Fuga.



Eu dirigi lerdamente, pensando... Então Lílian estava solteira, e ia à minha festa. Ótimo. Eu estava na seca, e por parte, era culpa dela.
O meu último caso, ops, namoro, foi com a Rose, prima da Lily. Tipo, a gente tava junto o quinto ano inteiro, até que eu cansei, e pra não ser mais uma vez o vilão, fiquei tão insuportável que ela [u]teve[/u] que me dar um fora {n/a: Eu já fiz isso >.<’’}.

Mas, depois das férias, ano passado, Alvo tinha ido abrir seu coração pra ela. Daí eles estão namorando. E tá todo mundo feliz. Ok, eu não estou. Mas é por culpa de uma certa ruiva, que me irrita toda a vez que nós nos encontramos. No corredor, nas aulas, nas refeições, em salas vazias, em todo canto.

Finalmente cheguei em casa. Não reconhecia mais minha própria sala. Fui para o meu quarto. Mamãe deveria estar falando com alguém da decoração, ou coisa parecida. Fechei a porta ruidosamente. Liguei o som, deixando que preenchesse o silêncio e me joguei na cama. Bocejei. Fazia algum tempo que eu não dormia direito.

- O amor é o calor, que aquece a alma... – {n/a: Jota Quest – Do seu lado} cantei um pedaço da música, desinteressado. Logo ela mudou. Será que estão fazendo maratona de Jota Quest? – Amor de dentro prá fora, amor que eu desconheço... – {n/a: Jota Quest – Amor Maior} eu continuei cantando pequenos trechos das músicas, e quando percebi, já eram seis horas e eu tinha que descer pra falar com meu pai.

Por mais estranho que pareça, estava tudo completamente silencioso na minha casa. Estranho demais, mas o que eu podia fazer? Dar uma festa? Sorri; festas eram o que eu menos precisava agora. Fui para a sala, onde mamãe talvez estaria. Acertei. Ela estava lendo o Semanário das Bruxas. Eu ri.

- Boa noite, mãe. – eu dei um beijo no rosto dela e me sentei no sofá.

- Boa noite, querido. – e ela sorriu feliz. Isso fazia o meu dia completo. – Como foi seu dia? – ela perguntou, colocando a revista de lado.

- Foi bom. Fui almoçar lá no Magic Food, e encontrei uma amiga. – eu não tinha certeza se ela ficaria feliz por ter encontrado Lily, mas melhor prevenir do que remediar.

- Amiga? Sei... – ela brincou, e eu ri.

- E como foi o seu dia?

- Ah, você sabe. Tive que fazer mil e uma ligações, persuasões e muito blábláblá. – ela fez uma careta. – Ah, falando nisso, você precisa comprar seu terno!

- Mãe! Você sabe que eu odeio ternos... – falei emburrado.

- Tudo bem, amor. Vou convencer seu pai, mas use algo apresentável, sim? – ela disse, me abraçando.

- Ok, mãe. O papai pegou o turno noturno de novo?

- Não. Ele deve estar chegando logo. – ela sorriu e levantou-se. – Vá se lavar, o jantar fica pronto em vinte minutos.

- Certo. – eu segui para o meu quarto.

Tomei banho, vesti uma calça de moletom e uma blusa velha. Tinham se passado dez minutos. Deitei na cama e peguei meu livro preferido. “Amante”, fala a história de um garoto que odiava tanto uma menina na escola, que a fazia chorar várias e várias vezes. Então ele descobriu que todo aquele ódio era pra esconder um sentimento mais forte que ele tinha medo, amor.

No final, ele fica tentando ganhar a confiança da garota, mas ela está tão magoada que não quer nem falar com ele. No epílogo, passa que ela se casou e teve filhos, enquanto ele se tornou um homem de negócios, sem nunca se apaixonar.

Eu sempre gostei desse livro, porque às vezes eu me identifico com o personagem. E também tem a parte de não ser correspondido. Olhei o relógio e desci, em cima da hora. Meu pai estava lendo o Profeta Diário no sofá da sala.

- Boa noite pai.

- Boa noite, filho. – ele me respondeu seco, mas eu não me importei. Estava acostumado demais.

- Como foi no trabalho?

- O de sempre. – eu fiquei com aquela cara de “você não vai conversar?”. – Mas e você? O que fez hoje?

- Nada demais. – dei de ombros. Então olhei para os lados, e vi que mamãe não estava por perto. – Na verdade... Hum, pai, eu preciso de... Conselhos. – eu falei sem jeito.

- Conselhos sobre o que? Garotas? – então ele riu. É, ele riu! Isso é o que eu ganho por contar meus problemas.

- É... Mais ou menos.

- Tudo bem, desculpe por isso. Mas, me conte a situação. – ok, hora de escolher as palavras.

