O começo das Aulas



Os problemas com Draco foram bem explícitos; até demais. Porém, esqueci de tudo aquilo, e me empenhei na animação para o início das aulas. AS carroças estacionaram na frente do Castelo, em uma fileira retilínea. Todos os alunos desceram e se agruparam, por casa. Os alunos da Grifinória ficaram na direita, da Lufa-lufa ao lado da Grifinória, Corvinal no meio e Sonserina por último. Não olhei para o lado, apenas caminhei para a frente de todos aqueles alunos. Eu e Ron iríamos organizar a entrada.


- Pessoal! Por favor, sem bagunça. Assim que chegarmos no Salão Principal, todos, sem exceção, devem se sentar na mesa da Grifinória. Agora, vamos. – Eu estava mais autoritária do que nunca.



Chegamos ao Salão, e a beleza encantava aos novatos. Mas aquele ano, o salão estava realmente diferente. As velas fltuantes estavam dispostas em fileiras diagonais, dando um certo valor ao teto mágico, que estava escuro, pois era noite. Mas, a lua cheia brilhava lá no alto, acompanhada dos milhões de estrelas. As mesas haviam sido trocadas, agora eram de madeira de Cerejeira. Continuavam no mesmo local, com as bandeiras estendidas sobre as mesmas. A mesa dos professores se alongou, sabe-se lá porque.



- Bem-vindos, novos ou velhos alunos. – Começou Dumbledore. Sua voz amigável e macia. – Este ano, é um ano especial, como devem perceber. Hogwarts foi reformada. Tudo. As salas estarão diferentes, os dormitórios, enfim, tudo. Este ano, agradeço pela presença do professor Slugorn. Ele será o mais novo professor de Poções. Snape atuará como professor de Defesa contra as Artes das Trevas. – A fala não parou por ali. Mais e mais frases belas, que acalmavam a euforia. Minutos depois, ele parou de falar, respirando profundamente. – Então, que se sirva a ceia! – Com um estalar de dedos, tudo estava ali.



As mesas se encheram de comida, como era de costume. Arroz, frango, tudo era encontrado. Neste ano, quitutes de todo o mundo estavam ali; Comida Brasileira, Mexicana, Japonesa, Chinesa. . . Uma incrível variedade de pratos. A primeira coisa que fiz foi pegar o suco. Coloquei-o em um copo, e tomei um leve gole, antes de analisar a ceia mais a fundo.

Peguei um pedaço de frango, alguma comida Brasileira que não conhecia, um pouco de arroz e Sushi. Comi tudo devagar, sempre acompanhando – com o olhar- Harry, que olhava a todo momento para mim. Eu estava pulando de alegria.

Terminada a ceia, todos os monitores se levantaram.



- Novatos por aqui! Os outros nos acompanhem, mas acho que já sabem o caminho. – Eu disse, enquanto Rony aglomerava os novatos em uma fila mal feita.



Subimos as escadas mágicas, e logo estávamos no andar do nosso Salão. A mulher gorda estava com um vestido mais composto, mais “chique”.



- Coração de Dragão! – Rony disse, em meio aos gritos.



A mulher gorda sorriu, e o quadro se abriu. Dumbledore não mentiu. O chão não era mais de madeira; tinha um carpete vermelho, muito bonito por sinal. Os quadros continuavam bem organizados, com uma moldura nova. E o quadro acima da lareira era novo; grande, muito grande: Uma foto de Godric Gryffindor. Tudo era lindo, novo, magnífico.

Os minutos se passaram, o tempo se passou. Me joguei em uma poltrona, relaxando. Todos foram dormir, fiquei apenas eu, sozinha, escutando e observando a lareira que crepitava ao som da noite. Ouvi passos, e quando me virei, ele estava ali.



- H. . .harry? – Assim que terminei de falar, ele me deu um longo beijo.



Fiquei atordoada, mais acompanhei o rítimo do rapaz. Agora sim, tudo estava perfeito. Eu estava namorando com Harry Potter, era monitora, estava feliz. Quando dei por mim, ele soltou meus braços, e se afastou.



- Gina. . . quer namorar comigo? – Meus olhos brilharam.



Não respondi. Apenas me joguei em seus braços e o beijei, fogosamente. Nos beijamos o resto da noite, até que eu tinha de dormir. Segui para o meu dormitório, sem notar nas diferenças. Me joguei na cama e fechei os olhos, relaxando meu corpo sobre o colchão macio. Era bom respirar novamente os ares de Hogwarts. Eu estava em meu quinto ano, iria aprender muito mais. Iria crescer muito mais.

