Consequências



Cap. 19_


             Era a primeira vez que Remo via Hogsmeade praticamente deserta. Covardes! Um grupo pequeno de comensais invadia o povoado e a primeira coisa que eles faziam era sair correndo.


             Como se cerca de 150 habitantes e turistas não fossem capaz de dar conta de uma dúzia de comensais da morte. Francamente.


             Remo olhava constantemente por cima do ombro, enquanto caminhava velozmente pelas calçadas cobertas de resquícios de neve e puxava Izzie pela mão.


            Mas ninguém os seguia.


             Ele não se sentia seguro. Por algum motivo, achava que isso era uma armadilha. Que era um truque, com o intuito de produzir-lhes uma falsa sensação de segurança. Para fazê-los baixar a guarda.


             Mas não ia funcionar, porque Remo estava absolutamente alerta. Suas mãos apertavam tensas a varinha e o pulso de Izzie. Seus olhos vagavam por todos os lados, desde os becos pelos quais passavam até as mínimas valetas abertas no meio fio.


             E sua cabeça girava. Girava com o excesso de informações da tarde. Eles estavam atrás dela? E não dele? Que sentido isso fazia?


             Nenhum. Absolutamente, sentido nenhum.


             Entrou em um pequeno beco estreito e escuro e sentiu Izzie oferecer resistência atrás de si. Puxou-a com mais insistência, levemente aborrecido. _Anda, Izzie, eu não ia trazer você aqui se não fosse seguro.


             Sentiu-a ceder e parou, finalmente, em frente a um sobrado com uma aparência abandonada e janelas empoeiradas. Olhou por uns instantes para a maçaneta e, contrariando as exigências do momento, sorriu. Sírius descobrira aquela casa abandonada e eles a transformaram para ficar invisível a outras pessoas. Sírius era um cretino mesmo. Ele devia ter suspeitado desde o princípio qual era o intuito daquilo tudo. Onde mais ele iria passar a tarde de visitas a Hogsmeade com as garotas que saiam com ele?


            E fora também Sírius o inventor do sistema da meia. Se tivesse uma meia na maçaneta, era sinal de que a casa estava ocupada e que os outros não deveriam entrar.


             Adivinha quem sempre punha a meia na porta.


             Mas, naquele dia, não tinha nada na maçaneta. Aliás, era só o que faltava, um ataque de comensais e Sírius com a meia na porta.


             Desfez o feitiço que a mantinha trancada e entrou, puxando uma Izzie confusa para dentro. Somente no hall de entrada ele se sentiu seguro o bastante para soltar a mão dela.


             Izzie ficou a sua frente, arfando descompassada e com o rosto vermelho. Seu olhar era temeroso e eles ficaram se encarando por alguns instantes. Foi Remo quem quebrou o silêncio.


            _Não que eu esteja reclamando, claro, mas acho que não era bem aquilo que eu esperava que você fizesse com a varinha.


             _Desculpe, acho que fiquei em choque.


             Remo deu um suspiro cansado e passou as mãos pelo rosto. Em choque. Em choque era um termo bastante gentil para quem estava parada no meio de ataque de comensais com uma varinha na mão.


             _Senta lá na sala, Izzie, eu vou buscar água para você. _e saiu pelo lado direito do saguão, enquanto Izzie entrava na sala.


            Ela se esparramou em um dos sofás, enquanto Remo procurava um copo limpo no armário e abria a geladeira.


             Vinho.


             Champanhe!!


             Água que era bom, não.


            Resignado, encheu o copo com água sem gelo e voltou para a sala. Izzie estava sentada com a cabeça entre as mãos. Remo parou a sua frente e estendeu-lhe o copo. Ela ergueu a cabeça, pegou o copo com as duas mãos e começou a tomar lentamente.


             _Tem alguma coisa que você queira me dizer? _ele perguntou, cruzando os braços, sem sair do lugar.


             Izzie ergueu os olhos novamente. _Como o quê?


            _Ah, sei lá, _ele resmungou em um tom irônico e irritado _como o fato de eles quererem você, Izzie. Justo você, que chegou aqui de repente, somente este ano, sabe-se lá por que. Ou como o fato de você, uma aluna do sétimo ano, ter ficado parada, no meio do ataque, com a varinha na mão. Correr? Isso seria inteligente. Atacar? Isso seria corajoso. Agora ficar parada, Izzie? Que raio de plano é esse?


