Dama Negra



N/a: Poisé galera, o capitulo está atrasaderrimo, mas já estava pronto a séculos! Não postei pois estava esperando a Dani W.B, massss como ela ainda não terminou segredos preferi postar logo haoiahioa.


Enfffiiim. Espero que curtam o capitulo \õ/



PS: a porra da FB nao deixa postar musica e nem imagem, entao quem quiser a capa do capitulo peça paramim no msn ou pra Dani W.B.

Beijos Me Liga Me Chama de Diva


 


RESPOSTAS DOS COMENTÁRIOS:


 


*Kiki está em sua casa, alegre e saltitante, afinal passou em no Vestibular, quando...*


 


Kevin:KIKIIIIIIIIIIIIZIUTAAAAAAAAAAAAA!!!!


Kitai:  Oh My God. -.- Só pode ser brincadeira.


Sirius: Nossa, me surpreende o quanto ela sentiu saudades de nós meros mortais O.O’


Caios:  Chegar a ser pateticamente comovente :P


Jay: Kiki essa realmente nos magoou.


Kevin:  ME ABRAÇAAAAA KIKIIIIIIIIIIIII


 


*PLOFT*


 


Kitai: Sai daqui assombração ¬¬


Caios: Wow! Isso sim que foi soco.


Sirius:  Kevin, Keke? Está vivo?


Jay: Pobre Lauren, antes de se casar já perdeu o marido... Tsc, tsc, tsc.


Kitai: Posso saber o que vocês seus incompetentes fazem fora da FIC? ¬¬


Caios: Oras, viemos responder os comentários! Afinal sabemos que toda a população feminina sente a minha falta \o/


Jay: E a minha \o/


Sirius:  A minha é a mais notada \o/


Kevin: Eu acho que a Kiki quebrou meu maxilar... 


Kitai: Urgh... Se não parar de drama eu quebro seus dentes ¬¬


Sirius: VAMOS AOS COMENTS \ô


 


 


Enviado por Srta Pink Granger em 07/06/2009


 


Kitai: COMO ASSIM TENTOU ME ABANDONARRRRR??? :OO Estou passada.HAIOahIOA ONM6 promete muitas surpresas, vida de adulto é uma merda, menina eu não paro! Tem dia que eu saio 7:00 da manhã de casa e chego 23:00!!! ficou LOUCA! Mas que bom que não me abandonou, espero que curta esse capitulo novo.


Kevin: NAO ME ABANDONEEEEEEEEEE PINKKK :~


Sirius: Como ousa abandonar as criaturinhas mais sexy do planeta? ¬¬


Caios: Isso é um absurdo! :~


Jay: Concordo, me magoou profundamente.


 


 


Enviado por cristina em 26/05/2009


 


Kitai: Nate e Stacy são lindos mesmo né? Eheheh, Pois é todo mundo envelhecendo até eu -.- mundo injusto. Enfim, está aqui, seu pedido é uma ordem. ATUALIZADO!!!!


Kevin: Iuhuuuu Irei me casar, quem diria hum? Eu, o loirinho mais cobiçado do planeta estou completamenet laçado \o/ Mundo injusto... =))


Sirius: Sabe, suas palavras me comoveram profundamente, por um acaso é psicologa? quanto vocÊ cobra a hora? :D


Caios:  Minha fã? Bem... Anne é um assunto delicado...


Jay: Delicinha? *cora de leve* são seus olhos, ahh mas pode me consolar okay? E NAO ME FALE DAQUELA LOUCA! Por Merlim, não entendo como Emmy Gordon não está no st.mungus u.u'


 


 


Enviado por bruna em 13/05/2009


 


Kitai: Amou? Fico felizzz!


Kevin: Ahhh eu também te amo \o/


Sirius: E não me ama não? :(


Caios: Garota dos outros? EU? :OOO


Jay: Odeio a Emmy. -.-


 


 


Enviado por andromeda blake em 05/05/2009


 


Kitai: Pode deixar que irei responder seu coment antigo ok? ahahahah. Fico feliz que seja tão fã dos marotos e que tenha lido minhas outras fics, e as pestes vão responder seus comentarios e hã... *esconde* não me olhe com olhares mortiferos sim?


Kevin: Eu sou fofo? ^^ isso por que vc nem me apertou ainda ehuehuheuh


Sirius: Eu sou gato? Claro sou como meu pai \o/  Na sua casa? Quando? Que horas? (6)


Caios: Homem sofredor é seu fraco? (6) Humm... Sofrerei mais um pouco entao... :)


Jay: Pode ser minha parceira? ADORARIAAAAAA Vamos expulsar a Maluca Gordon \o/


 


 


Enviado por Mandy Fletcher em 02/05/2009


 


Kitai:É, o Apus era agente duplo... aiohaoiahioa Bem, isso eu não conto lalala, ainda haverá MUITAS coisas sobre o Apus Vega. Poisé, ela morrendo pelo Netinho foi algo que eu achei digno dela sabe? Acima de tudo, temos que notar que Gaya sempre fez o que achou ser melhor para ela e para a família e quando ela viu que realmente prejudicou a familia ela tentou se redimir... A anne agora está em uma de suas melhores fases, pelo menos é o que eu penso, eu coloco ela muito como eu pensaria, como eu agiria e bem... Seria exatamente como ela está fazendo.  A Dandan é uma linda mesmo, claro né? Foi inspirada na Dani W.B hohoho (6) Tirando as crises de loucura é claro :)


Kevin: Eu acho que a cura da maldição sou EU, pq eu sou um docinho de coco alalalal :D CUro qualquer coisa!


Sirius: Eu que escolhi a musica do capitulo, você me ama também? :D


Caios:Serei eternamente grato pelo que Dani fez e faz por mim... Ela realmente é uma mulher perfeita.  Sexy, vadio? Você entra realmente em contradição, você me ama ou me odeia? o.o'


Jay: Erm... A Gordon hum... Dança bem... Só isso! NADA DEMAIS!


 


Enviado por Bellah e Sandy ou DarkAngel e HarunoSand em 30/04/2009


 


Kitai: Que bom que curtiu o capitulo, pois é, Gaya tem sentimentos, mas eu acho que ela só percebeu isso no fim. Particularmente eu curto personagens como Gaya Adhara, pois ninguem sabe seu passado e o porque dela ser dessa maneira.  Anne tem que ser assim, se não for todos perdem, ela prefere perder a ver os outros perdendo. Bem, será que ela finge ser a Dama Negra ou ela realmente gosta de algumas coisas? ahoiahaio. Secreet.


Kevin: Eu não posso casar? :OOOOOOO Seu? Erm... To com medo, seria ela a Assassina do Zodiaco? o.o


Sirius: Concordo, ela É MINHA \o/


Caios: É, eu e o jayjay estamos juntos de novo \o/ E beemmm... Eu adorooo azucrinar o meu amiguinho grifinório :)


Jay: Eu já disse que odeio o Trent? Bem, EU ODEIO O TRENT! QUE PORRA DE IDEIA FOI AQUELA DE COLOCAR A GORDON DANÇANDO PRA MIM? -.-


 


Enviado por Ceh_Mota em 30/04/2009


 


Kitai:Todo mundo tendo ataque com o Vega haoiahioaho,gente morro de ri.


Kevin:Luke sou eu pequeno \o/


Sirius: PObre de mim :~ Um pequeno cachorro abandonado no meio de uma estrada sem rumo...


Caios: Curti sua musica viu!


Jay: É, \o/ isso ai iremos perturbar a Kiki para ela andar logo \o


 


 


 


Enviado por Éris em 27/04/2009


 


Kitai:Pois é, o Carter sabe... Espero que continue lendo e curtindo a fic ok? :D bEijaaao


Kevin:\o/ meu sobrinho é a minha cara hoihaiohaioah :D


Sirius:Poisé, virei emo. -.-


Caios: Dani e eu estamos tentando ok? =/


Jay: Orgasmo? onde? EU QUASE ENFARTEI OK? -.-


 


AGORA VAMOS AO CAPITULO \o/


 


As musicas inseridas no capitulo são:


 


*~ When I’m Gone – 3 Doors Down


*~ Eyes On Fire – Blue Foundation



 





 


Dama Negra


 


 


As vestes de seda negra flutuavam conforme uma bela mulher atravessava um campo coberto de epitáfios, o cemitério parecia ter recebido uma aura gélida conforme os passos da mulher tornavam-se cada vez mais leves e decididos. Os cabelos longos, lisos e bem cuidados, esvoaçavam conforme o vento lhes tocava de maneira cautelosa, o rosto impecável como o de uma boneca de porcelana e os olhos num tom de verde oliva, olhos de gato, olhos perigosos.