A manhã surgiu rápida. O sol refletiu sua luz em meu rosto, me acordando em um susto. O calor matinal dali era aconchegante, a brisa quente invadindo o dormitório, acordando as alunas uma a uma. Corri para o banheiro mais próximo, e tomei um rápido banho gelado. Serviu para eu acordar, ao menos. Vesti uma saia que batia um pouco acima dos meus joelhos, menos de um palmo. A camisa da Grifinória, com o símbolo de monitora, com um pequeno decote. Soltei os meus longos cabelos ruivos, alisando-os ainda mais. Eu estava pronta.

Desci as escadas quase pulando de alegria. Em poucos minutos, eu estava no Salão Principal. Sentei-me ao lado de Harry, sempre encostado nele. Rony estava com raiva, ainda. Não aceitava o namoro de sua irmã e de seu melhor amigo. Bah, eu queria que ele se danasse. Comi rapidamente, e corri para o Pátio. McGonagal entregou os horários, e eu fiquei surpresa.



- Que droga! – Bufei.
- O que foi? – Harry perguntou, confuso.
- Minha primeira aula é de Defesa Contra as Artes das Trevas.
- É uma ótima matéria, amor.
- Eu sei Harry. Mas Snape estraga tudo.



Estava com raiva, realmente. Dei um pequeno selinho em Harry, e o deixei com sua nova turma. Haviam lindas garotas, e uma que me chamou atenção: Longos cabelos loiros, pele pálida, olhos verdes brilhantes, um corpo esbelto. Sim, pela primeira vez – desde que começamos a namorar – eu estava com ciúmes do Harry. Mesmo que ele nem estivesse falando com a garota. . . eu sempre fui complicada.

As escadas deram espaço a sala de DCAT. Não demorei a chegar, e me sentar no fundo, aonde Snape não pudesse me ver. Ele me odiava, era fato. Cruzei as pernas, e logo ouvi alguns assobios de garotos. Sorri de canto. Toda a alegria e diversão foi acabada com a entrada brutal de Snape, batendo a porta na parede, como sempre. Todos pularam na carteira, inclusive eu, e se viraram para o quadro.

Foi a aula mais chata de minha vida. Snape ensinou sobre o Patrono, porém eu já sabia muito sobre ele. Graças ao Harry. O professor “querido” passou uma tarefa imensa: Uma redação de sete pergaminhos no mínimo sobre Patronos Corpóreos. Fiquei com mais raiva ainda.

Carregando os meus livros, cruzei a porta da saída, com rapidez, para logo ir de encontro com McGonagal, na sala de Transfiguração. Porém, me choquei com alguém. Caí de joelhos no chão, espalhando os livros por todo o local.



- A não. Você de novo? Gosta de se esbarrar nos outros, pobretona? – Draco Malfoy.



Me calei. Não precisava discutir com Draco, eu estava um pouco atrasada. Peguei os livros e parti para os corredores, ignorando-o.


No final do dia, eu tinha várias tarefas imensas. DCAT, Transfiguração, Poções, Herbologia e História da Magia. Tudo de uma vez só. Comecei pelo o que eu mais estava entendendo; Animagia, uma das matérias de Transfiguração. Escrevi rápido, eram apenas dois pergaminhos no máximo. Os famosos animagos, o que é animagia, sobre os animais e a personalidade dos bruxos. . . Juntei tudo e fiz uma bela redação. Enrolei os pergaminhos e os coloquei, com um devido cuidado, dentro de minha mochila.

Passei para poções. Ingredientes perigosos, poções das trevas, instrumentos mágicos para poções. Os três assuntos dados naquele dia. Procurei no livro, várias vezes, lendo e re-lendo. No fim, escrevi outra redação, de dois pergaminhos também.

No final da noite, eu estava na tarefa de DCAT. Estava no terceiro pergaminho, e não sabia mais o que escrever. Girei o punho e conjurei o meu Patrono. Analisei-o, mais de perto. E tive uma grande idéia. Assim como Animagia, escrevi sobre personalidade do bruxo e animal. Escrevi sobre a capacidade de cada animal como patrono, e mais besteiras do gênero.

Pronto, havia terminado os sete pergaminhos. Guardei-os na mochila e cochilei, rapidamente. Harry me acordou com um selinho. Sorri.



- Gina. . . Minha turma combinou de irmos para os Jardins, comemorar o início das aulas. Estou indo, ok?
- E porque eu não posso ir?
- Porque é apenas para nossa turma. Não fique triste, amanhã eu te vejo. Te amo.



Ele me beijou uma última vez, e saiu pelo quadro. Bocejei, e caminhei para o Dormitório. Me joguei na cama, de vestes e tudo, e dormi, tranquilamente. O outro dia seria longo, com várias aulas cansativas. Eu precisava estar preparada.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.