Capítulo 4 (Bônus);



Capítulo quatro



A noite caía silenciosamente, e bisavó e bisneta tramavam o plano perfeito: um pequeno empurrão para um casal que com certeza estava à beira da paixão, mas não queria dar o braço a torcer.

Tudo fora feito rapidamente, o jantar a luz de velas acompanhado de música clássica e suave, - que vinha do rádio antigo, - faziam tudo parecer perfeito. As duas agora só esperavam que Harry Potter e Hermione Granger, enfim aparecessem, e então o cupido daria uma mãozinha para os dois.

Não somente a sala fazia o clima especial, a noite em si trazia algo de mágico. Parecia que as duas Potter haviam escolhido a ocasião perfeita para enfim unir aqueles que se amavam. Madeleine sorriu para a bisavó, enquanto esta acendia mais uma vela posta no castiçal de prata, relíquia de família.

- E agora o toque final. - Matilde falou, enquanto trazia um vaso de flores e ajeitava no centro da mesa redonda.
- Eu gostei muito dessas flores vermelhas! - exclamou Made, olhando para as rosas.
- São rosas, querida, dizem que rosas vermelhas ajudam os apaixonados. - falou a senhora, sorrindo.
- Então vai ajudar o papai e a mamãe! - falou animada. - E vamos ser uma família muito linda.
- Uma família linda e feliz. - profetizou a senhora sorrindo. - Que tal nós irmos até o restaurante da Anny e deixarmos seus pais sozinhos, se você comer tudinho poderá comer bolo de sorvete na sobremesa.
- Eba! Eu vou comer tudinho, porque a mamãe disse que se eu quiser crescer forte e ser médica que nem ela, eu tenho que comer direitinho e tudo que a bisa manda. - explicou a menina, com um enorme sorriso nos lábios.
- Então vamos logo, mas primeiro temos que fazer uma coisinha... - a mulher saiu da sala de jantar e voltou minutos depois trazendo papel e caneta. - Temos que escrever um bilhete para o seu pai, avisando que vamos sair e que o jantar é só para eles.
- Tá, eu vou pegar meu casaquinho lá no meu quarto! - falou e saiu correndo, deixando a mulher a procurar um local onde o neto veria o papel.

As duas saíram alegres, e com suas preces silenciosas no pensamento. Palavras diferentes eram recitadas na mente de cada uma, mas com o mesmo objetivo.

"Faça com que os dois se entendam."




Harry chegara da rua, e tudo que encontrou fora um silêncio descomunal em casa. Franziu o cenho, geralmente essa era a hora mais tumultuada por ali. Madeleine fugindo do banho, e depois dos legumes.

Entrou, intrigado. A casa estava escura, e pelo que parecia sem suas moradoras. Hermione, ele sabia que tinha ido até a cidade para resolver uns problemas, mas onde estaria sua filha e avó?

Deixou as chaves no lugar de sempre e caminhou rumo à cozinha.

Encontrou o cômodo totalmente arrumado e pronto para um jantar romântico e um pequeno bilhete apoiado em uma das panelas.

"
Fomos ao restaurante da Anny, não nos esperem acordados; talvez dormiremos na casa da Anny. Você sabe que ela e eu somos grandes amigas...
Beijos e abraços, Made e Matilde.

Ps: Não tenham medo de amar ".



Sorriu meio encabulado, e deixou o bilhete de lado. Encarou a mesa arrumada, e suspirou fundo. Talvez devesse seguir o conselho de sua avó. Posteriormente se arrependeria de ter visto a felicidade ao alcance de suas mãos, e ter sido covarde o bastante para deixar que esta escapasse.

Ouviu o gemido de dor vindo da sala e encontrou Hermione pulando em um pé só, reclamando consigo mesma por ter esbarrado no sofá e machucado o pequeno dedinho. Vendo a mulher sentar no sofá e massagear o dedo, sentiu uma vontade tamanha de beijar cada lindo dedo daquele pé.

