diabo...


"James! Como... como você conseguiu subir aqui?" eu perguntei, estagnada.


"Tenho meus truques." Ele se jogou na cama de quem? Da Ivonne, claro. "Mas então, me disseram que você desmaiou de novo, Rosete." Ele disse isso enquanto cheirava as poções da Iva.


Grr, ele e o Jason com essa de me apelidar de coisas estranhas tipo Rosete, Rosalina, e Rosimilda.


"Você sabe que isso podia ser clorofórmio, né?" Melanie disse, sentando na beirada da cama, olhando para ele.


"Mas não é, certo?" Ele fez a cara de 'sou-lindo-e-pegador-beijos' dele.


Foi nessa hora oportuna que Ivonne apareceu e viu o James brincando com as poções dela. "James!" Ela o repreendeu com o maior estilo cinema, largando a minha mochila ao meu lado e indo até a beirada da cama e pegando os frascos da mão dele, o que o fez corar MUITO!


"Er.. desculpe. É que são muito boas. Realmente muito boas." Ele a elogiou e fez bem, porque em seguida,seu rosto contraído transformou-se em um sorriso.


"Obrigada!" ela pôs os frasquinhos dentro de uma maleta e retirou um menorzinho com um líquido dourado e reluzente. Três palavras Oh. My. God.


"Essa aqui é meu orgulho." Ela mostrou-nos o frasco.


"Cara!" James pegou-o fascinado. Ivonne riu. "Você quem fez?"


"Sim. Meu passatempo nas férias, além de ajudar meu pai na pizzaria, é preparar poções." Jesus, que nerd.


"Uau." Foi tudo que ele pôde dizer. Ele, assim como eu e Mel, estava estupefato com a destreza da garota para fazer preparo de poções que estão beeeem acima do nível de qualquer Mestre de Poções.


"Ei, espera. O que está fazendo aqui?" ela perguntou, depois de alguns momentos.


"Eu vim ver se a minha querida Rosa tinha murchado de vez, mas aparentemente, eu vou ter que aturar essa bolha para sempre.


Eu não ri. Melanie, só um pouquinho. Mas Ivonne riu um monte da minha cara. E logo, Jamie começou a rir incansavelmente. De mim. E quando eu digo 'de mim' eu quero dizer 'às minhas custas'.


Eu sorri. Mas não pela piada. Simplesmente por ficarem tão bem juntos quanto o queijo com doce de leite do Lobão. (N/A: Ai. #AGorda)


Pena que nada é perfeito. Só o Scorpius. Ele sim é perfeito.


Enfim, para estragar o que estava sendo, no mínimo, a madrugada mais divertida de toda a minha vida, veio a b*sta da manhã.


Eram cinco e meia quando finalmente dormimos. Eu no chão, para baixar a febre, Melanie metade o chão, metade na cama dela, e Ivonne e Jamie da cama dela (N/A: não maliciem!!!!), um para cada lado.


Que lindo. /ironia


Eu acordei às onze e vinte e dois, que foi quando a Claire entrou correndo no dormitório, batendo a porta.


"Grr! Goyle estúpida. Nojenta. Vadia. Grr!!"


Eu me levantei um pouco atordoada. "Claire?" É, decididamente a febre não tinha passado.


"Ai, Rose. Desculpa, eu não queria te acordar." Ela estava de cabeça para baixo na cama dela. Aí ela parou, franziu o cenho e se virou. "Como ele entrou aqui?"


"Eu não faço a menor idéia." Eu balancei a cabeça. "Mas o que houve, Claire? Por que está xingando a Jacklyn?"


Ela bufou. "Aquela vaca. Fica dando em cima do Hector." Epa.


"Epa." Sim, eu realmente disse isso. "E o que ele fez?"


Ela se endireitou na cama e não pôde deixar de sorrir. "Ele disse que não podia porque estava comigo, e que era melhor ela tirar o cavalinho da chuva, pois ele não ia ceder tão fácil." Eu sorri. "Como ele é lindo né? Ele era galinha antes de me conhecer e agora ele me leva uma rosa cada vez que nos encontramos entre as aulas." Ela suspirou e encostou a cabeça nos mastros da cama.


