Malerum viborae



Capítulo 14: Malerum viborae

O rosto de Draco rapidamente tornou-se inexpressivo, uma máscara de frieza. Ele mesmo teria que defender a vida da sua ruiva além de sua própria. Tinha medo se falhasse. Se morresse em batalha, sabia que ela seria a próxima. Mas se ela morresse primeiro...Não, Draco tinha certeza de que não conseguiria assistir a grifinória caindo imóvel, sem vida aos seus pés. Tudo isso se passou num turbilhão de milésimos de segundo na cabeça dele. E ele virou-se para encarar o possível oponente. Relaxou ao ver quem era.

***

Dumbledore encontrava-se em seu escritório, tinha seu rosto enrugado enterrado nas mãos, forçando seu velho e sábio cérebro a raciocinar, mas estava difícil. Lutava para manter os olhos abertos. Segurava, em sua mão direita, o feitiço localizador que Narcisa havia lhe entregado. Nada. Nenhum sinal. Eram seus alunos e o diretor estava preocupado com o que poderia lhes estar acontecendo.
“Claro. Tom Riddle só pode querer fazer mal a eles e isso eu não posso permitir. Mas como? O que posso fazer...?” ele pensava, as pálpebras pesando cada vez mais, demonstrando o quanto estava cansado e o quanto os anos pesavam em suas costas.
“Nesse ritmo terei que me aposentar mais cedo. A cada ano acontece algo que me faz envelhecer 10 anos mais.”
Meio cambaleante, resolveu levantar-se e assim espantar a sensação de sonolência. Pensava no quão jovem Draco e Gina eram para morrer. Seria mais que uma lástima que eles, que sustentavam um sentimento tão forte e verdadeiro, morressem pelas mãos de alguém que nem sabia o significado disso.
De repente, o diretor sentiu o localizador vibrar em sua mão. Pegou um objeto, anteriormente preparado em sua mesa e colocou-o dentro de um bolso de suas vestes. Aparatou em seguida.

