Engano



Capítulo 84 – Engano


 


Tiago e Lilian estavam fazendo uma ronda. Apesar de não serem professores, eles faziam essa atividade, para se igualar aos outros funcionários do castelo.  Não era a coisa mais prazerosa para fazer durante uma noite, mas eles se divertiam estando juntos.


- As coisas andam meio paradas. – disse a ruiva. – Que eu me lembre, as coisas foram mais agitadas neste ano.


- Claro com você fugindo do Dino. – disse ele, em um tom de zombaria.


- Nem me lembre disso.  –disse ela, sofrendo com a lembrança. – Ele tentava avançar a relação, mas não estava afim. Ainda não me lembro do porque comecei a namorar ele.


- Aborrecer Rony, ou encher o saco do Corner. Ou quem sabe, chamar minha atenção.


- Boas teorias. – disse ele. – Pior que todas deram certo.


- Se eu te contar que não foi ele o responsável por vocês terminarem você acredita? – perguntou Tiago.


- Como não? Eu já tinha falado com ele que não precisava me ajudar sempre. Mas ele insistia nisso. Algo para parecer um cavaleiro em um cavalo branco.


- Naquele dia, eu estava saindo do salão comunal, sob a capa. Eu encostei em você.


Lilian fez cara de brava para ele.


- Bem, foi melhor assim. – disse ela rindo.


- Mas realmente está meio parado. Como Malfoy não é um comensal, como eu dizia, Harry não tem a obsessão pelo que ele está fazendo.


- Mione passou as férias inteiras se lamentando por não ter acreditado em você.


- Agora ela tem outras preocupações. Pelo menos não precisa fugir do Won-won e sua namorada desentupidora de garganta. Acho que durante o namoro dos dois, não consegui trocar mais de duas frases com a Lilá.


- E também o Harry não fica atrás do Slug como você ficava.


- Bem, ele parece ter outra estratégia.


- Não me diga que ele também está atrás do professor. – lamentou ela.


- Você acha que Slug está fazendo o que no castelo? Dumbledore não é bonzinho assim não.


- Mas...  – disse ela, sendo interrompida por um barulho vindo de um dos armários.


- Parece que temos alguns alunos se divertindo. – disse ele com um brilho no olhar. – Deviam aprender a não fazer barulho.


- Você aprendeu? – perguntou ela.


- Não, mas sei feitiços que evitam que outros escutam. – disse ele. – Imagino o que Leticia ia nos perguntar se ouvisse algo.


Lilian corando o mandou acabar com aquilo logo.


 


Harry não aguentava mais fazer dever. Já tinha acabado com o de Poções, Transfiguração e Herbologia, mas ainda tinha o de DCAT. Snape estava particularmente chato esses tempos.


Ele decidiu procurar algum livro do seu pai para ajudar, mas a verdade era que não estava mais com vontade de fazer nada. Assim ele poderia sair dali sem que Mione o aborrecesse.


Lamentando que Gina estivesse na biblioteca com Gina, estudando. Ele não queria atrapalhar a ruiva, só por que estava entediado.


Então foi realmente para o quarto de seus pais. Sirius sempre disse que se ele mentir, tenha uma forma de prova que é verdade. Se ele voltar com um livro, a amiga não vai falar muito no seu ouvido.


Chegando lá, achou que estava tudo muito silencioso. Estranhou isso, mas achou que seus pais poderiam ter saído com as meninas para um passeio, ou visitar Debora e Kal.


Ele estava analisando a estante de livros para ver encontrava algo que poderia ajudar no seu disfarce. Foi quando sentiu que algo roçava a sua perna.


Olhando para baixo viu dois gatos chamando sua atenção. Ficou surpreso com aquilo. Será que seus pais haviam comprado gatos para as meninas.


Pegou os dois e se sentou numa poltrona e acariciou os dois. Ele sempre gostou de gatos. Ainda mais que era uma das formas que ele dominou mais facilmente quando treinava animagia. Foi quando um estalo deu em sua cabeça.


- Anny? Carol? São vocês? – ele perguntou recebendo miados felizes como resposta. – Devia saber que vocês iam faze algo assim.


- Harry. – ele escutou alguém chamando do quarto. – Graças a Merlin você está aqui.


Era Leticia que parecia preocupada.


- Você já achou as meninas.


- Essas pestinhas, sim. – disse ele.


- Você pode me ajudar, eu não sei o que eu fiz, mas elas viraram gatos. – disse a ruiva. – E não consigo fazer com que voltam ao normal.


- Você andou treinando animagia perto delas?


- Só um pouquinho. Quero aprender logo pra ensinar pro Kal. – disse ela.


- Pode ficar despreocupada, se as duas aprenderam ele vai aprender. Meninas voltem ao normal.


Carol e Anny voltaram a ser meninas e ficaram rindo no colo do irmão.


