Centauros e Ojesed.



Capitulo 17 – Centauros e Ojesed.


 


- Harry, não era para você estar na sua detenção? – perguntou Mione ao ver o moreno jogando xadrez com Rony.


- Hagrid estava ocupado hoje, e disse que eu a cumprirei outro dia. Não se preocupe com o Snape que meu pai que vai falar com ele. – respondeu o garoto sem tirar o olho do tabuleiro.


- Só o Hagrid para se preocupar mais com um ovo que com detenções. – retrucou a menina. – Só espero que isso ocorra antes do Natal.


- Por quê? – perguntou Rony.


- Ora, quando teremos outra oportunidade de ver um dragão? Eu estou curiosa para ver um. – disse ela.


- Meu irmão Carlinhos trabalha com dragões. Meus pais vão visitá-lo neste Natal, mas acho que vou ficar por aqui. Tio Tiago falou que vamos fazer uma visita nas férias para lá, vou com ele. – disse o ruivo.


- Você vai ficar no castelo?


- Não o tempo todo. Nós vamos lá para casa algumas noites. – disse Harry. – Prometi para Letícia que ia para lá. Mas como papai e mamãe continuaram a trabalhar nos passaremos os dias aqui na escola.


- Então vocês podem pesquisar sobre Flamel. – disse ela para que somente os dois ouvissem.


- Mione, nós já procuramos por toda a biblioteca e não achamos nada. – disse Rony.


- Meu pai disse que a informação que queremos não esta lá. – disse Harry.


- Ele só quer nos despistar, Harry. Mas acho que podemos tentar a seção restrita. – disse a menina de forma conspiratória.


- Tudo bem. – disseram os dois só para encerrar a discussão.


 


Os dias se passaram rapidamente e logo chegaram as férias de Natal. Harry e Rony seguiram para Hogsmeade com todos os outros. E Harry convidou a morena para conhecer a casa dele. Se bem que ele também não conhecia ainda.


- Harry. – disse Letícia pulando no pescoço do irmão.


- Ei pequena. Assim você se machuca se a gente cair. – disse ele abraçando a menina. – Você conhece a Mione, né?


- Conheço. – respondeu ela ríspida, entrando em casa novamente.


- Não liga pra ela, Mione. Ela sente ciúmes de qualquer menina que chaga perto de mim. A Gina, irmã do Rony sofre muito disso. – disse Harry com um sorriso envergonhado.


 -Tudo bem, Harry. Eu não ligo. – disse a morena.


Hermione ficou encantada com a casa, era a primeira vez que entrava em uma casa bruxa e as coisas eram bem arrumadas e diferentes do que era a sua casa e de como ela esperava ser a casa de um bruxo.


- Espero que tenha gostado, Hermione. Mas essa casa não é bem o que se espera de uma casa bruxa. Tiago conviveu muito tempo com trouxas e acabou tendo influencia deles. Quando você visitar os Weasley você verá o que realmente e uma casa bruxa.


- Tia Lilian, a Gina vem? – perguntou Rony.


- Não. Sua mãe achou que teria muitas crianças para tomar conta durante este período. – disse a ruiva.


- Mas só eu virei, os gêmeos só participaram da ceia. – disse ele meio decepcionado, queria contar para a irmã tudo que eles aprenderam e aprontaram.


- Junta o Tiago, Sirius e Remo para ver que os gêmeos são santinhos. – disse ela arrancando gargalhadas de sua família, um olhar envergonhado de Rony e um curioso da morena. – Eles se esqueceram de crescer, mas podem fazer magia fora da escola. – explicou para Hermione.   


 


 


-Acorda, Harry. – Disse Letícia pulando em cima do irmão que ainda dormia. – Mamãe disse que eu só posso abrir meus presentes se você estiver junto.


- Já acordei. – disse ele abraçando a menina. – Feliz Natal para você, pequena.


-Feliz Natal. – disse ela toda feliz.


- Agora acorda o Rony enquanto eu vou ao banheiro. – disse ele com um sorriso maroto.


A menina tinha sido informada pelos gêmeos que o amigo do irmão tinha medo de aranhas. Então se aproximou do ruivo e ficou em uma distancia segura para dizer:


- Rony tem uma aranha enorme na sua cama.


O garoto já acordou pulando para fora da cama, olhando para ver onde estava a aranha para ficar o mais longe possível. Mas ao ver a menina rindo do outro lado da cama e escutando risadas abafadas vindas do banheiro.


- Ora sua... sua.. eu te pego. – disse ele pulando para tentar pegar a menina.


- Encoste um dedo nela, que você vai ter uma coisa pra ter mais medo do que aranhas. – disse Harry saindo do banheiro e pegando a irmã no colo.


- Não sei por que a sua irmã não pode ser mais parecida com a minha. – disse o ruivo frustrado.