- Tem uma garota na escola, que, bem, ela me odeia. Só que a gente fica se provocando. E eu acho que me apaixonei por ela, mas não sei o que ela sente. – eu pausei por um minuto. – E eu não sei o que fazer. – ele me olhou divertido por alguns segundos antes e começar a falar.

- Olhe, você tem três opções. Primeira: você conquista a garota. Segunda: você a esquece. Terceira: você continua a mesma. – ele deu de ombros. – O que vai ser?

- A primeira ou a terceira. – eu pensei um pouco. – Certo... Se eu escolher a primeira, o que eu tenho que fazer?

- Só uma pergunta, filho: ela é Grifinória? – ele indagou, com um sorriso brincalhão.

- Bom... – que mal teria se eu contasse? Nenhum, certo? – Sim. Ela é a Grifinória mais cabeça dura que eu já conheci...

- Então você terá muito trabalho pela frente. – ele olhou o relógio de pulso e se levantou. – Que tal conversar mais depois? Eu realmente estou com fome.

Então fomos para a sala de jantar, onde mamãe já nos esperava. Comemos conversando normalmente, com algumas brincadeiras. As pessoas acham que só porque somos Malfoys não somos alegres. Scott, meu melhor amigo, é o único que vem aqui regularmente nas férias. Uma vez por semana, mais ou menos.

Depois que acabamos de comer, ficamos na sala, até mamãe subir para o quarto.

- Hei, pai, agora eu fiquei curioso... Você já namorou Grifinórias? – perguntei interessado.

- Bem, digamos que só uma. E ela era bem cabeça dura, como a sua paixão. – ele respondeu evasivo, mas eu não insisti.

- E o que eu faço pra conquistar a minha ruivinha? – ah, droga!

- Quer dizer que é uma ruiva, né? Elas são sempre as melhores, mas não fale pra sua mãe. – brincou, me fazendo rir.

- É. Mas, e então?

- Bem... Você pode tentar conquistá-la aos poucos... Na escola, prense ela em corredores desertos, leve-a para a Sala Precisa... Seja romântico, mande flores, às vezes. Se ela for chocólotra, mande chocolates. Coisas assim. – ele explicou, sorrindo. – Espero ter ajudado. Qualquer coisa, eu estou aqui.

- Valeu pai. – eu fui para o meu quarto.

***

Acordei com a agitação no corredor. Levantei, esfregando os olhos e saí para ver o que estava acontecendo. Encontrei meu pai pegando uma torrada, e indo apressado para a lareira.

- Parece que atacaram a esposa do Potter ontem à noite, e ele está quase pirando. Ela entrou em coma, ou algo assim. – e ele se foi. Fiquei confuso por alguns segundos antes de ligar que Lily era a filha de Harry, então a mãe dela devia estar hospitalizada.

Eu fiquei pensando nisso o resto do dia, até que meu pai voltou pra casa contando o que tinha acontecido. A senhora Potter tinha saído. Ok. Ela estava na porta da casa quando foi amaldiçoada com um feitiço desconhecido, e estava em coma no St. Mungus. Uau. Isso é muito chocante. Pelo que meu pai falou, o Harry está quase enlouquecendo, James e Alvo vão visitá-la todo dia, já a minha ruivinha...

A semana passou muito rápido, e quando e me dei conta, era o dia da minha festa. Droga.

***

- Mãe, porque eu tenho que usar terno, mesmo? – eu perguntei bufando.

- Porque é uma festa importante, Scorpius! – ela me repreendeu, e assim que conseguiu ajeitar minha gravata, saiu do quarto. Faltavam exatamente quinze minutos pra festa começar e eu já estava suando naquela porcaria idiota de terno.

Eu ainda estava esperando os Potter. Tinham se passado duas horas desde o começo da festa, e nenhum deles tinha chegado. Certo, a Lily não tinha chegado. Mais um tempo depois, a lareira ficou verde, anunciando convidados.

Meu pai foi falar com Harry, o irmão mais velho ficou junto do pai, Alvo estava com Rose, conversando calmamente, os pais de Rose chegaram também juntos, e por ultimo Lily.

Meu Merlin, ela estava tão... Linda. Com um vestido preto indo um pouco antes dos joelhos, de coque com algumas mechas caindo displicentemente no pescoço... Ela olhou pra mim e sorriu. Ah, esse sorriso...

Ela falou algo pra tia, que acenou com a cabeça, olhou pro meu lado e cochichou algo com o marido. Hei, ela não tinha direito de ficar me julgado, ok? Então percebi que Lily estava do meu lado, sorrindo, com os olhos brilhando. Eu daria tudo, mas tudo mesmo pra saber o que ela pensava. Ótimo. Alguém me interna no St. Mungus, por favor.

- Oi, ruivinha. – cumprimentei.

- Oi, loiro de... Quer dizer, oi Scorpius. – ela fez uma careta engraçada e eu ri.

