Parabéns, você é um lixo



Apenas que Gina encarou Draco uma última vez, depois que ela pousou os olhos em Harry que entendeu que aquele era o sinal, o garoto rolou para fora do altar chutando o cálice que estava próximo dele, no mesmo tempo que Gina baixava a faca não em direção do garoto, mas para o vulto que estava atrás dela, que por reflexo tentou parar a faca com a mão e acabou com um feio corte da palma da mão até a ponta do dedo indicador.


Draco estuporou o comensal que estava ao seu lado, Hermione também conseguira apesar de ter de lançar o feitiço duas vezes, Lillyth não teve a mesma sorte, seu feitiço não atingiu o vulto de voz feminina, que com rapidez impressionante sacou a varinha e lançou feitiços a esmo, alguns ricochetearam em árvores, estas por suas vez carregadas de neve a neve desabou levantando uma camada firme de nevoa cobrir o local, outro feitiço atingiu Hermione, a garota foi jogada pra cima como um balaço e depois de atingir uns 3 metros de altura, desceu com muita velocidade e para piorar a situação ela foi jogada pra cima da mesa de pedra, a primeira parte do corpo da garota a entrar em contato com a superfície fria foi a cabeça e os braços que caíram exatamente na pedra e ali a garota perdeu a consciência imediatamente, o corpo e as pernas caíram da parte de fora da mesa, o que só piorava a queda porque o corpo saiu arrastando a cabeça e os braços da garota que ficou caída ali em meio a neve, vozes confusas foram ouvidas depois que o baque da queda de Hermione cessou, mas ali ficou comprovado que quando o ódio fala, é melhor acreditar que temos alguém do nosso lado.


- Que traição feia Draco, espero que tenha se despedido de sua mãe, não haverá restos para se despedir amanhã – houve uma leve risada e um estalo alto, o vulto que Gina tinha acertado com a faca pegou no ombro da garota que ainda estava com a faca na mão e tentou golpeá-lo novamente, mas ele era mais forte e consegui desarmá-la, ele desferiu cortes no braço levantado de Gina para se proteger, mas assim que um raio vermelhou passou próximo dos dois ele simplesmente aparantou. Levaram alguns segundos até a neve deixar a visão clara para todos e eles conferirem que os comensais estuporados não fariam nada, aquela altura a poção polissuco já havia cessado a algum tempo, alias ela começara a perder o efeito quando uma nova confusão começou.


Ninguém enxergava nada direito por causa da neve que ainda estava no ar. Assim que se pode ver borrões embaçados através da neve a consciência atingiu todos como uma bola bolada de neve na cara. Harry tomou maior consciência de que estava com parte dos braços cortados, Gina tinha acertado um comensal e andava apressada para onde estava Harry com as mãos cheias de sangue. Lillyth também tinha conseguido estuporar um comensal e ao sentir o cheiro forte de sangue a principio ela não ligou que tinha mais cheiro do que o esperado... Afastou-se dali arrastando o corpo do comensal e amarrando firmemente com cordas que havia conjurado, não era um nó firme, mas podia assegurar que estava apertado.


Foi Draco que ainda de rosto impassível e varinha apontada para onde deveria estar o ultimo comensal que o feitiço tinha errado, reparou que tinha mais sangue ali do que deveria, ele viu manchas perto de Harry, outra mancha onde a taça havia caído, uma mancha onde estava o corpo de Lillyth que devia ter vindo quando Harry cortou o braço da loira e uma grande poça do outro lado da mesa que estava fora da sua visão, o garoto rodeou a mesa e deparou com o corpo de Hermione jorrando litros.


- Droga – foi só o que ele conseguiu dizer.


Depois de uns minutos de silencio mutuo Lillyth se pôs a falar


- Não fiquem parados, dois fugiram, eles podem voltar em um número maior, temos que tirar Draco daqui, e ir atrás da mãe dele também... ANDEM LOGO! – Gina foi a primeira a se mexer tentando esquecer que Harry estava ferido pegando o segundo comensal caído e arrastá-lo para junto do que Lillyth havia amarrado, ela ajudou a amarrar o segundo, e assim que se virou para encarar os três viram que Draco já não estava mais ali. Por um segundo eles acharam que ele poderia ter fugido ou até estar ferido, mas todas essas preocupações sumiram quando ele começou a falar com uma voz urgente.


