O balanço



Ele corria o mais rápido que conseguia, “quanto mais longe chegar daquela mansão melhor” pensava.



Já até podia ver a cerca branca.Não via a hora de sentar em seu balanço e esquecer-se de tudo, esquecer-se que era um Malfoy ou até mesmo esquecer-se que era Draco, queria simplesmente ser uma pessoa em um balanço e poder ser ele mesmo sem mentiras.Odiava aquele lugar e tudo o que ele representava e só aceitara ir para lá por causa do campo e do balanço, fazia tempo que não os via.



Mas quando pulou a cerca viu que já havia alguém no balanço, alguém que ele conhecia.



Aproximou-se de vagar da pessoa sem acreditar em seus olhos.Viu que ela olhando para o campo e não notou sua presença.



- Granger? .Ele falou hesitante, não podia ser ela, não ali.



A menina quando ouviu seu nome quase caiu do balanço de susto.Conhecia aquela voz mais não queria acreditar.



- Malfoy! .O que você está fazendo aqui? .



- O que VOCÊ está fazendo aqui.



- Estou no meu balanço...



- Esse balanço é meu!



- Não é não, e ele está na minha árvore!



- Sua árvore? .Oras, não seja idiota garota, essa árvore não é sua!



- Sim, ela é! .



-Não, não é.



- SIM, É SIM!!!.



- NÃO É, nem esse balanço! .



-ESSA ARVORE É MINHA SIM E TUDO QUE ESTA NELA TAMBÉM, PORTANTO O BALANÇO TAMBÉM É MEU!!! .



- E desde quando essa arvore é sua? .



- Desde do dia que eu escrevi minhas iniciais nela.



Era verdade, um verão ele tinha voltado ao campo e viu escrito H.G nunca tinha descoberto quem foi, mas agora sabia H.G, Hermione Granger.



- E que direito você tem de escrever seu nome ridículo nessa árvore? .



- Não sei se você percebeu, mas ao passar por aquela cerca você entrou nas terras dos Grangers por tanto tenho todo o direito do mundo de escrever o que quiser aonde eu quiser dessa árvore, entendeu? .Ah, e nome ridículo são o seu nariz! .



- Ótimo, pode ficar com essa árvore idiota sangue ruim, e com esse balanço você já o infectou mesmo.



- Ótimo.



- Ótimo! .



-ÓTIMO! .Ela gritou ao ver ele se distanciar, não acreditava como ele podia ser tão inconveniente e que diabos ele estava fazendo ali? .Bem não importava, com sorte não o veria mais.



- Que idiota...Ela disse pulando do balanço e pisando firme em direção a pequena casa branca que havia a alguns metros do campo.



Chegando a casa dirigiu-se a cozinha onde seus avós estavam e sentou-se numa cadeira.



- Pensei que não voltaria tão cedo querida -disse a gentil senhora -está com fome? .



- Não, obrigada vovó.Ela falou olhando emburrada para a chaleira.
- Hã, vovô...



- O que? .Disse o homem abaixando o jornal para olha-la.



- Você já viu um menino perto daquela árvore no campo?



- Já sim, foi ele que colocou aquele balanço lá...



- Eu também já o vi -disse a senhora tirando um bolo do forno -sempre o vejo no verão encostado na árvore cantando...



- Cantando?!, Acho que não estamos falando da mesma pessoa! .Hermione quase gritou ficando de pé e assustando a avó.



- Bom, estou falando de um menino bem loiro e alto que vem todo verão para cá, falou a mulher encarando a neta.



- Ele mesmo que eu vejo -disse o homem levantando o jornal mais uma vez -acho que ele mora naquela mansão na colina...Por que está tão interessada? .



- Por nada vovô...É que eu o vi, só isso...hã vou sair ta ?.Falou se levantando e indo em direção a porta.



- Tudo bem, mas volte antes do jantar! .



- Eu não vou longe vovó, só vou até o lago, hã, meus pais ligaram? .



- Ainda não querida.Disse a avó com um olhar triste.



- Ta, tudo bem...chau



- Chau...


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