***

Draco conseguiu sorrir de alívio ao ver o rosto preocupado do diretor:
-Professor Dumbledore? –Gina perguntou incrédula –É mesmo o senhor?
-Sou eu mesmo, Srta. Weasley. Que mal pergunte, mas o que está fazendo nas costas do Sr. Malfoy?
-Precisamos sair daqui, diretor! –Draco disse urgentemente –Fugimos da casa de minha tia, mas ela pode nos encontrar a qualquer momento. Além disso, a Gina foi picada por uma cobra.
-Que tipo de cobra era?
-Era uma verde rajada com preto.
-Oh, meu Merlim! –o diretor fez, tirando do bolso um tinteiro bem grande –Se for a espécie que estou pensado, é muito perigosa.
-O que vai acontecer com a Gina?!? –o loiro perguntou.
-Esse tinteiro é uma chave de portal, vamos voltar à escola, Papoula cuidará da Srta. Weasley.
Todos estenderam a mão para o tinteiro, a ruiva com alguma dificuldade, já que ainda estava nas costas do Malfoy. Ao aparecerem no escritório do diretor, Draco teve que apoiar-se numa mesa, para impedir de cair com Gina. Dumbledore conjurou uma maca e conduziu a ruiva o mais rápido que pôde até a Enfermaria, com um Draco muito preocupado em seus calcanhares.
-Pela espada de Griffindor! –a enfermeira exclamou ao vê-los entrar –Conseguiu encontrá-los, Alvo!
-Papoula, a garota Weasley foi picada por uma cobra verde rajada de preto.
-O verde era para mais claro ou mais escuro?
-Mais claro.
-Droga! É uma das mais venenosas do mundo bruxo. Não temos muito tempo.
-Muito tempo para o quê?!? -perguntou para a enfermeira –Gina! –ele gritou ao perceber que ela estava desacordada.
Madame Pomfrey tirou-a da maca e colocou-a numa cama, no instante seguinte já estava pegando vários frascos com líquidos de aparências macabras.
-Ela vai ficar bem? –Draco perguntou e ninguém respondeu –ELA VAI FICAR BEM?!?
-Alvo, leve o garoto daqui, é melhor. Explique pra ele sobre Malerum viborae.
-Vamos, Sr. Malfoy. –Dumbledore disse, colocando uma mão sobre o ombro do loiro.
-Não! Eu quero ficar aqui com ela.
-Vamos, Draco. Se ficar aqui será pior.
Ele deixou-se ser conduzido para fora da Enfermaria, estava chocado demais para continuar resistindo. E se acontecesse o pior?
-Eu quero saber o que está havendo, Dumbledore. –ele disse, lutando contra o nó em sua garganta.
O diretor fez um gesto afirmativo:
-Primeiro, deve saber que a vida dela corre perigo.
Draco engoliu em seco:
-O que é Malerum viborae?
-É um termo tanto usado para designar a cobra, quanto o veneno que ela injeta em suas vítimas. É um tipo raro de cobra. É híbrida. Criada por bruxos das trevas, assim como os basiliscos.
-Quais são os efeitos do veneno?
-Asfixiamento, dores nos músculos, pesadelos, dores de cabeça assombrosas e em alguns casos cegueira e coma seguido de morte.
-Tem cura? –o loiro forçou-se a perguntar.
-Sim. Madame Pomfrey tem que fazer várias misturas para se obter o antídoto. Mas não sei se ela vai ficar bem. Quanto tempo se passou desde que ela foi picada?
-Acho que faz uma meia hora.
-O veneno age rápido, mas o fato de não ter deixado ela andar e ter colocado ataduras em volta do local picado dificultou a circulação do veneno. Mas não posso garantir nada.
-Ela não pode morrer. –Draco falou, segurando firmemente o braço do diretor.
-Tenha calma, Draco. –o diretor disse gentilmente.
-Eu não quero ter calma! Eu só quero ter certeza de que ela vai ficar bem!
-Fico feliz em saber que a ama tanto assim. Um amor verdadeiramente digno.
Ao ouvir a última palavra, uma lágrima rolou do olho esquerdo de Draco. E ele tirou do bolso a sua pedra em formato de coração. Ela emitia uma luz branca vacilante. Draco lembrou-se do que Voldemort falara, então encarou Dumbledore e disse:
-Já ouviu falar na Pedra do Amor?
-Sim, é uma lenda que...
-Não é lenda. –Draco cortou-o –Voldemort está atrás dela. Essa é uma metade da pedra a outra é da Gina. Ele disse que nos sacrificaria num ritual para corromper a pedra. A única coisa que não entendo é porque a pedra se dividiu quando eu e Gina a encontramos.