 


Parou frente uma lápide, esta estava vazia sem nenhuma flor, pelo contrário parecia que as pessoas se indignavam que uma lápide daquela estivesse em um cemitério bruxo tão respeitável. Soltou um risinho ajoelhando-se e encarando a foto em preto e branco, onde uma mulher de cabelos curtos mantinha o queixo erguido e o olhar de superioridade, passou a mão pela pedra retirando um pouco sua sujeira para assim poder ler: “Gaya Adhara, A imortalidade não lhe pareceu o bastante”.


 


- Que frase idiota... – Murmurou a mulher franzindo um pouco o cenho.


- Procyon queria algo marcante pelo que ouvi dizer... – A voz grossa de Apus fora o suficiente para que Anne crispasse os lábios e relaxasse seu semblante para uma expressão indiferente.


- Você disse que me deixaria só por alguns instantes.


- Sou um mentiroso, o que posso fazer? – Zombou o homem. – Quem diria hum? A poderosa Monarca dos Adhara’s, morta. Se me dissessem antes que isso aconteceria, eu apostaria todos meus galeões e estaria pobre.


- Ela teve o que sempre quis. – A morena erguia-se do chão fitando com superioridade a lápide. – O poder supremo sobre a morte, e aí está, o poder de morrer e ainda causar sentimentos, Gaya pode estar morta, mas seu nome sempre terá impacto no mundo Bruxo, ela se tornou imortal.


 


Apus encarou a frieza de sua pupila, Anne retirara o cachecol negro que trajava e o amarrara em volta da lápide, em seguida sacou a varinha fazendo com que uma rosa negra surgisse, a morena a colocou no nó do cachecol e se afastou com indiferença, indo para o outro lado do cemitério, como se nada tivesse ocorrido.


 


Apus fitou a lápide ao lado da de Gaya, Anne sequer havia dado confiança para o tumulo de Adônis, seu pai, o homem soltou um risinho fazendo um pequeno cumprimento de cabeça para o túmulo do casal Adhara e seguiu sua pupila que mais afastada admirava um epitáfio coberto de flores, a encarou com uma expressão séria por um tempo, talvez ela devesse ficar a sós, ela o encontraria na limusine quando estivesse pronta.


 


 


- Takana Aiko... – Anne sussurrara observando a lápide.


 


FlashBack


 


- O QUE PENSA ESTAR FAZENDO? – Apus urrara ao ver o corpo de Anne deitado ao chão.


 


Ela estava cansada, estava farta, eles haviam se enganado: não era forte o bastante, não para aquela missão, não para infiltrar-se e persuadir o Mestre a ficar ao seu lado, ela não tinha poder o bastante para isso, era uma inútil.


 


- LEVANTE-SE ADHARA NÃO LHE AUTORIZEI DESCANSAR! – A voz de Apus parecia-lhe tão distante.


 


“Anne...” Uma voz lhe chamou baixinho.


 


Cerrou os olhos respirando fundo, não estava mais naquele inferno, não ouvia mais os berros de Apus, seu corpo parecia ter parado de doer, abriu os olhos lentamente, era um lugar bonito, franziu o cenho, aquele lugar parecia tão familiar.


 


Havia um jardim esplendoroso, elfos corriam de um lado para o outro o arrumando, era tão estranho se sentir bem com aquela cena. Uma garotinha encontrava-se no meio das roseiras, os cabelos negros e lisos e os olhos vedes escuros, a pele pálida e as bochechas coradas, trajava um vestidinho branco de princesa, deveria ter seus oito anos de idade, era a criança mais linda que Anne já havia visto em toda sua vida.


 


- Você era realmente algo bom de se ver não acha? – Uma voz comentava à suas costas.


 


Virou-se para trás de supetão, os pêlos de seu braço arrepiaram-se imediatamente ao ouvir tal voz, engoliu em seco ao encarar o rosto pacifico dela, Takana. Por Merlim Takana Aiko lhe fazia tanta falta, sentia vontade de chorar, mas não podia, não podia demonstrar seus sentimentos.


 


- Tudo está complicado Anne...


- Takana...


- Olhe... – A japonesa apontava para a menininha.


 


Anne encarou a cena, uma menininha japonesa ia ao encontro da garotinha, ambas se encararam por algum tempo até que a garotinha mostrou o dedo para a japonesa, o dedo estava cortado e escorria um pouco de sangue. A japonesinha sorriu lhe mostrando um bandaid.


 


- Eu me lembro... Eu havia me cortado em uma das Adagas de Treinamento de Adônis... – Murmurou Anne.


- Minha missão era te proteger, eu não a desempenhei bem.


- Takana você me salvou tantas vezes, se eu... Se eu entendesse naquele tempo...


- Você entende agora e é mais do que o bastante. – A oriental crispara os lábios. – Você sabe que Vega não ficará ao seu lado por muito tempo, sua mãe faleceu e...


- Eu ficarei sozinha.


- Você precisa ser forte Anne, você nasceu para isso, nasceu para salvar a todos.


- Você estará comigo no momento certo?


- Anne, eu nunca te abandonei... Agora volte, lembre-se que eu sempre estarei te protegendo, volte e mostre a Vega que você é forte... Apenas volte e viva.


 


Tudo se tornou confuso e então seus olhos abriram e ela estava de volta ao inferno, uma flecha vinha em sua direção, rolou o corpo e sacou sua espada a colando no pescoço de Apus, o homem riu e curvou-se em uma pomposa reverência, Anne estava praticamente pronta.


 


Final do FlashBack


 


- Obrigada. – A morena sussurrara apanhando uma das flores ali colocadas, todas com o nome dele. – Vejo que Caios não se esqueceu de você também...


 


Levantou-se do chão e depositou um lírio branco sobre a lápide, afastou-se dali, não tinha de ficar por muito tempo, logo bruxos bisbilhoteiros iriam aparecer e lhe denunciar ao Ministério, causando-lhe dores de cabeça desnecessária. Caminhou para fora do cemitério, o motorista abrira a porta da limusine e curvara a cabeça em respeito, ato ignorado pela bela morena que entrara no veículo sem sequer olhar para os lados.


 


- Está pronta para desempenhar seu papel, Dama Negra? – Apus indagara sustentando um olhar firme.


- Estou pronta para cumprir minha missão, Vega.


 


 


 


Quanto tempo uma pessoa conseguia mover os lábios sem parar e ainda por cima não emitir som algum? Por Merlim, Joseph estava naquele raio de discurso sobre uma matéria para a capa do Profeta Diário, a mais de duas horas e meia! E para completar Caios sequer havia dado sinal de vida, ele deveria estar com Nathan, ou então fugindo de Joseph e sua reunião patética.


 


Girou a pena nas mãos olhando para o pergaminho a sua frente, este com vários desenhos de corações, flores e bonequinhos enforcados, pelo menos seu redator acreditava que ela estava fazendo anotações importantes sobre a reunião. Girou os olhos castanhos olhando para a porta, por que estava preocupada? Tudo bem que Caios chamara por Anne a noite inteira, mas isso significava que ele iria a abandonar? Maneou a cabeça negativamente, isso era ridículo, em tempos como aqueles, ela, uma JORNALISTA, ao invés de estar preocupada com furos sobre a Guerra, estava pensando em seu “namorado”, podia chamar Caios assim? Talvez...


 


- O’Brian. – Uma voz ecoara pela sala.


- Presente? – Respondeu sem vontade.


- Você será perfeita para esta matéria. – Joseph, afirmara sorrindo largamente dando inúmeras rugas a sua face de tartaruga, era impressão dela ou a careca dele também brilhara?


- Ah, claro... – Girou os olhos. – E a matéria seria?


- RAIOS O’BRIAN! Não prestou atenção em nada do que eu disse? – Rosnou.


