Profecia



Capítulo 36 – Profecia


 


Os exames estavam acabando. Hermione estava caindo de cansaço, mas os outros dois não conseguiam descobrir o motivo. Faltava apenas uma prova para Rony e Hermione. Eram de matérias diferentes. O ruivo faria de adivinhação, matéria que Hermione abandonou no meio do caminho e Harry nem mesmo pensou em fazer. E a morena assistia a matéria de Aritmancia.


Harry acompanhou Rony até a sala de Adivinhação. Já que os testes seriam individuais e Rony seria o último.


O moreno não gostava muito daquela professora, mesmo nunca tendo a visto pelo castelo. Rony e Neville falavam que ela sempre previa a morte do moreno toda aula, mas parecia ser muito falso. Esse foi um dos motivos para Hermione largar a matéria.


Finalmente a professora chamou Rony, que entrou na sala. Mas ela parou na frente de Harry.


- Você não faz minha aula. Isso eu sempre previ, mas você devia tem uma aura muito trágica, marcada pela morte. – disse ela.


- Fiquei sobrecarregado. – mentiu ele, para não prejudicar Rony no seu teste.


- Sempre tentei convencer o diretor a colocar Adivinhação como matéria obrigatória, mas ele se recusa. – disse ela.


Mas ela parou e continuou a segurar o braço de Harry, e disse com uma voz etérea.


“O Lorde das Trevas ressurgirá... Um servo fiel ajudará... Não o mesmo da outra vez... Aqueles que ajudarão nada poderão fazer... O que voltou impede isso... Mas o destino dita... O Lorde  das Trevas ressurgirá.”


Ela voltou a falar normalmente.


- Até parece que ele não gosta de Adivinhação.


- Vai ver ele não é bom nisso.  – disse o garoto para se livrar da professora.


Ele passou todo o tempo que o amigo ficou na sala da professora pensando. Ele precisava contar ao pai, aquilo não parecia ser falso. O jeito como a professora falou foi muito estranho, e completamente diferente das coisas que ele tinha ouvido sobre ela.


- Nem sei como eles permitem isso, eu apenas inventei um monte de coisas olhando para a bola de cristal.


- Sou péssimo em inventar historias. Ainda bem que eu não faço essa matéria. – disse Harry tentando ser agradável com o amigo mesmo sem sentir nenhum humor.


- Vamos esperar a Hermione na torre. – disse o ruivo.


- Vamos. – disse ele.


 


Depois do ultimo exame Gina se juntou a eles, ficaram passeando pelo castelo, aproveitando o tempo que ainda tinham no castelo.


- Nada como o fim dos exames. – disse Remo ao vê-los passar pela sala dele.


- Ora, tio Aluado, você sabe muito bem que agora não temos nada para fazer. – disse Harry.


- Entrem, tenho uma caixa de chocolate trouxa, aqui em algum lugar. Tenho escondido da Tonks senão ela come tudo sozinha. – disse Remo, mas corou ao ver um brilho diferente no olhar de Harry.


Rony ficou fascinado com o doce, já que ele era apenas sabor, não rinha nada de magia nele.


- Muito interessante estes trouxas. –disse ele.


- Gostei deles. – disse Gina meio envergonhada.


- Posso mandar alguns para você. – disse Harry no ouvido dela, quando Hermione estava brigando com Rony por pegar muitos.


Ela apenas sorriu.


Alguém bateu a porta e entrou antes de ter permissão.


- Lupin, aqui está a poção. – disse Snape. – Não sabia que você estava com visitas.


- Obrigado, Snape. – disse o professor de DCAT. – Eu quase ia me esquecendo.


- Ia ser uma noite muito interessante. – disse o professor de poções de forma venenosa.


- Não com o Tiago por perto. – retrucou ele.


Quando Snape deixou a sala, Remo bebeu a poção toda.


- Isso tem um gosto horrível, mas se colocasse açúcar perderia sua utilidade. – disse ele.


- Eu não acho que você deveria beber algo dado pelo Professor Snape. – disse Harry.


- Todos nós sabemos que ele quer o seu cargo. – disse Hermione.


- Fred e George dizem que ele é o responsável por sempre terem um professor diferente todo ano, até você chegar aqui. – disse Gina.