"Você tem sorte, Claire."


"Você não pode reclamar, Rose."


Nós rimos e em seguida Anne saiu do banheiro, com a toalha na mão, secando os cabelos. "Oi meninas!"


"Oi Anne." Foi o nosso coro.


"Do que estavam falando?" Ela disse, indo de volta para o banheiro com a nécessaire.


 "De como o Hector é lindo." Eu respondi, e a Anne parou de escovar os dentes na hora e só pôs a cabeça para fora do banheiro.


"O quê?"


"Nada, cunhadinha." Eu disse e ela sorriu.


"Ai, eu ainda não me acostumei com isso." Ela disse envergonhada.


"Com o quê? Você namorar o meu irmão ou eu te chamar de cunhada?


"A gente ainda não namora Rose." Ela tentou soar indiferente, mas eu sabia que ela estava esperando que ele a pedisse em namoro.


"A-ah." Er... o que se diz numa situação dessas?


"Por que ele ainda não fez nada? Quero dizer, estamos juntos há quase duas semanas." Viu, aí está. "Eu até já conheci os pais dele. Ou melhor, a mãe. "Eu acho que ela era a única pessoa no mundo que conseguia ficar bem ou falar direito enquanto escovava os dentes.


"Anne, meu irmão é bem tapado, ele provavelmente acha que vocês já estão namorando." Eu falei, tentando tranquilizá-la.


"Não fala assim dele, Rose." Ela inclinou a cabeça como se implorasse.


"Ah é, desculpe." Eu tinha esquecido que não é bom falar do Huguinho assim quando ela está por perto.


"Meninas, já é quase meio-dia, será que não dá para agilizar?" Claire olhou o relógio de pêndulos em cima da cama da Melanie.


"E por falar nisso, não deveríamos acordá-las?" eu apontei para as pessoas dormindo.


"Claro." Claire pegou seu travesseiro (de penas) e jogou suavemente na Mel, que reagiu como se tivessem atirado uma nuvem nela, e pegou uma almofada que estava no chão e tascou na Ivonne, que chutou a cara do James.


"Ah!" ele gritou quando caiu. "Cara! Por que as mulheres dormem de salto? Cara!" Ele exclamava. Ivonne tinha deitado com seus Christian Louboutin, mas sorte que a sola já era vermelha.


"Ai meu Deus, me desculpe!" Iva se levantou sem jeito e foi até onde Jamie estava sentado. "Desculpe, desculpe, desculpe." Ela se ajoelhou ao lado dele e tentou examinar aonde a testa sangrenta dele havia sido chutada.


Aí foi a vez dele de ficar sem-graça. "Er.. tudo bem." Ele quis se fazer de machão, com voz de galã de novela e com a técnica 'eu-sou-forte-destemido-e-não-sinto-dor'. "não se preocupe, eu vou ficar bem." Ele sorriu tooodo corado.


"Me desculpe, James." Ela tocou o canto do olho esquerdo dele, que parecia ser a origem da hemorragia. "Por favor, me desculpe. Eu não queria--"


"Ei!" ele segurou a mão dela. "Está tudo bem."


Ela sorriu. "Está bem." Ele soltou a mão dela quase imediatamente quando sentiu a aliança que o Jen deu para ela na terça. "Ah, eu tenho uma poção que estanca o sangue." Ela abriu a gaveta acima da cabeça do James e não deu outra: ela bateu com tudo na nuca dele. "Desculpe."


"Não foi nada." Ele já não a olhava nos olhos.


"Desculpe mesmo, sinto muito." Ela pegou um frasquinho vermelho-vivo – haha, que apropriado – e entregou a ele. "Bebe isso."


Ele ficou com uma cara horrorizada, mas acabou tomando tudo. "Hm. Nada mal." ele disse, ainda segurando o frasco. "Tem mais desse troço?