- É sobre o seu ex-namorado... – Alana sussurrara baixinho. – Sirius Zabine, a volta dele a Londres Bruxa.


- SIRIUS ESTÁ VOLTANDO A LONDRES? – A loira berrara derrubando uma bela parcela de papéis que se encontravam em cima da mesa.


 


Joseph bufou, Alana batera na própria testa com as mãos, como assim Sirius estava voltando? E como que ELA descobria isso em uma reunião totalmente sem futuro de Joseph? Merlim estava de palhaçada com ela, ou melhor, MERLIM ESTAVA A PERSEGUINDO! Como que isso era possível? Ela não via Sirius há quase três anos e simplesmente ele resolve brotar da terra e retornar a Londres? Que filha da putagem divina era essa? Ahh, mas ela teria uma conversinha com o Ser Supremo, ahhh teria, e se ele saísse vivo desta seria realmente um MILAGRE.


 


- Ele retorna amanhã. – Joseph começava dentre os dentes. – O filho de Ashlee Zabine e Blake Zabine aceitou o cargo no Ministério como Estrategista, ele fará parte da Guerra.


- Co-como? – Os olhos amendoados arregalavam-se como se fossem saltar da face da loira.


- Você por acaso sofre de algum distúrbio mental O’Brian?


- Sim, quero dizer... Não, quero dizer... Joseph! Como ele voltou, por que isso? Quero dizer, ele estava em Las Vegas!


- O’Brian, eu pago o seu salário para me dar RESPOSTAS E NÃO ME FAZER PERGUNTAS! ENTÃO MEXA-SE E PROCURE SABER TUDO SOBRE SEU EX-NAMORADINHO!


- Mas...


- SEM MAS O’BRIAN! AGORA POR MORGANA ONDE AQUELE INCOPETENTE DO TRENT SE ENFIOU?


- Trent aqui! – Caios adentrava correndo na sala com um sorriso imenso nos lábios, levando todos a soltarem risinhos, menos à loira emburrada lá no fundo. – Wow, atrasei apenas duas horas e meia e você conseguiu deixar Danielle de mau humor, como conseguiu essa proeza Joe? – O loiro desabava na cadeira ao lado da mulher que rolava os olhos em resposta.


- Joseph me passou uma excelenteeee matéria. – Ironizou a loira.


- O quê? Você vai cobrir a coluna “gato da semana”? Poxa, sempre sonhei em entrevistar caras sarados! – O rapaz ria levando todos a gargalhadas menos o chefe e a namorada.


- Sirius está de volta. – Danielle resmungava. – E eu terei de entrevistá-lo.


- SIRIUS ESTÁ DE VOLTA? – O loiro arregalava os orbes esverdeados. – Por Merlim! Ele sequer escreveu! Posso entrevistá-lo?


- Sua matéria será outra Trent... – Joseph rosnava.


- Mas ele também é meu amigo!


- Já disse que não, Trent.


- Mas eu quero falar com ele.


- Não, Trent.


- Qual é o problema deu cobrir essa matéria também?


- Você vai cobrir outra Matéria! – O redator rosnava.


- O que pode ser mais interessante do que O Retorno de Um Vagabundo Trapaceiro?


- O julgamento de Anne Adhara.


 


O silêncio pairou, desta vez não fora apenas Danielle e Caios a ficarem embasbacados, aparentemente todos os jornalistas presentes naquela sala de reuniões haviam se calado, como se o que Joseph tivesse a dizer era finalmente algo interessante de ser ouvido. O chefe curvou minimamente os lábios para cima dando a impressão de um sorriso maldoso, ele sabia que aquele assunto iria intrigar todos ali presentes por tal fato o deixou por último.


 


- O julgamento de Anne Adhara? – Estevão, um jornalista mais velho indagou com um semblante preocupado. – Mas pelo que sabemos, Adhara desapareceu há três anos!


- Ela nunca mais foi vista... – Completara Jack, outro jornalista. – Dizem que foi morta!


 


Caios suava conforme seus colegas de trabalho bombardeavam o chefe com comentários sobre sua ex-mulher, Danielle deslizou a mão na mesa e segurou a sua com força, como se ela soubesse que ele precisaria de todo apoio naquele momento miserável. Engoliu em seco, Joseph o observava como um leão faminto e ele sabia que aquele olhar só queria dizer uma coisa: ele iria cobrir o tal julgamento de sua ex-mulher.


 


- Silêncio. – Pediu o homem. – Pelo que minhas fontes souberam, hoje cedo chegou uma carta ao Ministério da Magia com o pedido de Anulação a Caçada de Anne Adhara. A carta vem minuciosamente escrita por um dos melhores Advogados do Mundo Bruxo, o Dr.Humbert Gilbert, e ele cita que a Srta. Adhara não se meteu em nenhuma magia negra enquanto esteve fora por três anos, pelo contrário, ela estava vivendo com os trouxas a fim de buscar um pouco de paz a sua vida.


- PAZ? – O loiro berrou.


 


Todas as cabeças se voltaram para a expressão transtornada de Caios Trent, os olhos ligeiramente avermelhados e a pele suada completando com o maxilar trincado, tudo estava realmente tornando-se sombrio ali.


 


- COMO PAZ? – Urrou novamente.


- Caios! – Danielle o segurava pelo braço. – Você precisa manter a calma, aqui você é um jornalista e...


- Eu me demito.


- O quê? – Joseph e Danielle exclamaram juntos.


- Não vou cobrir julgamento algum, eu me demito!


- Não, você não se demite, para com isso Caios! – A loira implorava. – Por mim...


- Preciso de um tempo...


 


Joseph maneou a cabeça afirmativamente, Caios desvencilhara da loira abandonando aquele local, como podiam falar de Anne ali? Como podiam dizer que ela o abandonou por paz? Bateu a porta com força atrás de si, ignorando os berros de Danielle para a esperar, atravessou a porta de entrada da redação apartando, naquele momento tudo o que ele não precisava era de alguém lhe dizendo o que fazer, que atitude tomar.


 


There's another world inside of me


Há outro mundo dentro de mim


That you may never see


Que você nunca poderá ver


There's secrets in this life


Há segredos nesta vida


That I can't hide


Que eu não posso esconder


Somewhere in this darkness


Em algum lugar da escuridão


There's a light that I can't find


Há uma luz que eu posso achar


Maybe it's too far away...


Talvez seja muito longe...


Maybe I'm just blind...


Ou talvez eu seja cego...


Maybe I'm just blind...


Talvez eu seja cego...


 


A limusine negra atravessava a rua em alta velocidade, Anne apoiara o queixo em uma das mãos conforme observava as árvores passando pela janela, era estranho não poder sentir, não poder gritar ou fugir, era estranho ter que criar outra dimensão dentro de seu peito, um novo eu, apenas colocar uma venda em seus olhos e ser uma cega sendo guiada por verdadeiros desconhecidos.


 


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


Hold me when I'm scared


Me abrace quando assustado


And love me when I'm gone


E me ame quando eu for


Everything I am


Tudo o que eu sou


And everything you need


E tudo em mim


I'll also be the one You wanted me to be


Quero ser o que você queria que eu fosse


I'll never let you down Even if I could


Eu nunca a decepcionaria mesmo se pudesse


I'd give up everything If only for your good


Eu desistiria de tudo se fosse para o seu bem


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


You can hold me when I'm scared


Você pode me segurar quando eu estiver assustado


You won't always be there


Mas você não estará lá sempre


So love me when I'm gone


Então me ame quando eu partir


Love me when I'm gone...


Me ame quando eu partir...


 


Caios arremessara longe uma pedrinha que quicara algumas vezes no lago a sua frente até afundar, ir para os terrenos de Hogwarts sempre o acalmava quando estava prestes a enlouquecer, Anne havia partido, por que estava voltando? Seu peito doía só de pensar em seu retorno, por que ele não podia sentir isso por Danielle, todo esse amor sufocante? Respirou fundo deitando na grama fofa, cerrando os olhos, o que acontecera com Anne em todo esse tempo?


 


When your education x-ray


Quando seu raio x de educação


Can not see under my skin


Não puder ver debaixo da minha pele


I won't tell you a damn thing


Eu não te contarei uma coisa ruim


That I could not tell my friends


Que eu não possa contar aos meus amigos


Roaming through this darkness


Agora vagando por esta escuridão


I'm alive but I'm alone


Estou vivo, mas estou só


Part of me is fighting this


Parte de mim está lutando...