- Elas são mais parecidas que admitem. – disse Harry com a irmã ainda no seu colo mostrando a língua para ele. – você é que não percebe isso, por que a Gina apronta mais com os gêmeos e Percy. Quanto a você ela trata mais como trata o Carlinhos e o Gui, mais como companheiros. E como as duas sabem que brincar comigo e fria, elas não mexem comigo, né pequena?


- Sim. Agora vamos logo. – disse a menina pulando do colo dele e puxando sua mão para que eles andassem mais rápido.


A quantidade de presentes debaixo da árvore era enorme. Harry podia ver que tinha presentes dos seus pais, de Sirius, do Remo, do Hagrid, dos Weasley da Mione e até da Tonks.


- Finalmente mamãe me deu um suéter de cor diferente daquele marrom tijolo. – disse ele mostrando a peça azul que tinha nas mãos, bordados com um leão na frente.


Essa peça era igual a do Harry que era verde. Letícia recebeu de sua madrinha um belíssimo vestido, além de uma grande quantidade de doces caseiros que a mulher sabia que a menina adorava.


Foram abrindo os presentes aos poucos contando com a presença de Tiago e Lilian. Até qe sobrou um pacote.


- Acho que é para você, Harry. – disse Tiago jogando o pacote para o menino.


- Tem um bilhete.


 


Era do seu Pai. Use a bem.


 


- Não entendi. – disse Letícia. – como podia ser seu e não estar com você, Papai?


- Hum, acho que quer dizer que era do meu pai. – disse ele. – Abre logo.


Ele abriu e de lá saiu um tecido prateado que parecia ser liquido.


- Uau, eu nunca achei que veria uma coisa dessas. Essa é uma capa de invisibilidade. – disse Rony.


- Sim, igual a minha. – disse Tiago. – espero que saiba usar isso bem, como diz o bilhete.


- Eu posso levá-la para o castelo. – perguntou para os pais.


- Claro que pode. – disse Lilian.


 


 


Harry aproveitou que iria passar uma noite no castelo para poder invadir a biblioteca e pesquisar sobre Flamel, como Hermione tinha falado. Ia tudo bem, até o momento, não tinha encontrado ninguém pela frente e logo usou o feitiço para destrancar a porta e entrou.


Passou pela mesa da bibliotecária e se dirigiu para a seção restrita. Chegando lá ficou impressionado com a quantidade de livros e pergaminhos que tinha ali.


Mas algo chamou a sua atenção, um pergaminho brilhante estava flutuando na frente da primeira estante.


 


Harry,


Eu te disse que a informação que procura não está na biblioteca.


Cai fora daí antes que o Flinch te ache.


 Seu Pai.


 


Quando terminou de ler ele escuta a porta abrindo e o zelador falando.


- Tem alguma coisa errada aqui. Minha querida.


Harry verifica se está coberto e sai dali rapidinho, porém, mais uma vez parece que o zelador estava atrás dele.


Ele correu com toda a vontade, e acabou entrando em uma sala que nunca tinha visto. E ficou esperando para que o zelador passasse. Quando isso aconteceu ele se virou para a sala para analisar.


Aquela sala parecia vazia, a não ser por um espelho que parecia ter mais de dois metros de altura e parecia ser bem antigo com sua moldura dourada e com uma escrita que ele não conseguia entender.


Ele ficou fascinado com o espelho e foi se aproximando. Ele se viu na imagem, como deveria ocorrer. Mas logo atrás dele estava seu pai, ou melhor, ele mesmo do futuro. Ele se virou para trás e tentou tocar no pai, mas nada estava ali. E se voltou para o espelho.


A imagem agora tinha mais gente. Abraçados a imagem de seu ‘pai’ estavam seus verdadeiros pais, com caras orgulhosas e as mãos nos seus ombros. Mas ao fundo foi vendo outras pessoas que pela semelhança devia ser parentes do menino.


Ele passou a noite inteira ali, olhando para seus pais. Ele sempre gostou dos que tinham, mas a simples imagem dos seus verdadeiros era a melhor coisa do mundo.


 


Na manhã seguinte, Harry conseguiu levar Rony até lá.


- Veja, são meus verdadeiros pais. – disse se posicionando em frente ao espelho.


- Eu só estou vendo você. – disse o ruivo.


- Chega mais para cá que você verá. – disse Harry puxando o amigo para o meio do espelho.


- Agora sim estou vendo. Sou eu mais velho, e olha, eu sou monitor chefe, estou levantando a Taça das Casas. Eu sou o capitão do time de quadribol e acabei de ganhar a Copa. – Disse com empolgação o menino.


Harry ficou confuso e decepcionado. Ele acho que tinha entendido a magia do espelho, mas ele se provou errada.


