NOMs



Capítulo 67 – NOMs


 


 A Sala precisa estava diferente do que normalmente esteve neste ano. Havia algumas mesinhas com comidas e bebidas, uma pista de dança, sofás e pufes.


Lílian tinha dado a ideia de uma festa de confraternização para comemorar o fim do ano para a turma da AD.


- Isso é bem melhor do que aconteceu comigo. – disse Tiago. – Em que a última aula terminou em correria e com a saída do Diretor.


- Temos que recompensar os esforços de todos, principalmente daqueles que estão pra prestar os NIEMs na semana que vem. – disse a ruiva. – Eles saíram mais preparados para a vida fora do castelo.


Além dos dois, com as gêmeas, já estavam na sala, Harry, Letícia, Gina, Rony, Mione, Neville e Luna.


Aos poucos foram chegando os outros integrantes do grupo.


- Desculpem a demora. – disse Fred.


- Mas o Filch suspeitou que estávamos fazendo algo de errado. – disse George.


- Como somos bons conseguimos despista-lo. – disse novamente Fred.


- Isso não tem ligação com o fato dele estar pendurado nas masmorras? – perguntou Gina.


- Que isso maninha. – disse George.


- Você não pode nos culpar por ele não olhar por onde anda. – disse Fred.


- A armadilha era para algum sonserino, mas serve perfeitamente para zeladores enxeridos que querem espiar para Engolidoras de Moscas.


- Uma pena. – disse a ruiva decepcionada. – Eu ia recomendar para todos, o seu novo produto, mas como não é culpa de vocês.


Ela saiu antes que os dois pudessem responder.


- Vocês deviam saber como lidar com ela. – disse Harry que segurava o riso.


- E você porco-espinho falante, sabe melhor que a gente? – perguntou Fred.


- Muito melhor. – respondeu o moreno.


- Quero ver, faça ela corar sem ser de raiva. – desafiou George.


- Vocês não deviam fazer isso. – disse Rony vendo o amigo se encaminhar para perto da ruiva. – Ele vai fazer e vocês não vão poder fazer nada depois.


Harry chegou perto de Gina que estava parada na frente de uma mesa de comida se decidindo qual pegar.


- Eu já te disse hoje que você é muito bonita. – disse o apanhador no ouvido dela.


- Harry. – disse ela se virando para ele corada, mas não assustada, já que tinha percebido a aproximação dele. – Não fale essas coisas aqui. Meus irmãos podem ouvir e você sabe como eles são.


- Eu não posso fazer nada se eles não gostam da verdade. – disse o moreno pegando um canapé.


Gina corou novamente, e Harry pode ver que os gêmeos estavam boquiabertos.


 


Harry estava conversando com Cedrico e alguns colegas dele, quando alguém mudou o ritmo da música. Tonks foi a primeira a arrastar alguém para a pista. Esse alguém era um Remo completamente envergonhado.


Harry olhou em volta e percebeu a movimentação. As meninas olhando para os meninos e estes tomando coragem.


- Acho que é uma boa oportunidade para marcar pontos com a Cho. – disse Harry para o Lufa-Lufa. – Convide-a para dançar.


- Boa ideia. – disse o rapaz.


Mas o motivo para isso não eram tão altruístas quanto pensou Cedrico.  Harry notou que Dino conversava com Gina, e que seus olhos brilharam quando a música mudou. Rapidamente ele foi em direção dos dois.


- Milady me concederia a honra desta dança? – perguntou ele, com uma reverência, no mesmo momento que o companheiro de quarto abria a boca.


- Seria uma honra. – disse ela devolvendo o movimento do rapaz.


- Mas... mas...- disse Dino.


Os dois foram para o meio do salão.


- Você sabia que ele ia me convidar. – acusou a menina.


- Eu não posso ler mentes. – disse o moreno.


- Pode sim. – disse a ruiva. – Aprendeu junto comigo.


- Eu só queria dançar com você. – disse ele. – Ele que fosse mais rápido. Eu atravessei metade da sala, depois que mudaram a música. Ele estava do seu lado.


- Ele ainda pode fazer isso. – disse Gina com uma cara maliciosa.


- Isso se eu te soltar. – disse ele. – E o olhar que eu vi de Letícia não for direcionado para ele.


Gina olhou para a menina, mas ela estava com Carol e Anny, enquanto Tiago e Lílian dançavam. Ela fazia caretas para as duas que riam.


Mas Dino não podia dar dois passos sem tropeçar, o que o fez desistir de convidar Gina ou qualquer outra menina para dançar.


 


A festa ainda rendeu assunto para mais alguns dias, mas a animação foi logo substituída pela ansiedade dos exames.


Hermione estava muito nervosa e isso acabava se refletindo nos outros dois. Ela sempre tinha muitos livros a sua volta.


- Ela vai acabar levando esses livros até para o banho. – disse Rony preocupado com a namorada, mas sem tirar os olhos do livro que lia.


- Se for dar essa ideia para ela, lembre-a de treinar um feitiço impermeabilizante para que ela não tenha um ataque ao estragar seus livros. – respondeu Harry.