-Porque ela julgou o amor de vocês digno de possuir uma coisa tão pura quanto essa pedra. Acredito que ela se dividiu porque seguiu o princípio das almas gêmeas.Sabe o que são almas gêmeas?
-Não. -O loiro respondeu sinceramente.
-Diz-se que o Criador dividiu todas as almas em duas, colocando essas metades em pessoas diferentes. Essa seria a explicação de procurarmos, às vezes, durante toda nossa vida, a nossa alma gêmea. A pessoa que está com a metade da nossa alma e então nos completar. Até os trouxas acreditam nisso.
-A Gina é a minha alma gêmea?!? –perguntou meio confuso.
-O que acha, Draco? –o diretor piscou um olho.
Ele pensou. Sim, Gina o fazia se sentir totalmente completo. Antes de se apaixonar por ela sempre sentira um vazio que não sabia explicar, mas agora...Fazia tempo que não se sentia incompleto.
-Sim, eu tenho certeza disso.
O diretor sorriu:
-Diga a Papoula que eu autorizei a sua entrada na Enfermaria, mas quero que comporte-se, entendeu? Tenho que informar ao senhor Weasley, o senhor Potter e a Srta. Granger, eles estiveram muito preocupados. Vai ficar bem?
Draco fez que sim e bateu à porta da Enfermaria.
-Entre. –ele ouviu a voz da enfermeira e então entrou –Você? Não me atrapalhe, Sr. Malfoy. Estou muito ocupada tentando salvar a vida de sua namorada.
-Prometa que fará o melhor que puder.
Madame Pomfrey empertigou-se:
-Ora! Com quem acha que está falando, garoto? Eu sempre faço o melhor! Sou a melhor enfermeira da Grã-Bretanha! –disse orgulhosamente.
Draco jogou-se numa cadeira e ficou lá, quieto, apenas assistindo o trabalho de Papoula.
“A Gina não pode morrer! Não pode! Ela é boa demais pra morrer! Não posso perdê-la de jeito nenhum! Eu faço qualquer coisa pra ela não me deixar sozinho nesse mundo.” Foi a última coisa que pensou, pois logo após adormeceu de tanto cansaço.
Sonhou que Gina estava a ponto de cair em um precipício e ele era o único que podia salvá-la. Ele segurava a mão dela com força, tentando puxá-la de volta, mas era inútil, a mão dela continuava a escorregar da dele...Até que ela caiu com um grito estridente e Draco acordou, respirando aceleradamente. Sentia-se como se tivesse corrido uma maratona. Demorou alguns instantes para perceber que não se encontrava mais na cadeira onde havia dormido. Estava deitado num dos leitos da Enfermaria, não havia mais cortes e arranhões latejando em seus braços e rosto. Tampouco a roupa que vestia agora estava rasgada em alguns pontos. Era óbvio que Madame Pomfrey havia cuidado dele e trocado suas roupas detonadas por um pijama listrado.
“Realmente ela é eficiente. Fez tudo isso sem me acordar. Ou será que eu estava com o sono tão pesado que não percebi?” pensou e sentou-se.
Seus olhos vasculharam a Enfermaria. Pela presença de uma discreta luz lunar, era noite ainda. Por quanto tempo teria dormido? Não importava, não diante de sua preocupação com sua namorada.
Como não havia nem sinal da enfermeira, Draco calçou um par de chinelos posicionados perto de sua cama e foi até a de Gina. Ela dormia serena como um anjo, foi o pensamento dele. Sentou-se na cadeira ao lado da cama dela e ficou observando. Gina estava coberta pela altura da cintura, pra baixo com apenas um lençol (visto a proximidade do verão) e uma de suas pernas estava para fora dele. A camisola era branca e simples. Draco cobriu a perna dela. A respiração da ruiva parecia calma, mas ocasionalmente ela parecia ter dificuldades para respirar. O loiro notou a mudança de expressão da grifinória, de tranqüila para horrorizada. A Weasley começou a murmurar algumas coisas que Draco não entendeu, mas sua expressão de pavor não mudava.
Resolveu então segurar a mão dela. Gina apertou a mão dele com força, mas não acordava:
-Gina, eu estou aqui com você. –ele sussurrou perto do ouvido dela, enquanto acariciava os cabelos dela com sua mão livre –Não se preocupe. Eu estou aqui, do seu lado. Lute contra esses pesadelos, Gina. Lute por nós. Eu não quero te perder. Por favor, não me deixe.
