5º dia



5º DIA




Terça-feira, 25 de dezembro – 22:58




Essa época do ano é fabulosa! Tudo é tão divertido! Parece que as coisas estão mais coloridas, e uma paz alegre contagia todos os lugares. Os dias parecem ter uma magia nova e especial e a todo o momento você acha que não haverá nada melhor. Hoje não foi diferente.




Houve um longo silêncio depois que Gina escreveu essa frase no caderno. A neve caía lá fora. Eles estavam no escritório sentados no tapete persa, em frente à lareira acesa. Gina recostada no corpo de Draco que, por sua vez, apoiava as costas no sofá com as pernas uma de cada lado do corpo dela.

- Perdeu a inspiração, foi?

- Não. Sei exatamente o que vou escrever a seguir. Tenho muito que relatar.

- Então o que está esperando?

- Você. Escrevi cinco frases inteiras com direito a pontos de exclamação, conjunções aditivas e palavras como paz e alegria. Essa é a hora em que você me interrompe e diz que está tudo uma chatice, que essa é a época do ano mais desagradável e tediosa que você presenciou em muito tempo e declara a sua repugnância por tudo que a felicidade representa. Pode começar

- Infelizmente não posso fazer isso.

- E porque não?

- Porque concordo com cada sílaba do que você escreveu aí.

- Ta bom, vou entender isso como um deboche.




Acordamos n´A Toca. Deviam ser umas 9 da manhã. Depois de nos vestirmos, descemos e fomos até a árvore de natal. Todos também tinham acabado de acordar e as crianças já tinham começado a abrir os presentes. Pareciam realmente encantadas com tudo.




- Por que parou de novo?

- Estou esperando você começar a falar sobre como meus sobrinhos são babões mortos de fome que se encantam por presentes idiotas.

- E porque eu diria isso?

- Você está de brincadeira, né?




Acho que acertamos na hora de escolhermos os presentes. Todos pareciam bem animados com o que ganharam, assim como eu.
Carlinhos me deu uma pena de cauda de fênix. Do Gui, recebi um cinto de couro de dragão. Hermione e Rony compraram um belo porta retrato folheado a ouro e os gêmeos me presentearam com um novo estoque de bombas de bosta e alguns doces da dedosdemel. Ah! E mamãe, claro, tricotou um sweter de lã bordô com um grande G dourado no meio. Acho que o natal não seria a mesma coisa sem os tricôs de Molly Weasley, até Draco ganhou um. É verde, com um D prateado no centro.





- Certo, essa é sua deixa.

- O que quer dizer?

- Draco, você está lendo o que estou escrevendo?

- Aham. O que tem?

- Bom, agora você deveria estar comentado que o sweter que estou vestindo é ridículo, que minha mãe não tem imaginação porque sempre faz um desses pra cada filho e que você nunca vai usar o que ganhou.

- Bem, não posso dizer que vou trabalhar com aquela coisa de lã, mas devo admitir que ele é bem quente. Se eu estivesse passando frio pensaria na possibilidade.

- Essa é a parte em que eu fico irritada, certo?

- Sei la...mas acho que você está linda com esse sweter.

- Você me dá medo as vezes.




O último presente que abri foi uma grande surpresa já que, como Draco não vê sentido no natal, eu imaginei que ele não fosse comprar presente algum. Era um anel cravejado de diamantes e deve ter sido realmente caro. Ele esclareceu a mim (e a todos que já estavam de boca aberta) que não era nenhum tipo de compromisso ou algo assim, mas que achou que o anel combinava comigo. Eu fiquei realmente aliviada com isso porque nenhum de nós gosta de coisas formais que possam movimentar mais ainda a imprensa. Não precisamos de mais manchetes comentando alguma coisa sobre nós.




- Posso interromper?

- Graças a Merlin! Já estava achando que você estava ficando doente.

- É que preciso comentar que a cara dos seus irmãos quando viram aquele diamante foi hilária.

- Claro. Agora você vai dizer que eles nunca devem ter visto algo tão valioso na vida, certo? Posso voltar a escrever?

- Não...eu só ia dizer que acho que eles pensaram que eu ia te pedir em casamento ou algo assim. Devo tê-los assustado pra valer. Foi engraçado, só isso.

- É, você deve estar doente.




Bom... fora o presente da minha mãe, meus irmão não deram nada para o Draco. Não que esperássemos isso, mas Hermione fez questão de dizer que o porta-retrato era pra colocar uma foto de nós dois, o que já é um começo. Eu dei a ele uma daquelas camisas Armani como aquela que eu sujei de geléia um dia desses. Só achei estranho ele não ter reclamado de nada ainda.




- E o que você queria que eu dissesse?

- Nada...é só que você costuma ir contra tudo. Acho meio surreal você não ter xingado nada e ninguém ainda.

- Sinceramente, eu não entendo você Gina. Se reclamo, você fica irritada, se não reclamo, você acha estranho. O que quer que eu faça afinal?

- Que seja você. Mesmo que me irrite na maioria das vezes, ainda assim é você.

- Isso é um elogio ou devo me sentir ofendido?

- Nem um, nem outro. É só que não é normal você não contestar nada que eu disse.

- É porque não há o que ser contestado. Não vou dizer que amo sua família e que o sonho da minha vida é passar o natal com eles, mesmo que dessa vez eles não tenham aprontado nada comigo. Eles não são necessários pra minha sobrevivência, tampouco preciso ir até lá novamente. Não me farão falta, acredite. E mesmo que eu tenha relutado em ir, o que vai acontecer novamente se você quiser que eu vá de novo, eu estarei com você lá. Pra mim é o que basta.

- Certo! Você está realmente precisando de um tratamento.




O que achei mais bizarro no dia todo é que Draco não fez nenhuma ofensa a ninguém, nem ficou enchendo o saco para virmos embora. Ficamos a tarde toda n´A Toca então isso deve ter causado algum tipo de distúrbio nele ou algo assim. Ele deve estar com algum problema.




- E acha que eu já não pensei nisso? Não adianta. Segundo alguns estudiosos meu único problema é estar apaixonado por você. Não me orgulho disso, sabia?

- Ta querendo dizer que é ruim se apaixonar por mim, Malfoy? – perguntou ela afastando-se dele consideravelmente.

- Não coloque palavras na minha boca, Weasley.

- Não estou fazendo isso. Você acabou de dizer que estar apaixonado

por mim é um problema, o que acha que eu vou interpretar?

- Droga, Gina! Eu estou aqui, agindo feito um idiota tentando dizer que gosto de você, o que não é fácil, e você vêm com quatro varinhas na mão?

- Pois fique sabendo que arranjou o jeito errado de dizer que gosta de mim. É uma pena que tenha feito questão de salientar o quão isso é péssimo.

- Você não entendeu nada mesmo garota! Porque tem que ficar pensando sempre o pior de mim.

- Por que é assim que você se faz parecer.

Ele ficou estático por alguns minutos. Estava processando a informação. Gina ainda estava impassível, mas teve a impressão de que havia ido longe demais.

- Bom saber que é isso que você pensa.

- É...é isso que eu penso.

- Ótimo!

- Ótimo!

Depois disso, ela levantou do chão e saiu do escritório




(N/A: Ñão me matem! Sei que esse capítulo saiu péssimo. Nem eu entendo pq publiquei, mas tudo bem...Minha beta, Liége Jorgens está terminando de corrigir os dois últimos capítulos e eu logo posto, ok:? Enquanto isso comentem, please, nem que seja pra xingar...Bjos a todos!!!)

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