- Me ajudem aqui! – ele disse ajeitando o corpo de Hermione e deparando com um grande corte que seguia de um ponto acima da orelha direita ate abaixo do ombro esquerdo, seu braço estava num ângulo meio impossível em condições normais, sinal de que provavelmente estava quebrado. Harry esqueceu os próprios ferimentos que não pareciam nada em comparação com os da amiga


- Temos de voltar pro castelo – Harry disse ao encontrar o olhar de Draco – alguém tem de vir buscar eles – ele apontou com a cabeça para os dois comensais - temos de tirar Hermione daqui muito rápido e achar sua mãe.


- Esqueçam não dá tempo – disse o loiro em um fio de voz, no fundo ele não culpava nenhum daqueles presentes, apenas seu pai, ele tinha começado com aquela devoção estúpida – Ela ta perdendo sangue muito rápido, é mais urgente!


- Agora você cale a boca – disse Gina largando o comensal amarado com o primeiro – claro que vamos tirar ela daqui, mas começamos isso, e vamos até o fim, vamos proteger ela, prometo


- Vocês não podem proteger ela – disse Draco com um sorriso cínico – não quando Bellatriz foi pessoalmente matá-la. Como vamos mover ela?


- Sinto interromper a discussão, mas isso só pode ser tratado quando Dumbledore estiver presente, entre nós, ele é o único que pode ter uma idéia descente no momento! – falou Harry exasperado puxando a varinha e murmurando- “Vingardium Leviosa” , eu levo ela –  disse ele à Draco e logo o corpo de Hermione flutuou no espaço e sua cabeça pendeu levemente para baixo o garoto segurou ela e começou a guiá-la rapidamente para fora dali.


Draco nem contestou ao largar o corpo da castanha ele e Lillyth arrastaram os corpos dos começais pela floresta até o jardim, foi um longo percurso silencioso, mas todos andavam rápido, o machucado da garota era feio, e ninguém queria pensar no que aconteceria se não chegassem rápido a ala hospitalar. Poucas palavras e breves olhares, assim que tinham uma bela vista do castelo e do céu acima deles foi como se estivessem tomando um banho de estrelas, a neve toda havia parado de cair por um momento, mas a neve do chão ainda se acumulava por cada canto. Lillyth olhou para o castelo e viu luzes acesas em varias janelas, com certeza alguns alunos já tinham voltado, mas não se via nenhum do lado de fora, ao mesmo tempo a cena toda parecia muito viva, mas como tudo parecia continua acontecendo depois de tudo? Depois do olhar de Draco e da certeza que a mãe dele morreria? Depois de todo sangue que Hermione perdeu. Aquilo estava errado, parem o mundo. Lillyth quer descer.


Eles decidiram que Harry levaria a castanha imediatamente para a Ala hospitalar e Gina deveria ir até o castelo e trazer Dumbledore até eles, eles seguiram afundando na neve fofa até o castelo, Lillyth disse que podia tomar conta dos comensais enquanto Draco sentava em uma enorme pedra alguns metros de distancia. Assim que estavam a sós a loira sentiu-se incomodada por estar tão longe de Draco, mas não queria nem pensar daqueles ‘coisas’ encapuzadas acordando, então ela puxou a varinha e lançou mais um feitiço estuporante que chamou a atenção de Draco, mas ele não disse uma palavra, a garota seguiu até o loiro que segurava a cabeça com as mãos. Ela abaixou-se sem saber o que dizer. “Tenha calma?” quem poderia ter calma numa hora como aquela? “Eu estou aqui?” que diferença ela fazia? Bem, ela decidiu por segurar as mãos dele com uma única palavra.


- Desculpe. – Draco a encarou sem entender nada.


- Por?


- É minha culpa – disse ela firme


- Não. É minha.


- Não é sua, pode não ser minha, mas não vou deixar que você se culpe, não vou deixar você desistir de tudo, como eu sei que você faria.


Draco riu levemente


- Eu não desisti – a garota enrugou a testa – No minuto que aceitei dar as costas para tudo eu sabia que tinha 75% disto acontecer, mas eu tinha planos maiores à frente, claro que se trata da minha mãe, eu tinha esperança de salva-la, mas eles viriam atrás de nós de qualquer maneira, no fim, seriam todos em perigo – Draco olhou para uma pequena mancha de sangue que Hermione tinha derramado – Harry é mais forte do que eu pude pensar em todos esses anos, sabe, sempre pensei que toda força que todos dizem que ele tem, era força de poderes, mas agora eu entendi que ser forte não é ter poderes extraordinários, é ter consortes, anjos sem asas que te seguram antes de uma grande queda.


