Décimo Primeiro Capítulo.



~~> Décimo Primeiro Capítulo.


“O Apogeu antes do declínio.”


 


  Um mês já havia se passado desde que Douglas havia pedido Bel em casamento. Os noivos tinham combinado de marcar a data do casamento para o mais breve possível, e foi exatamente o que foi feito.


  Eles tomaram cuidado para o dia não cair exatamente em uma noite de lua cheia. Estava tudo muito bem planejado.


  Poucas seriam as pessoas convidadas para a cerimônia, que aconteceria em uma igreja trouxa e seguiria o ritual católico, já que Bel era fascinada pelos casamentos dos filmes trouxas.


  Os padrinhos e madrinhas já haviam sido escolhidos. Por parte de Douglas o padrinho seria Sirius e a madrinha a Mary Kate. Já por parte de Bel, o padrinho seria Remus e a madrinha Lele. Tudo havia sido acertado após uma espécie de sorteio com palitinhos.


  James continuava bastante feliz com Lílian, e ambos já haviam chegado à conclusão de que também se casariam em breve, só iriam curtir um pouco mais a vida de noivos.


  Peter havia arrumado uma nova namorada, embora vivesse repetindo para si próprio que ninguém nunca substituiria a sua Júlia.


  A não – morte de Liu continuava sendo segredo para a maioria. Embora Sirius passasse mais tempo na casa de Douglas do que em qualquer outro lugar. Sempre que Peter perguntava para Sirius o porquê dele passar tanto tempo na casa de Douglas ele apenas respondia “Estou ajudando o Douglas com os preparativos do casamento, e aproveitando para descobrir mais sobre esse negócio de ser padrinho.”.


  Lele e Remus continuavam juntos, ela sempre apoiando ele nos dias após a lua cheia, fazendo – o rir com as mais simples das coisas. Enquanto ele, ele era sempre o príncipe encantado para ela.


  Nosferato e Marta estavam dispostos à por um fim àquela história toda. Estavam prontos para armar uma emboscada e acabar com aquela “defuntinha”, como insistiam em chamar a Liu, de uma vez por todas.


  Já era o dia da cerimônia, seguida pela festa, do casamento de Douglas e Bel. Todos os convidados estavam presentes, colegas de Hogwarts, parentes, amigos, amigos dos amigos que acabaram por vir por motivos desconhecidos, enfim, uma boa quantidade de pessoas estava na igreja, à maioria bruxos, embora aquele lugar fosse um lugar geralmente freqüentado por trouxas.


  A igreja estava belamente decorada. Um longo tapete vermelho, que guiaria os noivos até o altar, com pequenas flores brancas que acompanhavam o trajeto pela borda, estava no espaço entre as duas longas fileiras de bancos.


  Por toda a igreja havia flores. A iluminação, além das lâmpadas, por estar sendo realizada uma cerimônia às oito da noite, vinha também dos pequenos candelabros que se encontravam pendurados nas paredes, e no teto, da igreja.


  O altar de mármore também encontrava – se decorado de acordo com a decoração do local.


  O padre já aguardava o momento da entrada dos padrinhos. Primeiro entraria Sirius e Mary Kate, representando os padrinhos do noivo. Em seguida Lele e Remus, representando os padrinhos da noiva.


  Lílian, que trajava um belo vestido verde – água, e tinha seus longos cabelos ruivos presos em um penteado em que apenas a frente ficava presa, estava sentada no primeiro banco da fileira da esquerda, bem no canto para que pudesse ver a noiva de perto quando ela passasse. Ao seu lado esquerdo estava James, usando um terno preto arrumado com uma gravata verde – água para combinar com o vestido de Lily, seus cabelos pareciam um pouco menos rebeldes, e seus óculos estavam o deixando com uma cara um pouco mais séria devido aos seus trajes. Cara séria que se perdia quando ocasionalmente o rapaz sorria marotamente.


  Peter estava vestido com um terno cinza escuro e uma gravata vermelha, que combinava com o longo vestido vermelho de sua atual namorada que se chamava Celina, cujos cabelos, e olhos, pretos contrastavam com sua pele alva, dando – lhe um ar de glamour.


