Balaço Errante



 Capitulo 22 – Balaço Errante


 


- Não podemos ficar parados. – disse Hermione. – Você ouviu o que o Malfoy disse.


- Acho que ele é o Herdeiro. – disse Rony. - Mas como faremos para pega-lo.


- Tem uma maneira. Mas é muito arriscado e estaremos desrespeitando umas cinqüenta regras. – disse Hermione. – Só que precisamos de um livro da Seção Restrita.


- Será que você poderia explicar melhor. – disse Harry. – Quem sabe podemos te ajudar.


- Certo. Tem uma poção que nos faz mudar de forma. Podendo fazer com que fiquemos com a aparência de qualquer pessoa. Mas o livro está na seção restrita. Teremos que pedir para um professor. – disse Mione.


- Podemos pedir para Lockhart, ele assina qualquer coisa que fique parado tempo suficiente na sua frente. – disse Rony.


- Não fale assim dele. Ele é muito bom. – defendeu Mione. – Depois que ele entrou na escola, eu li todos os seus livros e ele parece ser melhor que o pai do Harry.


- Minha mãe acha que ele é o máximo também. Acho que ele é um babaca. – disse Rony. – E você Harry?


- Eu não gosto dele. Meus pais também não. – disse ele se levantando. – Além do mais Lockhart não pode dar autorização para pegarmos livros na biblioteca.


- Aonde você vai? – perguntou os dois para o moreno.


- Fazer o que é mais fácil. Pedir para os meus pais.


- Está louco? Eles perguntaram o porquê. E não podemos falar para eles, nunca deixarão. – falou Hermione.


- Será mais fácil com eles, do que com Snape. – respondeu Harry.


O trio seguiu para a sala dos pais de Harry.


- Olha uma visita. Faz tempo que não vejo vocês por aqui. – disse Tiago. – O que devo a honra?


- Precisamos de um livro que está na Seção Restrita. – disse Harry.


- Escrevam a autorização que eu assino. – disse Tiago indo atender a porta.


Enquanto o auror atendia um lufa-lufa do sexto ano que fazia uma pesquisa para ele, Hermione escrevia a autorização.


- Pociones muy Potentes. Snape deve estar pegando pesado. – disse Tiago. – Acho que não será necessário incomodar a Madame Pince. Eu tenho esse livro aqui.


Ele se levantou e foi até a estante e pegou o livro.


- Tomem cuidado, ele é bem raro. E se precisarem de alguns ingredientes que não possuem, é só me pedir.


Hermione e Rony ficaram pasmos com a facilidade com que conseguiram o livro e possivelmente os ingredientes, mas Harry ficou desconfiado. Seu pai sabia o que eles iam aprontar.


- Agora tenho que ir pegar a Letícia na escolinha. Vejo vocês no jantar. – disse Tiago saindo.


Hermione não perdeu tempo e logo abriu o livro e analisou a poção.


- Essa é a mais complicada poção que eu já vi. – disse ela. – Demorará algum tempo para ficar pronta. E precisaremos de alguns ingredientes que não temos no armário dos alunos.


- Só temos que pedir par meu pai, e arrumar um lugar para fazermos para preparar a poção. – disse Harry.


- Depois pensamos nisso. Vou deixar uma lista dos ingredientes para seu pai. – disse Hermione. – Mas você não acha que ele vai conseguir descobrir o que estamos fazendo?


- Você prefere roubar do estoque do Snape?


- Não, prefiro o seu pai. – disse a morena.


 


O time da Grifinória está reunido para ouvir as últimas instruções de Olívio para o jogo contra a Sonserina.


- Não será fácil. – começou a falar o capitão. – Eles têm vassouras melhores e está chovendo.  Mas nós somos melhores e mais rápidos.


- Isso mesmo! – gritaram os gêmeos.


- Vamos lá destruir aquelas cobras. – disse Olívio 


Entraram em campo, e Harry pode ver que mais uma vez Letícia estava lá para vê-lo jogar.


O jogo começou bem disputado, a superioridade das vassouras sonserinas igualava a superioridade dos jogadores grifinórios e a nenhuma equipe conseguia abrir vantagem no placar.


 Malfoy começou a usar uma tática de marcar Harry, tentando assim que o moreno achasse o pomo para ele e pudesse usar a vassoura par ganhar na corrida.


- Preparado para perder, Potter. Posso pegar o pomo prontamente. – disse Malfoy.


- Você deve ter passado muito tempo pensando nessa frase, uma perfeita aliteração com P. Você deve me amar para isso tudo.


- Você me paga. – disse o loiro serrando os dentes, um pouco confuso com o que foi falado.


Foi quando um balaço passa pelos dois e faz com que os dois se afastem um pouco. O balaço faz a curva e voltou na direção de Harry. Ele acelerou e desviou, mas o balaço continuou a persegui-lo.