- Que droga, eu sempre faço isso! - praguejou ela, gemendo.
- Fique tranqüila, não é a única, o mesmo aconteceu comigo semana passada. – riu, sentando-se ao lado da mulher.
- É, mas justo hoje não estou de tênis, e eles amortecem! – comentou, rindo também.
- Todos temos um dia ruim - o moreno sorriu, querendo estar mais perto da doutora.
- Uau, que silêncio! Onde está a pequenina? É muito cedo para ela estar dormindo... - falou a esmo, espreitando os ouvidos.
- Bisavó e bisneta nos deixaram sozinhos, as duas planejaram para nós um pequeno jantar a luz de velas. – explicou, afrouxando a gravata.
- O-o que? - perguntou corando.
- Coloque as sandálias, Senhorita Granger, pois temos um jantar romântico! - o moreno gargalhou ao ver a cara perplexa de Hermione. – Hei, será que é tão ruim assim ter um jantar romântico comigo?
- Eu acho que não, na verdade sou totalmente inexperiente nesse campo... - comentou envergonhada, então calçara as sandálias.
- Inexperiente você? Desculpe-me, mais eu não acredito.
- Pode acreditar, os caras com quem namorei nunca me fizeram algo do tipo. Também não foram muitos... - riu-se. - Eu sempre fui muito ocupada e sempre deixei esse lado da minha vida em segundo plano.
- Pois encare dessa forma, não foi esse cara aqui que preparou o jantar, foi uma simpática menininha e uma senhora de mais de setenta anos. - riu e tirou a gravata, levantou-se num salto e ofereceu a mão para que a morena se levantasse também. - Que tal jantar comigo, Senhorita?
- Seria um prazer, Senhor. - respondeu e riu, dando-lhe a mão.

Os dois entraram na cozinha sentindo o cheiro das velas de canela que queimavam. O homem puxou a cadeira para que Hermione se sentasse.

Servindo os pratos deliciosos de Matilde, se distraiu com a risada da morena. Harry acidentalmente deixou cair vinho tinto na blusa branca dela, que aos poucos revelou o sutiã vermelho da doutora, coisa que mexera muito com seu autocontrole.

- Realmente, hoje não é meu dia! - falou sorrindo, ante ao embaraço dele. Pegou o guardanapo e tentou limpar a mancha.
- Me desculpe eu... Eu não sei o que... Belos seios! - o moreno parou de falar, ficando chocado consigo mesmo. - Ok, eu disse isso na sua frente?
- É, você disse... – falou, mais envergonhada ainda. Se pudesse esconder-se, possivelmente o faria.
- Ok, essa é à hora em que eu tento mudar de assunto, mas acho que minha boca não está de bem com o meu cérebro, já que ela fala tudo o que sinto sem que eu queira.
- Então não fale... - disse num meio sorriso. – Ai...! Eu... Eu vou trocar de blusa, essa já era!
- Você está muito bem assim... - o moreno deu um tapa na testa e murmurou um palavrão; Hoje realmente não era um bom dia. - Bem... Eu quis dizer que não é nada de mais, você está com seus lindos seios cobertos por uma fina camada de pano e... Oh, meu Deus, eu não fico assim nervoso desde meu último encontro da adolescência e isso foi há 10 anos atrás.
- Eu te deixo nervoso? - perguntou encabulada, e maravilhada.
- Me deixa nervoso. Não nervoso de uma forma ruim, como quando você faz besteira e sabe que vai levar uma bronca de sua mãe, mas nervoso como quando você acaba de descobrir que a professora de matemática é gostosa... Ah, eu não deveria ter dito isso. - pensou seriamente na possibilidade do vinho estar batizado, não estava agindo normalmente.
- Isso é bom, quero dizer... O que estamos dizendo? Parecemos tão bobos... E... - falava com dificuldade perante o olhar intenso dele.

O moreno levantou e se ajoelhou em frente a ela.

- Já chega, nós estamos agindo como crianças quando na verdade a gente nem quer falar, quer saber eu cansei de fugir. - tirou uma mecha de cabelo que tampava o olho da morena e antes que qualquer palavra fosse dita postou os lábios sobre os dela.

Hermione sentiu um choque ao tocar os lábios dele, mas um choque verdadeiramente bom. Beijavam-se com certa ânsia, Harry a tomava com possessividade.

O toque frenético dos lábios desencadeou uma onda de espasmos violentos em seu coração, agarrou-se ao homem com toda a força e em poucos minutos, pratos, panelas, garrafas e copos se transformaram em cacos. Em questão de segundos o moreno a puxou de encontro à mesa, que outrora estava cheia de utensílios de cozinha.