             Izzie baixou o copo com uma expressão ofendida. _Remo, eu estava com medo! Estava confusa! Não queria correr e deixar você ali! E... E a varinha... Eu... Esqueci.


             Remo bufou e fez um gesto exasperado com as mãos. _Esqueceu! Essa é boa! Mas isso não explica tudo, Izabela! Porque você?! Porque, entre tantos alunos de Hogwarts?! Porque você?!


             _E porque você, então?! _ela perguntou, repentinamente, pulando do sofá e pondo-se a sua frente. Isso era algo que a deixara bem curiosa _Porque, quando o ataque começou, você foi de encontro a eles, achando que era você que eles queriam? Porque tanta certeza de que eles iriam querer você, Remo? Porque você entre tantos alunos de Hogwarts?


             _Isso não vem ao caso. _ele rilhou os dentes.


             _Ah, vem sim! _ela exclamou, se sentindo subitamente muito aborrecida _Isso vem ao caso sim! Você age como se fosse um absurdo eu ter um segredo, mas quem é o mestre dos segredos aqui, Remo?


            _Não sei do que você está falando. _seus punhos se fecharam e ele contraiu o maxilar.


             _Porque você some todos os meses? Estou aqui há quase seis meses, Remo, e foram seis desaparecimentos. _ela continuou _Dizem que sua mãe está doente, então o que ela tem? _Remo fechou os olhos _Qual é o seu problema, Remo? O que acontece com você todos os meses?! E o que os comensais queriam com você, Remo?! PORQUE VOCÊ NÃO FALA COMIGO?!


             _EU SOU UM LOBISOMEM! _ele gritou, repentinamente, reabrindo os olhos e soltando as mãos. Izzie deu um passo para trás, assustada, e seus olhos se arregalaram _EU SOU UM MONSTRO! UM MONSTRO HORRÍVEL E VIOLENTO QUE TEM QUE SER AFASTADO DAS PESSOAS PARA ELAS FICAREM SEGURAS! _ele fez uma pausa, arfando, e Izzie continuou petrificada com os olhos arregalados. _Pronto, feliz agora? _e virou-se de costas para ela.


             Izzie estava em choque. Ficou olhando enquanto ele se afastava e ia até a janela. Isso explicava muita coisa. E partia-lhe o coração.


             _Remo... _ela chamou com uma voz fraca e insegura _Nada disso... Dessas coisas que você falou... Nada disso é verdade.


             Ele virou-se lentamente para ela. _Como é que você pode saber? _ele retrucou com um mal contido rancor na voz.


             _Porque eu conheço você. _ela sussurrou e atravessou a sala a passos rápidos até ele _Eu conheço você, e você não é um monstro. _ela parou, a centímetros dele, e pôs a mão em seu rosto _Você é um homem maravilhoso, Remo. Generoso. Gentil. Nobre. Corajoso. E eu amo você. Eu amo você, então eu sei que você não esse monstro horrível e violento, porque eu nunca iria amar um monstro horrível e violento.


             Remo ficou alguns minutos encarando os olhos azuis e emocionados da menina.


             Tão puros. Tão intensos. Tão apaixonados.


             Ela era tão intensa, tão cheia de vitalidade. Era como se sua aura o atraísse.


             Então ele não pensou em mais nada. E, arrebatando-a subitamente entre seus braços, ele beijou-a.


 *** 


            Lílian recuperou a consciência aos poucos. Sentia o corpo todo doer e um chão duro e frio sob si. Sentia o rosto encharcado de suor e a cabeça girar. Tentou abrir os olhos, mas sua visão foi ofuscada por uma luz intensa vindo do teto.


             A luz. Não podia seguir a luz. Vivia vendo nos filmes as pessoas dizendo para não seguir a luz.


             Mas, quando sua visão se acostumou, viu que era só um lustre.


             Um lustre...


             Caramba, onde é que ela estava mesmo?


             Então, tudo pareceu voltar, com a velocidade de uma queda d’água. O ataque. Voldemort. Professor Slughorn. A cobra.


             Subitamente, sentou-se, olhando desamparada a volta. Não se lembrava de mais nada depois do aparecimento da cobra. Lembrava-se de ter sentido dor. Muita dor. E depois disso só o escuro.