  Havia chegado a hora dos padrinhos entrarem. O leve barulho de conversas paralelas foi interrompido por um doce som de violino, seguido por outros instrumentos típicos de orquestras.


  Mary Kate, que estava trajando um belíssimo vestido de um tom discreto de azul escuro, e cujos curtos cabelos negros estavam soltos com um pequeno barrete de brilhantes com o formato de uma borboleta apenas como enfeite, entrou de braços dados com Sirius. Sirius estava vestido com um belo terno preto e uma gravata azul escura para combinar com o tom do vestido de Mary Kate, seus cabelos negros estavam mais belos do que normalmente, e em seus olhos azuis – acinzentados era possível notar um brilho diferente.


  Quando os padrinhos pela parte do noivo já estavam no meio do tapete vermelho, os padrinhos por parte da noiva começaram a entrar.


  Remus trajava um belo terno também preto, com uma gravata lilás, também para combinar com a cor do vestido de sua companheira, parecia um príncipe com todo o glamour que aquelas roupas lhe proporcionavam. Lele, com seu vestido lilás, enquanto passeava pelo tapete vermelho sorria de uma maneira nervosa, talvez estivesse com medo de tropeçar em algo, embora Remus tivesse dito que se ela caísse, ele sentaria no chão para fazer companhia para ela.


   Não demorou muito para que os dois “casais” de padrinhos já estivessem em seus devidos lugares. Logo em seguida entrou a mãe de Bel, acompanhada por um dos tios da garota, já que o pai de Douglas já havia morrido.


  Era então à hora do noivo entrar acompanhado, teoricamente, de sua mãe. Coisa que não seria possível já que a mãe de Douglas já havia morrido, assim como seu pai.


  As portas se abriram para o noivo entrar.


  Douglas parecia a ponto de explodir de tanta felicidade. Ao seu lado estava uma bela garota de cabelos longos e castanhos, e olhos também castanhos, que trajava um vestido rosa – claro, e sorria de uma maneira delicada.


  Sirius, ao ver a garota, sorriu de uma maneira marota.


  - Não acredito nos meus olhos... – Murmuraram Lele, Mary Kate, Lily e Peter ao mesmo tempo, em lugares diferentes. Olhares surpresos se fixaram sobre a imagem da garota de rosa.


  - Está se divertindo Liu?! – Perguntou Douglas de uma maneira discreta enquanto sorria para os convidados e andava até o altar.


  - Com a minha entrada nada chamativa?! – Murmurou Liu com um tom irônico. – Claro. – Adicionou com um sorriso maroto.


  A porta da igreja se fechou novamente quando Douglas já estava no altar, e Liu em seu devido lugar em um dos bancos.


  Pouco mais de dez minutos depois, quando Liu já estava pronta para fazer algum tipo de piada, sobre noivas atrasarem, para Douglas, a marcha nupcial começou a tocar, e as portas da igreja se abriram novamente.


  À frente vinha uma pequena garota de no máximo quatro anos. Seus cabelos eram curtos, loiros, e levemente cacheados. Seus olhos eram azuis e sua face angelical. O nome da garotinha era Luiza, que era uma das primas mais novas de Bel.


  Em suas mãos, Luiza trazia uma pequena cesta com pétalas de rosas em tons de branco e vermelho, que soltava pelo tapete enquanto se dirigia até o lugar que havia sido orientada para ir.


  Pouco atrás de Luiza, com um andar elegante, vinha um gato branco de lindos olhos azuis, com as alianças presas em sua coleira azul Royal.


  Sem dúvidas Bel estava deslumbrante. Enquanto passava pelo tapete vermelho, todos os convidados se levantavam e se viravam para poder admirar sua beleza, enquanto Douglas ficava em pé no altar com um sorriso bobo.


  O vestido dela era branco sem alças, com bordados simples em suas bordas. Usava também véu e grinalda. Seus cabelos loiros estavam presos de uma forma delicada, e em suas mãos trazia um pequeno buquê de rosas brancas. A maquiagem era leve, mas ressaltava ainda mais os olhos azuis de Bel.


  Finalmente, quando a noiva chegou ao altar, e foi entregue pelo pai ao noivo, deu – se por iniciada a cerimônia.


  Douglas e Bel optaram por uma cerimônia não muito longa, para não ficar algo cansativo.