But part of me is gone


Mas parte de mim se foi


 


A morena respirou fundo ao ver o imenso castelo de pedra se aproximar, os pêlos de seu braço arrepiaram como se tudo aquilo fosse surreal por demais. Era um caminho sem volta, ela havia optado por aquilo, por destruir a si mesma e ao seu próprio inimigo, não esperava que Caios a aceitasse de volta depois de tudo isso e muito menos qualquer outra pessoa, aquele era seu futuro.


 


- O mal pode ser a solução... - Murmurou para si mesma.


 


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


Hold me when I'm scared


Me abrace quando assustado


And love me when I'm gone


E me ame quando eu for


Everything I am


Tudo o que eu sou


And everything you need


E tudo em mim


I'll also be the one You wanted me to be


Quero ser o que você queria que eu fosse


I'll never let you down Even if I could


Eu nunca a decepcionaria mesmo se pudesse


I'd give up everything If only for your good


Eu desistiria de tudo se fosse para o seu bem


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


You can hold me when I'm scared


Você pode me segurar quando eu estiver assustado


You won't always be there


Mas você não estará lá sempre


So love me when I'm gone


Então me ame quando eu partir


Love me when I'm gone...


Me ame quando eu partir...


 


Caios abrira os olhos sentindo seu estômago pesado, como se um rolo compressor tivesse passado por lá, como que tudo tomara tal dimensão? Como que ele pode deixar Anne ir embora daquele modo? Ele tinha de tomar alguma atitude, ele não podia deixar aquele sentimento tão destrutivo tomar conta de si novamente, era insano pensar em sentir algo novamente por aquela mulher!


 


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


Hold me when I'm scared


Me abrace quando assustado


And love me when I'm gone


E me ame quando eu for


Everything I am


Tudo o que eu sou


And everything you need


E tudo em mim


I'll also be the one You wanted me to be


Quero ser o que você queria que eu fosse


I'll never let you down Even if I could


Eu nunca a decepcionaria mesmo se pudesse


I'd give up everything If only for your good


Eu desistiria de tudo se fosse para o seu bem


So hold me when I'm here


Então me segure quando eu estiver aqui


Right me when I'm wrong


Me corrija quando estiver errado


You can hold me when I'm scared


Você pode me segurar quando eu estiver assustado


You won't always be there


Mas você não estará lá sempre


So love me when I'm gone


Então me ame quando eu partir


Love me when I'm gone...


Me ame quando eu partir...


 


Anne torcera os lábios em uma fina linha, Vega a analisara dos pés a cabeça, ela estava impecável, linda como uma boneca de porcelana, um anjo das trevas prestes a enfeitiçar o inimigo. Anne o encarar com os olhos num tom verde vivo, como se o avisasse que ainda havia uma alma dentro daquela casca. Apenas desviara o olhar em tom divertido, aparentemente seu humor estava negro conforme chegava a hora de sua morte.


 


Love me when I'm gone...


Me ame quando eu partir...


Love me when I'm gone


Me ame quando eu partir


When I'm Gone


Quando eu partir


When I'm Gone


Quando eu partir


When I'm Gone


Quando eu partir


 


A limusine parara, os olhos verdes vivos voltavam a um tom mais escuro e o semblante pesado da belíssima mulher tornava-se mais leve. Ela havia aprendido bem a ocultar seus sentimentos. A porta do carro abrira-se e o motorista estendera a mão, Anne forçou um pequeno sorriso cálido agradecendo gentilmente ao homem e descendo com elegância, sabendo que da torre mais alta do castelo, um homem alto e bonito a observava com olhos de águia, o show havia começado.


 


 


 


Quantas pessoas estavam ali? Trinta? Quarenta? Por Merlim! Como que um simples ataque poderia ter causado tanto estrago? Ela, como uma médica deveria sempre se manter tranqüila, mas aquilo era demais! Em menos de uma hora pessoas foram chegando em vários estados no St.Mungus e tudo o que ela conseguia escutar era “SRTA. SANDERS MAIS UM!”.


 


Entrou em sua sala, a antiga sala de Amy Trent, largou-se na cadeira de couro e jogou a cabeça para trás, não tinha o que reclamar de sua profissão, era belíssima! Ela salvava vidas diariamente e por mais exaustivo que fosse ela estava destinada a seguir aquela carreira. Encarou a sala, Amy havia lhe dado tudo como presente de formatura, toda decoração tudo tão caro, tão belo... Amy Trent e Suzan Malfoy haviam substituído sua família, lhe dando praticamente um novo lar e agora com o casamento com Kevin a vista logo ela seria oficialmente uma Malfoy.


 


Observou o porta-retrato em sua mesa, Stacy já havia a mandado tirar tantas vezes aquela foto de lá, mas era impossível. Todos estavam ali, até mesmo Anne e por incrível que pareça ela exibia um sorriso de alegria que era contagiante abraçada a Caios que beijava o topo de sua cabeça com carinho, Sirius e Danielle discutiam, Nathan e Stacy estavam abraçados e acenavam, Kevin e Jay conversavam besteiras e Jay gargalhava e ela, Lauren ralhava com seu amado Kevin por algum motivo banal. Bons tempos os de Hogwarts...


 


Algumas batidinhas na porta foram o bastante para lhe desvirtuar do passado, pigarreou e mandou quem quer que fosse entrar, logo a porta abrira-se e um rapaz loiro, não muito alto dono de belos olhos azuis lhe sorria largamente segurando um buquê de tulipas lilás.


 


- Oh Meu Merlim, o que foi que você aprontou? – Indagou com uma perplexidade evidente em sua face.


 


O sorriso do rapaz desfizera-se na hora, como que ela sempre descobria que ele havia feito algo errado? Bem... Esquecer de ir ao alfaiate não era bem algo errado, tudo bem que era o terno do casamento e... Ok! Era algo errado! Mas o que ele podia fazer se aquele maldito alfaiate sempre o apalpava?


 


- Erm... Tudo bom Laurenzinha? – Kevin sorria amarelo aproximando-se frente à mesa da médica em passos vacilantes. – Eu já disse que você é o amor da minha existência hoje?


- Kevin Phillips Malfoy. – A médica espreitava os olhos em quase uma fenda mínima.


- Pra você! – Ele esticava o buquê. – Tulipas! Suas prediletas!


- Minhas prediletas são margaridas.


- Erm... É mesmo? Hã... Sua segunda predileta?


- Rosas vermelhas.


- Terceira?


- Kevin... – A morena ria levantando-se da mesa apanhando o buquê e o colocando com carinho em um vaso em cima da mesa. – Você está aqui, no meu trabalho, no meio do expediente, me traz flores, vamos lá amor eu não sou idiota.


- Mas isso é uma calunia! – O loirinho se afastava indignado. – Será que eu, seu ÚNICO NOIVO não posso te visitar e te agradar de vez em quando? Onde esse mundo vai parar onde ás mulheres ignoram gestos de cavalheirismo e...


- Kevin.


- Okeunãofuinoalfaiateporfavornãomemate.


- VOCÊ O QUÊ??????


- Eu não tenho culpa se o cara tem uma afeição extremamente desagradável pela minha bundinha fofinha!


- KEVIN ESTAMOS A UMA SEMANA DO NOSSO CASAMENTO!


- Eu posso eu mesmo fabricar um terno, não preciso de um cara esfregando suas mãos gordas em mim!


- A última vez que você tentou costurar uma roupa sua você usou o grampeador... – Lauren desabava na cadeira enterrando a face entre as mãos. – Oh céus, meu noivo usará jeans.


- Jeans é legal, seria bem estiloso.


- Não ouse. – A morena o fuzilava.


- Ok! Ok! Ok!


- Mais alguma coisa que eu deva saber?


- Erm... Bem, acho que ninguém sabe ainda, mas em breve vão saber, é que bem... Hã... Sabe o Sirius? O Six, meu amigo...


- Kevin, eu conheço o Sirius.


- Lembra que ele é meu amigo?


- Kevin...


- Erm... Nãofoiidéiaminhaelequejámandoufazeraminhafestadedespedidadesolteiro.