A expressão dela pareceu abrandar, assim como o aperto na mão dele. Ainda segurando a mão dela, Draco cruzou os braços sobre a cama de Gina e ajeitou sua cabeça neles, em pouco tempo dormiu novamente.
Passada uma hora, Madame Pomfrey foi até a Enfermaria. Num primeiro momento perguntou-se aonde Draco poderia ter ido. Então o avistou dormindo com a cabeça e parte do tronco apoiados na cama de Gina. Ela pegou a poção que Gina tinha que tomar e chegou perto do Malfoy:
-Acorde, Sr. Malfoy. –disse baixinho e de nada adiantou –Sr. Malfoy! –aumentou o volume de sua voz.
Apesar de Draco continuar dormindo, Gina acordou. Sentiu a mão quente de Draco na sua e o viu a seu lado.
-Srta. Weasley, está na hora de tomar a poção mais uma vez.
-Mas tem um gosto tão horrível, Madame Pomfrey. Eu não quero ter que tomar de novo.
Ao ouvir a voz da namorada, Draco finalmente acordou.
-Sr. Malfoy, a Srta. Weasley não quer tomar a poção. –ela apelou.
-Ah, Draco, diz pra ela que eu não preciso, tem um gosto muito ruim.
-Para que serve essa poção? –perguntou educadamente à Papoula.
-É um reforço do antídoto. Ela tem que tomar nos primeiros dois dias a cada quatro horas. Depois a cada 8h por 1 semana. E mais a cada 12h por um mês. Então estará plenamente curada.
-Mas falta menos de um mês para que as aulas acabem. –ele protestou.
-Esse não é o maior dos problemas, Sr. Malfoy. Os ingredientes dessa poção custam bem caro. E eu não tenho ingredientes suficientes para todo o tempo de tratamento. Se ela não beber a poção de maneira correta, o pior vai acontecer, mesmo que lentamente.
-Gina bebe essa poção agora. –Draco exigiu.
-Mas...
-Sem mas nenhum. Bebe agora. Se não quer fazer isso por você, faça por mim.
Ela suspirou. Então pegou o frasco da mão de Madame Pomfrey e sorveu todo conteúdo de um gole só. Um arrepio passou pelo corpo de Gina. Em seguida ela pôs a língua pra fora e fez uma careta:
-Argh! Isso é horrível... –reclamou –E o que é o pior pode acontecer? Eu corro risco de vida?
Draco engoliu em seco e desviou seu olhar.
-Draco...
-É isso mesmo, Srta. Weasley. –Papoula disse.
Lágrimas rolaram pelo rosto da ruiva, que se jogou nos braços do namorado:
-Draco, eu vou morrer! –ela se lamentava –Eu não quero, Draco.
-Você não vai morrer. –ele disse, abraçando-a forte –Eu não vou deixar.
-Não ouviu o que ela disse? Não há ingredientes suficientes para todo o tratamento. Eu vou morrer, Draco, são todos muito caros! Os meus pais não terão como pagar.
-Eu vou dar um jeito. –o loiro garantiu.
-Como?!? Você vai ser deserdado, Draco.
-Dane-se isso. Eu vou arrumar uma forma de conseguir os ingredientes. O que eu não posso deixar é você morrer.
Madame Pomfrey suspirou, achando lindo o amor deles dois e disse:
-Se conseguirem os ingredientes, eu e Severo podemos nos revezar fazendo a poção. Eu garanto que até o tratamento de uma semana, os ingredientes são suficientes, mas depois...
-Eu arranjarei. –Draco disse convicto.
“Não sei como, mas eu vou fazer qualquer coisa que puder salvar a mulher que eu amo.”
-Eu não quero que faça nada ilícito, Draco. Promete? –a ruiva perguntou.
-Não posso prometer isso. –ele falou baixinho, para que somente ela ouvisse –Tente me entender, eu vou fazer qualquer coisa para arrumar os ingredientes, não importa o que eu tenha que fazer. Não importam os meios, todos justificam salvar a sua vida. Eu te amo demais pra não fazer nada.
-Eu te amo, Draco. –e o beijou.
-Sr. Malfoy, precisa voltar para sua cama. –ela os interrompeu.
-Mas é muito longe da dela, Madame Pomfrey. –o loiro contestou.
-E a Srta. Weasley precisa de repouso. Ela não terá isso ficando perto do Sr.
-Por favor, Madame Pomfrey, o Draco vai ser bonzinho.
A enfermeira suspirou:
-Com uma condição. Eu vou dar à ele uma poção para dormir. Não posso fazer isso com a Srta., pois misturaria com a que acabou de tomar, mas garanto que não terá dificuldades em pegar no sono.
Eles acabaram por concordar. Draco deu um último beijo na namorada antes de tomar a poção.
-Boa noite, Gina. –desejou e bocejou, indo para sua cama, ao lado da dela.
-Durma bem, Draco.