             _Shhh... _ela escutou alguém atrás dela e sentiu uma mão em seu ombro, tentando faze-la deitar-se novamente. Virou-se para trás _Tudo bem, Lily, você precisa se deitar novamente. _era o Slughorn.


             _O que houve? _ela tentou olhar em volta. Sua cabeça ainda girava. Um pouco distante, perto da porta, uma multidão estava reunida em torno de algo e falava em voz baixa. Lílian virou-se novamente para Slughorn. _Onde estão todos? Voldemort, os comensais?


             _Tudo bem, Lily, você não precisa se preocupar. Dumbledore os expulsou. _Lily deu um suspirou, aliviado, mas rapidamente voltou a ficar tensa _E a cobra? Onde está a cobra? Voldemort conjurou uma cobra, eu me lembro. Ela me picou.


             _Dumbledore eliminou-a, também. _ele respondeu, mas Lily o viu hesitar. Tinha alguma coisa errada.


             _Onde estão os outros. _suas sobrancelhas se franziram repentinamente _Alice, Frank, Thiago? _Slughorn não respondeu. Ela o viu contrair os lábios, enquanto tentava ganhar tempo para pensar. _Professor, onde está o Thiago?


             Slughorn ficou mais alguns momentos sem responder. _Ele tentou tirar a cobra de perto de você. _ele respondeu por fim, com uma voz baixa e condoída _Ela voltou-se contra ele.


             Lílian afastou-se, arrastando-se sentada no chão, como se pudesse mudar esse fato se mantivesse distância de Slughorn. _Onde ele está? _ela perguntou novamente, com a voz apertada e o rosto contraído.


            Slughorn não respondeu. Apenas ergueu a mão e apontou para as pessoas paradas, reunidas perto da porta.


             Lily olhou para onde ele apontava e depois mais uma vez para ele. Queria ver algum traço de que ele estava brincando. Qualquer coisa que indicasse que aquilo era uma piada de péssimo gosto. Mas não viu nada.


             Levantou-se, tropeçando em si mesma, ainda com a cabeça rodando, e se aproximou a passos rápidos das pessoas aglomeradas. Tinha algo muito desagradável em sua garganta. Um pressentimento extremamente desagradável.


             Abriu espaço entre as pessoas, acotovelando-as, tentando desesperadamente chegar ao centro do círculo. Quando chegou ao espaço aberto entre as pessoas, levou as mãos à boca, horrorizada.


             Thiago estava deitado, paralisado, de olhos fechados e com as roupas ensangüentadas.


            Lily puxou o ar com força, ainda com as mãos sobre a boca, tentando se conter, mas seus olhos encheram de água imediatamente.


             Ficou alguns segundos paralisada de choque, o rosto contraído, enquanto todos ao ser redor a encaravam, sem saber o que fazer.


             Então, ela tirou as mãos da boca e deu alguns passos vacilantes à frente. _Thiago... _ela sussurrou com a voz fraca, as lágrimas escorrendo livremente por seu rosto, e estendeu a mão, caminhando em sua direção.


             Então, Sírius saiu do grupo que a rodeava e segurou seu braço. _Lily, acho melhor você não chegar mais perto. _ele murmurou, tentando puxa-la para longe. Lílian notou seus olhos vermelhos e o rosto inchado. Ela ficou encarando-o como se não entendesse.


             Então explodiu:


             _ME SOLTA! _ela puxou o braço, soltando-se _ELE PRECISA DE AJUDA! _ela virou-se novamente para Thiago e avançou mais alguns passos _COMO VOCÊS PODEM FICAR PARADOS, OLHANDO, ENQUANTO ELE...


             _Lily, pára! _Sírius envolveu sua cintura e tentou puxa-la novamente _Você não pode ajudar!


             _ME SOLTA, SÍRIUS! _ela começou a se debater e ele a tirou do chão. Algumas pessoas ao redor cobriram a boca com a mão, olhares compadecidos. Alice começou a chorar nos braços de Frank _ME PÕE NO CHÃO! ELE ESTÁ SANGRANDO, SÍRIUS!


             _LILY! _ele colocou-a no chão e ficou a sua frente, segurando seu rosto com as duas mãos _Não torne isso mais difícil, Lily, ele se foi...