  - Douglas Wolfgrand e Isabel Montano, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? – Perguntou o padre.


  - Sim. – Responderam Douglas e Bel ao mesmo tempo.


  - Vós que seguis o caminho do Matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida? – Questionou o padre. Mesmo que ambos fossem bruxos, iam celebrar o casamento da maneira trouxa, utilizando até mesmo o “Deus” dos trouxas.


  - Sim. – Responderam Douglas e Bel novamente.


  - Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja. – Disse o padre.


  - Eu Douglas Wolfgrand, recebo-te por minha esposa. A ti Isabel Montano, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. – Douglas falou de coração, com um brilho apaixonado no olhar.


  - Eu Isabel Montano, recebo-te por meu esposo. A ti Douglas Wolfgrand, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. – Disse Bel pondo emoção a cada palavra.


  - Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu. – Continuou o padre. Alguns dos convidados já deixavam lágrimas escorrerem dos olhos. Sirius piscava discretamente para Liu, que sorria divertida. Lele, Mary Kate, Lily e Peter, ainda abismados com o fato de Liu estar viva, tentavam encontrar uma explicação plausível para tal fato.


  O par de alianças que estava na coleira de Eduzinho foi entregue ao padre para que a cerimônia continuasse.


  - Abençoai e santificai, Senhor, o amor dos vossos servos Douglas Wolfgrand e Isabel Montano, para que, entregando um ao outro estas alianças em sinal de fidelidade, recordem o seu compromisso de amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,


que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. – O padre falou dando continuidade à cerimônia.


  - Isabel Montano, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – Disse Douglas enquanto colocava a aliança à Bel destinada no dedo anelar dela.


  - Douglas Wolfgrand, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – Bel falou enquanto colocava a aliança no dedo anelar de Douglas.


  - Eu vos declaro marido e mulher. – Proclamou o padre gesticulando com as mãos. – Pode beijar a noiva. – Adicionou.


  Douglas, com calma, aproximou – se mais de Isabel, seria a primeira vez que a beijaria como sendo sua esposa.


  - Eu te Amo. – Murmurou Douglas antes de beijar Bel de uma maneira doce e suave.


  Ao saírem da igreja os noivos levaram um “banho” de arroz. Todos ali presentes sorriam de uma maneira alegre. Aos poucos os convidados foram saindo para irem para a festa.


  A festa seria em um lugar especial, uma “casa” de eventos alugada pelos pais de Bel. O local era amplo e aberto, com várias mesas espalhadas, como a noite estava bela não havia problemas com o fato de não ter muita área coberta.


  Os convidados faziam uma fila para cumprimentar os noivos.


  - Acho que você vai ter de explicar tudo para todo mundo... – Murmurou Sirius para Liu. Ambos estavam em pé.


  - Você acha?! – Perguntou Liu. Nenhum de seus amigos que não sabiam que ela estava viva havia ido falar com ela ainda, e estavam todos sentados na mesma mesa. – Me diz que vai dar tudo certo... – Pediu enquanto olhava para Sirius com preocupação no olhar.


  - Vai dar tudo certo. – Disse Sirius, logo após dando um breve beijo nos lábios de sua namorada.


  - Posso me sentar com vocês?! – Liu perguntou com um sorriso maroto em sua face, enquanto se aproximava de uma das duas cadeiras vazias que tinha na mesa onde seus amigos estavam sentados.


  - Você vai explicar tudo direitinho, sem esconder nem meio detalhe?! – Questionou Lele com uma cara aparentemente séria.


  - E vai prometer que nunca mais vai fazer algo parecido com o que você fez com a gente? – Perguntou Lily seriamente.


  - Vou. – Respondeu Liu sentando em uma das cadeiras, enquanto Sirius sentava na outra. – Mas primeiro... Vocês me perdoam?! – Questionou preocupada.


  - E tem como não perdoar?! – Retrucaram Mary Kate, Lily e Lele. As três estavam sorrindo.


  - Eu desconfiava de algo já. – Pontuou Peter. – Pelo sorriso bobo do Almofadas. – Explicou com um sorriso maroto.


  - Bom... O que aconteceu foi o seguinte... – Começou Liu com uma cara séria, pronta para explicar tudo o que havia acontecido desde sua “morte”.


