2º dia



2º DIA

Sábado, 22 de dezembro – 22:00




Se é que algum idiota vai ler esta porcaria, vou descrever um dos piores dias da minha vida.




- Ora! Não exagere! Nosso dia foi bem agradável.

- Errado! O seu dia foi agradável, o meu foi um pesadelo.




Hoje entramos de férias. Férias de fim de ano são muito boas pois pode-se ficar em casa, na cama, sem fazer nada...ou melhor, fazendo várias coisas...




- EI! Você não pode publicar isso!

- Porque não? É verdade! E mais: você não pode me proibir de dizer nada pois hoje é meu dia... eu falei que você iria se arrepender.

Gina bufou. O escritório estava frio naquela noite.

- Você, pelo menos, podia terminar isso lá na cama. – pediu, manhosa, enquanto beijava o pescoço do loiro.

- Cama não é lugar de se escrever. – disse ele ignorando os carinhos – E você está aqui porque quer. Vá dormir se está com frio.

- De jeito nenhum – disse Gina revoltada, parando de beija-lo e sentando-se na mesa – Vou ficar aqui e ler tudo que você escrever aí.
-

Você quem sabe.




Acordamos relativamente cedo para um sábado. Eram quase nove da manhã. Já mencionei que gosto das férias pois pode-se ficar na cama até tarde, mas hoje isto não aconteceu. E pior: quando finalmente eu achei que teríamos um tempo só para nós sem garçons tarados ou vestidos apertados Gina apareceu com aquela idéia.




- Acho uma gracinha você querer um tempo só pra nós. Eu também quero, mas não podíamos desrespeitar a tradição.

- Dane-se a tradição! Minha saúde física e psicológica é muito mais importante!




“Vamos para a Toca enfeitar a árvore de natal” disse ela. Não sei o que me fez aceitar a proposta, mas quando ela entrou toda contente com aquela bandeja de café da manhã no quarto, vestindo apenas a minha camisa (que, por acaso, custou muito caro e ela sujou de geléia de morango) eu imaginei que ela quisesse alguma coisa. E agora começo a desconfiar que ela tenha colocado algum tipo de poção para persuasão na comida. Achei aquele suco de abóbora com um gosto muito estranho.




- Não é verdade! Não coloquei nada no seu suco. O problema é que não me dou muito bem na cozinha. E o café da manhã foi só um jeito carinhoso de começarmos as férias.

- Sei...me engana que eu gosto.




Eram onze e vinte quando aparatamos naquela coisa que ela chama de casa. O pior de tudo é que toda a família dela estava lá porque aqueles irmãos sanguinários dela resolveram, também, respeitar a tradição e levar seus parceiros e filhotes para decorar a arvore de natal. Até hoje eu não entendo porque os pais dela não tiveram um ou dois filhos que é o normal. Porque tiveram que produzir aqueles brutamontes?




- Brutamontes eram aqueles Crabbe e Goyle que andavam escoltando você em Hogwarts. Meus irmãos são incapazes de praticar qualquer violência.

- Ah! Claro! E eu sou filho do Dumbledore.




Ao meio dia fomos almoçar. Devo admitir a Sra. Weasley preparou um almoço excelente. É uma pena que Gina não tenha puxado por ela.




- Também não precisa falar assim. Tudo bem que eu não tenho a mão da minha mãe, mas é que também nunca pratiquei muito.

- Acho que você não conseguiria nem se praticasse.

- Ah! Nem vem! As minhas torradas hoje de manhã estavam boas.

- Você comprou aquelas torradas.

- Você é um insensível!

- Sou sincero. Sabia que a sinceridade é a base para um relacionamento?

- A delicadeza também é muito importante.

- Pois é...não se pode ter tudo.




Depois almoço fomos todos montar a maldita arvore de natal. Foi algo tenebroso. Esqueci-me de mencionar que os irmão de Gina não gostam muito de mim e, pelo que percebi, as famílias deles também não e todos pareciam sinceramente motivados a me esquartejar.
Gui sem dúvida é o irmão mais estranho de todos com aqueles cabelos compridos e aquele brinco estranho na orelha. Ele se casou com Fleur Delacour. Nunca imaginei que ela poderia descer a um nível tão baixo. Um Weasley! Sinceramente!





- Você também está com uma Weasley.

- Não precisa me lembrar disso.

- Você é um grosso!

- Você nunca reclamou disso.




Gui e Fleur tem uma filhinha chamada Rachel. Ela acabou de fazer dez anos. Ano que vem irá para Hogwarts. É uma garotinha ruiva, mas com os olhos azuis da mãe.
Carlinhos está vivendo com ninguém mais, ninguém menos que minha querida prima Nimphadora Tonks. Pelo que Gina me contou, ela teve um caso com aquele lobisomem, Remus Lupin, que foi nosso professor de DCAT, mas depois que ele morreu foi Carlinhos quem a consolou. Eles não têm filhos, graças a Merlin! Nem sei o que poderia dar da cruza daquela biruta com o cara dos dragões.





- Você fala como se todos na minha família fossem anormais.

- E não são?

- Claro que não! Que absurdo! Na minha opinião são todos umas graças.

- A família é sua, você não pode opinar.




E aí temos o que eu chamo de evolução da família. Ou pelo menos alguém que se encontra num patamar um pouco acima dos demais: Percy. Ele é o único naquele coviu de ruivos que tem algo na cabeça...