- Essas duas fizeram isso sozinhas? Eu não tenho culpa? – perguntou Leticia aliviada.


- Sim e não. – disse Harry divertido, alguém resolveu dar uma prova do que Leticia fazia para ela mesma. – Vocês duas não podem se transformar na frente de mais ninguém, só de mim, do papai, da mamãe, Leticia e Gina.


- Tá bom, Hally. – disse Carol.


- Certo. Arry. – disse Anny.


 


Rony acordou no seu aniversário e encontrou a costumeira pilha de presentes aos seus pés.


- Feliz aniversário, cara. – disse Harry que estava mexendo no seu malão.


- Valeu. – disse o ruivo. – O que você está fazendo ai? Procurando o meu presente?


- Seu presente já está ai.  – disse ele. – Embaixo do da Mione. Estou procurando por um dever da Gina que eu posso ter pego por engano.


- Precisa tirar tudo do seu malão pra isso? – perguntou Rony.


- Você conhece a sua irmã? Claro, e sabe que mesmo que esteja nas coisas delas se eu não tiver procurado direitinho, vou ter que fugir de um feitiço bem desagradável.


- Antes você do que eu, meu amigo.


- Rony, posso pegar um. – disse Dino, mostrando uma caixa de caldeirões de chocolate.


- A vontade, ganhei muitos doces. – disse ele em referencia ao pacote que obviamente era de sua mãe, e que ele achava mais gostoso do que os normais.


Dino deu um suspiro depois que pegou o terceiro.


- De onde você pegou isso? – perguntou Harry.


- Do chão perto da cama do Rony. – disse ele. – Será que ela gosta deles.


- Ela quem? – perguntou Simas.


- Romilda. – disse ele com uma voz melosa e romântica.


- Para de brincadeira. – disse o irlandês.


- Não estou brincando. – disse Dino. – Eu estou apaixonado por ela.


- Natal? – perguntou Rony para Harry.


- Sim. – respondeu o moreno. – Dino, eu sei onde a Vane vai estar.


- Você a conhece? O que você tem com ela? – perguntou Dino, primeiro esperançoso, depois raivoso.


- Conheço de vista. – disse Harry. – Mas posso te apresentar pra ela.


- Você faria isso por mim?


- Claro. – disse Harry.


Ele e Rony tiveram trabalho para levar o amigo para a sala de Slug.


- Harry, o que meu Príncipe das Poções está fazendo aqui num sábado de manhã.


- Romilda está ai dentro? – perguntou Dino.


- Sim, Mione me disse que ela viria aqui. – disse Rony, sabendo que era melhor dizer que foi uma menina, o amigo estava ciumento de mais. – Se não chegou, deve estar vindo pra cá.


- Então vou esperar o meu amor. – disse ele entrando na sala do professor.


- Ele acabou comendo um doce com poção do amor. – disse Harry. – Trouxemos ele aqui para evitar que ele causasse problemas solto pela escola.


- Pensei que você pudesse fazer um antidoto de olhos fechados. – disse Slug num tom decepcionado.


- Não queria arriscar um amigo, ainda mais que não sei qual a poção que ele tomou, ele comeu tudo. E todas tem um ingrediente que eu não possuo. Não estão no nosso kit de ingredientes.


- Você tem razão. – disse o professor. – Vou preparar agora.


Em poucos minutos, o antidoto estava pronto.


Dino tomou a poção sem ver, ainda mais que Rony disse que quem tinha feito era a Romilda.


- Cara, o que estou fazendo aqui? – perguntou ele quando fez efeito.


- Poção do amor nos caldeirões de chocolate.  – disse Harry.


- Eu não fiz nada que posso me arrepender, né?


- Não. – disse Rony, que por um segundo pensou em inventar algo, mas achou melhor não fazer, não era culpa do Dino. Ele tinha sido enganado.


- Acho que podemos comemorar isso. – disse Slug, com uma garrafa de hidromel na mão.


Serviu para todos.


Depois de um brinde eles tomaram.


- Tenho que agradecer o seu pai. – disse Slug para Harry. – Ele adivinhou que adoro esse hidromel feito pelos duendes.


- Ele tem o poder de saber o que acontece. – disse o moreno. – de uma forma que só ele pode fazer.


- Isso é verdade. – disse professor.


 

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Comentários (2)

  • Ana Potter Weasley Malfoy

    aaahh... (decepção on) ninguém envenenado? rsrsrsrsO cap ficou ótimo, mas acho que podia ter sido com o Ron mesmo a parte da poção, e alguém podia ter feito alguma coisa e o hidromel estar envenedado... (sim, gosto de tragédias) rsrsrs  

    2012-05-20
  • Natascha

    ficou ótimo! ainda bem q dessa vez não teve ninguem envenenado.

    2012-05-19
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