  - Céus! – Exclamou Lílian após Liu ter explicado tudo.


  - Sirius, você é um idiota... – Adicionou Lele se referindo ao fato de Sirius não ter perdoado Liu de primeira.


  - Obrigado pelo elogio Lele... – Brincou Sirius de cabeça baixa.


  - Pelo menos é um idiota que reconhece quando faz uma besteira... – Acrescentou Lele sorrindo.


  - Se levantem garotas. Eu vou jogar o buquê. – Pontuou Bel chegando perto da mesa e piscando para as amigas.


  - Ruivinha, eu boto fé que você consegue pegar as flores! – Exclamou James enquanto Lily se levantava para ir para o lugar onde Bel jogaria o buquê.


  - Ihhh Pontas... Nem adianta esse buquê já é da Lele. – Retrucou Remus enquanto Lele também se levantava.


  - Eu preciso mais desse buquê do que todas. Assim quem sabe eu não encontro um namorado?! – Disse Mary Kate com um sorriso maroto em sua face, já de pé.


  - Liu, você não vai se levantar não?! – Perguntou Sirius ao notar que Liu ainda estava sentada bebendo sua Coca – Cola, enquanto todas as outras pessoas do sexo feminino corriam para o lugar onde a noiva jogaria o buquê.


  - Não gosto de flores. – Respondeu Liu sorrindo marotamente. – E não acredito nessa história de que quem pegar o buquê casa primeiro. – Adicionou com um ar de simplicidade. James, Remus e Peter começaram a rir.


  - Olha lá, ainda dá tempo de você ir pegar o buquê. – Pontuou Sirius apontando para o grupo de mulheres que estavam esperando Bel jogar o buquê.


  - Acho que a Bel está chamando o seu nome, Liu. – Acrescentou Remus.


  - Saiba que eu não vou mover um músculo para pegar o buquê, Si. – Murmurou Liu pouco antes de se levantar para entrar na “briga pelo buquê”.


  - Aposto o que vocês quiserem que a Liu pega o buquê. – Disse Sirius de imediato.


  - Eu vou jogar... É um, é dois, é três... E... – Gritou Bel pouco antes de lançar o buquê para trás, já que estava de costas para a multidão.


  Liu já estava saindo à francesa daquele montinho de gente, olhando para Sirius e fazendo um sinal com as mãos como quem diz “Não foi dessa vez”, quando sentiu algo parar exatamente em sua mão.


  - Eu disse! – Exclamou Sirius quando viu que o buquê tinha parado na mão de Liu, que olhava para o buquê com uma cara de surpresa enquanto todas as outras mulheres falavam coisas sem nexo para ela.


  - Eu não acredito nessas bobagens mesmo! – Exclamou Liu enquanto se sentava em uma cadeira, e colocava de uma maneira não muito sutil, o buquê no centro da mesa.


  - É o destino se manifestando. – Brincou Sirius com um sorriso maroto.


  - Pelo menos não significa que vai ser amanhã ou depois... – Murmurou Liu.


  - Ihhh Almofadas... Acho que a Liu não pretende se casar com você nunca... – Provocou Peter.


  - Não é isso... – Retrucou Liu. – É só que minha vida ainda não está... Hummm... Certa. – Pontuou com o olhar perdido.


  - Liu, você sabe que eu esperaria uma eternidade inteira por você. – Disse Sirius.


  - Bom, tem sempre a chance dessa tal lenda do buquê acertar... – Falou Liu sorrindo.


  - Então, onde você vai dormir por enquanto?! – Perguntou Lily. – Tipo, a Bel e o Douglas vão ficar na casa do Douglas não é?! – Adicionou em seguida.


  - É... Eu acho... – Respondeu Liu. – Acho também que estou sem teto... Eu e o Eduzinho. – Acrescentou com uma cara confusa.


  - Você pode voltar a morar onde você morava! Comigo... Assim eu não fico mais sozinha naquela casa... – Disse Mary Kate com um sorriso de felicidade no rosto.


  - Ou pode ir lá para casa... – Adicionou Sirius sorrindo marotamente.


  - Ótima idéia Mary! – Exclamou Liu feliz.


  - Já vi que minha idéia foi barrada, ou nem ao menos ouvida. – Murmurou Sirius.