Os dois estavam em uma mesa diferente da que estava a monitora, já que ela estava ocupando toda a mesa com os livros dela.


- Não. Isso só vai fazer ela pegar um novo livro para descobrir o feitiço e perceber que não sabe os outros. – disse o ruivo. – E se eu a interromper agora ela vai treinar o que ela estiver lendo na hora em mim. Malfoy tentou isso ontem, e ainda não conseguiram tirar a maquiagem exagerada que ela colocou nele, por estar estudando sobre bicho-papão.


- Melhorou a cara dele pelo menos? – perguntou Harry para aliviar um pouco o ambiente.


- Não, continuou um desastre. – disse o ruivo, e os dois começaram a rir.


- SHHHIIII! – disse alguém na biblioteca.


- Que pessoal mais nervoso esse. – disse Fred chegando perto deles.


- Sãos os exames. – disse George.


- Por que vocês não estão estudando? – perguntou Rony.


- Não precisamos estudar. – disse um deles.


- Sabemos tudo o que precisamos. – disse o outro.


- Só estamos fazendo os exames para não decepcionar a mamãe, senão já teríamos fugido.


- E também para testar nossos produtos, que melhor lugar para isso que no meio de nossos futuros clientes.


- De onde vocês tiram tanto dinheiro para os ingredientes e outras coisas? – perguntou Rony. – Vocês não tinham tanto dinheiro assim quando tentaram apostar com aquele lá.


- Isso não é da sua conta irmãozinho. – disse Fred.


- Ainda bem que seu pai não deixou que apostássemos com ele. – disse George. – não queríamos dar nosso dinheiro para um comensal.


Os dois logo deixaram Harry e Rony sozinhos.


- Eu dei o dinheiro do Tribruxo para eles. – disse Harry, sabendo bem o que o amigo estava pensando. – Achei que eles fariam algo melhor com ele.


- Nisso você tem razão. Ver a Velha Sapa humilhada é melhor que ter tanto ouro no bolso.


 


Aconteceu uma comoção quando os examinadores entraram no castelo. Umbridge correu para cumprimentar a todos, mas eles a ignoraram e foram em direção ao casal Potter que descia as escadas com as filhas.


- Que bom que ainda encontrei vocês aqui. – disse Giselda Marchbanks, a chefe dos examinadores, que anos atrás tinha ficado impressionada com os dois quando os conheceu.


- Não precisamos sair daqui antes de começar as provas. – disse Tiago.


- Ainda não entendo como o ministro pode achar que vocês vão ajudar o filho de vocês. – disse a examinadora.


- Ele ainda não compreende que não estamos contra ele. – disse Lilian.


- Ele vai compreender. – disse Giselda. – Nem que seja quando perder o cargo.


Vários rumores sobre os examinadores e um comércio de substâncias que serviriam para aumentar o rendimento. Claro que Hermione acabava com tudo isso.


 


Os horários dos exames foram anunciados e pelo que Harry pode perceber os exames teóricos aconteceriam durante as manhãs e os práticos durante a tarde, isso excluíam claro o exame de Astronomia que acontecia durante a noite, por motivos óbvios, e algumas matérias teóricas como Runas e História da Magia.


Harry sentia que ia bem nas provas, tinha algumas coisas que por mais que se esforçava ele não conseguia se lembrar, mas sabia que compensava nas que perguntas que sabia dando informações precisas.


Rony não parecia tão seguro assim de si, mas a pior reação veio de Mione ao constar um erro.


- Eu traduzi errado. – dizia ela. – As palavras são parecidas, mas um erro grave.


- Foi só um erro, Mione. – disse Rony.


- UM ERRO? Eu posso ter arruinado toda a minha vida. – retrucou ela.


- Calma, Mione. – disse Harry. – O Rony tem razão, com certeza você acertou todo o resto da prova, um erro não vai fazer você ir mal.


- Não, não. Com certeza eles vão me mandar de volta pra casa. – disse a morena.


- Se você vai pra casa, pra onde eles vão nos mandar? – perguntou Rony, mas ela não respondeu. – Se até hoje, Crabbe e Goyle ainda estão aqui, o que faz você pensar que eles mandaram justamente a mais inteligente embora.


- Meu caso é diferente. – disse ela.


- Diferente por quê? – perguntou Gina, que até então estava quieta, ela não estava pressionada pelos exames.


- Eu sou nascida trouxa. – respondeu ela.


- Minha mãe também era, e nunca precisou ser melhor que ninguém por isso. – disse Harry. – E olha que naquela época a guerra era aberta.


- Mas...


- Mas nada, Mione - disse Rony. – Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. Se você é diferente, todos nós somos.  Eu posso ser de sangue-puro, mas somos considerados traidores de nosso sangue. Harry é órfão, por causa de Voldemort. Os examinadores não vão levar o sangue em conta, só as suas respostas e aposto que deve ter mais informações nas suas que em um livro.


- Ele está certo, Mione. – disse Gina. – Pelo menos desta única vez. Somos todos diferentes, não teria graça nenhuma sermos todos iguais.


- Vocês estão certos, foi só um erro. – disse ela, pegando o livro de Aritmancia, sua próxima prova.