- Despedida de solteiro? Ufa... Pensei que você iria dizer que quebrou algo da nossa casa nova.


- Bem... Eu ia chegar nesse ponto sabe? – O loiro alargava o sorriso dando passos para trás.


- Você não...?


- Foi o vaso que a Vovó Maya deu, mas eu juro que foi por acidente e...


- KEVIN COMO VOCÊ...


- WOW WOW WOW! Ouvi um noivo em apuros? – A porta da sala abrira-se em um estrondo.


 


Lauren manteve-se congelada por alguns segundos segurando seu tubo de tinteiro nas mãos, aparentemente a médica pretendia arremessa-lo na cabeça do noivo o que geraria uma enxaqueca tremenda ao pobre rapaz, talvez a sorte do loirinho fora aquele rapaz alto aparecer, os cabelos negros estavam curtos e um pouco arrepiados, a pele ainda pálida, mas o corpo havia ganhado mais músculos, o maxilar estava mais quadrado, entretanto os olhos azuis acinzentados continuavam os mesmos, os mesmos olhos trapaceiros de Sirius Edward Zabine.


 


- SIRIUS! – O berro da morena ecoara por todo consultório e ela correra para abraçar o amigo que há anos não via.


 


Sirius riu abraçando o corpo pequenino de Lauren recebendo uma piscadela de Kevin que mantinhas-se realmente aliviado por não ter sido assassinado por sua amada noivinha.


 


- Por Merlim quase não o reconheci! – A ex-corvinal se afastava o analisando. – Está mais alto e... Cortou o cabelo! Está bonitão... Quando chegou?


- Hoje cedo, todos esperavam que eu fosse chegar amanhã de manhã, bastou uma coruja ao Ministério e já tem jornalistas enxeridos na minha cola.


- Oh céus! Kevin, por que não me contou que Sirius estava vindo? Eu poderia ter...


- Você já trabalha demais Lau-lau, e eu não queria que você mimasse esse trapaceiro sem vergonha ao invés de mim que sou seu único ser fofamente loiro...


- Você já é mimado demais! – A morena mostrava a língua. – Vai ficar em nossa casa eu suponho?


- Prefiro ficar em um hotel, não quero dar trabalho e, além disso, já pedi para que Trevor olhasse uns apartamentos para mim...


- Trevor? Nossa, havia esquecido que seu irmão já completou a maior idade... – A médica sorria orgulhosa.


- As crianças crescem, as crianças dão trabalho, e meu pai me ordenou que ocupasse o tempo de meu amado irmãozinho caçula baderneiro, o que eu podia fazer? Aceitar é claro.


- Você precisa pelo menos passar lá em casa essa noite, vamos lá, eu cozinho!
- É cara, aceita, pelo menos eu não serei torturado com a comida da Lau-Lau sozinho!


- KEVIN!


- Mas é verdade meu anjo corvinal moreno, você é uma excelente médica, mas uma péssima cozinheira! Você viu como eu ando emagrecendo Six?


- É, você anda bem magrinho mesmo Keke... O que anda fazendo com o MEU AMIGO, hein Srta. Sanders?


- Urghh!!! Vocês dois são insuportáveis quando juntos!


- Fazemos o que podemos! – O moreno curvava-se em uma leve reverência. – Bem, o papo está bom, o papo está ótimo, mas eu tenho a missão de PADRINHO deste casamento de arranjar um terno descente ao noivo e produzir uma bela festa de despedida de solteiro!


- Sirius, se você embebedar, dopar ou levar meu futuro marido ao coma alcoólico eu juro por Merlim que te mato e danço lambada em seu caixão.


- Pode deixar Laurenzitcha, quando se trata de embebedar as pessoas eu sou o melhor!


 


Lauren rira ao ver o moreno abandonar o consultório, Kevin dera-lhe um beijo estalado na bochecha e correra atrás do melhor amigo, ver Kevin e Sirius juntos, lado a lado era como retornar a Hogwarts e vivenciar todas as coisas boas daquele tempo, como se pudessem todos ser felizes novamente.


 


Kevin correu ao lado do melhor amigo pelo hospital ignorando os berros das enfermeiras dizendo que ali não era lugar para marotices. Sirius assim como ele gargalhou e ignorou, ambos atravessaram os jardins lado a lado e adentraram ao Mercedes prateado e ficaram por um tempo em silêncio encarando a imagem do hospital, era tão estranho tudo aquilo, depois de tantos anos.


 


- Kevin... – O moreno o chamou baixinho.


- Hum? O que foi?


- Se lembra quando você tentou me arrastar pela primeira vez para Londres?


- Quando a Dandan te abandonou?


 


FlashBack


 


- No-jen-to. – O loirinho encarava de braços cruzados uma pilha de garrafas vazias, uma cama bagunçada e um rapaz moreno com vômito em toda a roupa dormindo embrulhado em um tapete no chão. – Cara, esse seu porre foi pior do que quando eu levei quando bebi minha primeira dúzia de garrafas de Vodka de Gelo.


 


O moreno remexeu abrindo um pouco os olhos resmungando palavrões inaudíveis tornando o fechar, Kevin gargalhara arreganhando todas as cortinas, não tardou até Sirius berrar e dramatizar sobre o fato de ficar cego.


 


- Vamos lá Six, seu amiguinho está aqui e quer brincar com você!


- Vai embora Kevin!


- Qual é cara! Quem foi o palhaço que me jogou um balde de água fria no meu primeiro porre?


- Eu...


- E aqui estou eu para retribuir o favor!


- Não ouse...


 


Kevin sorrira malicioso conjurando um balde com água fria jogando todo o conteúdo no melhor amigo que berrara tantos palavrões que o loirinho não agüentou e caiu na gargalhada.


 


- Muito bem, boom menino, extravasa toda essa raiva para fora! Agora toma um banho que nós vamos prosear!


- Vai para o inferno Kevin! – O moreno exclamara cambaleando em direção ao banheiro.


- Eu não, lá é quente e eu detesto ficar bronzeado!


 


Sirius limitou-se em dar o dedo do meio para o melhor amigo em resposta, Danielle havia o abandonado e o que lhe restara? Dinheiro e cassinos... Era estranho estar ali sem ela, e tudo o que ele não precisava naquele momento era de seu melhor amigo lhe tratando como se tivesse dois anos de idade e nunca tivesse tomado um porre na vida. Ficou por um tempo debaixo da água do chuveiro, o que havia acontecido com sua cabeça? Alguém havia lhe golpeado? Por Morgana, ele estava ouvindo sinos? Maldita ressaca...


 


Apanhou o roupão branco felpudo e colocou sobre o corpo abandonando o banheiro, se Kevin o perturbasse ele não iria ter calma, para falar a verdade ele estava totalmente sem calma queria mesmo era partir alguém ao meio de pancada, só não fazia isto porque Azkaban realmente não combinava com a cor de seus cabelos.


 


- Muito bem, quer um café? – O loirinho oferecia uma caneca.


- Eu te detesto... – Rosnou o moreno apanhando a caneca de mau jeito e desabando no sofá.


- E eu te amo, não é lindo?


- Não torra Kevin, eu ‘tô numa enxaqueca fudida e juro que sua voz está só a aumentando!


- Wow, que bom humor estamos essa manhã hum? – Kevin girava os olhos em ironia. – Ok, cara, que merda você aprontou para que a Dandan retornasse para Inglaterra SEM VOCÊ?


- Ela queria voltar, o que eu podia fazer? Colocar algemas nela e a prender na cama?


- Quem é você e o que fez com o Sirius?


- Vai a merda Kevin!


- Você está aí com essa pose de machão que não liga para bosta nenhuma, mas nós dois sabemos que liga sim! Você liga para Danielle e sente a falta dela, a prova disso é esse seu estado deplorável!


- Oh Morgana, era só o que eu precisava! Você me dando lição de moral!


- Lição de moral? – O loiro franzia o cenho levantando do sofá. – Você virou um babaca.


- Valeu pelo elogio!


- ESCUTA AQUI SIRIUS, EU VOU PARA A GUERRA OK? DANIELLE ESTÁ INDO PARA A GUERRA, JAY TAMBÉM E CAIOS, POR MERLIM, CAIOS ESTÁ PRECISANDO DA GENTE! SEUS MELHORES AMIGOS E SUA FAMILIA ESTÃO PRECISANDO DE VOCÊ E VOCÊ SIMPLESMENTE LIGOU O FODA-SE!