"Vamos gente!" Claire levantou. "Você, sai daqui!" ela foi bem grossa e direta apontando para o James e depois para a porta.


"Ai, Claire. Não fala assim com ele." Ivonne o defendeu.


"Não, tudo bem. Eu estou acostumado a mulheres dizerem para eu me mandar." Ele se levantou e Melanie deu um lenço a ele, que saiu.


"Sabe, aquilo foi bem desnecessário." Eu disse e as outras três concordaram.


"Tá, eu peço desculpas para ele depois, agora podem se arrumar, por favor?" Ela se levantou e sua voz chegava a ser desesperada.


Nós nos arrumamos e descemos – vulgo eu, Melanie e Ivonne.


Quando chegamos lá, Jamie estava deitado no sofá, e ficou totalmente out quando Iva passou por ele para se encontrar com Jenthro.


Quando olhamos para ele, ele suspirou. "Por que essa garota faz isso comigo?" ele tapou o rosto com uma almofada.


Eu toquei o braço dele. "Tá pronto para ver eles juntos?"


"Quem?" Anne desceu, arrumando os brincos.


"Jenthro e Ivonne." Claire respondeu.


"Uau." Anne parecia surpresa. "Desde quando você gosta dela?"


"Não sei cara, quando eu me dei por mim, estava passando a aula de Defesa Contra a Arte das Trevas inteira olhando para ela." Ele disse, com a voz abafada pela almofada.


As meninas se entreolharam e saíram da sala. Eu me ajoelhei na frente do James.


"Está pronto?"


"Não. Mas fazer o quê? Não como há dois dias!" ele finalmente tirou a almofada do rosto.


Scorpius estava me esperando na porta da Sala Comunal, então eu fiquei feliz, mas o Jamie ficou de vela.


Ao chegarmos, Jen e Iva não estavam tão juntinhos. Na verdade, eles não estavam nem perto um do outro. Ela dizia que estava, mas não parecia feliz.


"Ele disse que quer ficar com os amigos dele por agora." Ela reclamou. "Eu não entendo ele, mesmo."


Mas a tristeza dela não durou muito, já que Jamie estava disposto a – palavras dele – 'pôr um sorriso de volta no rosto dela'.


Dito e feito, na primeira piada, o rosto dela já se iluminou, e ela esqueceu completamente do problema do Jen. Como sempre, Jason veio até a nossa mesa, junto com um Scorpius que parecia um tanto inquieto.


"Que foi, meu lindo?" perguntei, e é claro que ele sorriu e me beijou.


"Nada, princesa."


"Ah, não vai contar para ela, cara. A Roseta merece saber." Jason protestou.


"Ei, roseta não é aquela plantinha que tem uns espinhos?" A definição do meu querido irmão foi demais.


"É, mas também é o apelido da Rosinha de hoje." Jazz não se cansou disso ainda.


"Ainda não se cansou disso?" Ok, fato: Scorpius lê mentes.


"Ainda não, amigo." Jason bebeu um gole de suco de abóbora. "Eu tenho um monte deles, quer ouvir?"


"Ai, Deus." Eu me virei para o Scorpius.


"Rosinha, Roseta, Rosiela," Ih, ele começou. "Rosimilda, Rosicreide, Rosalina, Rosita, Rosa, Rosilde, Rosilka, Rosvela, Rosbife, Rosada, Rosifrete--"


"Rosbife?" esse eu não gostei.


"Que foi? Às vezes eu fico com fome." Todos riram. "Sem contar que eu disse que eram divertidos, não originais."


O resto do almoço foi assim, James e Jason fazendo piadas, Hugo comendo como gente, já que ele tinha namorada, Ivonne, Melanie, Claire e Anne rindo tanto que algumas (Anne) até caíram da cadeira.


"Posso falar com você?" Scorpius sussurrou para mim.


"Claro." Nos levantamos e fomos até o Salão de Entrada. "O que foi?"


"Meus pais querem que você jante lá em casa hoje. Para que eles te conheçam." Oh, crap.


