Reconciliação



N/A-B: Eu tenho um pressentimento que esse vai ser um ótimo capítulo... HÁ, PARECE 'I GOTTA FEELING'! HAHAHAHH /alok    | Tá, enfim. Eu realmente acho que vocês vão gostar desse. O foco meio que sai da Rose e do Scorpius, mas vai ser bem legal. Quero dizer, eles ficam mais tempo juntos e tal, mas vai ser o capítulo que passa mais tempo. Acho que vão uns dois meses aí. Kkk brinks, gent. Mas tipo, gente que não estava antes, agora vai entrar pra ficar, tipo o Alvo, a Roxanne e talz. #Bjmetwittafui | @KewInsights


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Eu senti uma luz cegante dos meus olhos, e o calor do sol da manhã me incomodava. Eu não conseguia me sentar, então simplesmente me virei e continuei dormindo. Mas quando eu ouvi um som alto de cortina se arrastando, vi que não era por puro acaso que o sol tinha batido no meu rosto. Cobri o rosto com o travesseiro e tentei voltar a dormir.


Aí eu senti dar umas cinco piruetas e cair de cara no chão.


"AAH!" gritei, quando caí. Aí abri os olhos.


"Bom dia miss sunshine!" Alvo sorriu. Olhei para a minha cama e vi que ele não só tinha me virado, como o meu colchão também.


"Seu animal." Me levantei, tentando tirar o colchão e as cinco camadas de cobertas de cima de mim. Não sei por que, mas minha mãe tinha a impressão que eu estava sempre com frio, então botava três cobertas em cima de mim cada vez que ela entrava no meu quarto.


Ela cuida pra caramba de mim, porque aparentemente, ela perdeu vários 'eus' antes de ter a 'eu' de verdade.


"Gostou da minha manobra Vin Diesel?" ele perguntou, rindo.


"É, adorei." Respondi sarcástica.


Eu me levantei e ele me olhou, com o cenho franzido. "Rose, desde quando você tem pijamas de verão?" eu olhei o que eu usava. Não era o pijama que eu estava usando ontem. Também não era um pijama.


Sim, era a minha lingerie.


"AAH!" dei um grito e me abaixei para pegar um lençol para me tapar. "SAI DAQUI!" gritei pra ele.


"ECA, EU VI A ROSE SEM ROUPA!" ele gritou, tapando os olhos e batendo de cara no batente ao tentar sair.


"Rose, o que foi? AAAAAAH!" Hugo entrou correndo e gritou


"AAAAAAH!" eu gritei junto.


"AAAAAH!" ele gritou de novo.


"AAAAAAAAAH!" eu gritei mais alto, aí ele se tocou e se virou.


"Rosalie, porque você está pelada?"


"Eu não sei, eu devo ter tirado enquanto dormia."


"ROSIE!" Scorpius gritou da escada. Dava para ouvir os passos apressados dele batendo fortemente contra a escada de mármore. "ROSIE, O QUE FOI? VOCÊ ESTÁ BEM?" ele entrou correndo no quarto. Ele me olhou. "Ah." Ele olhou o Hugo virado para a parede.


"Desculpe ter te assustado, querido." Ele sorriu para mim.


"Não foi nada, meu amor." Ele ainda não olhava diretamente para mim. "As meninas já vão subir." Eu ouvi passos no corredor.


"Rose que gritaria... foi... aquela." Melanie riu ao me ver, seguida de Roxanne e Annie. "Uau." Ela olhou o Scorpius encarando o chão. "Tá, isso já está constrangedor o suficiente sem os meninos, aqui. Vão embora." Eles obedeceram prontamente.


"Nem me perguntem." Eu abri a porta do guarda-roupa, ainda envolta no lençol.


"Que mico enorme. Seu primo, seu irmão e seu namorado viram você praticamente sem roupa." Ivonne falou.


Eu olhei para ela, som a sobrancelha arqueada, mas meu humor mudou.


"Que linda a sua roupa." E de fato era. Ela usava um blazer azul com uma saia cinza, uma blusa branca e um sapato combinando com o blazer.


Ela sorriu. "Obrigada." Ela elevou o calcanhar. "Christian Louboutin."


GAAAH, COMO ASSIM?! TODOS OS SAPATOS DESSA GAROTA ERAM DO CHRISTIAN LOUBOUTIN?!


Acho que eu babei um pouco porque meu cérebro simplesmente deu blecaute. "Ma.. Mas você não disse que só tinha um?"


"É, mas minha mãe me mandou estes hoje." Ela foi até mim. "E a roupa também."


"Como assim, seu pai é o Christian Louboutin? Cada um desses custa uns cinco mil dólares!"


