Capitulo XI



-- Dizendo isso você espera que eu acredite que você sinta algo por mim? Questionou com deboche a garota que agora mantinha uma postura de desafio.

-- Não espero que acredite, nunca esperei isso, mas gostaria que soubesse que desde os primeiros dias em que você esteve em Hogwarts aos seus 11 anos e conseguiu passar pelo meu obstáculo para chegar a Pedra Filosofal, passei a admirá-la e conforme você se desenvolvia tanto intelectualmente quanto na idade mais eu me via pensando em você, não apenas como aluna, mas também como uma companheira, pois nossos hábitos eram parecidos, gostavam de ler até absorver o máximo de cada conteúdo, também gostávamos de tudo em ordem, que as coisas fossem feitas com antecedência, entre outras coisas. Claro que nunca manifestei isso antes, pois éramos aluna e professor, seria contra a lei, e eu também não me declararia a uma menina que com toda a certeza me repudiaria. Lembro-me que tive esperança ao ver você na Casa dos Gritos, achei que poderia convencê-la a fugir comigo assim que terminasse seus estudos ou ao menos ser minha, mas como já disse você não estava lá por mim. Terminou com tristeza Snape, olhando Hermione, tentando captar o que a mulher pensava disso tudo.

-- Ainda estou confusa, e só irei ter certeza de tudo quando o Sr me der a poção. Disse com seriedade a garota, como se o amor de sua vida não tivesse acabado de se declarar indiretamente para ela mais uma vez.

-- Sobre a poção devo dizer-lhe que funciona sim, mas até o momento somente em casos em que as memórias foram apagadas e somente isso, você será a única pessoa com a memória apagada e alterada a testar a poção, então você ainda quer ser cobaia? Afinal não sabemos o que pode lhe acontecer. -- perguntou Snape a Hermione que o olhava com desconfiança. – A propósito minhas pesquisas e todo o resto necessário para que você possa usar a poção, encontram-se na escola em que leciono e comando, ou seja, no Brasil.

-- Sim Sr, ainda quero ser sua cobaia, e estou disposta a passar por tudo o necessário para isso, bom então estamos esperando o que aqui? Respondeu Hermione se mostrando firme na decisão que tomara: ser cobaia.

-- Bem achei que você teria coisas relacionadas com a universidade com o que se preocupar, mas se a pressa é tanta... Ao terminar de dizer isso Snape se aproximou de Hermione, que continuava com certo ar de desconfiança, e a abraçou, a postura da garota mudou instantaneamente para uma de surpresa e até medo, mas antes que essa pudesse dizer qualquer coisa, sentiu o mal estar da aparatação conjunta e se apertou mais ainda contra o corpo de Snape.

Em um laboratório a quilômetros de distância da França:

-- Onde estamos? Disse Hermione sem se dar conta que continuava abraçada fortemente em Snape.

-- Em meu laboratório Srta, aqui poderemos ficar sossegados, pois ninguém entra sem meu consentimento. Respondeu Snape, aproveitando a proximidade para sentir o cheiro de camomila nos cabelos da garota e de alguma flor provavelmente do perfume dela.

Quando Hermione notou que Snape se aproximava de seus cabelos parecendo absorto com algo, ela se deu conta que ainda estavam abraçados e logo se desvencilhou, deixando Snape com os braços envoltos em ar.

-- Gostaria de começar logo com isso, pois como você bem disse tenho problemas, ou melhor trabalhos na universidade que requerem tempo então não devo perdem nenhum minuto. Hermione falava, mas sem olhar Snape, pois se encontrava fascinada pela grande quantidade de livros que o homem mantinha em seu laboratório.
Snape acompanhou o olhar da garota comentando:

-- Essa coleção não esta nem aos pés da que possuo em minha casa na Rua da Fiação. Comentou Snape que agora observava lado a lado com a menina, todos os livros ali presentes. Hermione nada disse a esse comentário apenas olhou para Snape que estava a seu lado perguntando:

-- Bem e onde esta a poção? Não estou vendo nenhum caldeirão borbulhante por aqui. Disse Hermione olhando em volta a procura de caldeirões sobre as bancadas, mas nada encontrou, que não bancadas impecavelmente limpas.

-- Como lhe disse antes este é o MEU laboratório, a poção e caldeirões borbulhantes, estão no laboratório da escola, mas como já é tarde, pois aqui estamos algumas horas adiantados em relação a França, a trouxe em minha casa, onde espero que tenha uma boa noite de sono para amanhã levá-la até a escola. Disse Snape ignorando a expressão de raiva da garota.

-- Muito engraçada a brincadeira Sr Snape, pena eu precisar de você, caso contrario eu acabaria com você agora mesmo. Hermione dizia a ele com os olhos faiscando tamanha a raiva que sentia do homem a sua frente. Como ele pode fazer isso com ela, trazê-la até sua casa sem consultá-la? E agora que parou para pensar tinha um importantíssimo trabalho para ser entregue na manha do dia seguinte, mas como estava presa no Brasil a espera de “cura”, teria de atrasar a entrega, o que a deixou em cólera.

-- Vamos menina deixe de frescura. – comentou Snape, imaginando com acerto o motivo da raiva da garota. – Eles vão aceitar o trabalho assim mesmo, afinal aposto como você nunca antes atrasou sequer um só tema na vida. Ria-se Snape, enquanto se encaminhava até a saída do laboratório:

-- E então, não esta pensando em dormir aqui não é Srta? Venha siga-me vou mostrar seus aposentos. Disse ele, deixando que ela saísse primeiro, e logo depois a acompanhando.

-- Aqui estamos, esse será seu quarto pelo tempo que você quiser. Disse Snape enquanto abria a porta para que ela entrasse.

-- Não espere que eu fique mais que o necessário Senhor. Respondeu Hermione com arrogância, não estava gostando daquela história, achou que ele lhe daria a poção naquele dia mesmo e que ela voltaria assim que fizesse efeito, mas agora notara que Snape tinha outros planos.

-- Claro que não estou esperando nada querida, mas discutiremos melhor sobre a poção amanhã, por hoje: Boa noite e qualquer coisa que precisar meu quarto é o último do corredor. Disse Snape apontando para a porta no fim de um pequeno corredor.

-- Posso me virar sozinha, e Boa noite. Respondeu Hermione aproveitando que o homem havia ido para o corredor, fechou a porta de seu quarto com força e a trancou. Assim que se acalmou ouviu vozes vindo do corredor:

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