"Ma--mas eles já me conhecem!" exclamei.


"O resto da família não."


"RESTO DA FAMÍLIA?"


"Por favor?"


"Mas eles são sonserinos, não vão gostar de mim!" insisti, birrenta.


"Rosie." Ele segurou meus ombros. "Por favor?"


Eu respirei fundo e pensei por uns rápidos segundos. Ah, que mal faria?


Eu sorri. "O que eu devo vestir?"


Ele sorriu em resposta. "Os jantares da minha mãe costumam ser bem formais, então diria que um longo.


"Er... mais ou menos quantas pessoas vão a esses eventos?" perguntei, mas com medo da resposta.


"Hm... umas setenta." Ele respondeu calmamente.


Eu fechei os olhos. "Setenta pessoas, Scorpius?"


Ele beijou minha testa e me abraçou. "Vai ser bem cansativo, mas vai valer a pena. Eu juro."


"Como você sabe?" perguntei pessimista como sempre.


Ele me afastou um pouco. "Por você tudo vale a pena, Rosie." Ele voltou a beijar minha testa. Quatro palavras: Oh. My. Freakin'. God.


Posso desmaiar AGORA?


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Eu estava literalmente em colapso. É sério. À beira de um ataque de nervos. Melanie, Claire, Roxanne e eu estávamos no dormitório decidindo o que eu vestiria.


Como elas gritavam extremamente alta e agudamente, eu (graças a Merlin, salva no banheiro) só conseguia pegar alguns pedaços. Eu nem conseguia diferenciar as vozes.


"A Rose tem que experimentar esse!"


Barulho.


"Tá louca?"


Mais barulho.


"Blablabla.. Decote!!"


"Mas a fenda é bonitinha."


Barulho e barulho de novo. Tá, meninas. Eu as amo, mas deu pra vocês.


Eu abri a porta. "EI!" elas pararam de discutir e me olharam. "Calem a boca e me ajudem. Eu preciso ficar linda!"


"Mas linda você já é Rosalinda." Eu me virei e James estava parado na porta com uma maçã na mão.


"Bom, eu preciso ficar mais ainda. Eu vou conhecer absolutamente todas as pessoas algum dia, o Scorpius possa ser relacionado, eu não posso parecer vulgar, antiquada, desleixada, pobre, feia, gorda ou indecente." As meninas começaram a rir, mas James sabia que eu falava sério.


"Ela está falando sério, sabe." Ele as avisou e elas pararam de rir no ato.


"Mas é sério, Rose, qual desses você gostou mais?" Claire apontou os que estavam em cima da sua cama.


Tinha um amarelo estampado com uma fenda enorme (N/A: link: http://www.sherrihill.com/dresses/sherri_hill_7205.htm), um roxo, também com uma fenda enorme (N/A: link: http://www.sherrihill.com/dresses/Sherri_Hill_2017.htm), um verde estampado frente-única (N/A: link: http://www.sherrihill.com/dresses/sherri_hill_7206.htm) e um preto e branco um laço ginorme no busto (N/A: link: http://www.sherrihill.com/dresses/Sherri_Hill_1125.htm).


"O verde." Eu apontei. Claire me entregou-o e eu corri para o banheiro.


Quando eu terminei de me arrumar, já eram sete da noite, então o Scorpius já deveria estar me esperando.


Vai parecer meio redundante, mas o Scorpius estava lin-do. O terno cinza caía perfeitamente no seu corpo e a gravata azul ressaltava seus olhos azuis-acinzentados.


"Uau." Ele disse quando me viu. "Posso?" ele apontou para o meu rosto.


"Vai borrar." Ele assentiu, meio decepcionado. "Ah, eu retoco depois!" disse, pondo meus braços ao redor do pescoço e esperando ele me beijar.


"Três vivas para a maquiagem portátil." Ele me puxou e me beijou.


"Argh, arrumem um quarto." Nós nos separamos e vimos que James olhava para nós.


"Quer reconsiderar o que acabou de dizer?"