Ela riu. "Minha mãe se mudou para a França para gerenciar a filial de Paris." Ah. Eu também quero. "Ela tem 65% de desconto."


Meu queixo caiu.


Ela riu de mim. "Põe uma roupa, Rose, tá estranho te ver de sutiã."


É eu tinha deixado o lençol cair. Peguei uma bata azul e prateada de lantejoula, um short de cetim, com luvas e echarpe rosa e a minha bota preta de couro.


"Uau." Annie falou. "Está linda, Rose."


"Obrigada, você também." Ela corou um pouquinho. "Vamos descer?"


Elas se olharam. "Olha Rose, sua mãe pediu para a gente te ajudar a fazer as malas." Ivonne falou, apoiando seu lindamente glorioso Christian Louboutin na parede. "Ela vai nos levar de volta depois do almoço."


Eu olhei para elas. "E que horas são?"


Anne riu e Ivonne olhou em seu Calvin Klein. "Dez e meia."


Ai que lindo. Agora eu tinha uma hora e meia para arrumar tudo que eu tinha desarrumado. Pulei da cama, socando tudo dentro do malão e correndo pela casa feito doida atrás das minhas coisas.


Como eu não ia ver minha mãe de novo até o natal, fiz questão de ter certeza que não estava esquecendo nada, por isso mal parei quieta durante a hora e meia que eu tentei arrumar minhas coisas.


"Meus amores, venham almoçar." Minha mãe nos chamou.


Eu olhei o relógio. 12:23. Uau, eu consegui arrumar tudo. Claro que com a ajuda do James e da minha mãe, quando eu não conseguia achar as coisas.


"Já vamos descer." Ouvi alguém gritar. Quando me virei para a porta, vi que Scorpius estava lá. Mas não era só ele. Era ele e uma rosa. Vermelha. Linda. E pra mim. (L)


Posso desmaiar agora?


Enfim, eu sorri e ele retribuiu. "Meu amor, você está linda." Ele me deu a rosa e me beijou.


"Obrigada, querido." Eu cheirei a rosa. Que tinha um cheiro estranho. "Jasmim?" perguntei a ele.


Ele sorriu. "Achei que gostaria mais de jasmim." É sério, eu adoro quando ele faz isso.


Eu o abracei. "Obrigada, amor." Eu beijei ele. Haha, enquanto vocês não estão fazendo nada, eu estou beijando Scorpius Malfoy. Na-nanana-na!!


Ele me abraçou e me beijou de volta. Não sei quanto tempo ficamos assim, porque como eu disse, o mundo para quando eu estou com ele.


Ele me olhou e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. "Gostou da surpresa?"


Eu sorri. "Você ou a flor?" ele riu. "Porque eu amei as duas."


"Nossa, você é fácil de impressionar." Ele me beijou e descemos. "Querida, sabia que essa foi a semana mis lenta da minha vida?


Eu olhei séria para ele, parando no pé da escada.


"O que disse?"


Ele me olhou, com os olhos arregalados e gesticulando muito. "Não, não, querida. Eu quis dizer no bom sentido. No bom sentido. Como se tudo parasse quando eu estivesse com você." Ele me beijou.


É disso eu entendo.


Eu sorri. "Ah, tá bem." Eu o beijei. "Nesse caso, eu também te amo."


Aí ele me beijou e entramos na cozinha. Minha mãe estava de terno e saia andando muito rápido nos seu Manolo Blahnik.


"Minha filha, o Ministério me chamou com urgência. Tenho que ir, te amo." Ela passou por mim e eu nem pude dar tchau.


As pessoas que estavam à mesa eram Vic, Teddy, Alvo, Roxanne, Mel, Jason, Ivonne e Lily, então nos sentamos entre Vic e Lily.


O almoço foi bem quieto, com exceção da Vic falando sobre o casamento e tal.


"Gente, alguém sabe cadê o James?" as meninas se entreolharam e riram.


"Ele está deitado no sofá." Ivonne foi quem me respondeu, largando o suco de abóbora e olhando para mim. "Está com uma ressaca de outro mundo."


Eu olhei para ela, franzindo o cenho. "Como assim?"


"Sua tia e seu tio o trouxeram para cá, e o deixaram na cama do seu irmão, isso lá pelas quatro horas." Eu arregalei os olhos e ela balançou a cabeça. "Eu sei." Ela então continuou. "Aí, como eu não estava dormindo, fiz uma poção e ele está dormindo até agora."


"Que poção você fez?" fiquei curiosa. As que eu fazia para a Claire na escola simplesmente faziam ela ficar sóbria (ou quase) mas não faziam com que ela dormisse.


"Azonnali józanság." Ela me olhou séria.