 


-Eu não posso ficar esta noite aqui? – perguntou Harry para a mãe.


- Mas eu tinha prometido para a sua irmã te levar hoje. – disse Lilian.


- Eu tenho que fazer meus deveres. – disse ele como desculpa.


- Desde quando você se preocupa com deveres. Hermione sempre reclama comigo que você e o Rony deixam tudo para última hora. – retrucou a ruiva.


- Justamente por isso. Se não ele vão ficar para o fim das férias e depois e vou entregar coisa errada. – disse ele.


- O que esta acontecendo aqui. Letícia esta ansiosa para voar com você Harry. – disse Tiago se aproximando de sua família.


- O seu filho aqui não quer ir pra casa.


Tiago parou um segundo para pensar no que tinha acontecido com ele naquelas férias e se lembrou do Espelho.


- Deixa que eu tenho que conversar com ele um pouco. Nos encontre em casa. Prepare a Let que eu vou voar hoje também. – disse o auror. – Harry me siga.


Os dois morenos foram andando em direção a sala que tinha o espelho.


- Harry eu sei que você encontrou o Espelho de Ojesed. – disse ele antes de abrir a porta. – e se quais são suas características.


-Eu não sabia que ele se chamava assim. – disse o menino com a cabeça baixa.


- Eu sei disso também. Eu o encontrei da mesma forma que você, fugindo do Flinch depois de invadir a biblioteca e acabei me esconde aqui. – disse Tiago já dentro da sala. – depois também trouxe o Rony aqui para mostrar a minha família, mas ele só se viu sozinho. Sei que tudo que você pensou sobre o espelho também parece errado. Como você poderia ver sua família, coisas do passado, e ele via o futuro, ou algo que ele quer para ele, que sempre esteve às sombras de seus irmãos mais velhos. Este espelho retrata os desejos de que o encara, mas não qualquer desejo. É o desejo mais profundo de seu coração.


- Mas,... mas como eu posso desejar uma família se eu tenho você, a mamãe e a Letícia? Perguntou o menino aflito e envergonhado.


- Não se envergonhe. O que você deseja na verdade e que nada disso tivesse acontecido e pudesse ter com você nossos pais. Eu também vejo isso. – disse ele com um suspiro. – Via antes e continuo vendo, da mesma maneira que você vê. Mas devo dizer que muitos guerreiros pereceram ao ficar admirando o espelho, esperando que seus desejos fossem atendidos. E se esqueceram de viver sua própria vida. Agora você terá de parar de vim atrás dele. Mesmo por que ele será movido par seu local definitivo em breve. Quando voltarmos para as aulas ele não estará ai. Vamos.


- Pai, me desculpe. – disse Harry.


- Tudo bem. Eu fiz a mesma coisa. – disse Tiago saindo com o menino.


 


Assim que Hermione voltou os dois contaram as suas desventuras de Natal. A menina ficou decepcionada por não conseguirem nada na biblioteca, ainda suspeitando que o pai do amigo estava tentando deixá-los  no escuro. E um pouco curiosa com relação ao espelho.


 


Na segunda, depois do jantar, Harry recebe a visita de Edwiges que tinha uma carta para ele.


- Vejam uma carta do Hagrid. – disse o menino para Rony e Hermione.


- Leia logo. – disse Rony.


 


Harry,


Esta nascendo.


Hagrid.


 


- Vamos lá. – disse Harry.


- Mas eles podem nos pegar. – disse Hermione.


- Por isso vamos usar a capa de invisibilidade. – disse o moreno.


E assim foi feito, os três saíram embaixo da capa, que por eles serem pequenos conseguiu cobri-los completamente. Não dói surpresa para Harry que seu pai estivesse ali, mas para os outros dois foi, tanto que ficaram com medo de serem denunciados.


- Fiquem frios, não vou falar nada para ninguém. Alias, não é todo dia que se pode ver um dragão nascendo. Metade dos tratadores nunca viu isso. – disse o homem empolgado.


O ovo começou a rachar e depois um pedaço de casca caiu revelando o pequeno dragão.


- Olha ele reconhece a mãe. – disse Hagrid quando o dragão bebe foi em sua direção. – Vem aqui, Norberto.


-Norberto? – Perguntou Rony.


 - Ele precisa de um nome. – respondeu Hagrid.


- Você sabe que é perigoso mantê-lo aqui, né Hagrid? – perguntou Tiago. – você sabe muito bem que ele crescerá e você não vai conseguir esconde-lo por muito tempo. Principalmente quando ele aprender a soltar fogo direito.


- Sei, mas eu não posso libertá-lo na floresta ou entregá-lo para alguém.


- Você pode mandá-lo para o meu irmão o Carlinhos, ele vive em uma reserva de dragões na Romênia. Eu tenho certeza que ele ficar satisfeito em cuidar dele para você. – disse Rony.


