Capitulo VI



Alguns meses depois:

-- Hermione, filha? Acorde dorminhoca chegou uma coruja e é para você menina. Fala a Sra. Granger da porta do quarto de Mione.

-- Já vou mãe.

Hermione levantou-se pensando em quem teria mandado uma coruja, afinal ontem mesmo tinha respondido as cartas dos meninos, e não havia feito perguntas que necessitassem de respostas urgentes. Desceu até a cozinha aonde encontrou uma linda Coruja das Torres a aguardando impaciente, assim que Hermione livrou-a de sua carga, ela saiu voando janela a fora sem nem ao menos esperar por algum carinho ou comida.

-- Ual!! Mãe você não vai acreditar, Hogwarts vai reabrir, aqui diz que nesses últimos meses um grupo composto por funcionários e alguns ex alunos, que hoje são pais dos atuais alunos, se juntaram para reconstruir o que fora destruído durante a guerra, e diz também, que nós alunos do 7º ano estamos sendo convidados a retornar aos estudos. Disse Hermione muitíssimo animada com a possível volta ao castelo.

-- Que bom filha, assim você não precisara ir para Beauxbatons, e agora passaremos mais um ano juntas antes que você vá para França fazer faculdade. Sorrio com sinceridade a Sra. Granger.

Um ano depois:

-- Nossa cara quem diria hein estamos formados! Ria-se Rony conversando com Harry e Mione.

-- Vou sentir falta de tudo isso, passei tantas coisas aqui junto de vocês não é meninos?

-- Pois é Mione também sentirei falta, mas o que mais terei saudades será de todos os dias ver vocês dois meus melhores amigos. Disse Harry para eles.

-- Poxa Harry nós ainda vamos no ver mais, afinal vamos cursar juntos a faculdade de Aurores, mas e a Mione hein que vai pra França? Constatou Rony parecendo triste.

-- Ai meninos eu sei que vai ser difícil de agente se ver, mas prometo que mandarei uma coruja pra vocês por semana, e quanto tiver um tempinho virei visitá-los.

-- Agente sabe Mione. Mas sabe, vai ser estranho ir embora pra sempre; não entrar mais no trem, não fazer mais este caminho, tudo vai mudar de agora em diante não é? Harry disse olhando sonhador ao seu redor.

-- O que vocês três ainda fazem aqui? Vamos, vamos amanhã bem cedo o trem parte para levá-los para um novo mundo de descobertas. Falou McGonagall olhando a todos com muito carinho.

Após alguns meses em casa Hermione partiu para França cursar Poções em Lyon, contudo não fora sozinha, seu ex colega em Hogwarts, Neville também iria, mas ele faria Herbologia, sua matéria favorita nos tempos do castelo.
No primeiro ano Hermione correspondia-se com os amigos toda a semana, como havia prometido pra eles no dia da formatura, mas logo começou a ficar tão atarefada, e eles também, que as cartas foram se reduzindo até cessarem.

-- Sabe Neville – conversava Hermione com o garoto durante o intervalo das aulas – Você se lembra que eu me machuquei feio no dia da guerra em Hogwarts? – como o menino assentiu, ela continuou – Pois é eu estava pensando que talvez com a ajuda de alguma poção eu possa lembrar o que realmente aconteceu, porque sinto como se o que eu me lembro não fosse real, como se fosse as lembranças de outro alguém. Desabafou Mione.

-- Eu lhe dou o maior apoio Mione, mas você sabe que é só isso que posso fazer, pois sou péssimo em Poções, mas conte comigo para desabafar e também estarei aqui torcendo por seu sucesso. Neville falou com sinceridade a amiga.

-- Obrigada Neville, por me ouvir, sabe não sei por que me sinto assim tão fascinada pelas recordações daquele dia, mas é como se faltasse um pedaço enorme de mim, por isso preciso saber o que é, pode não ter importância, mas sinto que tem, por isso irei fazer algumas pesquisas e ver o que encontro sobre o assunto. Concluiu Hermione pensativa.

-- Neville é isso – Disse Mione ficando de pé em um salto – Nossa como não me liguei disso antes, é óbvio, minha memória foi apagada e então modificada, por isso não lembro exatamente o que aconteceu e tenho a sensação de que as memórias não são minhas. Dizendo isso ela saiu em disparada para biblioteca ver o que achava que pudesse ajudá-la a reverter seu caso.

Enquanto isso em algum lugar do mundo mágico no Brasil:

-- Sr Dreyer o Sr acha mesmo que essa poção pode ajudar a reverter danos causados a memória? Perguntou o jovem Alan Stein, que estava fazendo estágio na escola onde o Sr Dreyer era Diretor e Professor.