"O quê?" perguntei, com uma cara que deveria ser estranhamente 'dã'.


Ela riu. "Azonnali józanság." Ela se levantou e pegou um livro grosso e me alcançou. "É húngara. Princípio da poção retroversa, página duzentos e sessenta e dois." Ela disse, se sentando e voltando a comer.


"Uau. Como você descobre esses livros?" eu fiquei com pena de folhear o livro, parecia tão velho e frágil.


"Herança." Ela abriu na primeira página do livro, que tinha um recado em alguma outra língua. "Minha avó era famosa em Genova por ter uma das maiores coleções de livros de magia. Na verdade, ela doou vários para a biblioteca de Hogwarts."


Eu sorri. Mal fazia duas semanas que eu conhecia a Iva e já sabia que seria uma ótima amiga.


"Então, Rosinha, quando começam os treinos da Grifinória?" Jason perguntou.


"Treinos de quê?" Teddy me perguntou. Por uns segundos, tudo ficou quieto.


"Fala sério, Rosie. Não contou para ninguém?" Scorpius riu.


"Contar o quê?" Teddy perguntou de novo.


"Eu esqueci." Dei os ombros, mas Scorpius e Jason já riam da minha cara.


"Esqueceu o quê?" o cabelo do Teddy estava começando a ficar vermelho.


"Eu entrei para o time de quadribol da Grifinória como artilheira.


Teddy e Vic sorriram e me parabenizaram, e Teddy passou o resto do almoço dizendo que ele sempre soube que eu só precisava querer para entrar no time.


Como minha mãe não estava lá, Vic e Teddy tiveram que nos levar para Hogwarts, o que foi difícil, porque eles estavam atrasados para o trabalho e só podíamos usar uma viagem.


Perdi Ivonne e Melanie de vista assim que entramos no Castelo, e Scorpius e Jazz tinham que ir para a Sala Comunal da Sonserina. Eu, Hugo, Annie, James e Ivonne subimos para a Sala Comunal e eu fiquei sentada com Jamie enquanto as meninas arrumavam as coisas no dormitório.


"E então?" eu perguntei depois do que deviam ter sido dez minutos de silêncio constrangedor. "Porque está tão deprimido?"


Ele continuou a olhar para o chão. "Uma teoria em que estou trabalhando."


"Quer me contar?" me inclinei para frente, mas ele balançou a cabeça.


"Não mesmo." Ele me olhou. "É estranho. Você não entenderia."


"Quem sabe." Sentei do lado dele. "Falaê."


Nesse exato momento, Melanie, Anne e Ivonne desceram rindo e sentaram com a gente.


"Do que estão falando?" Melanie sentou do outro lado do Jamie, Anne sentou no chão, junto com Hugo, e Ivonne sentou na nossa frente, pondo os pés em cima da mesa, deixando as solas vermelhas lindas à vista. Ela seria repreendida na Suécia.


"Nada." James respondeu antes que eu pudesse responder qualquer coisa.


"Ivonne." Claire entrou na Sala Comunal. "Tem alguém que precisa falar com você."


"Tá, pode mandar entrar, Claire."


"Não, ele... ele quer falar com você lá fora." Claire parecia relutante. Ivonne franziu o cenho, mas se levantou e saiu da sala. Claire esperou que ela saísse para se virar para nós. "É o Jenthro." E correu para a porta. Melanie e Anne tiveram um clic e correram atrás de Claire.


Eu sorri. "Eu espero que eles fiquem juntos, sabe?" eu olhava para a porta. "Eles ficam fofinhos juntos." Eu olhei para ele e ele estava me encarando. "Que foi?"


Ele estava sério, e não dava um sinal que iria sorrir. "Eu disse que não entenderia." Hã?


Eu acho que eu fiz uma cara bem 'dã' pra ele ter que desviar o olhar de mim. "James, do que você está falando?"


Agora sim ele sorriu. Mas não do tipo feliz. Do tipo irônico: literalmente 'rir para não chorar'.


"Sabe a minha teoria?" eu assenti. "Eu já venho pensando nela por uns dias." Ele atirou a cabeça para trás. "E eu acho que está certa." Ele levantou a cabeça de novo. "Quero dizer, eu espero que não esteja, mas eu tenho quase certeza de que está."


"E qual é essa teoria?" perguntei. Ele estava confundindo o meu cérebro.


Ele atirou a cabeça para trás novamente. "Eu acho que estou apaixonado pela sua amiga italiana."


Eu acho que pelos próximos segundos eu simplesmente dei blecaute. "Oh meu Deus, você... você..." eu me levantei e comecei a apontar para ele. "Por isso você-- mas você não-- eu, eu.. mas -- Ai meu Deus!"