- Não se preocupem. Foi o próprio Dumbledore que pediu isso para Snape. E uma poção muito difícil de ser feita, e infelizmente ele é um excelente preparador de poções. O Mago até sabe fazer, mas preferiu deixar isso para quem tem o cargo.  E se algo acontecesse comigo ele seria o principal suspeito.


- Isso tem alguma coisa com o fato de você ser um Lobisomem? – perguntou Hermione sem conseguir segurar sua curiosidade.


Rony e Gina arregalaram os olhos, surpresos com isso.


- Sim, Hermione. Como você descobriu? – perguntou o professor.


- Percebi que você sempre se ausentava nos períodos de Lua Cheia. E o Professor Snape deixou algo escapar no começo do ano. Tipo algo como um perigo para todos, se você se descontrolasse.


- Garota esperta. – disse ele com um sorriso feliz no rosto. – Não se preocupem meninos, essa poção e conhecida como Mata-Cão. Ela controla a fera, eu ainda me transformo, mas não perco a minha consciência e não faço mal a ninguém.


- Como aconteceu? – perguntou Gina.


- Meu pai acabou se desentendendo com um lobisomem quando eu era criança. E como vingança ele me mordeu. Achei que minha vida tinha acabado, mas Dumbledore assumiu a escola e permitiu que eu viesse, mesmo tendo que esconder meu segredo. Para que eu pudesse me transformar, ele construiu a Casa dos Gritos. Sim os gritos eram meus, sabe as transformações não eram muito agradáveis. A passagem para lá e sobre o Salgueiro Lutador, que foi plantado ali justamente para evitar que um desavisado encontrasse um lobisomem transformado. Foi a primeira vez que eu tive amigos, mesmo eu sentindo mal por enganá-los, mas fiquei com medo de perdê-los. Qual foi a minha surpresa quando eles falaram que estavam chateados por eu não confiar neles. Eles até descobriram uma forma de me acompanhar. Viraram animagos. Para Tiago e Sirius foi muito fácil, eles eram muito inteligentes. Eles até ajudaram o Pedro a se transformar também. Tiago era um Cervo, enquanto Sirius é um cão enorme. Eles me ajudavam e me controlavam. Passamos até a nos aventurar pelos arredores da Casa dos Gritos e pela floresta proibida. Foi a melhor época da minha vida.


- Isso por que você é uma besta. – disse Tiago assustando a todos.


- Desde quando vocês estão aí? – perguntou Aluado.


- Desde que a Mione perguntou sobre o fato de você ser um lobisomem. – disse Lilian. – Parece que você sempre fica meio cego quando esse assunto aparece.


- Não é bem assim. – disse ele.


- Isso não importa. – disse Tiago. – Agora temos que ir. O Sol já está se pondo.


- Tchau,Tio Aluado. – disse Harry.


- Tchau, Professor. – disseram os outros.


 


- Depois disso, eu acordei na enfermaria. – disse Tiago, terminando de contar para os quatro como descobriu que Remo era um lobisomem, deixando de fora a parte da viagem no tempo com Hermione.


- Mas quem afastou os dementadores? – perguntou Gina empolgada com a história. – E o que aconteceu com Sirius? Bicuço morreu mesmo, você disse que só ouviram o machado batendo no chão.


- Só se... Mas é perigoso... Eu não faria algo assim... – começou a pensar alto a morena.


- Fazer o que Hermione? – perguntou Rony.


Harry não se manifestou por saber que tinha mais coisa, apesar de não conseguir pensar no que podia ser, mas sabia que seu pai só contaria depois de todos os fatos iguais ou mudados terem acontecido.


- Eu fiz? – perguntou Mione para Tiago.


- Tem um motivo, e Dumbledore deu autorização. A decisão agora é sua.


- Eu decidir que não vou usar mais, então não há mais por que não contar. – disse ela e depois se virou para os amigos. – Durante todo o ano eu assisti todas as aulas possíveis. Quando digo todas, foram todas mesmo. Mesmo as que tinham o mesmo horário. Eu usei isso para poder fazer isso.


Ela tirou uma pequena ampulheta da camisa e mostrou para todos.