- Amigos – ela resumiu por fim – acha que você os tem? – Draco ficou calado por vários minutos olhando para a neve, depois olhou para ela.


- Quanto aos anjos eu não sei, mas um consorte com certeza sim – Draco olhou para Lillyth que estava centímetros mais baixa que ele, e dei um beijo no topo da cabeça da garota – te devo muitas desculpas.


- Por?


- Por tudo que fiz no começo do ano, por ter te jogado contra Gina, por ter te jogado para cima Harry, não espere acho que desta parte eu não preciso me desculpar


- Por que não? - Lillyth fez cara de quem não entendeu.


- Acho que você gostou dessa parte – disse ele sem olhar para a garota.


- A única coisa pelo qual eu preciso te desculpar é por você nunca ter me beijado – a voz dela era leve, baixa e descontraída, o garoto olhou assustado para ela, mas o que viu foi um rosto calmo e até meio tímido. “Lillyth sua maluca você está se declarando???” a garota não pensava muito bem naquele momento.


- Eu já te beijei – disse o loiro por fim


- Quando? O do começo do ano nem conta.


- No corredor, no primeiro dia que Hermione tinha...


- FOI... Fo... ahh... VOCÊ– a garota quase berrou


- Bom um fantasma não tem coração pulsante.


- Mas por que eu não te vi? Por que você não disse nada?


- Eu tinha outros planos, entre eles invadir seu quarto e pegar a blusa. – os dois ficaram em silêncio havia muito a ser dito, mas não era a hora, e eles não tinham fôlego para aquilo. Uma pequena alegria invadiu ambos, como uma chama de esperança, agora ela existia para ambos.


Lilly se sentou de vez no chão frio e quando respirou fundo foi invadida por um cheiro quente e sua barriga roncou, estava com fome por toda aquela correria e por tanto sangue, ela nem mesmo se tocou que ela estava sangrando, levemente, mas estava, assim que seus dedos tocaram os cortes, Draco disse:


- Isso ai, é minha culpa – Ele disse olhando para ela.


- Se você se culpar por mais alguma coisa eu vou pensar em fazer um lanchinho – ela disse seriamente. Por um segundo toda a cor restante do rosto de Draco se perdeu. Lilly se levantou para olhar para trás ao ouvir passos, era Gina que vinha acompanhada de Dumbledore que vestia roupas de viajem, assim que ele se virou e viu a ruiva trazendo o diretor com ela, ele também levantou e se juntou a Lillyth que analisava os comensais ainda no chão.


Dumbledore simplesmente suspirou.


- Bela pescaria esta noite não? – perguntou ele levemente.


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 - Diretor, nós temos muito que explicar eu sei, mas – Meio perturbada Lilly começou frases sem conseguir terminar.


- Acho melhor mantém um pouco mais a calma, o que a Srtª Weasley serve de explicação até voltarmos ao castelo – o diretor começou a andar ate os corpos estuporados dos comensais e tirou o capuz deles, coisa que nenhum dos garotos tinham pensado em fazer antes – ótimos feitiço – ele murmurou – ao que me parece estes ainda vão ter uma meia hora de bons sonhos, antes de se voltarem à uma dura realidade, acho que Hagrid não demoraria tanto para os remover, daí teremos tempo de chamar um feliz dementador para levá-los até Azkaban – o diretor comentou se virando para os três e enrugando a testa – onde estão Potter e Granger?


- Ahh, Ala hospitalar, tivemos um probleminha – começou Lillyth


- Muito bem, você três seguem para a Ala hospitalar, não parem, não falem com ninguém, assim que chegar lá Srtª Dertlhem fale com Madame Pomfrey – disse ele a encarando por cima dos oclinhos meia-lua, e ela entendeu do que se tratava – Depois de ver Hagrid eu irei, não devo demorar.