"Isso é o que você chama de entender?" ele riu e se levantou. "Mas não importa. Ela me acha insuportável."


"Não acha não." tentei amenizar.


"Ah, ela acha." Ele me garantiu. "Ela mesma me disse." Eu inclinei a cabeça. "Ontem, quando eu voltei da festa."


 


###################FLASHBACK NARRADO POR JAMES###################


 


"Você não acha que já bebeu demais?" o barman veio me xingar por estar aproveitando a noite do meu próprio jeito, mas me entregando o meu sétimo copo de uísque.


"Não mesmo." Eu virei aquele bem rápido.


"Quantos anos você tem?" ele me perguntou.


"Dezessete." respondi. Eu acho. Na verdade, acho que nem cheguei a falar em voz alta. Vamos de novo. "Dezessete."


Ele assentiu. "Eu perguntei se era amigo da noiva ou do noivo." Ele riu. "Mas é bom saber que você é menor de idade.


"Ainza não, eu tenho dezessessete anos e minha prima é a Victorie e a noiva não gosta de pizza, é estranho." Quando eu estou bêbabdo eu falo coisas sem sentido. Eu esqueço o início da frase, esntão eu improviso no final.


"Sei." Ele tirou o copo vazio da minha mão. "Sem mais uísque para você, amigo."


"Tá. Eu zão preciso de você, minha mãe está ali." Eu não me lembro por que eu falei isso, mas foi estranho.


Então eu me sentei no pufe em que eu estava com aquela garota que me jogou a bebida (eu não sei por que ela fez isso) e dormi. Desmaiei na verdade. Não que eu estivesse bêbado o suficiente para estar entrando em coma, mas eu definitivamente perdi a consciência.


Eu acordei com uma mão segurando a minha pálpebra e pondo uma luz cegante e brilhosa (dãr) no meu olho direito.


"As pupilas estão dilatando igualmente, o que significa que não tem nenhum dano cerebral." A mão largou meu olho, que se fechou. Eu senti uma mão no meu pescoço e outra no meu pulso. "A pressão está subindo, o que significa que ele deve estar acordando a qualquer momento."


"Ele vai ficar bem?" ouvi a voz da minha mãe, meio chorosa.


"Ele vai ficar bem." A dona da mão falou. "Pode descansar agora, senhora Potter."


"Não podemos levar ele para casa?" meu pai parecia calmo, mas eu sei que estava bravo comigo.


"Não é muito bom, porque ele está se recuperando de uma queda de pressão repentina, então se ele se levantar agora, provavelmente ele vai desmaiar novamente."


"Então ficaremos aqui." Meu pai falou.


"Não acho que seja bom, senhor Potter. Você e sua esposa já passaram por estresse demais esta noite. Eu realmente os aconselho a voltar para a sua própria casa."


"Mas e o meu bebê?" minha mão falou, e eu ri por dentro.


"Eu cuido dele, pode deixar."


"Tem certeza?" meu pai parecia agradecido.


"Claro, e a Lily está sozinha em casa, também. Não é bom deixar ela lá."


"Obrigada, meu amor." Ouvi passos e a porta batendo.


"Está feliz seu desgraçado?" senti uma porrada na minha barriga. Abri os olhos para ver quem ou o que tinha me atingido e vi a amiga italiana da Rose com uma cara não exatamente feliz.


Mas ela ainda ficava gata.


"Fala Ivonne!" eu sentei. "Qual foi aquela do papo de médico?" ela ainda me encarava e eu identifiquei a expressão:  raiva.


"Seu monstro, como pôde fazer isso com a sua mãe? Ou seu pai? Você desmaiou no meio do salão por estar bêbado, ou porque se esqueceu de pensar?" ela me batia forte com o jornal que, por alguma ironia, continha o caderno de esportes, que era grosso.


Então eu nunca cheguei a sentar na poltrona.. Hm. Interessante.


"Ei, ei, ei. Para com isso, sua louca!" Nossa parecia que a minha cabeça ia explodir.


"Eu posso ser louca, mas não sou burra, seu idiota!" ela parou de me bater e largou o jornal, ficando de frente para mim, há alguns metros. "Sua mãe trouxe você para cá chorando."


"Eu não sabia que eu ficaria tão mal." Ela estava realmente brava.


Mas ainda estava gata.


"Você é desprezível." Ela entrou na cozinha e eu a segui.


"Escuta, eu já disse que não foi algo que eu planejei. Eu fiquei abalado com a garota que jogou um cosmo em cima de mim." Ela mexeu algo que deveria ser uma poção que estava num caldeirão em cima do fogão.


Ela se virou para mim. "Era um daiquiri."


