Indo para o Trem



Capitulo 23 – Indo para o Trem




Tudo bem, que no dia lá de Hogsmead eu estava dramática á respeito do Potter, mas não posso negar que depois que ele voltou a soltar algumas palavras comigo eu me sinto melhor, não sei bem o que eu sinto, se alivio dele ter voltado a falar comigo, só por causa disso, ou qualquer outra coisa sem menos importância agora para que eu pense.


Passou as ultimas semanas de aula, muito mais rápido do que eu imaginava. Maria e eu corríamos para fazer as provas, estudar, não tinha uma pessoa naquele colégio que não estivesse morto para um descanso, talvez os marotos, nunca os viam estudando muito, e sempre notas altas. Impressionante.


Mas eu não quero falar dos marotos, esquece isso.


Então passou as semanas, e quando eu dei por mim, já estava no salão principal e Dumbledore estava fazendo um pequeno discurso para o fim do semestre letivo. Uau, como cansa.


- Ai Lilian! Estou tão animada – dizia Melinda, e Dumbledore ainda falava, acho que já tinha uns oito minutos.


- Por quê? – eu perguntava pela décima vez, não que eu não estivesse escutando nas outras nove vezes, mas ela gostava de repetir as coisas que a deixavam alegre.
- Porque? Eu já te contei sua boba – ela disse sorrindo, a única que não sorria por ali era eu, meu cabelo estava todo arrepiado, e eu estava tão cansada, que eu sentia meus olhos fechando, fechando...


- Lilian! – alguém me gritou, levantei assustada, mas logo sentei, porque percebi alguns olhares me cessando, povo estressadinho.


- Que susto! – eu disse, procurando quem havia me chamado, os marotos estavam uns três lugares da gente soltando pequenos risinhos, cômicos eles ein.


- Eu sei Lilian que o discurso de Dumbledore cansa, mas não durma! – Potter falou com risinhos, joga uma faca nele.


- Você não sabe porque eu estou cansada Potter, não diga nada. – ele me olhou como se imaginasse coisas.


- Perdendo a noite Evans? – falou Sirius sorrindo maliciosamente.


- É. Perdendo a noite – com os estudos, mas eles não precisavam de tantos detalhes, Potter parou de sorrir? O que ele quer? Ele pode ser cômico e eu não? Direitos iguais meu bem.


A comida já estava sendo servida, era a ultima noite naquele castelo esse semestre, e pela primeira vez eu queria ir muito embora daqui.


- Exatos 16 minutos e 35 segundos – disse Pettigrew lá do lado dos marotos, não que eu sempre estivesse ouvindo as conversas deles, mas eu tenho culpa deles sempre sentarem perto de mim e falarem alto?


- Ele foi mais breve esse ano – disse Remo, deviam falar do discurso do diretor. Que safados.


- Então Lily, você vai pra tua casa não é? – me perguntava Melinda, seria a terceira vez, queria achar o botão de repetir e desligar nela.


- Sim. – disse calmamente, e baixo.


- Eu posso passar por lá? Quando eu der uma passava perto do seu bairro? – perguntou com os olhos brilhantes.


- Pode sim Melinda, só precisa saber onde é – eu disse sorrindo e voltando a comer.


- A é, poxa... – ela olhava para os lados – Ei Lupin me dá esse papel – ela falou pra um pergaminho que Remo segurava, não sei porque eu só chamo Remo de Remo e não de Lupin, questões não exatas em minha mente.


- Esse não pode, espera ai – ele se abaixou e catou outro pergaminho e jogou para Melinda. A aparência de Remo era outra coisa, quando ele não estava naqueles dias. Parecia que quanto mais longe da lua cheia melhor, ta isso é obvio ¬¬.


Melinda pegou o pergaminho de Remo, e sua varinha, conjugando um feitiço para que a varinha soltasse pequenas faíscas para escrever o meu endereço, eu dei. E eu sentia o olhar de Potter na gente. Não entendo mente masculina, não, não. Não sei o que tanto ele olha.


Depois do café da manha todos iríamos embora, e parecia que todos comiam lentamente, pareciam querer adiar as férias. Qual é pessoal! É verão, sol. Dias quentinhos na piscina. Sem aula... eu estava realmente cansada, para querer sair tanto de um colégio. Nem eu me reconheço.


- Então Lily, quando eu tiver pra passar lá na sua casa eu te ligo – dizia ela sorrindo – vou logo pegar o resto das coisas que faltam, antes de você acabar. – ela saiu, e eu fiquei lá, terminando meu café da manha.


- Alguém aqui esta devendo nota? – perguntava Black, para os marotos é claro, e não que eu seja curiosa, mas eu tenho culpa de ficar ouvindo o que eles falam? (N/Y: Isso me lembra eu *-*)


- Não Almofadinhas – respondeu Potter bebendo lá algo que estava na taça. – A não ser como o Pedro como sempre – disse sorrindo.


- Você pare, ou eu te furo – ameaçou Pettigrew com o garfo, e Potter fingiu ter medo – Não tenho culpa dos professores não gostarem de mim


- Então foram, 10 professores – disse com ênfase, Remo. – que não gostam de você, os outros 5 devem gostar desse seu rostinho redondo – dizia rindo com Potter e Black, e até mesmo Pettigrew, que ainda concordava.


Ficar devendo nota em 10 matérias é bem legal.


- Adianta Remo, pra gente ir logo, quero voltar pra minha casa, sinto saudades – disse Potter entre sorrisinhos.