Assim o diretor seguiu em direção a cabana mais ao longe onde uma fina fumaça saia preguiçosamente da chaminé, e os garotos seguiram para o castelo, a parte do ‘não parar’ nem ‘dizer nada’ foi fácil, aquilo parecia um deserto, nenhuma alma viva, nem morta pelo caminho, os três em silêncio. Abriram a porta da Enfermaria e uma luz tão acolhedora os envolveu, o tempo havia passado de tal forme que eles nem tinham perturbado com o frio lá fora, mas o calor convidativo era maravilhoso.


Pena que a luz não os impediram de ver algo que os preocupou, Harry estava com as mãos enfaixadas sentado na cama ao lado da de Hermione. Madame Pomfrey andava de um lado para o outro da cama da garota, esbravejando com Harry, e depois falando consigo mesma, assim que viu os três entrarem ali, ela aumentou o repertórios de acusações: “Descuidados”... “Brincadeiras perigosas”... “Famílias liberais”... “Mundo Moderno”... “8 da noite e todos fora da cama!”. Depois que ela se acalmou o suficiente para parar de reclamar e apenas focar seus cuidados para o enorme corte no corpo de Hermione, Draco perguntou.


- Ela vai ficar bem? – a voz do garoto hesitava por qualquer resposta, e a mulher demorou tanto para responder que os 4 começaram a pensar o pior.


- Não sei, o corte foi profundo, ela bateu a cabeça, perdeu sangue, quebrou um braço não deve acordar até amanha, e Merlin queira que ela acorde amanhã.


- Ela vai ficar bem? Que dizer ela corre o risco de morrer? – perguntou Gina quase gritando.


- Alguém falou em morte, disse que ela está mal, não que vai morrer, mas tenho medo dos danos que tudo isso vai causar, ela não vai mexer esse pescoço direito por um bom tempo, e talvez durma por alguns dias...


- Mas disse que ela acordaria amanha!


- E se ela o fizer uma boa poção do sono vai fazer ela tirar bons cochilos – ela remendou a frase, segundos antes da porta se abrir e o diretor já com uma aparência cansada entrou ali e se aproximou do grupo ao redor de Hermione, Harry não compreendeu a expressão do diretor quando ele fitou a castanha deitada, depois ele virou o olhar para Harry até se decair no braço do garoto.


- Uma boa dose de Mel de Acerola dos duendes deve ajudar com o corte e uma taça para Lillyth – disse ele levemente, madame Pomfrey levantou a cabeça para encará-lo e saiu andando rapidamente, para uma porta no fundos da sala e depois fechou a porta, os garotos entenderam que além de buscar uma ajuda para Hermione, a ordem era deixá-los um tempo a sós - Parece que você tiveram uma bela ventura nesta noite  disse ele finalmente assim que a mulher havia saído, eu pediria e adoraria ouvir cada detalhe de tudo que os levou a está noite, porque tinham dois comensais estuporados no nosso jardim, e porque sua amiga está beirando a morte – ele dizia tudo olhando para Hermione, os outros olhavam para diversos lugares diferentes fugindo daquele olhar que logo se virou para cada um deles – mas acho que a ordem dos fatores não altera o resultado, apenas me digam como?


- Eu diretor – disse Draco rapidamente – eu trouxe os comensais e armei para que Harry, Gina, Hermione e Lillyth estivessem lá esta noite, também armei para que boa parte dos alunos estivesse fora dos limites de Hogsmeade hoje, é mais uma série de outras coisas nesses últimos meses.


- Mas também foi Draco que nos salvou, ele decidiu dar as costas a tudo e nós ajudar a sair vivo dali, ele... Abriu mão da própria família – disse Gina.


- Mas eu não tirei todos vivos de lá – disse ele baixo


- Até onde eu sei, Granger ainda vive – comentou o diretor em um tom quase de descontração – não vou disser que todas as ultimas coisa que você não me preocupam Draco, mas o que Srta Weasley diz muito me interessa, o que ela quer dizer com dar as costas a família?


- Foi o acordo – Harry falou antes de Malfoy abrir a boca – Prometemos proteger a mãe dele e ele, mas...


- Dois comensais fugiram da floresta – disse Draco- e Bellatriz com certeza já matou minha mãe a essa altura.


- Entendo, por sorte, hoje pela manhã eu decidi viajar e visitar uma velha conhecida acreditem, não foi fácil ter uma conversa particular com Narcisa – Draco encarava o diretor sem saber o que dizer – E ela concordou em viajar para um pequeno, calmo e elegante vilarejo no sul das Filipinas, acho que isso descarta a possibilidade dela estar morta.