- TALVEZ EU NÃO PRECISE DA MINHA FAMILIA E NEM DOS MEUS AMIGOS!


 


Aquele fora o ápice, Kevin o fitou magoado e Sirius sabia que o havia ofendido. Para Kevin os amigos e a família eram as coisas mais importantes e ver que Sirius estava desprezando aquilo era por demais doloroso, pior do que um soco na cara. Sirius abriu e fechou a boca algumas vezes sem emitir som enquanto o loiro permanecia em pé, calado, sério.


 


- Talvez seus amigos não precisem mais de você também. – O loirinho declarou numa voz madura e solene.


- Kevin, olha...


- Você nos virou as costas Sirius e sinceramente, eu espero que um dia eu não vire para você também.


 


Sirius bufou ao vê-lo apartar, Kevin abandonou o hotel e tudo o que Sirius queria era que ele voltasse e não o deixasse sozinho, tudo o que ele precisava era de seus amigos e de sua família, por mais que não admitisse isso.


 


Final do FlashBack


 


- Não quero lembrar, é passado cara! E o cheiro do seu vômito ainda me enoja... – Kevin rolava os olhos.


- Eu só queria te dizer que...


- Que foi uma briguinha ridícula de casal, eu sei Six, por isso você é meu padrinho! Eu te amo cara!


- Kevin... CALA A BOCA!


- Quanta brutalidade.


- Urgh, me deixa falar seu imbecil!


- Ok! Ok! Ok! Quanto estresse!


- Esse lance de guerra, eu tô dentro.


- O quê? Como assim?


- Havia algum tempo que minha mãe notou minha brilhante mente criminosa e me ofereceu um cargo como estrategista, bem... Eu resolvi aceitar.


- Mas...


- Vocês não estão sozinhos na guerra, eu vou estar lá também.


- AEEEE OS MAROTOS FINALMENTE ESTÃO DE VOLTAA!!! Devemos nos abraçar?


- CALA A BOCA KEVIN! – O moreno batia na testa do amigo que gargalhava junto a ele.


 


Que paz era aquela? Que sensação deliciosa de esperança era aquela que o dominava? Será que era pelo fato de “Os Marotos Estarem de Volta”? Será que o nome “MAROTOS” ainda representava algo? Respirou fundo e sorriu ao ver a infantilidade dominar as feições de Kevin como se jamais fossem lhe abandonar, aquela sensação, aquele sentimento, era superior a qualquer tempo de separação, era a prova de que a amizade poderia superar qualquer coisa.


 


 


 


Corre, pula, corre, pula, corre... Será que correr iria ajudar a extravasar toda a raiva que sentia? Como que Anne resolvera voltar e ainda marcar uma audiência? Será que havia ficado louca? Bufou indignado limpando o suor da testa colocando o cabelo negro um tanto arrepiado.


 


- ME ESPERA POTTER! – Ele escutava o berro de Emmy vindo de longe. – RAIOS PARECE QUE VIROU UMA GAZELA!


 


Parou de correr para encarar sua parceira, Emmy parara ao seu lado respirando pesado apoiando as mãos nos joelhos, arqueou uma sobrancelha, ela sempre o deixava para trás e de uma hora para a outra ele havia a feito comer poeira? Talvez até conseguisse sorrir em outras circunstâncias, mas atualmente tudo o que conseguia pensar era em Anne e seu julgamento.


 


Apoiou as costas em um tronco de árvore, estavam a algumas milhas do campo de treinamento do Ministério, sempre treinavam ali e ele sempre escutava a mesma ladainha de Emmy sobre o quanto ele era incrivelmente caipira e incompetente.


 


- Você vive me dizendo para correr mais depressa e quando te ultrapasso você reclama! – Resmungou deslizando as costas no tronco até sentar-se ao chão, estava exausto.


- Você parecia estar voando! – A loira bufou sentando em uma pedra. – Por Morgana, nem parecia ser você mesmo!


- Não enche... Vamos, ainda temos duas voltas...


- Não.


- Como assim “não”? Você sempre me perturba para treinar e o dia que...


 


Emmy girou os olhos apanhando uma pedrinha no chão tacando no rapaz que desviara por um segundo e a encarou com raiva.


 


- Vamos, bata em mim. – Ela levantara o encarando.


- Você enlouqueceu... – Jay a imitava. – Vamos logo Gordon, temos que treinar.


- Me acerte! – Ordenou a mulher jogando outra pedrinha, esta maior do que a primeira.


- Você bateu com a cabeça em algum lugar ou isso tudo é influência da TPM?


- POTTER ME ACERTE! – Urrou direcionando um chute ao rapaz que desviara com dificuldade.


 


Emmy girara o corpo com destreza dando-lhe uma rasteira, o corpo pesado de Jay fora ao chão, mas logo o moreno estava de pé desvencilhando de socos e chutes velozes da bela mulher a sua frente. O que Emmy estava tentando fazer? Ele não conseguia pensar em nada a não ser se defender dos ataques daquela maluca. Segurou um punho da loira e com a outra mão a prendeu pelo pescoço a colando contra uma árvore, imobilizou suas pernas com suas próprias e a encarou nos olhos com intensidade, ambos com respiração ofegante, ambos exaustos.


 


- Conseguiu um foco. – A loira murmurara.


- De que merda está falando? – O moreno a soltava se afastando alguns passos.


- Você só pensa na ex-esposa do Trent desde que soube que haverá um julgamento, cabeça vazia é lugar para demônios antigos, resolvi ocupar sua mente.


- Ah, claro! Me espancando até a morte é realmente um modo de me fazer pensar em outra coisa além de Anne!


 


A loira franziu o cenho, Jay sentara ao chão novamente como uma criança emburrada, nunca havia o visto assim tão vulnerável. Ouviu Lauren e Danielle conversando sobre a famosa Anne Adhara e sobre a rivalidade entre Jay e Caios para a conquistar, entretanto o semblante de Jay não era de quem teve o primeiro amor na adolescência, mas sim de uma pessoa que não se esquecera do que sentiu.


 


- O que há entre você e a Adhara? – Indagou com raiva. – Ela é nossa inimiga! Você viu com quem ela anda e...


- CALA A BOCA EMMY! – O moreno urrara levantando-se com tudo, os olhos brilhando em fúria. – VOCÊ NÃO SABE NADA OK? NADA SOBRE O QUE ANNE PASSOU OU QUE CAIOS, EU OU OS OUTROS! VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ, NÃO OUSE FALAR DE ANNE ADHARA! VOCÊ NUNCA VAI SER COMO ELA ENTENDEU? VOCÊ SE ACHA FORTE, MADURA E DURONA, ANNE CONSEGUIU SER TUDO ISSO E MUITO MAIS! POR ISSO NÃO ME VENHA FALAR QUE ELA É MINHA INIMIGA COMO SE VOCÊ FOSSE SUPERIOR A ELA!


 


Os olhos de Emmy Gordon encontravam-se arregalados, Jay a fitava com raiva e seus olhos possuíam lágrimas incrustadas, como se a força que o homem fizesse para a segurar fosse quase que desumana. Ergueu o queixo fingindo não ter sido abalada pelo discurso do parceiro, o encarou com nojo e lhe deu as costas correndo para longe. Jay deveria lembrar-se que o passado já havia ido embora e que atualmente Anne era a inimiga.


 


O moreno a observou se afastando, como que Emmy ousava falar de Anne? Aparatou, logo estava em sua casa bagunçada, não era tão grande quanto a de Caios ou Nathan, ou até mesmo Kevin, mas era o suficiente para si. Entrou no chuveiro permitindo que a água morna caísse em seu corpo lavando todo suor e sujeira do treinamento, saiu do banho se enrolando em uma toalha fitando a face no espelho, os olhos vermelhos, as lágrimas não eram seguradas mais.


 


- Anne, o que aconteceu com você?


 


 


 


O castelo parecia iluminado com uma aura sombria, talvez fosse pelas máscaras e pelos malabaristas, as carruagens não paravam de chegar sendo comandadas pelos trestálios, o engraçado era perceber que os animais não eram despercebidos por ninguém ali.