-- Sim Sr Stein, tenho absoluta certeza que funciona, ou penso ter, caso contrário não estaria aqui ouvindo suas perguntas ridículas sobre coisas óbvias. Respondeu o Sr Dreyer, um homem alto, elegante e muito bonito, que possuía uma cicatriz no pescoço causada há algum tempo atrás por uma mordida de cobra.

-- Sr da onde surgiu a idéia de criar uma poção capaz de reverter as conseqüências do feitiço Obliviate?

-- Não é da sua conta Sr Stein. Respondeu com estupidez o Sr Dreyer.

Mas ao mesmo tempo seu olhar ficou distante como se estivesse vendo algo que seu estagiário não via. Lembrou da noite da derrota de Voldemort, o mesmo dia em que a mando deste a cobra Nagini o atacou. Apenas sobreviveu porque tinha tomado uma poção para reduzir a ação do veneno e também a poção curativa para que não sangrasse até a morte. Lembrou-se perfeitamente bem do toque que sentou em seu pescoço, achando que era algum Comensal querendo terminar a tarefa que o Mestre não conseguira, ele o desarmou e o estuporou, foi ai que se deu conta de que não se trava de Comensal nenhum, mas sim da Srta Granger, que para sua surpresa tinha em mão um pano, provavelmente fora isso que ela tocara nele na tentativa de limpa-lo, e como ele a tratou mal mesmo depois de tela machucado afinal é culpa foi dele de ela ter cortado a cabeça, ela saiu apressada da Casa dos Gritos esquecendo a varinha, assim sendo fora atacada por Comensais que a levaram para uma segunda casa dos Malfoy, esta ninguém, nem mesmo Dumbledore e seus aurores sabiam da existência, lembrava-se de tela salvo antes que eles a possuíssem, e por isso conversaram sobre os motivos que a fizeram ir até a Casa dos Gritos a procura de Snape, após essa conversa ele apagou e adulterou as memórias da menina desde a ida até a Casa até a conversa onde ele confessava ser um plano maluco do Direto com ele para que Dumbledore morresse por suas mãos e não a do menino Draco. Depois de apagar a memória da garota ele a deixou em frente aos portões do castelo, e aparatou para sua casa na Rua da Fiação, onde pegou o que julgou necessário para sair do país, viajou sem rumo por algum tempo até que resolveu ir para o Brasil, lá ninguém o conhecia logo estava seguro, e sendo um bruxo ele enfeitiçou as pessoas necessárias para ter documentos falsos, onde constava que seu nome era David Dreyer, um nome comum, mas melhor assim, pois não chamaria a atenção. Com os documentos em mãos foi viver no mundo mágico daquele país tão diferente do seu, a língua inicialmente foi um problema, mas logo aprendeu e foi em busca de emprego, conseguiu ser Professor de Poções na Escola Brasileira de Magia e Bruxaria, e como logo se destacou tornou-se além de Professor um Diretor. Ganhava bem, mantinha um apartamento na parte trouxa da cidade, só por precaução, assim passava menos tempo no mundo mágico para ser reconhecido por alguém, com o dinheiro em abundância em seu cofre Snape, agora David, passou a patrocinar a si mesmo nas pesquisas de sua poção.

-- Sr Dreyer? Sr? O Sr esta se sentindo bem? Questionava Alan olhando para ele com cara de preocupada, afinal ele o estava chamando há aproximadamente um 5 minutos e o homem a sua frente não dava sinais de que o escutava.

-- Hã? Claro que estou bem, apenas pensando em quem testar a poção, e cheguei à conclusão de o Hospital St. Mungus Brasileiro tem pacientes suficientes para testarmos a poção.
Respondeu ele, era uma mentira não era isso que pensava, mas a idéia lhe pareceu boa, iria mandar uma coruja para o Hospital perguntando se poderiam fazer seus testes com alguns dos pacientes internados lá.

-- Ótima idéia Sr, se desejar irei agora mesmo escrever o pedido e enviá-lo. Respondeu Alan esperançoso.

-- É claro que... NÃO Sr Stein, afinal um estagiário não tem o que é necessário para persuadir um Curandeiro a deixar que seus preciosos pacientes sejam cobaia de uma poção. Desdenhou Snape com um sorriso afetado nos lábios, assim se retirou da companhia de Alan e foi ao seu laboratório da onde iria encher alguns com a poção e levar ao Hospital pessoalmente, assim seria mais fácil convencê-los.

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