- Mas como o senhor sabia?


- Acham mesmo que podiam iniciar um ritual milenar sem deixar rastros ou sinais – disse ele pelo oclinhos meia-lua - mas não importa, se saíram muito bem devo dizer, e também merecem os meus parabéns, todo o feitiço foi quebrado, acho que ninguém mais vai passar o sufoco que vocês passaram esta noite – ele terminou de dizer assim que Madame Pomfrey abriu a porta e voltou com uma garrafa transparente repleta de um líquido amarelo vivo em uma mão e uma taça com liquido vermelho em outra.


Lillyth pegou o cálice e começou a tomar tudo em grandes goles diversas vezes, até se sentir completamente saciada, nunca tinha ficado tanto tempo com tanto sangue a sua volta se perder o controle, talvez tenha sido por que todo aquele tempo ela não deu ouvidos aos apelos de seu corpo e sim de seu coração...


Dumbledore deixou Madame Pomfrey cuidando em enfaixar metade dos braços de Lillyth que também estavam cortados, ela perguntou a Gina e Draco se eles estavam com algum corte também, mas logo voltou a cuidar de Hermione. Gina, Draco Lillyth e Harry, deixaram a Ala hospitalar por volta das 10 e meia da noite, quando realmente foram expulsos dali com a ameaça de não verem a amiga no dia seguinte. Quando voltaram o lugar não parecia mais o deserto de quando entraram, alguns alunos circulavam pelos corredores, alguns agindo estranhamente, cambaleando, cantando músicas que sabe Merlin de onde eles tiraram. Draco desceu para a Masmorra da Sonserina, no caminho viu Crabe se agarrando com Goyle em um corredor qualquer... “Já estava na hora” foi só o que o loiro conseguiu pensar ao fechar a porta.


Lillyth foi deixada no quarto por Harry e Gina. A garota assegurou que ia ficar bem, é que pela manhã, bem cedo iam ver Hermione. Depois que Harry e Gina seguiram para o retrato se depararam com um Neville bêbado com uma Lufana mais bêbada ainda, não pergunte como eles entraram, no castelo naquelas condições, alguns simplesmente passavam corredor para o banheiro possivelmente para vomitar, depois da terceira garota tarada com que eles cruzaram Harry ficou com medo de encontrar Rony, assim que eles entraram no salão comunal, viram várias garrafas de Whisky de fogo pelas mesas (certo todo mundo consegue trazer ‘um pouco’ de bebida pra dentro do castelo, mas aquilo estava ridículo), algumas pessoas dormiam jogadas nas poltronas, outras ainda riam abertamente conversando em grupinhos perto da lareira e das escadas, outros se emboscavam em posições perigosas no beiral da janela fechada para evitar que o vento frio entrasse, Harry procurou mas Rony não estava no meio de todas aquelas pessoas, ele encarou Gina, que também devia estar procurando o irmão.


- Acha que ele está lá fora?


- Eu e que não vou procurar, se Rony estiver como qualquer um desses, ou pior como imagino, é melhor esperar para achar ele amanha, quando tem menos riscos de eu matar ele. – disse o moreno olhando para a garota, eles se olharam por um momento e se despediram subindo cada qual pro seu dormitório. Gina teve que expulsar Helainne Harty que havia capotado na cama errada (a cama da garota era três depois da de Gina). No dormitório masculino a luz do banheiro estava acesa e varias vozes vinham de lá, inclusive uma feminina, Harry nem se arriscou em ir se jogar uma água antes de deitar, apenas sentou na cama de Rony, ou ia sentar, pois ele percebeu que acama estava ocupada, e seja lá quem era Harry o tinha acordado.


Rony ligou o abajur.


- Fala sério, eu saio pra farra e você não acerta sua cama?


- Você ta aqui?


- Não... sou um fantasma. Qual é Harry? Alias onde você esteve?


- Eu, eu – bom ele não esperava ver o amigo ali, acordado e lúcido quando metade dos adolescentes do colégio havia tornado o dia 21 de dezembro no dia do “beber, cair e lá ficar... ate que alguém passe te levando para outro lugar!”. Aproveitou também para esconder as mãos enfaixadas da vista do amigo – fui me resolver com sua irmã.