"Tanto faz." Ela voltou sua atenção para o caldeirão. "Você não saberia nada sobre isso, saberia?"


Ela se virou para mim. "Não."


"Há, esta mentindo. Você falou uma coisa para ela. Você falou alguma coisa que fez ela ficar com raiva de mim!"


"E porque você se importa com ela?"


"Ela poderia ter sido a minha esperança se você não a tivesse tirado de mim!"


Ela me olhou, levantando a voz. "E qual era o nome dela?"


"Era.." Eu pensei. E pensei. E.. não me lembrava. "Ai meu Deus."


"Sim, eu disse alguma coisa para ela. Mas eu não disse para estragar a sua noite, como você acha. Eu fiz por ela. Porque ela não merece que um ser vil e estúpido se aproveite dela."


"O que você disse?"


"Que você tinha namorada."


"O quê?"


"Toma. Senta e bebe isso." Eu olhei para o líquido lilás na mão dela, que parecia muito suspeito. "Ajuda na ressaca." Eu peguei o frasco e tentei tomar. "NÃO!" Ela berrou, pegando o copinho da minha mão. "Senta." Ela me encaminhou até a sala.


"Por quê?" Perguntei depois de ela me deitar no sofá.


Ela sorriu. "Dá sono." Ela me entregou o copo. "Toma."


Eu olhei pra ela. Uau. Ela nem tinha desfeito o penteado, o que a deixava mais bonita.


E gata.


"Por que você ainda não tirou o vestido? Vocês vieram embora cedo." Perguntei depois de beber a poção com gosto de mel. Literalmente.


Ela riu. "Eu acho que é porque faz eu me sentir bonita." Ela pegou meu copo e eu comecei a ficar tonto.


"Você não precisa se arrumar para ficar bonita." Eu falei, com voz grogue.


"Já vi que a poção está fazendo efeito." Ela foi até a porta da cozinha. "Você é insuportável, seu idiota."


Aí eu apaguei.


 


################FIM DO FLASHBACK NARRADO POR JAMES###############


 


"Ela realmente disse isso?" Uau. Ela era má.


"Não tem problema. Eu sou meio insuportável, mesmo."


Eu ri. "Desculpe. Mas você ainda pode conquistá-la." Ele me olhou, meio incrédulo. "Ela está comprometida?"


Ele sorriu. "Acho que não."


"Viu? Falar com a Rose é bom. A Rose seria uma boa psicóloga." Eu falei e ele riu e depois sentou.


Depois de alguns segundos, Claire entrou na sala, toda feliz. Aí eu pude prestar atenção na roupa dela: um vestido preto com detalhes em roxo e um sapato altíssimo preto e rosa.


"Linda roupa, Claire." Eu elogiei. A Claire tem essa de usar coisas que ninguém mais quer.


"Obrigada, mas você sabe o que aconteceu?" ela disse se inclinando para frente.


"Não, o quê?"


"O Jen acabou de se desculpar com a Ivonne, e eu acho que eles vão começar a namorar!" ela sorriu e começou a dar pulinhos. "Não é ótimo?"


Eu juro que se ela tivesse me dito isso há alguns minutos, eu teria ficado muito feliz. Agora eu estava confusa. Olhei para o Jamie e eu vi que ele estava com o rosto contraído e o queixo trincado, ressaltando o desenho quadrado da sua mandíbula.


"Eu.. er... tenho que ir." James se levantou e pegou sua vassoura.


"Qual é a dele?" Claire perguntou depois que ele saiu.


Eu olhei para ela. "Ele gosta da Ivonne." O queixo da Claire simplesmente caiu.


"Mesmo?"


"Pra caramba." Ela arregalou os olhos. "Ele até cantou ela."


"E ela não percebeu?" Claire parecia indignada.


"Ela achou que era efeito da poção que ela deu pra ele." Eu respondi.


Claire ficou triste com isso, eu acho. Tipo eu, sabe? Talvez eu tenha errado ao contar a ela.


"Er... Claire, eu devia não ter te contado?" Perguntei, já temendo a resposta.


"Não. Na verdade eu acho que já deveria saber disso. Agora eu estava pensando em todos os sinais que ele deu." Eu inclinei a cabeça. "Ele implicava com ela, e sentava com ela todas as aulas, depois ficou na volta quando ela se sentia mal pelo Jen... Que urubu!" ela bateu a mão no braço da poltrona.