             _É MENTIRA! _ela berrou e empurrou-o, tirando-o do caminho e passando por ele correndo _Thiago! _ela atirou-se de joelhos ao seu lado e segurou sua blusa de frio, com as duas mãos, chorando copiosamente _Thiago, por favor, acorda! _ela escondeu o rosto na curva de seu pescoço, chorando e soluçando cada vez mais alto _Eu escolho você. _ela murmurou, com a voz abafada _Por favor, por favor, _ela ergueu o rosto e encarou sua face pálida e sem vida _eu escolho você. _ela segurou seu rosto com as duas mãos. Suas lágrimas deslizavam por suas bochechas e caíam no rosto desacordado do garoto _Escolho você, sempre escolhi. _ela apoiou sua testa contra a dele, olhos fechados, chorando ainda mais violentamente _Eu escolho você, por favor, não me deixa agora, por favor.


             _Lílian, por favor. _ela sentiu uma mão tentando puxa-la novamente. Ela abraçou o corpo do garoto, determinada. Não ia deixá-lo. Não ia. Simplesmente não estava pronta para isso. _Lílian, não há nada que você possa fazer, _a pessoa que tentava puxa-la segurou seus ombros com as duas mãos, puxando com mais força. Lílian sentiu seu corpo fraco pelo veneno da cobra ceder _Ele se foi.


            _Não!! _ela berrou, desesperada, enquanto a pessoa a erguia _Não! Thiago! Por favor, não! _ela se viu sendo afastada, a força. Estendeu o braço, mas já não o alcançava _Não!!!! _ela gritou uma última vez.


             E então se sentou, subitamente, o rosto suado e o corpo dolorido. O que sentiu sob si não foi o chão duro do Três Vassouras, mas sim uma cama confortavelmente quente e lençóis de linho ao seu redor.


             _Shhh... _ela ouviu novamente e sentiu, mais uma vez, uma mão em seu ombro, tentando faze-la voltar à cama _Você precisa descansar, meu amor.


             Ela reconhecia aquela voz. Reconheceria sempre. Reconheceria em qualquer lugar. Virou-se, rapidamente, os olhos abertos e alertas, o corpo tenso. Thiago estava sentando em uma cadeira, ao lado de sua cama, na ala hospitalar.


             Ela nunca se sentira tão aliviada quanto naquele momento. Foi como se tudo ao seu redor paralisasse, apenas para que ela pudesse ouvir sua voz, assimilar suas palavras e se dar conta de que era verdade: ele estava vivo, estava bem.


            E seu corpo ficou tão leve, que ela não conseguiu pensar em mais nada. Somente nisso. E somente isso a deixava plenamente aliviada.


             Repentinamente, ela jogou-se em seus braços e começou a chorar. _Ah, Merlin, Thiago! Eu tive um sonho tão horrível! _ela exclamou, escondendo o rosto em seu pescoço e o abraçando com força. Thiago começou a passar a mão lentamente em seu cabelo _Você... Você tinha atacado a cobra. Para tirá-la de perto de mim, e ela... _ela tentou contar, com a voz entrecortada pelos soluços _Ela atacava você. E você ficava... _nesse ponto ela começou a chorar com mais força, como somente a lembrança fosse dolorosa demais _Você estava morto! E eu não podia fazer nada! E as pessoas tiravam você de mim!E você não me ouvia! E eu queria falar!


             _Shhh, Lírio, tudo bem, tudo bem... _ele murmurou, com um tom de voz calmo e suave _Eu estou bem. _ele a afastou e segurou seu rosto, fazendo-a encará-lo _Estou bem e ninguém vai me tirar de você, certo? Entendeu? _ela parou de chorar, e fez que sim com a cabeça.


             _E o que aconteceu, então? _ela choramingou _Depois de eu desmaiar?