- Olha aqui, se você esteve se agarrando com ela, espero pelo menos que não tenha sido igual ao Neville...


- Não nada disso, além do mais quando eu passei por ele até pareciam bem controlados – controlados porque a mão do garoto estava na cintura da garota quando eles passaram


- Pareciam, parecia um motel, e devo dizer que Neville sabe aproveitar um – Harry ergueu as sobrancelhas, incrédulo.


- Mas por que você voltou? Por que estava dormindo? Achei que só ia te achar amanha em algum banheiro como indigente.


- Há-há. Como eu disse aquilo parecia um motel, ou um cabaré, por que o que tinha de bebida ali... o três vassouras teve ter tido um grande prejuízo hoje, mas enfim, eu fui acertado por uma garrafa depois de uns 40 minutos ali dentro, acordei em um quarto cheio de gente, depois de mais uma hora descobri que tinha passado boa parte da tarde dormindo, depois eu consegui voltar pra cá, e acabei dormindo, não te procurei por que achei que talvez você e Gina tivesse mesmo se entendido e estivessem por ai como todo mundo... Hum, você viu Hermione?


Harry se assustou com a pergunta, ainda não tinha coragem de disser o estado de saúde da amiga, esperaria até a manhã seguinte, mesmo que isso lhe custasse um murro. Sorte que Rony continuou falando.


- Sabe, quando eu voltei não vi ela na Ala hospitala, fiquei preocupado, lembra que ela ia acordar hoje? Será que ela se perdeu com esse povo todo – Foi ai que Harry entendeu que a preocupação de Rony era outra.


- Não a vi não, aliás, acho que ela ainda está na Ala Hospitalar.


- Mas...


- Quer saber Rony, por hoje já deu, amanha nós conversamos e vemos Hermione também – disse o moreno a caminho da sua, realmente sua, cama.


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06:40.


- Harry, acorda – Rony empurrou Harry pra fora da cama, foi ali que o ruivo viu as mãos enfaixadas de Harry – Cara o que aconteceu com suas mãos?


- Ah – ainda morto de sono o garoto não entendeu nada, mas logo as idéias voltaram para o lugar – bom... ahh, não foi... nada – tentou dizer enquanto voltava pra cama. Sem sucesso.


- Pode cortar o papo furado, você não saiu ontem apenas pra se resolver com Gina, chegou muito tarde pra isso, e aí o que aconteceu?


Harry se endireitou na cama, quando conseguiu ficar sentado em uma posição descente ele disse.


- Que tal a gente falar sobre isso no caminho da Ala Hospitalar?


Depois de banhos corridos, a primeira roupa que apareceu pela frente e desviar de alguns alunos que puxavam algum assunto, Harry e Rony saiam pelo quadro da mulher gorda a caminho da Ala Hospitalar, Harry nem precisou que Rony o lembrasse que tinham muito papo para por em dia.


- Ok, eu não saí ontem unicamente para falar com Gina, na verdade aconteceu a maior loucura dos últimos meses...


- O que? Pior que um cachorro de três cabeças? Pior que um basilisco? Pior que dementadores e Comensais? – perguntou ele meio rindo, Harry pensou antes de responder.


- Não – disse ele pausadamente virando em um corredor – Não Comensais...


- Quer dizer que cruzou com comensais?


- Uhum, quatro – disse ele sem olhar pro amigo, nem precisava ele conhecia bem as caras Rony quando se tratava de dementadores – Mas não apenas eu... Gina, Lillyth, Hermione e Draco também...


- COMO É? – Rony realmente berrou – O que minha irmã e Hermione estariam fazendo com vocês em... Onde vocês estavam?


- Floresta. Agora Rony, me deixa terminar de contar a história depois você pode pirar...