"Por favor." Ele sorriu.


"Alguém está magoadinho por segurar vela, né?" eu não me toquei na hora, mas foi uma coisa ruim para dizer, porque quase instantaneamente ele ficou sério, trincou o queixo e se levantou.


"Obrigado por lembrar." Ele passou por todos, inclusive Ivonne e Jenthro e saiu.


Eu me levantei para ir atrás dele. "Rose." Ivonne me parou. "Ele já deve estar suficientemente bravo com você pelo que você disse dele e da Meg, é melhor deixar eu ir falar com ele."


"Vou dormir." Jenthro se levantou. "Até amanhã, gata." Ele beijou Ivonne, que foi atrás do Jamie.


 Aaah, saquei tudo. Ela acha que o James tá assim por causa da Meg. Há, como se ele fosse se importar com aquela vaca.


Ela que é a chifradora. Que morra.


"Querida, temos que ir." Scorpius sussurrou.


"Desculpa gente, a Melanie vai explicar." Eu saí com o Scorpius. Pobre Mel. Deixei o pepino todo pra ela. Ah, azar! Já tinha problemas demais, eles que se virem.


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OMG, OMG, OMG! Eu estou na esquina da Mansão Malfoy, ouvindo o que parecia ser música russa. Legal, dá pra ver que temos o mesmo estilo musical. Scorpius parece abissalmente calmo, mas isso não me deixava calma. Pelo contrário, me deixava mais tensa ainda.


Chegamos ao portão. Respire, respire, respire. Scorpius cumprimentou um senhor de cabelos brancos e bigode, que logo o saudou de volta.


"Ah, senhor Malfoy. Que ótimo vê-lo novamente! Como vai a escola?" ele pegou a chave para abrir o portão e prosseguia calmamente. Por mim, ele poderia demorar o quanto quisesse. Está uma noite agradável, e eu tenho a pessoa mais perfeita ao meu lado.


No complains there!


"Vai bem, Félix. E a aposentadoria?" Scorpius o provocou.


"Até minha morte está mais perto, senhor Malfoy." Eles riram e eu sorri. "Ah, essa deve ser a senhorita Weasley, não?"


Eu sorri, envergonhada. "É." Admiti.


"Prazer, senhorita..." ele se curvou.


"Rose. Rose Wealey." Eu fiquei sem graça. "Senhor.. Félix." Me curvei também.


"Ah, tão educada. Ótima escolha, senhor Malfoy." Ele finalmente abriu o portão para nós passarmos.


"Não tenha dúvida disso, caro amigo." Ele bateu de leve no ombro do porteiro. "Boa noite."


"Boa noite senhor." Ele disse, antes de entrar novamente na cabaninha.


"Ele é simpático." Eu disse, enquanto caminhávamos em direção a casa dele. Era um caminho longo e eu aposto que nenhum de nós tinha pressa.


"Ele trabalha com a minha família há 23 anos. Desde que meu pai saiu de Hogwarts. Ou melhor, deveria ter saído." Ele confessou.


"Seu pai também não terminou a escola, não é?" ele me olhou. "Meu pai e minha mãe estavam ocupados demais ajudando Tio Harry a salvar o mundo, desculpe." Eu falei pomposa.


Ele riu. "Nós realmente temos que ir à essa festa estúpida?" Ele me parou e me abraçou pela cintura, vagarosamente. "Não podemos ficar aqui... sozinhos... só nós dois?"


Eu pensei. "Não seria uma boa ideia." Ele me olhou, incrédulo. "Não estaríamos sozinhos, Félix estaria conosco." Eu apontei para o velinho do lado de fora da cabana, com os olhos fixos em nós e acenei.


Ele acenou de volta, encabulado por ter sido descoberto, e voltou para dentro da cabana.


"Droga. Mas ainda temos o pátio de trás." Ele sorriu, irônico.


"Você age como se não gostasse dessas festas." Comentei e ele levantou a sobrancelha.


"Você é perceptiva. Geralmente eu disfarço tão bem."