             _Depois que a cobra mordeu você eu... Acho que eu meio que perdi o controle. _ele soltou seu rosto e passou as mãos por seus braços _Quando você desmaiou, eu tirei a cobra de cima de cima de você e a ataquei... _ele baixou os olhos, parecendo constrangido _Eu não via o que eu estava fazendo. Eu só vi você desmaiando e, depois disso, eu fiquei fora de mim, eu explodi o balcão que Voldemort tinha colocado no meu caminho, decepei a cobra. _ele ergueu o rosto novamente, com uma expressão urgente _Eu fiz feitiços muito fortes, Lily, sem nem me dar conta, eu... _ele parou, um momento, procurando as palavras, então respirou fundo, tentando recuperar a calma _Eu só fiquei com tanto medo, Lílian. _ela mordeu o lábio _Tanto medo de que acontecesse alguma coisa. Tanto medo de nunca mais ver você, ou nunca mais ouvir sua voz, _ele deu um sorriso _gritando comigo, me chamando de cretino ou imaturo. _ela sorriu também, levou a mão até seu rosto e inclinou-se para frente. Thiago aproximou-se mais. Ela fechou os olhos _De nunca mais ter você assim, perto de mim. _ele completou em um sussurro e fechou os olhos também.


             _Você tem. _ela respondeu com o mesmo tom de voz.


             _Ah, Merlin, _ele sorriu, novamente _como eu agradeço por isso.


             Então ela abriu os olhos e foi invadida por uma plenitude que nunca sentira antes. Thiago abriu os olhos também e soltou-a, afastando-se um pouco e apoiando os braços nos joelhos. Ele estava ali, por ela. E ela confiava que ele sempre estaria. Porque ele era uma constante. Ela passara meses e meses aborrecida com o fato de que ele não mudava, mas ela não queria que ele mudasse. Ele era imperturbável, imutável. Durante anos e anos, ele a acompanhara, ainda que ela se esforçasse imensamente para afastá-lo. E agora ela percebera como seria horrível se tivesse conseguido. Ela vira, em seu pesadelo, como seria inconcebível viver sem ele.


             _Eu escolho você. _ela murmurou.


             Thiago franziu as sobrancelhas, como se não tivesse entendido. _Como? _ele perguntou. Lily sorriu e inclinou-se na cama, voltando a se aproximar, e segurou seu rosto com as duas mãos.


             _Disse que escolho você. _ela explicou com uma voz calma _E espero que você entenda que com isso eu quero dizer que é você, e só você, que eu quero para minha vida.


             _Eu amo você, Lírio. _ele respondeu, passando os braços em volta de sua cintura e puxando-a para mais perto.


              Lílian sorriu. Passou os braços em volta de seu pescoço e ele estreitou-a mais entre seus braços. Ela fechou os olhos e inclinou o rosto. _Amo você, também.


             Então, ele a beijou.


 ***


             Dumbledore fora bem esperto. A partida dos alunos para passar as férias em casa se aproximava rapidamente, mas o diretor não estava contente com o fato de que alguns de seus alunos iriam sair de suas vistas. Não queria facilitar o contato dos comensais da Morte com seus alunos, então, a única e melhor saída que lhe surgiu, foi...


             _Um baile de Natal? _Pedro fez eco ao diretor, enquanto todos os alunos ao seu redor comemoravam _Assim, tão em cima da hora?


             _É óbvio que ele tem algo em mente. _Remo constatou.


            _Legal! _Thiago engoliu rapidamente o que tinha na boca _Vai ser meu primeiro baile com a Lily! E hoje eu tenho jogo! O que poderia ser melhor?


             Sírius foi o único que não se manifestou. Olhava atentamente para a mesa da sonserina, a todo minuto, mas Bella não estava lá. No fundo, sabia que ela não estaria, porque ele esperara por ela o dia anterior todo, no portão da propriedade, e ela não voltara.


             Dumbledore sabia disso. E já entrara em contato com a família. Sírius sabia, porque a mãe já lhe enviara uma carta enorme reclamando da incompetência do diretor e da dele, alegando que ele deveria ter tomado conta da pequena Bella.


             Ele respondeu dizendo que Bella não era mais pequena e tinha a idade dele. Ele não tinha obrigação nenhuma de cuidar dela. Mas estava preocupado. A última vez em que a vira, ela estava chorando e aparatando para fora do três vassouras. Nervosa, como estava, ela não tinha condições de aparatar. Então ela podia ter ido parar em qualquer lugar. Qualquer lugar, mesmo!


             Ficava sem fome sempre que pensava nisso. Desejou boa sorte a Thiago, deixou o resto da comida no prato e saiu do salão. Quando passou pela mesa da sonserina viu Rodolfo com uma olhar idêntico de preocupação e nervosismo. Isso, na verdade, o preocupava ainda mais. Porque se Rodolfo não sabia onde Bella estava, então ela podia estar em qualquer lugar mesmo.