 


As mulheres trajadas em longos vestidos de cores fortes, as máscaras destacando seus olhares superiores, tais quais os homens que aparentemente não faziam questão de se esconder atrás por trás de seus vistosos ternos e capas, suas máscaras negras, e o ar de nojo para com os Elfos Domésticos.


 


O salão exibia um brilho diferente, todos dançavam uma melodia diferente no centro onde uma mulher de longos cabelos cacheados cantava acompanhada de sua banda, todos vampiros.


 


O baile parecia que já acontecia há horas, mas a verdade é que havia acabado de começar, todos esperando as grandes atrações da noite, como se aquela noite em si fosse muito mais do que aparentasse, fosse o fim e o começo.


 


Uma bela mulher de longos cabelos negros encontrava-se encarando o próprio reflexo no espelho da penteadeira, os olhos verdes vivos como duas esmeraldas brilhantes, os lábios rubros como sangue e a pele pálida como a neve, Anne Adhara era sem sombra de dúvidas a mulher mais linda que já pisara no mundo bruxo.


 


Apanhou com elegância um colar de diamantes com um imenso rubi em formato de pirâmide e o colocou no pescoço desnudo, a jóia parecera ainda mais bela ali. Prendeu o cabelo em um meio rabo de cavalo colocando um escorpião de prata como presilha, o vestido perolado longo rodado de cetim e renda lhe caia como pluma, a pulseira de ouro branco e cobre serpenteando os pulsos como anacondas ferozes, anéis em quase todos os dedos e uma máscara branca nas mãos.


 


- Linda como o Anjo das Trevas. – Uma voz ecoara atrás de si.


- Está animado para o dia de sua morte. – Comentou ácida virando-se para encarar os olhos negros de Apus Vega.


 


Apus sorrira de canto, trajava seu melhor terno e capa, uma máscara cinza na face e uma expressão tão amigável que chegava a ser cômica. O homem lhe ofereceu o braço e a bela mulher caminhara em sua direção como se flutuasse aceitando o braço de mau grado.


 


- Lembre-se, você agora deve agir como ele, pensar como ele, seduzi-lo...


- Eu sei muito bem o que devo fazer.


- Deve fazer tudo o que ele ordenar, não ouse jamais ir contra o que ele mandar, ouviu bem Anne?


- Devo esperar algum pedido inusitado? – A morena arqueara uma sobrancelha enquanto saiam do quarto e passavam pelos corredores do segundo andar.


- Deve se esperar tudo, ele vai testar todos seus limites... Minha pequena, saiba que tudo que fiz até hoje foi por seu pai e por você...


- Sem dramas. – A mulher o cortava.


- Eu lhe treinei bem até demais. – Apus crispava os lábios em um mínimo sorriso. – Está na hora do show...


 


As portas abriram-se e Apus Vega acompanhado de Anne Adhara desciam ás escadas do Salão Principal, os olhos de todos caiam no casal, como se a visão deles fosse por demais aguardada. Apus sorria largamente fingindo não saber que em breve a maioria daqueles que lhe acenavam iriam lhe empunhar as varinhas e o acertar.


 


Anne erguera o queixo desprezando com o olhar todas as mulheres e homens presentes, seus olhos verdes vivos, perigosos como os de uma pantera negra, todos comentavam sobre o poder que sua aura causava, muitos abriam espaço apenas para ela passar, ela era superior ali e todos podiam sentir isso de longe.


 


- Vá, misture-se... – Apus murmurara. – Irei fazer um social.


 


A morena o encarou com o canto dos olhos se afastando, era como atravessar o mar vermelho, mas ao invés de água havia pessoas sussurrando sobre ela.


 


Caminhou para fora do castelo, os jardins bem cuidados, floridos e o céu límpido, tão estrelado que a lua parecia ainda maior. Ouviu passos de alguém se aproximando, entretanto não se virou, quem quer que fosse não era interessante, era banal.


- O que faz aqui fora? – Uma voz masculina ecoava, era melodiosa, imponente.


Virou a face de leve encarando por cima dos ombros um rapaz alto e extremamente bonito, talvez a beleza de Nathan jamais se comparasse a sua. Sua pele era dourada, os olhos verdes, os cabelos negros e os lábios grossos, trajava uma calça negra com botas de cano alto por fora, uma blusa branca de seda com um imenso colar de esmeraldas, era obvio que ele era de uma das famílias de sangue negro com mais dinheiro.


- Escapando. – Confessou com uma voz baixa, por que não mentira e o mandara ao inferno?


Voltou o olhar para o céu, o rapaz riu e aproximou-se em passos lentos colocando as mãos dentro do bolso.


- Eu poderia confessar algo? – Ele perguntou ao seu lado. – Eu também...


O fitou com o canto dos olhos sem mostrar sentimentos, sua face parecia congelada, indiferente, deu os ombros e virou de costas caminhando em direção ao salão, o rapaz a encarou com um sorriso no canto dos lábios como se tivesse interessado demais. Anne maneou a cabeça negativamente, será que ele não havia percebido o perigo em torno dela? Deveria ser algum tipo suicida.


- Me daria a honra de uma dança? – Apus lhe oferecia a mão.


Aceitou com um pequeno aceno de cabeça e dirigiu-se ao centro do salão, viu de longe o rapaz bonito a encarar encostado em uma pilastra, seus olhos grudaram aos dele e ela sentiu que ele estava tentando invadir sua mente, esperto, mas ao mesmo tempo tolo! Quem em si tentaria invadir a mente da poderosa Dama Negra? Soltou um risinho pelo nariz ao ver que o rapaz lhe sorrira largamente, ele só podia ser louco.


- Vejo um sorriso? – Apus ironizava. – Por Merlim, há quanto tempo não a vejo sorrir.


- Não foi um sorriso Apus. – Cortou com uma careta. – Foi um deboche, alguém me desafiando mentalmente.


- Alguém? – O homem franzia as sobrancelhas.


Anne indicou com o queixo o rapaz encostado na pilastra bebendo vinho em uma taça de prata, Apus empalidecera, como se seu coração houvesse parado naquele instante, Anne o fitou com uma sobrancelha arqueada sem entender.


- Apus Vega. – A voz melodiosa ecoava novamente. – Está apreciando a festa eu suponho... – O rapaz sorria encontrando-se ao lado de Anne que o fitava com rigidez não crendo na petulância daquele ser humano.


- Eu... – Apus balbuciava.


- Creio que posso usufruir por alguns minutos da companhia de sua bela dama.


- Claro. – Apus forçava um sorriso.


 


ooh huh ooh huh


ooh huh ooh huh


I'll seek you out


Eu vou te perseguir


Flay you alive


Te esfolar vivo


One more word and you won't survive


Mais uma palavra e você não sobreviverá


And I'm not scared


E eu não tenho medo


Of your stolen power


Do seu poder roubado


I see right through you any hour


Posso ver através de você qualquer hora


 


Uma música começara a tocar e Vega se afastara tão rápido que Anne não teve sequer tempo de recusar o convite do rapaz petulante, apanhara a mão que ele lhe oferecera e sentiu seu corpo ser girado com suavidade.


- Petulante? - Ele murmurara. - Pensei que me daria adjetivos piores.


- Gostou do que leu? - Anne zombava. - Desta vez não precisei omitir, pensei em arrogante também.


- Bela, esperta, forte... Tudo o que me disseram sobre Anne Adhara não foi sem exageros.


- Acredite, você não viu nada ainda. - Rosnou sentindo o corpo ser girado e colado ao corpo do rapaz.


- Então, por que você não me mostra?


Anne relaxou as feições, era como se ele a desafiasse de outra maneira, riu tentando invadir a mente de seu novo companheiro de dança, mas ele apenas maneou a cabeça negativamente.


- Também sou forte em legimência e oclumência.


- Você não é como eles... - A morena sussurrou.


- E nem você, você é mais...


- Quem é você? - Anne murmurara com os olhos brilhando percebendo que os olhos de seu companheiro mudavam para um tom dourado líquido.


- Me diga primeiro, quem é você Anne Adhara? Aquela que me erguerá, ou que me destruirá?