- Pode ser. Você poderia entrar em contato com ele para mim. Ele não recusará me ajudar, eu me lembro bem dele, ele adorava vir me visitar e ver meus bichinhos. – disse quase chorando o gigante.


 


Depois de uns dias Carlinhos respondeu a carta de Rony e disse que poderia ficar com o Norberto, mas que infelizmente não poderia ir buscá-lo.


Quando Harry falou isso para seu pai e disse que alguns amigos do ruivo poderiam vir para pegar o dragão e pediu a sua opinião. Tiago disse que ele mesmo iria levá-lo através de aparatação. Assim ninguém se arriscaria a ser visto com um dragão por ai.


- Ótimo. – disse Rony. – Mas como ele conseguirá fazer isso? Nunca pensei que pudesse aparatar com um dragão. Assim as guerras seriam mais fáceis para quem tivesse um.


- Não se pode aparatar com um dragão adulto, por causa de sua magia própria, mas nada impede a aparatação com um bebe dragão. Que ainda não é mais poderoso. – disse Mione.


- Ainda mais para meu pai. – sussurrou o moreno.


 


- Bom, Harry agora que eu tenho tempo livre, acho que esta na hora de sua detenção. – disse Hagrid ao ver o moreno entrar no salão principal, naquela manhã de sábado. – Vou precisar de sua ajuda hoje de noite. Tudo bem para você?


- Não tem como me livrar dela não? – perguntou o menino.


- Infelizmente não. São as regras da escola. – disse o guarda caças.


- Então te espero hoje de noite. Onde vai ser? – perguntou o menino meio desanimado.


- Vamos dar uma volta na floresta. – disse o meio gigante com um sorriso.


 


Harry chegou a cabana do Hagrid escoltado pelo zelador.


- Deixa de encher o menino, Flinch. – disse Hagrid quando os viu chegando.


- Ele tem que aprender a seguir as regras. –disse o zelador.


- Não vai ser amedrontando ele que você vai conseguir isso. Ele já vai entrar na floresta e não precisa ficar com mais medo.


O zelador saiu chiando de volta ao castelo.


- Bom Harry, nós temos um problema aqui. A duas noites eu encontrei um unicórnio morto, e pela manha encontrei sangue de outro espalhado por ai. Entraremos na floresta para procurar o ferido e se possível tentar curá-lo. Nós vamos separados e você vai com o Canino, que sabe andar pela floresta, mas mesmo assim tenha cuidado.


Harry então segue com o cachorro do amigo por um caminho oposto ao do Hagrid. Depois de alguns passos, ele acabou vendo um líquido prateado, que ele supôs ser o sangue do unicórnio. O rastro levava para uma clareira.


Ao se aproximar dela, Harry começa a sentir uma pontada grande na testa, justamente onde estava a sua cicatriz. E viu um vulto sobre um monte branco. Este monte era o unicórnio que tinha sido ferido, agora estava morto.


A dor aumentou mais ainda quando o vulto começou a correr em sua direção.


Harry estava paralisado pela dor e só pode ver aquele ser se aproximando dele. Quando ficaram a poucos metros um do outro, um som de cascos foi ouvido. E um enorme centauro pula na frente deles, afugentando o ser.


- Harry Potter. Há muito queria conhecer você. – disse o centauro. – Meu nome é Firenze.


- Obrigado. Mas você sabe quem era ele? – perguntou o menino.


- Sim, e você também.


- Voldemort. Mas o que ele queria com os unicórnios?


- O sangue de um unicórnio é uma substância muito pura. Ela pode dar a vida a alguém que esteja à beira da morte, porém como é um crime muito grande ferir um animal destes, essa vida seria amaldiçoada. Vamos não há mais motivos para você permanecer na floresta hoje, monte.


 Harry montou no centauro e partiram para a cabana do Hagrid. No caminho foram interceptados por outro centauro.


- Que vergonha. Você esta se fazendo de mula para um humano. – disse o centauro que parecia ser mais velho.


- Agouro, eu estou apenas garantindo que as coisas ocorram como deve, como estão escritas nas estrelas. – disse Firenze. – Este é Harry Potter.


- Qual dos dois? – perguntou Agouro.


- O que ainda não desenvolveu seus poderes. Se fosse o outro não seria necessário ele poderia galopar ao nosso lado.


- Mesmo assim é uma vergonha. – disse Agouro se afastando.


- Não ligue para o Agouro. Ele não gosta de humanos. – disse para Harry antes de seguir para a cabana.


Harry ficou em silêncio enquanto escutava a conversa entre Hagrid e o centauro. Na verdade ele estava pensando e tentando ver como os centauros sabiam das ações de seu pai. Seria melhor perguntar para ele mesmo.

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