             Subiu a escadaria sentindo-se muito idiota. Qual era o problema com eles? Será que eles não podiam simplesmente superar essa história toda? Será que eles não podiam voltar a ser os auto-suficientes e despreocupados Sírius e Bella de sempre? Não podiam voltar a ser o casal sem crises que eles sempre tinham sido?


             A vida costumava ser tão fácil naquela época.


             Sírius chegou ao seu dormitório sem ânimo nem para bater a porta. Deitou-se de costas na cama e cruzou as mãos sob a cabeça. Precisava dar um jeito de encontrar Bella. Será que ela tinha seguido os comensais por vontade própria? Não, porque se fosse isso, Rodolfo saberia.


            Deu um suspiro aborrecido. Ele detestava não saber das coisas. Especialmente se essa coisa era algo sobre Bella.


             E, somente então, percebeu algo vibrando em seu malão, por cima das roupas escolares limpas.


             Pulou da cama rapidamente e voou para o pequeno caderno de capa preta. Quando o abriu, um sorriso vitorioso começou a se espalhar pelo seu rosto. Uma letra fina e rebuscada exibia, em uma das páginas, a seguinte mensagem:


             “Manda alguém vir me buscar, agora! Eu estou com calor, não sei como voltar para Hogwarts, e isso é totalmente. Culpa. Sua!!!”


 ***


Lari, olha a Bella aí de novooo!!! Ao q parece, naum terminou.... Como dizia algm q eu conheço, se naum foi feliz, naum foi o final, rsrsrsrssrs... Vc viuuuuu, eles saum bem pais do Neville e do Harry, neh? Bom, do Neville em sua fase corajosa e encrenqueira do livro sete rsrsrsrsrs... E o Remo abriu o coração para ela, mas naum teve a msm gentileza em troca rsrss... Vc viuuuu, espera soh o Thiago cruzar o caminho do Slughorn, ele naum ficou nd contente do professor incompentente ter deixado a querida dele no caminho do Voldie rsrsrs... O Slughorn vai desejar enfrentar o Voldie ao invés dele. rsrsrsrs Ainda vai dar mais desenrolar e mais história essa confusão no três vassouras :P Me fala se gostou dessas primeiras consequencias, tah? Bjssss, teh maissss

Lori, pode dexar, naum abandono naum.... eu sou apaixonada por escrever rsrsrsrs... especialmente se vcs taum lendo rsrsrsrs... Serah q a Bella vai dar o braço a torcer de novo? ou serah q ela jah bateu tantas vezes a cara no muro q jah se convenceu de q ele eh sólido? Vc viuuuu, Lily eh bem mãe do Harry msm, neh? Ainda vai ter mais brigas com o Voldie. Eu quero colocar as três vezes q eles brigaram com Voldie na fic :P Espero q tenha gostado do cap ^^ Bjssss, teh maissss

Jack, perdiii, amiga :( Minha irmã flw q foi meio mancada, pq a livraria chama Livraria Curitiba, eh lah de Curitiba e todos os vencedores eram de lah.... Mas sei lah, eu confio no resultado... vai ver lah em Curitiba eles escrevem melhor q aki :P rsrsrsrsrs... Aeeeee, TL pra vc!! Eu keria fazer uma coisa meio mistério, do tipo "oh, serah q ele morreu?" Mas naum tem graça, pq td mundo sabe q ele naum morreu... Ele tem q fazer o Harry antes neh? ¬¬' rsrsrsrsrs Mas me fala se vc gostou msm assim, tah? ^^ Bjssssss

Lilly, coitadooo do Remo, caindo q nem patinho sentado na lagoa rsrsrsrs... Aaaahhh sei lah, acho q se eu cruzasse com o Voldie eu tbm saía correndo de medo antes de dar tempo de gritar "Oh, qm poderá me defender?", Siiim, a primeira, e eu keru por as três aki rsrsrsrs... Aaaaahh, eu tbm, a Bella eh vilã, eu sei, mas eu tenho uma doh dela tbm >_< Vc viu, vc viu? Se descontrola e faz magia sem querer q nem o filhooo!! rsrsrsrsrsrsrs Bom, espero q tenha gostado do cap ^^ Me fala depois tah? Bjsssss teh maissssss


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