Eu ri. "Mas isso é bom. Talvez agora ele perceba que a vida às vezes não é tão justa." Falei, meio tristonha, devo admitir. Agora que eu estava pensando que eles seriam um casal feliz... (N/A: Oi gente, lembram da Adie? Então ela quer fazer um comentário. N/ex-autora: Buááá, chorei litros. Eu achei que a Ivonne e o James iam ficar juntos. Não era o meu plano, mas depois de ler o que o retardado do Jenthro fez, eu fiquei com a idéia dos outros dois na cabeça. Agora eu magoei. Enfim, tenho certeza que eles vão ficar muito bem sendo somente amigos. *Snif*)


"Meninas." Melanie entrou na Sala Comunal e sentou ao meu lado. "Acho que a Ivonne vai desculpar o Jen." Ela balançou as mãos, eufórica. "Meu Deus, esse fim de semana está demais!"


Claire sorriu e eu imitei-a. Acho que não é muito bom contar à Mel. Ela é bem sensível quanto a essas coisas afetivas.


Depois disso, a tarde se passou bem rápida. Lily nos incomodava o tempo inteiro para que jogássemos Scrabble e Uno com ela.


Não foi tão ruim, na verdade. Eu conhecia umas palavras bem bonitas, e o Scorpius era inteligente. No meio do primeiro jogo, Ivonne e Jen se juntaram à nós, e aí a concorrência começou a ficar pesada, porque mesmo Jenthro sendo mais burro que a Lily, a Ivonne era inteligente o suficiente pelos dois.


Não vi o James a tarde inteira. Mesmo depois que ele já tinha acabado de treinar. Acho que ele precisa se acalmar antes de ver os outros dois juntos.


Nós ficamos jogando Uno até a hora do jantar, então descemos.


"Desculpe não ser da Grifinória, meu amor." Scorpius me beijou. E todo mundo estava olhando.


"Não tem problema, querido." Eu disse já rosada. "Pode ir."


Ele me beijou de novo e foi até a mesa da Sonserina com Jason. Aí eu olhei para a mesa da Grifinória e vi a Maria morrendo de rir, e as outras meninas com cara de quem queria me matar.


"Meninas, eu ainda não acredito que eu estou namorando Scorpius Malfoy." Eu desabafei e olhei para a mesa da Sonserina, onde Jason e Scorp conversavam. "Parece que estou sonhando."


"Eu gosto desse tipo de sonho." Claire falou. "Mas sabem, eu não preciso dele."


"Como assim, Claire?" perguntei. Mas na mesma hora, um cara se levanta na mesa da Corvinal e abraça a Claire.


"Oi fofinha." Ele beija a bochecha dela.


"Oi amoreco." Ela beija ele. "Meninas, vocês se lembram do Hector, não é?"


Ninguém falou, então olhei para as meninas. Todas estavam com cara de "ooooooooh", com a boca aberta. É que o Hector era o maior pegador de Hogwarts. Ele nunca passou de duas horas com a mesma garota, e agora ele chama a Claire de 'fofinha'.


É um fato histórico.


"Eu tenho que ir treinar com os meninos, mas eu passo lá na torre mais tarde, tá bem?" ele disse, passando a mão pelos cabelos dela.


"Claro, lindinho. Pode ir fazer... o que quer que seja que vocês fazem!" ela disse, sorrindo. Ele sorriu, beijou-a e saiu, com um bando de outros meninos da Corvinal.


"Claire, você é a minha heroína." Mel disse, mordendo uma empada.


"Fazer o quê, né? Ser linda e absoluta é pra quem pode, não pra quem quer." Ela disse, pegando um biscoito e colocando-o delicadamente na boca.


"O que eles vão treinar?" Ivonne perguntou.


"Quadribol. Eles sabem da fama do James, e querem estar preparados." Ai merda. Opa. M*rda. Quando alguma coisa incomoda o James, ele não joga bem.


A última vez que isso aconteceu foi quando ele terminou com a outra namorada dele, Jenny, na véspera da final do torneio. Se o Colin não tivesse caído da vassoura, a Corvinal teria ganhado.


"Er... Claire." Eu tinha que tomar cuidado com as palavras que se seguiriam. "Você se lembrada final da Copa das Casas do quarto ano?" eu falei tudo com bastante ênfase.


Claire examinou bem as minhas palavras. Aí ela se tocou. "Epa." E mordeu o lábio inferior.


"Eu me lembro." Melanie bufou, irritada. "Aquele jogo foi um fiasco! Espero que nunca mais aconteça nada perto daquilo."


"O que aconteceu?" Ivonne estava tão deslocada que nem tentava entender.


"Na final da Copa das Casas, o James jogou muito mal." Jen começou a falar. "Ele se distraía, batia nos jogadores, fazia tudo, menos tentar achar o pomo. Ele até fez um gol por acidente." Ele riu, quando terminou de falar.


"Nossa. Coitado. Por quê?" Ela franziu o cenho e se virou para nós.