- Então... O que te traz há minha humilde festa? – brinquei, e o celular dela deve ter vibrado na bolsa, porque ela o pegou, olhou e guardou-o novamente.

- Bem... Digamos que eu só vim pra te ver. – nossa, o que foi isso? Merlin, alguém me segura. Eu comecei a ficar ansioso.

- Ah, é? E porque a senhorita queria me ver?

- Bom, eu não sei. – ela admitiu, e riu. – Mas, porque você não me leva para o jardim... Ou pro seu quarto? – ela perguntou, e eu pude ver a malícia brilhando nos olhos negros {n/a: eer, eu não sei que cor são os olhos dela, ok? Alguém me fala?}. Eu olhei ao redor, e vi meu pai conversando. Mamãe estava falando animadamente com as primas...

- Hei! Scorpius! – ouvi Scott falar alto, vindo em nossa direção. Arrisquei olhar para Lily, e ela estava tranqüila.

- E aí, cara? – a gente deu um abraço. – Como estão as coisas com a sua namorada?

- Ah, tudo na mesma. Ela não pôde vir. – ele riu, olhando pra ruiva. – E aí, Lils?

- Oi, bobo. – eles deram beijos na face.

– Então, vou deixar vocês aproveitarem a festa. – Scott falou, com um sorriso malicioso.

- Me dá um toque quando eu precisar descer?

- Claro. Deixa comigo. – ele sumiu por entre os convidados.

- Quer dizer que vamos lá pra cima? – ela indagou provocante. Passou a mão pelo meu braço, fazendo-me arrepiar.

- Se você não quiser...

- Vamos logo – ela revirou os olhos. Guiei-a para a escadaria. Passamos despercebidos, e fomos para o meu quarto. – Seu quarto é bem melhor do que eu imaginava. – ela sorriu.

- E como você o imaginava?

- Ah, como um daqueles riquinhos, tipo Gossip Girl. – ela deu de ombros. – Mas com certeza eu gosto mais disso aqui. – ela falou, com um gesto de mão.

{n/a: Se alguém NÃO quiser ver NC's, melhor parar aqui. Aviso dado.}

Então, no momento seguinte nossas bocas já estavam coladas violentamente. Ela passava a mão pela minha barriga, e eu pela sua cintura. Joguei meu paletó em algum canto do quarto. Comecei a passear pelas coxas dela. Ela livrou-se do coque, deixando seu cabelo livre.

Eu a estava imprensando na parede. Estava sem camisa, e ela tirava meu cinto. Eu estava tão envolvido que nem me dei conta. Estávamos nos beijando como se fosse acabar o mundo em cinco minutos. Talvez nem isso. Então ela me empurrou pra cama, enquanto minha calça caía.

Eu fiz questão de também tirar-lhe o vestido. E lá estávamos nós, semi-nus, nos beijando na minha cama. Ai se minha mãe aparecesse ali...

Beijei-lhe o pescoço, arrancando pequenos suspiros. Minhas mãos passavam por toda pele que alcançava. Estava muito quente no quarto. Ela arranhou minhas costas, eu gemi. Ela sorriu contra os meus lábios. As línguas dançavam em sincronia. Parecia que ela tinha sido feita para mim, sob medida.

O beijo agora estava ainda mais intenso que antes, e as reações de nossos corpos revelavam o quão impacientes estávamos. Eu deixei um chupão em seu pescoço. Ela fez o mesmo, só que com mais força. Ela separou-se, procurando ar.

- Scorpius... Eu... – coloquei um dedo sobre seu lábios

- Quieta. – e nos beijamos por um longo tempo.

A bolsa dela, que estava jogada em algum canto, começou a fazer barulho. Provavelmente o celular. Senti Lily hesitar. Dei-lhe mais um beijo, mas ela se afastou, pegando o celular e olhando atentamente. Surgiu uma ruga no meio de suas sobrancelhas, ela suspirou e pegou a bolsa. Aproximou-se novamente, e eu levantei, abraçando-a por trás.

- Aonde você pensa que vai? – murmurei e sua orelha, enquanto ela tentava desvencilhar-se.

- Scorpius, eu... – o celular tocou novamente, e eu comecei a me irritar. – Eu preciso ir, desculpe. – ela estava nervosa. O bastante para eu deixá-la ir. Lily vestiu-se em silencio, arrumou o cabelo e olhou pra mim. – Me desculpe. Meu pai está me chamando. Eu preciso ir. Tchau. – e sem um único beijo de despedida ela saiu. Eu fiquei pasmo por dez segundos, antes de me atirar na cama.

- Ruiva problema. – bufei frustrado.

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N/A: Oi gente! O que acharam do capitulo 2?

Tentei fazer algo mais
hot e não sei se ficou bom. Poderiam por favor falar? Thanks xD

Deh ;* seja bem vinda!

E aí, digam o que acharam, ok?

Beijoos.

PS: Viram a capa *-----* EU que fiz xD

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