- O que é isso? – perguntou Rony.


- Isso é um vira-tempo. Um objeto que me permite viajar no tempo. Assim eu podia assistir todas as aulas. A professora McGonagall me entregou no primeiro dia e fez várias recomendações. Não podia contar pra ninguém, nem mesmo vocês. Como eu não vou assistir mais todas as aulas, vou devolver para ela. Eu usei muito o Tiago para poder despistar vocês.


Tiago esperou que a notícia fosse assimilada antes de voltar a falar.


- Bom quando acordamos na enfermaria, Eu e Mione, descobrimos que Sirius estava preso e que ia receber o beijo, tentamos convencer a todos que ele era inocente, mas ninguém acreditou, exceto Dumbledore. Mas o testemunho de três crianças e um Lobisomem não ia ser muito útil, já que Snape não tinha visto Pedro. Mas Dumbledore percebeu que poderíamos fazer algo mais, e sutilmente disse que poderíamos voltar no tempo e salvar mais de uma vida.  Salvamos primeiro a vida do Bicuço, foi uma operação arriscada, para que ninguém nos vesse, principalmente nós mesmos e não permitir que o ministro e o carrasco suspeitassem de Hagrid. O Som que ouvimos foi a frustração do carrasco, que destruiu uma as abóboras do Hagrid. Depois precisamos nos esconder e ficamos na floresta até o momento de salvar Sirius. Vimos novamente a transformação de Remo e vimos a briga entre ele e o Sirius. Hermione uivou para distrair a atenção do lobisomem, mas o atraiu para nós, acabamos escondidos na cabana do Hagrid que tinha saído. Contrariando a Mione acabei me aproximando de onde estávamos sendo atacados pelos dementadores. Eu acreditei que vi meu pai executado o Patrono que nos salvou antes de desmaiar. Foi quando percebi que fui eu mesmo, e liberei o patrono. Depois esperamos Snape acordar e levar a todos para o castelo, para podermos salvar Sirius. Que fugiu com o Bicuço e nós dois voltamos no tempo exato para a enfermaria. E ver o show do Snape ao descobrir que Sirius tinha fugido.


- Uau. – foi a única coisa que se foi ouvida depois.


- Acho que eles podem experimentar o vira-tempo. – disse Lilian, que sempre quis usar um destes também.


- Podemos? – perguntou Harry.


- Sim, mas vocês têm que seguir direto para a sala comunal. Assim ninguém verá dois de vocês andando pelo castelo.


-Certo. – disseram.


 Hermione passou a corrente pelo pescoço dos amigos e deu duas voltas na ampulheta.


Os quatro viram tudo que aconteceu em duas horas voltar tudo, em poucos segundos. E acabaram parando novamente na frente de Tiago e Lilian.


- Como foi a viagem? - Perguntou Lilian.


- Vocês sabiam que voltaríamos? – perguntou Rony.


- Mas claro, depois que ficassem sabendo do vira-tempo, você iriam quer viajar. – disse Tiago. – Agora pra a torre.


- Pai, preciso te falar uma coisa em particular. – disse Harry.


- Vamos ali. – disse Tiago.


- Bom. – começou o menino. – Eu fui com o Rony até a sala de adivinhação. E aconteceu uma coisa estranha.


- A professora ficou estranha, mais estranha que o normal, e disse algo que o fez pensar.


- Sim, parecia uma profecia. – disse Harry, e contou o que ela falou.


- Essa é a segunda profecia que ela realiza. – disse Tiago.


- Mas é a volta de Voldemort.


- Sim, era esperado já. Devemos ficar atentos, parece que pode ser de forma diferente.


- Você vai deixar ele ressurgir? – perguntou Harry espantado.


- Sim, esse é um dos motivos que eu voltei, para destruí-lo. E para isso, ele precisa ressurgir, a forma na qual ele se encontra no momento é impossível de se destruir.


- Espero que não de problemas. – disse Harry pensativo voltando para os amigos, que saíram e voltaram para torre evitando encontrar alguém pelo caminho.


- Vamos, temos que encontrar o Aluado e os meninos na sala de DCAT. – disse o auror para a esposa.


- E hoje que eles descobrem?


- Sim.


 


 

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