Eu o incarei, incrédula. "Você não gosta?" eu o parei. Ele me olhou e suspirou.


"Não." Essa foi direta.


Eu inclinei a cabeça. "Por que não?" ele teve que se concentrar para não falar demais. Pelo que eu via, ele sempre havia odiado os bailes de Hogwarts.


"É só que... todas essas pessoas, toda essa falsidade..." ele se atrapalhou. "A minha família, por exemplo. A maior parte só está aqui porque minha mãe era a filha preferida do meu avô. Ela sempre cuidou dele e da minha avó, e tudo mais, então ele deixou o seguro de vida e toda a herança da família para ela dividir com os seis irmãos." Meu queixo caiu.


"Aposto que eles não contavam com essa." Ele balançou a cabeça.


Ele balançou a cabeça. "Meu avô ainda está vivo, você vai conhecê-lo, na verdade, mas o resto dos meus tios e primos só vêm aqui para garantir a parte deles. E os colegas de trabalho do meu pai. São puxa-sacos. Idiotas. Tentam paparicar ele e a minha mãe o suficiente para se fazer merecer uma promoção." Ele parou de falar por uns segundos. "Não são as festas que me incomodam, Rosie. São as pessoas que estão nelas."


Eu sorri. "Tá, vamos entrar antes que você me faça não gostar de festas também."


Nós subimos o resto do caminho e aí eu comecei a ter vertigem.


Estamos perto da sacada que dá para a porta. Merda, acho que vou vomitar.


"Scorp?" chamei baixinho.


"Sim, meu amor?" Aaawn, ele não é fofo?


Concentre-se Rosalie.


"Er... eu acho que... er, não tem um jeito legal de dizer isso... eu acho que eu vou vomitar, e prefiro que não seja lá dentro."


Ele sorriu. "Estar um pouco nervosa é normal."


"Estar tão nervosa a ponto de querer agarrar a cerca elétrica do vizinho faz de você uma louca."


"Querida, calma." Ele pôs os braços ao redor da minha cintura. "Você acha que eu não fiquei assim? Depois do histórico entre os nossos pais? Querida, quando você estava na ala hospitalar porque tinha desmaiado e seu pai chegou, eu estava disposto a trocar de lugar. Mas eu fiquei calmo e lutei contra o meu forte... extremamente forte instinto de pular da janela, porque você vale mais do que isso e eu estou pronto para enfrentar p mundo se ele se meter na nossa frente porque eu te amo."


Eu acho que eu parei de respirar, porque quando eu abri a boca, meus pulmões se encheram e eu suspirei. Eu achava que era um feito impossível, mas eu acabei de esquecer de respirar. (N/A: Aconteceu comigo uma vez, mas não é como a Stephanie Meyer descreve. Tem que não ter diafragma para conseguir desmaiar disso.)


"Eu... eu..." eu não sabia o que dizer, então meus olhos começaram a lacrimejar.


"Sh." Ele me abraçou. "Não precisa dizer nada."


Ficamos assim por uns segundos até que me ocorreu o que estávamos fazendo ali. "Temos que entrar."


Ele respirou fundo. "Tá. Tudo bem."


Nós subimos as escadinhas que chegavam à porta e Scorp tocou a campainha.


A música havia mudado. Graças a Merlin, não gosto de russos. Eles me assustam. Tentei identificar a melodia enquanto esperava que abrissem a porta.


"Serenata para cordas?" será que eu falei isso?


"Tchaikovsky." Scorpius completou. É, eu falei.


"Eu adoro música clássica." Eu disse.


"Eu também. Mas não acha um pouco agitado? Existem coisas mais calmas, tipo Sixpence e Lulu Santos." Eu ri. No início, eu realmente achei que ele estivesse falando sério.


A porta então abriu e a Sra. Malfoy abriu a porta, sorridente. "Rose, querida!" ela praticamente gritou. "Que bom que você pôde vir." Ela me abraçou.


"Oi mãe." Scorpius foi dar um abraço nela ma ela só sorriu e apertou a bochecha dele.