- Nada disso. – disse Harry pegando o livro. – Agora é hora de relaxar.


- Isso mesmo. Vamos namorar. – disse Rony a puxando para fora da sala comunal.


- E você o que vai fazer? – perguntou Gina para o moreno.


- Eu vou para o meu quarto. – disse ele. – Todos os meus colegas estão no salão. Acho que vou precisar de companhia.


- Vamos logo. – disse ela olhando em volta para ver se ninguém estava olhando para os dois.


 


Harry estava ansioso pela prova pratica de DCAT, ele tinha ido muito bem na prova teórica, e estava aguardando pela sua vez de ser chamado. Viu que na sala que estava sendo usada como de espera havia alguns rostos apreensivos, mas todos os que participaram da AD pareciam confiantes. Deu um sorriso ao perceber isso.


E foi com esse mesmo sorriso que ele entrou no salão principal junto com as gêmeas Patil. Esse sorriso só aumentou ao ver que Malfoy estava em apuros.


- Boa tarde Sr Potter. – disse Tofty que seria seu examinador. – Pronto para começar?


- Boa tarde, Sr Tofty. – respondeu ele ao cumprimento. – Mais pronto impossível. 


- Você me lembra muito o seu pai. Melhor os dois. – disse o examinador. – Me lembro que você foi junto.


- Foi a primeira vez que sai com meus novos pais. – disse ele.


- Bom vamos deixar isso de lado e vamos pensar no seu futuro. – disse Tofty, pedindo uma série de feitiços e algumas vezes perguntando o que ele faria caso alguma situação aparecesse.


- Bom, como é de conhecimento de todos, gostaria de ver seu Patrono. – disse o homem. – Como é matéria dos NIEMs, você receberá pontos extras.


Harry olhou na direção de Umbrigde, que estava ali para espionar, pensou em vê-la ser enxotada do castelo e proferiu o feitiço calmamente.


- Expectro Patrono.


O cervo prateado saiu galopando pelo salão, indo em direção a Umbrigde. Dando-lhe uma chifrada.


O golpe foi sentido pela assessora do ministro.


- Perfeito! – exclamou o examinador.


- Não foi. – disse Umbrigde. – Deve ser descontados pontos pelo ataque a uma representante do ministério.


- Calada. – disse Tofty. – O feitiço serve para atacar criaturas das trevas e foi perfeito. Aqui você não é nada. E se atrapalhar mais um exame, serei forçado a te expulsar daqui, e não me importo se você é assessora, amante ou mulher do ministro.


Umbrigde ainda abriu e fechou a boca algumas vezes antes de desistir de falar algo.


- Está dispensado Sr Potter. – disse Tofty finalmente. – Seus pontos extras estão garantidos.


 


Para felicidade geral de todos, logo chegou o último exame. Historia da Magia. Não que fosse o mais esperado pela matéria, e que depois dele, haveria uma semana livre para eles.


Mais uma vez Harry se viu sentado atrás de Parvati, e pensando que a prova tinha o mesmo poder sonífero da voz do professor Binns.


Ele pensou que seria bom poder ler a mente da menina a sua frente para saber as respostas, mas prometeu ao seu pai que agiria com responsabilidade com essa técnica e Mione não aprovaria.


A última coisa que ele se lembra foi a balançar da borboleta que Parvati tinha na ponta de sua trança. Depois disso ele estava voando por campos verdes e estradas.


Pousou em uma rua de uma cidade grande, que ele reconheceu como Londres, mas precisamente a entrada para visitantes do ministério. Logo ele discou a senha e estava afundando na terra.


Passou pelo hall vazio, nem mesmo o segurança se encontrava ali. Segui para os elevadores, apertando o numero 9 como destino. Desceu mas não se virou para a sala de julgamento, mas para a porta do Departamento de Mistérios. Na sala circular, seguiu em frente e entrou na sala do tempo, conforme seu pai havia dito.


Logo entrou na Sala das Profecias.


Depois de alguns corredores, entrou e encontrou algumas figuras deitadas no chão.


Ele puxou a pessoa mais próxima.


- Pegue para mim. – disse Harry com uma voz que não era dele.


- Nunca. – disse o homem.


- Agora, Potter. – falou novamente Harry. – Ou suas filhas sofreram.


Harry apontou a varinha para uma das figuras no chão. Era Letícia.


- Crucio. – disse ele, e a ruivinha começou a gritar.


 


Harry acordou depois de cair da cadeira. Estava novamente em Hogwarts. Mas Voldemort havia sequestrado a sua família.


- Está tudo bem? – perguntou Tofty preocupado.


- Acho que acabei dormindo. – disse ele apertando a cicatriz. Ele sabia a sensação de quando Voldemort matava alguém, e pelo menos eles ainda estavam vivos.


- Ainda resta algum tempo, você pode terminar a última questão. – disse o examinador.


- Vou tentar. – disse ele para disfarçar, mas sabia que não conseguiria nada.


Assim que terminou o horário das provas, Harry saiu e se encontrou com Mione, Rony e Neville.


- Voldemort tem meus pais e as meninas no ministério. Temos que salvá-los.

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