***

Minerva McGonagall dirigia-se da altiva para a Torre da Grifinória. Dumbledore havia lhe pedido que trouxesse imediatamente ao seu escritório, os alunos: Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley. Ao perguntar-lhe o motivo de tão repentina necessidade, o diretor dissera que havia encontrado Draco Malfoy e Gina Weasley. Minerva controlou a sua vontade de querer saber detalhes e foi buscar os garotos.
Chegou no Retrato da Mulher gorda e esta dormia. McGonagal pigarreou e acordou o quadro:
-Oh mais que surpresa, Professora Minerva, ainda mais essa hora da madrugada. Já passam das 3h, sabia?
A Diretora da Grifinória contraiu seus lábios finos:
-Sei disso. Coração destemido. E não precisa fechar antes que eu saia.
Ao ouvir a senha a Mulher Gorda girou o quadro para deixar a Professora passar. No Salão Comunal da Grifinória havia silêncio e a lareira já estava apagada.
-Lumus. –e só assim viu os três alunos que procurava.
Rony e Mione estavam na mesma poltrona, a cabeça da garota tombada sobre o ombro dele. Harry se encontrava numa poltrona vizinha, esparramado. Todos estavam dormindo.
Mcgonagall bateu as palmas de suas mãos brevemente, fazendo-os acordar:
-Professora Mcgonagall? –Harry perguntou –O que faz aqui?
Rony e Hermione também olharam para ela, a espera de uma resposta que satisfizesse suas curiosidades.
-O Diretor me mandou aqui, quer vê-los imediatamente. –Harry abriu a boca para falar, mas ela o cortou –Ele irá lhes dizer tudo o que quiserem saber.
Conformados e curiosos, o trio seguiu a Professora Minerva até a sala do Diretor. Ao chegarem lá, Dumbledore estava sentado à sua escrivaninha. Tinha um semblante pensativo, até que percebeu que não se encontrava mais só:
-Muito obrigada, Minerva. –agradeceu calmamente e se virou para os alunos –Devo dizer que encontrei o Sr. Malfoy e a Srta. Weasley...
Não pôde terminar de falar.
-Onde está a minha irmã? Ela está bem?
-É! –Harry apoiou –Como ela está?
Hermione censurou-os com o olhar pela interrupção, era óbvio que já saberiam se eles não tivessem interrompido. Dumbledore sorriu condescendente e continuou:
-Os dois estão relativamente bem. Nesse momento devem estar dormindo, estão na Enfermaria.
-Enfermaria? O que aconteceu? –Mione não pôde deixar de perguntar.
-A Srta. Weasley foi picada por uma Malerum viborae.
-Oh não! –Mione levou as mãos à boca –Isso é terrível!
-Malerum o quê? –Rony perguntou, olhando para Harry, que deu de ombros.
Dumbledore então explicou assim como fizera para Draco. Depois de terminar, Rony perguntou timidamente:
-A Gina vai ficar bem?
-Se ela tomar o antídoto corretamente, ficará plenamente recuperada. Porém, se não tomar...
-Ela morre. –Hermione completou, preocupada.
-Será que nós podemos visitar a Gina? –Harry perguntou com o coração apertado.
O Diretor o examinou por alguns instantes, toda a aflição estava expressa no rosto do moreno, mas ainda assim...
-Sinto muito, mas os senhores não poderão vê-la agora. Amanhã seria mais apropriado. Deixem-na descansar, provavelmente passou por momentos difíceis.
Relutantemente, eles concordaram. Minerva ainda estava ali, preocupada, mas quieta. Resolveu finalmente dizer:
-Irei acompanhá-los até a Torre da Grifinória. Boa noite, Alvo.
-Boa noite, Minerva, garotos.
-Boa noite, Professor Dumbledore. –disseram em uníssono.
Foram saindo do escritório. Hermione apertou a mão do namorado na sua:
-Vai ficar tudo bem, Rony. –falou com a voz mais macia que pôde.
O ruivo retribuiu com um sorriso melancólico. Harry por outro lado, não prestava atenção aos dois. Na verdade, não prestava atenção em nada a sua volta. Estava muito preocupado com Gina, mas tinha receio de quando chegasse o momento de visitá-la. Seu coração ficaria agoniado ao vê-la, ainda era difícil não pensar nela, quanto mais esquece-la. Decidiu que levaria Luna consigo quando fosse visitar a ruiva.

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