"Oi meu amor." E me pegou pelo braço. "Venha, Rose, tem umas pessoas que eu quero que você conheça."


Eu olhei para ele, que estava ainda na porta. "Legal. Minha mãe gosta mais da minha namorada do que de mim." Eu sorri para ele e segui-a.


Eu fui apresentada a milhares de pessoas, mas as pessoas que eu realmente queria conhecer não estavam lá.


"Astoria?" eu não queria parecer mal educada, afinal, tratar bem a sogra está no pacote. "E onde está o resto da sua família?"


"Ah. Querida... como eu posso dizer isso? Er... meu pai brigou com meus irmãos. Pelo menos com a maior parte deles por causa de... dinheiro." Ela falou a última palavra com repugnância. "Mas Josie e Lewis devem estar chegando com seus respectivos filhos."


Eu sorri. "Desculpe tocar num assunto tão complicado.."


"Não se preocupe, querida." Ela olhou por cima do meu ombro. "Ah, olhe quem está lá."


Eu virei pensando encontrar esse tal de Lewis e Josie e BAM! Lá está meu pai.


"PAI?" Eu gritei. Sorte que com a música só ele, minha mãe e o casal que estava conversando com eles me ouviram.


"Filha! O que está fazendo aqui?" ele veio me abraçar e estava de bom humor. Ou bêbado.


"Ela veio com o Scorpius, querido." Minha mãe me deu um beijo na testa. "Onde está ele?"


Eu olhei para os lados e vi Scorp pegando bebidas. "Ali." Apontei-o.


"Rose, só queríamos dizer que estamos muito felizes por você ter escolhido um rapaz como ele. James diz que ele é--"


"O quê?" eu interrompi meu pai. "James é o espião de vocês?"


Os dois ficaram bem desconfortáveis. "Ah, os McLennon estão ali, até mais, querida. Você está linda." Minha mãe praticamente saiu correndo.


"Ah, e diga ao seu namorado que eu quero falar com ele." Meu pai se afastou e juntou-se à minha mãe.


"Wisky?" Scorpius me ofereceu um copo. Eu o repreendi. "Tá, bem. É só guaraná, pode pegar."


Eu ri e peguei o copo. "Obrigada."


"Está com calor?" ele me perguntou. "Está suando."


"Meu pai quer falar com você." Eu falei de uma vez. Ele terminou de tomar o seiláoquê que ele estava tomando e me olhou.


"Está bem. Me espere lá fora. Se eu não voltar em vinte minutos, meu testamento está debaixo da minha cama." Eu ri e ele me beijou e saiu à procura do meu pai.


Eu caminhei pela mansão (que era enorme) até chegar a um alpendre enorme. Enorme mesmo. Tinham redes, cadeiras, mesas, até uma piscina dentro do alpendre. Claro que estava lotado de gente, por isso eu desci até o jardim.


Era absolutamente lindo. Tudo era perfeito. Lindo.


Lírios, rosas, gerânios, hortências, azaléias, jasmim... As flores mais perfeitas do mundo estavam no jardim da Sra. Malfoy. Eu andei um bom tempo pelo meio das flores e árvores e de repente tudo se iluminou e eu me assustei.


Ouvi alguém rindo atrás de mim. "Você se assusta fácil, Rose." Ele se aproximou de mim.


E eu me aproximei dele. "É feio rir da desgraça dos outros."


Nós estávamos bem próximos agora. "Falei com seu pai."


Eu arregalei os olhos. "O que ele disse?"


Ele riu. "Bem-vindo à família, filho."


Eu parei. "O quê?" ele assentiu. "Sério?" eu estava feliz! Viva! "Ai meu Deus, isso é fantástico, Scorpius!"


"Eu sei!" ele me abraçou e me rodopiou até cairmos no chão. Ele rastejou até onde eu estava. "Quer fechar a noite de hoje com chave de ouro?" ele sussurrou.


"E como." Eu sorri.


E é claro, nos beijamos.


 


LOL!!

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