Fred e George se aproximaram do apanhador par evitar que o balaço o acertasse, mas com isso deixaram o resto do time desprotegido.


- TEMPO. – berrou Olívio.


- O que vocês pensam que estão fazendo? – perguntou para os gêmeos de forma bem energética.


- Estamos tentando evitar que o Harry seja atingido pelo balaço maluco. – disse George.


- Nunca vi um balaço agir assim. – disse Fred. – Isso é obra de algum sonserino.


- E mais vocês deixaram o resto do time sem proteção. Alicia quase foi derrubada da vassoura e estamos perdendo por trinta pontos.


- O que podemos fazer agora? – Perguntou Kátia. – Se alguém adulterou esse balaço isso deve ser investigado.


- Não podemos fazer nada agora. Se pararmos o jogo, perdemos. – disse o Capitão. – Acho que teremos que continuar a jogar.


- O melhor é me deixar cuidar do balaço sozinho. – disse Harry.


 - Tem certeza? – perguntou Angelina.


- Sim. Mesmo se um dos dois ficasse comigo ali, eu não conseguiria pegar o pomo e eles precisam ajudar a todos.


- Certo então.  Vamos voltar ao jogo. E Harry faça de tudo para pegar esse pomo.


- Pode deixar comigo.


O Jogo recomeçou e a Grifinória voltou a encostar no placar. E Harry continuava a se desviar do balaço e procurar o pomo.


- Dançando balé, Potter. – disse Malfoy, ironizando os movimentos do apanhador adversário.


 Harry se vira para Malfoy para retrucar, mas para ao ver o pomo sobrevoando a cabeça do loiro. Esse momento de distração para evitar que Malfoy percebesse o pomo custou caro para Harry. O Balaço voltou para ele e o acertou seu braço direito, quebrando-o.


Malfoy começou a rir e ainda não prestava atenção ao pomo.


Harry viu uma bela oportunidade de vingança. O balaço vinha em sua direção pelas suas costas. Marcando um caminho reto para cima do sonserino, sem fazer com que ele notasse o pomo. O sonserino ficou paralisado acreditando que Harry tinha enlouquecido pela dor e ia tentar derrubá-lo.


No último segundo, ele desvia para a esquerda, a direção do pomo. O loiro respirou aliviado e não viu o balaço em sua direção.


Harry pegou o Pomo, quase caindo da vassoura, no mesmo momento em que o sonserino foi arremessado para fora de sua vassoura pelo balaço que acertou a sua barriga.


O moreno pousou com dificuldade, e acabou se ajoelhando no chão pela dor em seu braço.


- Você está bem, Harry. – perguntou Rony, um dos primeiros a chegar.


- Sim, estou. Acho que quebrei o braço. – disse ele.


- Deixe que eu concerte para você. – disse Lockhart.


- Não, o senhor não. – disse Harry.


- Coitadinho, está delirando pela dor. – disse Lockhart retirando a varinha das vestes, mas foi impedido por Tiago.


- Nem pense nisso. – disse ele.


- Eu sou excelente em feitiços curativos, pode ler em meus livros. – disse ele.


- Sim, mas aqui eu sou o Auror responsável pela segurança dos alunos, alem do pai dele. Ele irá para a enfermaria que existe para isso. Se você ousar apontar a varinha para ele de novo, você preferirá estar no meio de um bando de lobisomens famintos em plena lua cheia com sua varinha quebrada. – ameaçou o moreno. – Entendeu?


- Perfeitamente. – disse o loiro engolindo em seco.


- Vamos Harry. Rony ajude-o a se levantar.


 


- Que bom que ele não precisa ficar na enfermaria hoje. Assim o Colin não será atacado. – disse Lilian quando conseguiu arrastar o marido para um canto da festa.


- E tem isso também. Só pensei em não deixa o Harry ser ‘curado’ pelo idiota. Ninguém precisa passar pela experiência de perder os ossos do braço. – disse Tiago. – Assim pelo menos eu impeço os ataques, até descobrir quem está com o diário.


- Acho que devemos ir, a Letícia está com sono. – disse Lilian ao ver a menina quase dormindo no colo do irmão.


- Pega ela, enquanto eu converso com o Harry. Sabe ele receberá uma visita hoje. – disse Tiago.


Lilian pegou a filha que se ajeitou bem no seu colo, mas não dormiu.


- Já vão? – perguntou Remo ao se aproximar das ruivas.


Letícia o olhou feio e apertou mais o pescoço da mãe.


- Ela está com sono. – disse Lilian.


- Me parece outra coisa. – disse ele.


- Não liga, ela é muito ciumenta. – disse Lilian. – É pior com o Mago. Quer ver?


- Isso eu quero ver. – disse ele.