- Saudades da vizinhança? – abraçou-o Black.


- Em tempos passados sim – poderia imaginar que era por causa de alguma vizinha oferecida – Mas agora é por causa de outros assuntos – ele me olhou! E eu tava bebendo o suco, quase morri, acho que fiquei vermelha, e ele deu um risinho convencido pra mim, tenho que me retirar daqui.


- Tenho até medo de saber, mas o que seria? – perguntava Black, se levantando aos poucos com Potter.


 - Ainda não tenho confirmações, mas tenho tudo em minha mente – disse com risinhos, junto com Remo que balançava a cabeça negativamente, se levantando.


Me levantei, mas eu seria mais rápida á sair dali, SE um ser estranho e doente não tivesse passado correndo por mim, enquanto eu estava com as pernas entre o banco, me fazendo tropeçar e cair.


- Maldito! – dei um breve gritinho e me levantei, ajeitando minhas roupas, e meu cabelos.


- Ficou emocionada demais Lírio? – perguntou Potter, lá vem ele com essas piadinhas, os marotos já estavam de pé. E Potter estava abraçado com Black, creio que eles tem um caso romântico.


- Evans. Porque estaria? – o que esse menino pretende?


- Porque você não vai me ver mais, por três messes, sei que é triste pra você, como é triste pra mim – ele sorria tanto, que eu via a hora da boca se partir, e Black dava risinho, com os outros.


- Fico é bem emocionada mesmo, porque é tanta felicidade de ficar longe de você – dei uma piscadinha, ele pareceu morrer, ficou serio, e depois sorriu marotamente. Fui saindo, antes que soltasse mais alguma piadinha.


- LILY!LILY!- vinha me gritando de longe Maria, o que será o houve?


- Diga minha querida – disse sorrindo, ela me olhou estranhamente


- Por acaso, a Melinda teve um caso com o Sirius? – perguntou ela, fingindo não esta interessada. Claro que estava eu a conheço.


- Não que eu saiba – disse fingindo que não havia percebido nada – Já pegou suas coisas? Estou ansiosa para voltar – disse sorridente


- Já! Vamos? Porque quero garantir um bom lugar no trem – acompanhei ela, não tinha visto mais Melinda depois que ela pegou o meu endereço.


Fomos caminhando até a entrada do castelo, onde muitos já se despediam para poder embarcar para a estação, via os marotos distante, conversando com outros meninos. Pareciam marcar coisas, talvez para se fazer nas férias.


- Anda logo Lily, não quero sentar com os tapados – ela falou tão naturalmente, Mandi nem era certa.


- Melinda! – chamei, ela olhou e deu um tchauzinho. Estranha... depois vou ligar para a casa dela pra saber o que houve.


- Vamos ver, - ia dizendo Mandi, não sei porque uma boa cabine poderia ser tão importante – pronto, 14 horizontal ta ótima! – ela disse feliz, a cabine era separadas por paredes de vidros, havia umas cortinas beje com vermelho, mas estavam abertas, dando para ver quem estaria nas outras cabines no lado.


- Nunca viajei nessa – era bonita, a janela era tão enorme que nem parecia que havia algum vidro ali.


- Lily – ela me chamou devagar, abrindo um armário para pegar almofadas – Olha quem está na cabine ao lado – ela parecia cantar uma musica.


Eu estava em transe, olhando a linda e enorme visão daquela cabine, quando me virei lentamente – pra fazer o suspense – vamos tentar descobrir quem estava lá? Quem descobri ganha milhões de galeões! Sim. É esse que você esta pensando, Potter. Ele deve me perseguir.


Lamentei alto, e que ele desse pra perceber, mas ele sorriu. Quando Potter não sorri, vai ser o fim de tudo.


Ele acenou pra mim, e eu revirei os olhos, acho que quanto mais eu tentava desprezar ele, mas ele gostava. Sugestivo, não é a toa que falam, ‘esnoba que ele gosta’ ¬¬. Tudo bem, parei.


Me sentei inconformada, e perguntando para Mari se a gente não podia trocar de cabine, ela falava que deveriam esta todas cheias agora, mas como poderiam esta tão cheias se o trem partiu e só havia eu e ela em uma cabine que caberia cinco? Ela queria me enganar, não conseguiu. Mas eu não ia brigar por causa de Potter, ele já trás problemas demais sozinho.


Não se passou cinco minutos que o trem havia partido, ai veio Potter me tirar das minhas leituras da revista.


Ele bateu varias vezes, eu ignorei, e Mari não fez nada, era incrível como ela fazia isso só pra eu ir lá e falar com ele. Olhei para o vidro que separava as cabines, e ele dizia – dizia não, que eu não ouvia ele – mexia os braços, as mãos, e se possível os pés, para que eu entendesse, Remo dava risinhos por causa disso. Li bem os lábios dele que se moviam devagar ‘ vem pra cá’ respondi do mesmo jeito ‘ não.’ Ele me olhou com uma carinha de desilusão e fez um biquinho, se eu fosse sensível pro lado do Potter eu caia na tentação, tudo bem que faltou bem pouquinho pra que isso acontecesse mas não. Meu senso de incompatibilidade com Potter era maior. Ele ficou me olhando, e eu fiquei olhando pra ele, os outros marotos não estavam nem ai mais, e Maria lia a revista. E ele continuava com aquela cara e dizendo, ‘ vem Lily, por favor’.  Tudo bem, tenho que assumir que não demorou muito, e eu fui. Você iria, se estivesse deparada com aquela cena, tão lindo.

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