 


I won't soothe your pain


Eu não vou aliviar sua dor


I won't ease your strain


Eu não vou acalmar sua tensão


You'll be waiting in vain


Você vai esperar em vão


I got nothing for you to gain


Eu não tenho nada que você queira


 


A morena girou o corpo, estavam apenas eles no salão, ela sabia quem ele era, ela sabia! Por Merlim, como foi burra em demorar a perceber o que estava debaixo de seu nariz, ajoelhou-se imediatamente ao chão e baixou a cabeça em tom de respeito.


- Eu sou aquela que lhe colocará no topo, e você é sem sombra de dúvidas o meu mestre, Procyon.


Procyon aproximara-se em passos lentos e oferecera a mão, Anne aceitara com leveza e elegância, os olhos do homem pairavam sobre cada parte desnuda do corpo pálido daquela mulher como se desejasse tudo aquilo imediatamente.


 


I'm taking it slow


Estou pegando leve


Feeding my flame


Alimentando minha chama


Shuffling the cards of your game


Embaralhando as cartas do seu jogo


And just in time


E na hora certa


In the right place


No lugar certo


Suddenly I will play my ace


De repente jogarei meu Às


 


- Linda e perigosa... - Procyon comentava tocando uma mecha de cabelo de Anne que não se movera um milímetro. - Entretanto, será que é perigosa para mim?


- Sou perigosa para com seus inimigos... - Anne respondia em um tom solene.


- Vega uma vez me deu esta resposta... - Riu o homem se afastando e estalando os dedos.


Várias varinhas foram apontadas para a mulher e logo Vega fora empurrado para o centro do salão a alguns passos de Procyon que mantinha uma calma descomunal.


 


I won't soothe your pain


Eu não vou aliviar sua dor


I won't ease your strain


Eu não vou acalmar sua tensão


You'll be waiting in vain


Você vai esperar em vão


I got nothing for you to gain


Eu não tenho nada que você queira


 


Anne manteve-se imóvel conforme os olhos dourados repousavam em si, ela riu levando todos ao assombro, Procyon rira em seguida e aproximara-se dela.


 - Uma mente adorável. – Ele comentara. – Me seguiria realmente minha querida?


- Eu estou aqui, não estou? – A mulher sacava a própria varinha e entregava ao homem.


- Irá me provar imediatamente sua lealdade então. – Afirmou o homem levando suas feições relaxadas a um tom de seriedade quase inexplicável.


Os olhos de Anne quase que se arregalaram, um nó formou-se em sua garganta e mais do que nunca ela teve de omitir sua mente e criar visões de aceitação daquilo que Procyon lhe ordenara.


 


Eyes on fire


Olhos em fogo


Your spine is ablaze


Sua espinha está em chamas


Felling any foe with my gaze


Cortando qualquer inimigo com meu olhar


And just in time


E na hora certa


In the right place


No lugar certo


Steadily emerging with grace


Constantemente emergindo com graça


 


E então ela apartou, ela deveria destruir uma aldeia bruxa que andava destruindo os planos de Procyon e deveria fazer isso sozinha. Não poderia dar a trás.


Viu as casas com as luzes apagadas, todos dormiam, cerrou os olhos "Mate 150, salve 1 milhão" murmurou para si mesma e então seus olhos abriram num verde profundo contraindo sua pupila para que ficasse apenas um risco e então tudo começou a pegar fogo.


 


Ah... Felling any foe with my gaze


AhÂ… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


Ah... Steadily emerging with grace


AhÂ… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


Ah... Felling any foe with my gaze


AhÂ… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


Ah... Steadily emerging with grace


AhÂ… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


 


Então os gritos começaram, os berros de dor, todos tentando fugir e ela apenas sorrira de canto retirando de sua coxa esquerda uma arma, havia aprendido a nunca andar desarmada. Engoliu o choro e trincou os dentes, matou todos, não podia demonstrar nenhuma emoção deveria exterminar a todos, tiros e mais tiros, fogo e mais fogo, quando não restara nenhuma alma viva, ela apartara novamente.


Procyon estava sentado em seu trono, todos estavam em silêncio no imenso salão, Vega encontrava-se ajoelhado com os braços amarrados para trás, Anne surgira com um pouco de fuligem nos cabelos e com sangue espirrado nas vestes claras, os olhos ainda pavorosos e um ar de crueldade em suas feições de boneca.


 - Por que não foi assim Vega? – Indagou Procyon indicando para que Anne se aproximasse. – Por que me traiu?


- VOCÊ OS MATOU ANNE? – Urrou Vega com um olhar rígido. – VOCÊ OS MATOU POR ELE?


 Anne não respondera, erguera o queixo em indiferença e virara a face, Apus parecia transtornado, mas não fora ele mesmo que mandou ela fazer tudo o que Procyon ordenara? Continuou indiferente.


 - Não sou sua seguidora Vega, você me treinou, sou grata, mas meu Mestre nunca foi você.


 Os olhos dourados de Procyon retornaram a bela mulher como se ela fosse a coisa mais importante ali daquela sala, indicou com o polegar que ela se dirigisse para o lado de seu trono e Anne o obedecera, ele segurara sua mão e a beijara, muitas mulheres ali presente resmungaram, mas com o olhar gélido do mestre logo calaram-se retomando o silêncio sepulcral.


 - Você agiu como agente duplo para o Ministério da Magia, mas em compensação me deu ela, a mulher mais bela e poderosa do mundo mágico. Apus, não sei se lhe agradeço ou se lhe arranco a cabeça. – Riu erguendo-se do trono soltando a mão de Anne e caminhando ao redor do traidor.


 Maneou a cabeça negativamente murmurando algo fazendo uma espada negra aparecer em suas mãos, esta, feita de ônix e rubis era perfeita como uma arma digna de um Rei.


 - Mestre, podemos usar Vega ainda e... – Marco palpitava recebendo um olhar maquiavélico do filho.


- Usá-lo? – Riu o grande Mestre. – Marco, você está me decepcionando.


- Mate-o. – A voz de Anne ecoara destacando-se de todas.


 Procyon a encarou surpreso e orgulhoso caminhando de modo lupino até ela.


 - O que disse?


- Eu disse para matá-lo. – Ela repetira com uma voz baixa e sombria. – Servirá de aviso àqueles que o desejam trair.


- Você acredita que alguém mais me trairia?


- Inveja, ciúmes, corrupção. Responda-me você, Mestre.


- Procyon. – O homem sorria de canto entregando a espada a morena. – Você pode me chamar pelo meu nome.


- Eu não poderia Majestade... – Anne curvava-se aceitando a espada.


- Mate Vega para mim. – O homem retornava ao próprio trono e sorria abertamente. – Creio que sua idéia me convenceu.


 Apus manteve-se quieto, Anne aproximara-se em passos lentos com a espada em punho.


 “ – Está se saindo bem... – Apus falava pela mente. – Você irá salvar todos...”


“ – Mas não consegui salvar as pessoas da aldeia e nem você...”


“ – Irão entender que você não teve escolhas...”


“ – Apus eu sinto muito...”


“ – Há em uma caixa de veludo negra, algumas lembranças minhas que você deve ver... Não deixe ás trevas te dominarem por completo, lembre-se que Dama Negra é apenas uma máscara, o que conta é o que ainda há dentro de você, Anne Clemence Adhara” 


Os olhos de Apus fecharam-se assim como sua mente e a lâmina da espada lhe tocara o pescoço levando-lhe a cabeça para longe. Os olhos de Anne estavam vivos e sombrios, a cabeça de Vega rolara até os pés de Marco que saltara de susto para trás, Anne sorriu sombriamente para Procyon que caminhara até si e lhe beijara as mãos.


- Eu me curvo diante a ti, Dama Negra. – Ele declarara fazendo uma reverência exagerada sendo imitado por todos do salão.


 


Duas horas depois e ela já estava no melhor quarto do castelo, seu vestido trocado e de banho tomado, Procyon mandara entregar um banquete ao seu quarto e jóias magníficas, como se tudo aquilo fosse lhe fazer bem.


Seu rosto banhado pelas lágrimas era iluminado pela luz da lua, os berros de dor dos inocentes não saiam-lhe da cabeça, os olhos de Vega... Ela era uma assassina. Não havia perdão para ela, não havia escolha, havia apenas o destino.

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