"Ele tinha terminado com a namorada." Hugo falou dessa vez. "Aparentemente ela tinha chifrado ele com o goleiro da Corvinal. Por isso ele fez o gol, e quebrou três costelas do cara." Uau. Essa parte eu não sabia. "Ele não sabe escolher as namoradas dele."


Nessa hora, Jenthro de engasgou com o pão e Melanie riu.


Para não entrarmos em território desconfortável, eu logo mudei de assunto. "Oliver disse que o primeiro jogo vai ser contra a Lufa-Lufa, no dia trinta." Hugo se afogou no suco.


"A gente vai ter menos de um mês pra treinar?!" ele exclamou, indignado.


"Calma, amor. Tenho certeza que vocês irão ganhar." Anne o beijou e ele relaxou. Acho que Anne é o calmante pessoal do mano.


Ouvimos pios de corujas, e logo em seguida, um monte delas entraram no Salão Principal, deixando cartas, pacotes e entregas especiais para os alunos.


Minha mãe havia me mandado uma carta e uma cópia do The Sun e do Profeta Diário, e o meu pai, uma carta e um pacote.


Resolvi abrir a carta da minha mãe primeiro, só para garantir.


 


ROSALIE WEASLEY!


 


Epa. Lá vem bomba.


 


Como assim, você passou para o time de quadribol da Grifinória e nem conta a mim nem ao seu pai?!


 


Ah, é mesmo.


 


Eu fiquei sabendo pela sua prima, que disse que você era a nova artilheira da família.


 


Ai, ai, Vic...


 


Meu amor, eu estou tão orgulhosa de você! E seu pai então, ele não para de dizer que a menininha dele é finalmente parte do time Weasley. Espero que você esteja feliz com tudo isso, porque nós vamos ser os pais mais orgulhos do mundo, não importa o quê.


Amor,


         Mamãe.


 


Eu gostava de quando a minha mãe era assim... mãe. Me fazia sentir bem.


Eu peguei a carta do meu pai.


 


Rosie!


Minha, filha, você é minha nova musa. Antes era a sua mãe, mas ela não precisa saber disso.


Ainda bem que você entrou para o time da Grifinória! Quando contei ao seu avô, ele quis lhe dar algo especial, então fomos até a loja de artigos para quadribol em Hogsmeade e compramos uma coisinha para você.


Esperamos que goste,


        Papai.


 


Eu abri o pacote. Era o livro (atoron livros) que a tia Gina escreveu quando saiu do Holyhead Harpies. Dizia tudo sobre quadribol e truques para jogar melhor.


"Papai também te mandou alguma coisa, Huguinho?" perguntei.


"Cara, não me chama assim." Ele me apontou o pão. "Não, só pra você, ele me mandou uma vassoura nova quando eu entrei. É tipo um rito de passagem." Ele estava lendo a carta que a mamãe enviou.


Logo depois do jantar, subimos e fomos para os dormitórios. Quando chegamos na Sala Comunal, vimos que os meus horários haviam mudado, e ficaram loucos! Tipo assim:


 



















































































       Segunda



       Terça



       Quarta



       Quinta



       Sexta



Feitiços



Astronomia



Transfigur.



Poções



DCAT



DCAT



Transfigur.



Runas A.



Trato de C.M.



DCAT



Poções



Runas A.



Feitiços



Trato de C.M.



Poções



Herbologia



História da M.



DCAT



Transfigur.



Poções



-------------------



DCAT



Poções



Herbologia



Feitiços



Trato de Criaturas Mágicas



DCAT



________________



Astronomia



Herbologia



Transfiguração



Feitiços



Astronomia



DCAT



Runas A.



Astronomia



Herbologia



Herbologia



História da M



Runas A.



História da M.



QUADRIBOL



Trato de C.M.



QUADRIBOL



QUADRIBOL



Runas Antigas



QUADRIBOL



História da M.



QUADRIBOL



QUADRIBOL



 


As cores nas matérias são as cores das casas com as quais a gente iria fazer cada matéria, e o azulzinho simboliza todas as casas. O verde está bem escasso. E isso me deixou desanimada.


Antes de dormir, Melanie costumava conversar comigo, mas hoje não. Tanto eu quanto ela estávamos exaustas. Por isso pareceu que eu nem tinha pregado o olho, pela manhã.


Essa semana se passou tão rápido que eu fiquei completamente louca. Os treinos de quadribol eram muito legais, mas muito práticos. Eu, Allison e Heidi éramos ótimas juntas. Mas essa nem era a melhor parte. A melhor parte é que Ivonne e Scorpius sempre iam comigo. E sabendo que ele estava lá me olhando me fazia ficar mais confiante e eu conseguia fazer mais gols.