- Hem hem...




...além da Gina, claro.




Percy também trabalha no ministério e acho que é o único Weasley que não tem vontade de quebrar meus ossos toda a vez que me vê. De fato ele é até bem simpático se descontarmos o fato de que ele é um metido a almofadinhas barato e ruivo.
Ele está casado com Penélope Cleanwater e tem um filho de seis anos chamado Robert; ruivo, mas parece que tem futuro.
E então temos aquelas pestes chamadas Fred e Jorge. São dois seres irresponsáveis que não tem a mínima capacidade de serem bruxos de respeito algum dia. Jamais algum ministério os levará a sério. São perfeitos idiotas que só sabem fazer logros. São ridículos! E o pior de tudo é que tem filhos. Isso mesmo. Casaram-se com Angelina Johnson e Alicia Sppinett e agora têm dois pivetinhos chamados Bred e Brock. Só não me perguntem quem é filho de quem porque ambos são ruivos e muito parecidos. Nasceram no mesmo dia, mês e ano. É patético.
E por último, mas não menos entediante, temos Rony. É, sem dúvida, o pior Weasley de todos. Mas tudo bem que ele me detesta, afinal, a recíproca é verdadeira. Ele está casado com a Granger. Tem uma filha chamada Kathleen (homenagem a JK) também ruiva que tem três anos e parece ser tão ou mais metida a sabe-tudo que a mãe.





- Sabe, apesar das ofensas, achei uma gracinha você ter falado da minha família aí.

- Não se anime. Só escrevi tudo isso pra que os leitores saibam onde é que eu fui me enfiar.




Já era cinco da tarde quando a Sra. Weasley trouxe chá com biscoitos e bolo para lancharmos. Já disse e repito: é uma pena que Gina não saiba cozinhar como a mãe. Nós gastaríamos bem menos com restaurantes ou pedidos por coruja. E porque de tudo isso? Porque ela simplesmente não quer ter elfos domésticos aqui em casa! Se tivéssemos alguns teríamos bem menos problemas.




- Já expliquei mil vezes que não gosto de submeter nenhum tipo de ser a trabalho escravo.

- Aquela Granger virou mesmo a sua cabeça com aquele projeto de lei inútil.

- Não é inútil! Aposto que logo, logo ele será aprovado e todos os serão melhor tratados.

- Eu simplesmente não compreendo. Não foi um deles que matou aquele amigo de vocês? O fugitivo de Azkaban, Sirius Black? Lembro-me dele gargalhando quando chegou a minha mansão dizendo que os planos estava dando certo. Você deveria detestar elfos.

- Quando Harry melhorou daquela depressão que teve, me contou que Dumbledore disse a ele que Monstro foi o que os bruxos fizeram dele; que o abandono e desprezo poderiam fazer aquilo com qualquer um. Se Harry, que foi o maior prejudicado, perdoou Monstro, porque eu não perdoaria?

- E lá vem o Santo Potter de novo. Tsc tsc tsc…Não estou a fim falar dele. Deixe-me escrever.




Então, eu comecei a achar que estava tudo muito calmo. Quero dizer, já estávamos lá há mais de seis horas e eu permanecia com todas as partes do meu (lindo) corpo no lugar; aquilo não podia ser normal. Foi então que aconteceu: fui atingido por uma dúzia de bombas de bosta que até agora não sei como bateram em mim tão rápido, mas sei que foi trabalho daqueles pestes filhos dos gêmeos. Quem mais teria aquele enorme estoque de logros?




- Não era pra acertar você. O alvo real era o Percy, mas você estava conversando com ele e os meninos erraram o alvo!

- Ah, claro! Eles também são crianças inofensivas, certo? E eu sou enteado da McGonagall.




Mas não foi só aquilo. Inocência minha pensar que a tortura havia acabado. Gui me pediu para pendurar uma bola em um galho mais alto da árvore pois ele estava sem sua varinha e eu sou particularmente bom em feitiços, mas não sei como, fui parar dentro da bola. Fiquei pendurado lá por muito tempo antes que conseguissem reverter o encanto. Depois disso viemos embora. Já era tarde.




- Você tem que admitir que foi muito engraçado.

- Claro! É uma graça quando você não é a vítima.

- Sabia que esse logro fui eu que inventei? No meu sexto ano, em Hogwarts.

- Bom saber que você compactuou com isso.

- Eu não compactuei! Criei o logro e admito que queria testa-lo em você, mas isso foi quando eu ainda te detestava.

- Ah é? – perguntou ele enquanto a segurava pelas pernas e a mantinha presa sobre os ombros.

- Draco! Me solta seu maluco! O que pretende fazer? – gritava ela enquanto batia nas costas do loiro. Certa hora ele quase perdeu o equilíbrio na subida da escada.

- Calminha grifinória! Vai acabar me derrubando. – disse ele enquanto a jogava na cama sem o mínimo de cuidado. – Agora..onde estávamos?

- Eu estava rindo da sua cara por ter caído naquele logro.

- Ah sim! E aí falou que me detestava. – disse ele deslizando por cima dela – Ainda detesta?

- Não – respondeu ela entorpecida – Não mais...

(N/A: Gente, eu adoraria fazer uma N/A mais descente, mas to muito doente pra isso, hehehe. Só to postando hj pq prometi pra vcs. Poretanto, comentem pq senão eu vou ficar mais doente ainda, hehehe. Bjos a todos)

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.