Lar doce Lar



Capítulo 1:

O carro parou em frente a casa dos Dursleys às dez horas aproximadamente. Pelo menos era o que Harry achava, considerando que não tinha relógio desde seu 4º ano em Hogwarts.

Ele não podia acreditar que estava de volta àquela casa pra mais um inferno de verão. Na verdade, nunca tivera tanto receio em voltar. O mesmo que sentia à previsão de passar as férias em Grimaud Place, onde tudo e todos lembrariam Sirius. Mal suportava pensar no padrinho nos últimos dias ... A dor da perda e da culpa ainda não haviam amenizado, então decidira não conversar ou tocar mais no assunto. Com ninguém.

Enquanto levava o seu malão para quarto chegou mesmo a cogitar se não seria melhor se fugisse. Ele poderia fazer isso, logo seria maior de idade e teria autorização para usar magia fora da escola, já tinha a mala pronta e tudo. Os Dursleys com certeza não sentiriam sua falta na verdade Harry estaria até lhes fazendo um favor, considerando que não suportavam o garoto. No entanto sua tia lhe mandou ficar quando tentara fugir no verão passado... Logo após a carta de Dumbldore... “ Chegou a hora de lhe contar algo Harry , algo que eu já deveria ter lhe contado a muito tempo , a verdade...”

Sua vontade de fugir , de sumir e ir pra longe de tudo aquilo ... Era medo; Medo do que Dumbledore lhe dissera naquela noite em que mudara sua vida pra sempre ... E não havia nada que ele pudesse fazer. Não importava o quanto ele corresse, ou o quão longe ele fosse Voldemort o encontraria com o propósito de tentar matá-lo.

O barulho de tio Valter batendo a porta despertou Harry de seu pensamentos :

- Desce pra jantar seu moleque! E eu acho bom você mandar logo notícias suas pra aquele seu... – Harry sabia de quem ele estava falando, por isso interrompeu logo sem ao menos olhar pro tio :

- Eu ... – se ouviu com insegurança sem saber o que dizer- Não posso...- terminou dificilmente.

- Como assim ? – disse Tio Valter rude como sempre – Diga logo que você está bem ! Eu não quero aqueles... Não quero gente da sua laia batendo aqui na minha porta ouviu? – terminando com um baque na porta desceu pra se juntar com o resto da família.

Não ia descer. Não estava com fome e muito menos paciência pra aturar seus tios e seu primo retardado. O melhor que tinha à fazer era ficar no quarto em companhia de Edwiges. Com isso , trocou de roupa e foi dormir,ou ao menos tentar.

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