  - Foi ignorada, Si... – Pontuou Liu sorrindo marotamente.


  - A gente pode combinar de amanhã de noite nos encontrarmos naquela praça que tem perto de lá de casa, sabe qual é Sirius?! – Propôs Mary Kate.


  - Sei sim... Aquela que quase ninguém vai... Acertei?! – Respondeu Sirius.


  - Exatamente. Eu, o Eduzinho, você e a Liu... – Disse Mary Kate. – Vocês outros estão excluídos... – Brincou apontando para os outros amigos.


  - Ótima amiga você, Mary... – Murmurou Lele num tom de brincadeira.


  - Se quiserem ir também... – Falou Mary sorrindo.


  - Eu e a minha ruivinha temos planos para amanhã... – Pontuou James.


  - Eu vou sair com a Celina... – Murmurou Peter.


  - Eu só falei de brincadeira... Afinal de contas eu e o Remy já combinamos de assistir um filme. – Disse Lele sorrindo marotamente.


  - Eu topo e o Eduzinho também. – Liu disse sorrindo.


  - Claro, se o Almofadas topa, você topa. – Brincou James.


  - Eu não toparia ir para o hospital nem se o Si topasse! – Exclamou Liu. Embora tivesse contado tudo para todos, tinha omitido a parte em que ela foi parar no hospital por causa dos desmaios constantes, e até mesmo o fato dos desmaios serem tão constantes.


  - Ainda bem que você não tem necessidade de ir para hospital, não é mesmo?! – Falou Lele entre risos. Sirius quase engasgou com sua bebida.


  - Ainda bem... – Repetiu Liu dando um sorriso amarelo.


  Após algum tempo a festa acabou. Sirius acompanhou Liu, Mary Kate e Eduzinho até em casa, combinando os últimos detalhes do encontro do dia seguinte na porta da casa, e logo depois foi para casa com um largo sorriso no rosto.


  - Sabe... Eu fico aliviada em saber que você está viva. – Pontuou Mary Kate quando só ela, Liu e Eduzinho estavam em casa.


  - Eu estava com saudades dessa casa. – Murmurou Liu.


  - Vai voltar a morar aqui?! – Questionou Mary Kate curiosa.


  - Você me aceita de volta aqui?! – Perguntou Liu.


  - A casa é sua. – Respondeu Mary Kate. – E eu não gosto muito de morar sozinha em uma casa como essa. – Completou enquanto olhava pela janela.


  - Tem alguma coisa para comer aqui na geladeira?! – Liu perguntou enquanto abria a geladeira.


  - Defina “alguma coisa”. – Retrucou Mary Kate. – E você não tem como estar com fome, já que você acabou de voltar de uma festa de casamento... – Acrescentou procurando por algo do lado de fora da janela.


  - Eu não comi muito na festa. Aqueles doces chiques não são bons... – Pontuou Liu vasculhando a geladeira. – Os copos estão em que armário?! – Perguntou em seguida, ao tirar uma garrafa de água da geladeira.


  Mary Kate nada disse. Tinha achado o que estava procurando. Eram olhos, definitivamente, olhos iguais aos seus. Olhos azuis, especialmente azuis. Deveria se sentir indefesa não?! Pelo fato de ter alguém a observando... Mas não, ela não conseguia se sentir ameaçada. Aqueles olhos passavam uma espécie de sentimento de proteção, de carinho.


  - Mary?! – Chamou Liu tentando acordar a prima de seus pensamentos.


  - No armário que fica em cima da pia. – Respondeu Mary Kate sem parar de encarar os olhos azuis que a encaravam.


  - O que você está olhando de maneira tão fixa?! – Questionou Liu com um tom de voz que deixava claro a sua curiosidade.


  - Nada... – Murmurou Mary Kate olhando temporariamente para Liu, que segurava uma garrafa de água na mão direita e um copo de vidro na mão esquerda. Liu automaticamente olhou pela janela. O vidro que compunha o copo logo estava quebrado em milhões de pedaços pelo chão da cozinha.


  - “Acho que já estou ficando paranóica com essas coisas...” – Pensou Liu. – “Provavelmente era somente os olhos da Mary refletidos no vidro da janela...” – Concluiu.


 


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