Antes mesmo que eu pudesse notar, já era sexta-feira à noite. Merda. Ai, que droga: M*rda.


Eram sete e quinze e eu não agüentava ficar de pé. Eu estava debaixo do chuveiro faziam sete minutos, e não tinha nem vontade de me mexer.


"Rose?" ouvi baterem na porta. "Já vão servir o jantar, vamos!" era a Melanie. Com certeza. Ela sempre foi meio impaciente.


"Já vou." Eu falei. Me virei de cara para a água fria, arrumei meu cabelo e fechei a torneira.


Enquanto eu me vestia, eu sentia minha cabeça pulsar e doer. Estava com dor de cabeça: Fato.


Quando fui prender o cabelo para não molhar a minha roupa, vi que estava quente, mesmo depois de oito minutos debaixo da água fria. Estava com febre: Fato.


Eu estava respirando muito pesadamente, eu não conseguia ficar de pé e meu estômago doía. Estava com pressão baixa: Fato.


Fatos são um p*rre.


Pus a minha capa para tapar as roupas trouxas e abri a porta.


"Nossa Rose, você tá um lixo!" foi a primeira coisa que a Claire disse para mim.


"Obrigada, Claire." Eu disse, pegando uma das minhas poções (que foram estocadas pela minha mãe) e bebi todo o frasco.


"Enxaqueca?" Ivonne me perguntou. Vi que ela estava deitada na cama dela, com roupas trouxas e uma bolsa de gelo da cabeça.


"E febre." Completei.


"Somos duas." Ela tirou alguma coisa da boca que parecia um termômetro e olhou-o. "39.7 graus." Ela tirou a bolsa de gelo da cabeça e sentou na beirada da cama. "Acho que tinha alguma coisa errada com o campo hoje. Metade do time está de cama."


Opa. Lembrei de uma coisa. "E o Scorpius?"


Ela deu os ombros e se inclinou para o malão. "Bebe isso." Ela me atirou uma poção. "Ajuda com a febre."


Eu bebi. Tinha gosto de balinha de menta.


"Parece hortelã." Eu disse.


"É hortelã." Ela me informou. Ah, bom saber. "Foi clinicamente provado que hortelã tem fins medicinais na sua forma pura." Eu inclinei a cabeça. "Folha."


"Nossa." Eu joguei o vidro de volta para ela. "Você consegue ser mais nerd do que eu."


Ela sorriu. "Viagens da Itália até a Bulgária são bem longas. Dá tempo de ler bastante." Ela se deitou novamente e pôs a bolsa de gelo de volta no lugar.


"Como assim?" perguntei.


Ela levantou a cabeça. "Eu morava com a minha mãe na Bulgária até os seis anos, aí eu decidi morar com meu pai, na Itália. Aí eu comecei a pular de uma casa para a outra durante os verões."


"Hm." Foi o que consegui dizer.


"Meninas." Melanie chamou. "Vamos."


Eu me virei saí com ela. Quando estava descendo as escadas, eu tive vertigem, mas continuei descendo, afinal era só sintoma da pressão baixa. Era só eu comer algo que eu ficaria bem.


Me virei para a Ivonne. "E como você sabe tanto sobre medicina?" ela riu.


"Nossa, Rose, você é curiosa." Ela chegou ao meu lado. "Minha irmã era médica trouxa na Guerra do Afeganistão. Voluntária. Aí depois que ela foi embora, minha família toda se despedaçou. Agora ela se mudou para cá e eu moro com ela e meu pai." Ela olhou para mim e riu. "Rose?"


"Hm?" depois de alguns segundos eu percebi que estava com a cara toda contraída e caretuda. Eu desfiz a careta. "Nossa, sua vida é uma novela."


"É, e eu sou a coadjuvante." Ela sorriu para mim.


Eu voltei a atenção para a escada e vi que estávamos no segundo lance e eu já não agüentava mais. Minha respiração estava ofegante e eu não sabia o que fazer.


"Rose, para." Ivonne me sentou no degrau. "Se você continuar forçando, vai desmaiar." Ela tirou um pacotinho da bolsa. "Toma." Eu abri. Era chocolate.


"Valeu." Eu comi o pouco de chocolate que havia ali e me levantei, mas devo admitir que não fez muita diferença, mas deveria me ajudar a chegar no Salão Principal.


Dito e feito, cheguei ao salão quase morrendo, mas ainda viva. Eu ofegava tanto que parecia que eu estava me afogando em nitrogênio líquido.


Não tinha chegado ao fim da mesa ainda, que é onde estavam todas as outras pessoas. Eu juro que não aguentava mais, mas eu não parei e o resultado foi uma bosta: eu desmaiei. De novo. ¬¬

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