- A Tonks não devia passar serviço para o Tiago agora. – disse Lilian ao ver a auror conversar com o marido.


Letícia virou a cabeça para olhar o pai e o viu com uma mão no ombro da prima do Sirius, com um pulo saiu do colo da mãe e correu para o pai.


- Já vamos, rainha. – disse Tiago ao pegar a filha no colo. – Depois eu mando uma coruja, Ninfa.


Tiago se afastou da metamorfomaga e foi em direção a esposa, com a filha já adormecida no colo.


- Não te disse. Eu sou a única mulher que ela permite chegar perto dele. Assim como somente ele e o Harry podem se aproximar de mim. Ela já permite que a Gina se aproxime do Harry, mas acho que é só para não deixar o Tiago bravo.


- Nem mesmo o Pontas e a Lily eram tão ciumentos assim. – disse o lobisomem.


- Ela teve a quem puxar.


- Quem puxou quem? – perguntou Tiago entrando no papo.


- A Letícia que puxou o seu ciúme. – disse Lilian para ele.


- Eu não sou ciumento. – disse ele.


- Claro que não. O último cara que falou alguma coisa sobre mim no ministério quando me vê no corredor sai correndo, com medo do que você pode fazer.


- Eu não tenho culpa se ele não agüenta umas azaraçãozinhas. – disse Tiago emburrado.


- O único que tentou contá-las me disse que foram pelo menos cinqüenta. – disse Lilian dando um selinho nele.


- Tenho que cuidar do que e meu. – disse ele. – Ela faz o mesmo de quem ela gosta.


- Ele conseguiu juntar a Lily e o Pontas. Coisa que nem Sirius conseguiu prever. Coitado do namorado da Letícia.


- Quem disse que ela vai namorar? – perguntou o inominável emburrado.


 


Harry acorda com alguém na sua cama. Era Dobby.


- Dobby, o que faz aqui? – perguntou o menino.


- Harry Potter não foi pra casa.  Dobby pensou que ele ia depois do balaço dele. – disse o elfo.


- Foi você quem alterou aquele balaço, eu podia ter morrido.


- Não, morrer não. Dobby queria que Harry Potter voltasse para casa, Vivo. Depois que Harry Potter venceu Aquele-que-não-deve-ser-nomeado a vida dos elfos domésticos melhorou muito. A vida de Dobby não melhorou muito. Mas Harry Potter não pode morrer. Tem que ir para casa. Você devia ter voltado quando não conseguiu passa pela barreira.


- Também foi você aquilo. – disse Harry nervoso, mas mudando o tom continuou. - Não posso deixar para trás meus colegas, principalmente a Mione, que é nascida trouxa.


- Harry Potter é muito grande. Pensa primeiro nos outros.


O ronco mais alto de um dos colegas de Harry fez Dobby desaparecer.


- Ele deveria tentar parar de salvar a minha vida. – disse Harry para ele mesmo. – Um dia ele vai conseguir me matar.


 


Harry contou para Rony e Hermione o que tinha acontecido.


- Acho que devemos começar a fazer a poção o mais rápido possível. – disse a morena.


- Mas onde?  Você disse que seriam necessários vários dias para que ela fique pronta. – disse Rony.


- Eu acho que devemos fazer no Banheiro da Murta-que-geme. – disse ela.


- Mas não é um banheiro feminino, Mione? – perguntou Harry.


- Sim, mas ninguém vai lá. Todos evitam. Por causa da Murta.


- Quem? – perguntaram os dois.


- Um fantasma, que assombra um dos boxes. Ele reclama demais. Vice chorando e quando está triste alaga o banheiro. Ele fica bem próximo de onde achamos a inscrição na parede.


- Tudo bem, fazemos lá. – disse Harry virando um corredor, trombando em alguém e abraçando a pessoa.  –Desculpe.


- Tudo bem, Harry. – disse Gina sem se soltar do moreno.


Rony fingiu uma tosse para que eles se soltassem.


- Essa é minha amiga que eu te disse. – voltou a falar a ruiva, muito corada. – Luna Lovegood.


- Muito Prazer, Harry Potter. – disse o moreno.


- Eu sei. – disse a loira. – E vocês são Hermione Granger e Ronald Weasley.


- Sim. Bom te conhecer Luna. – disse a morena, enquanto Rony apenas apertava a sua mão.


- Fico feliz em conhecer vocês. – disse a corvinal.


- Agora temos que ir, você tem que ir para a enfermaria, Luna. – disse a ruiva se afastando.


 Mas quando ia passando pelo Harry, ele sussurra para ela.


- Você tem treino.


 Ela pisca confirmando que entendeu e se afasta levando a amiga.


- Ela me parece meio esquisita. – disse Rony.


-Deixa isso para lá- disse Hermione. – Vamos, quanto antes começarmos melhor.


 

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