Sentada na beira da mesa, abraçada ao moreno, Hermione sentia-se como nunca havia sonhado estar. Os dois estavam presos corpo a corpo em uma armadilha onde nenhum dos dois queria sair. Prendeu as pernas na cintura de Harry e gemeu quando a boca sedenta do homem, sugou a carne farta de seu pescoço.

As mãos criaram vida própria e os botões que outrora prendiam a blusa social com perfeição, foram puxados pelas mãos aflitas de Hermione, que ansiavam para tocar o peito macio do outro. Ao se livrar da blusa do homem, o abraçou com força arranhando suas costas com tanta possessividade, como se quisesse marcar a pele dele, - para mostrar a qualquer mulher que tivesse a mesma visão que ela estava tendo -, que aquele homem tinha dona.

Sugou o lóbulo da orelha de Harry, recebendo em troca um gemido de desespero. Assim que se viu livre de sua camisa, Harry passou a desabotoar a de Hermione. Revelando assim a brancura da pele e o vermelho intenso do sutiã. O peito arfava, num vai e vem hipnotizante.

Sempre a olhando nos olhos, não tinha dúvidas de nada. Havia somente certezas ali. Beijou-a novamente, com o mesmo ardor. Sua pele arrepiava-se a cada toque firme de Harry. Amava estar nos braços dele, não imaginaria que outra coisa no mundo fosse melhor que isso, e o gosto maravilhoso daquela boca era inexplicável.

Abriu a fivela do cinto e abriu o fecho, rápida, para libertar ele se libertar. O moreno subiu a saia da mulher, revelando as cochas que estavam fazendo parte de seus sonhos mais eróticos. Não houve tempo para que nada fosse dito.

Gemidos, sussurros e pedidos feitos em meio ao fogo, palavras apagadas pela boca exigente do outro.




A manhã chegara tão rapidamente, provavelmente fora as horas mágicas que passara ao lado de Harry que a faziam perder a noção do tempo e de tudo. Aninhou-se mais a ele, e sorriu largamente, aspirando o cheiro masculino que desprendia dele.

Com cuidado, levantou-se parcialmente e o encarou, ainda com o sorriso bobo nos lábios. Era tão lindo adormecido, tão belo ou mais do que na noite anterior. Suspirou, ainda sentindo o calor que as mãos dele provocavam em seu corpo. O gosto dele ainda estava em sua boca: doce e intenso.

Seu coração estava aos saltos, mas conteve-se voltando para a realidade. Saltou da cama, silenciosamente, levando consigo um lençol enrolado no corpo esbelto. Saiu à procura de suas roupas, elas estavam espalhadas por todo o quarto. Rapidamente, pegou-as e as vestiu. Começou pela saia e tivera alguma dificuldade para fechá-la, já que um dos botões não estava no lugar. Pegou a blusa, e colocou-a. Estava nervosa, e abotoava-a um pouco trêmula.

Não queria ser pega ali por Matilde ou Madeleine.

- Onde a senhorita pensa que vai? - indagou Harry, olhando maroto para a mulher.
- Ah, você está acordado? – falou, virando-se para a cama, terminando de ajeitar a blusa.
- Estou, e não fuja da pergunta... Onde você pensa que vai?
- Vou pro meu quarto. – respondeu, suspirando longamente. - Er... Não quero que sua avó e Madeleine me vejam aqui, eu não saberia o que dizer...

O moreno levantou-se, expondo o corpo nu, sem saber que a imagem que proporcionava para Hermione era tão perturbadora.

- Nós não temos que nos esconder de ninguém, somos adultos. Podemos lidar com isso... - Harry passou a mão por debaixo da blusa da morena, abraçando e beijando seu pescoço macio. - E além do mais... Eu te disse que não te deixaria fugir.
- Não estou fugindo, eu apenas... – murmurou, fechando os olhos, estremecendo completamente.
- Então me ajude a abrir os botões da sua blusa, e esqueça... - calou qualquer reclamação com seus lábios.
- Eu demorei tanto para ajeitá-los... – sussurrou, provocante. No entanto, mandara sua razão para o espaço, ajudando-o a abrir novamente os botões de sua blusa.
- Boa garota... – sorriu, sussurrando doces promessas para uma vida inteira.

Hermione também sorriu, e o beijou outra vez. Sentindo que sua blusa pendia pelos ombros, caindo novamente ao chão, assim como sua razão.





N/A: Fic em reta final, comentem muitoooo! E obrigada aos leitores assiduos dessa fic! Beijos pra todos.

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