Daí o caminho se seguiu da melhor narração que Harry pode fazer sobre tudo. Os quatro sonhos... Hermione... Como ela havia realmente se machucado... De como Harry descobriu tudo: sobre o livro, sobre os sonhos, sobre o ritual, sobre Lillyth... de Lillyth ser uma vampira (difícil descrever a cor do rosto de Rony, e as palavras também porque não passavam de:  uh...ah...oh...ma...vamm...ell........)... De Gina e Lillyth sobre o controle de Malfoy... De como ele conseguiu quebrar o feitiço que prendia Lillyth... Da pequena batalha deles contra Malfoy e Gina... De Gina atingida por um galho... De Malfoy passando para o lado deles... Deles traçando um plano para acabar com o ritual... De como haviam troçado de lugar... Do quase sacrifício de Malfoy... De como conseguiram estuporar dois comensais.... De como os outros dois fugiram... De Hermione atirada para o ar e quase morrido... De mesmo depois de saber que a mãe poderia ser morta Malfoy continuou a ajudá-los... de como ele levou Hermione para a enfermaria, enquanto Gina buscava Dumbledore... De como ele já tinha previsto tudo e tirado a mãe de Malfoy da Inglaterra... e Depois deles voltando para o quarto até o momento que Harry sentou-se em cima de Rony.


- Há isso é loucura, vai me dizer que todos esses meses aconteceu tudo isso?


Harry já tinha cansado de falar, então apenas concordou com a cabeça. Rony ficou quieto por alguns instantes, eles estavam no canto da Ala Hospitalar, na verdade a historia toda, durou mais do que o trajeto ate ali, então eles pararam e ficaram conversando de onde tinham uma visão de quem se aproximava. Depois Rony finalmente falou.


- Anda, preciso ver a Mione.


Os dois seguiram até lá, não havia ninguém ali, nem madame Pomfrey para expulsa-los, eles andaram em silencio ate um leito coberto, foi Rony quem abriu as cortinas, difícil dizer quão o medo ele estava de ver a situação da... amiga. Mas foi uma surpresa até para Harry. Hermione dormia serena com uma mão perto do rosto se tivesse com uma flor na mão estaria simplesmente sentido seu cheiro, fora isso parecia perfeita, parecia simplesmente dormir, ele virou de lado e eles viram grandes ataduras brancas se estavam na sua costa, Harry murmurou.


- Ela cortou as costas na floresta...


- Ainda não consigo ter pena daquele nojento, a culpa é dele por ela estar assim, dela ter passado tanto tempo assim, todo o tempo que eu perdi é culpa dele!


- Rony, Draco arriscou a vida da própria família para nós tirar de lá.


- Ele queria salvar a própria pele e ganhar um bônus se passando de bonzinho. – os dois ficaram em silêncio sem se olhar.


- Eu não acho – disse Harry por fim.


- Bom pelo visto ele conseguiu perfeitamente fechar seus olhos pra realidade. Harry o que você me disse só leva a crer que ele queria te matar, e Gina, Hermione e Lillyth iam junto, ele não se importou com elas! Apenas quis seguir o cara de cobra, quem te garante que ele não entregaria todos no último minuto?


- Mas não entregou, se eu estou vivo agora, provavelmente é porque ele decidiu mudar de lado, não sei como Lillyth e eu teríamos parado aquele ritual sem a ajuda dele, ele sabia de todo o plano e contou tudo para nós, e deixou bem claro, se fosse para morrer seria ele! Acha que eu aceitei isso de imediato? Também não acreditei e também não fui eu que o convenci disso, foi Lillyth. Eu acho que... Acho que eles se gostam.


- Há ainda por cima quer tomar ela de você!


- Rony cale-se – um leve som partiu do corpo de Hermione


- Você ta acordada?  - perguntou Harry ilogicamente


- Com você dois gritando não tem quem durma – disse ela sem abrir os olhos e suspirando profundamente – Ai!


- Fica parada sua teimosa – disse Rony


- Pior é que ele tem razão


- Ok, não conseguiria me mexer nem se quisesse minhas costas estão duras feito pedra e meu pescoço e meu braço estão dormente.


- Foi uma queda feia a que você levou – disse Harry, Hermione abriu os olhos levemente e olhou cada um deles, deu um sorriso torto e depois seu olhar se perdeu em algum ponto atrás dele, mas ela continuou sorrindo.


- Por que ta sorrindo? – perguntou Rony?


- É bom ver vocês! – respondeu ela baixo, mas sem olhar para Harry nem Rony. Harry olhou para a porta onde Hermione olhava, Draco estava parado ali tentando se decidir se entrava ou se voltava antes que alguém o visse... Bom agora Rony também virou para olhar o que todos olhavam, ele fechou a cara a principio, mas se Hermione conseguia sorrir ao olhar para ele, talvez fosse só o que importasse.


- Por que você não entra? – perguntou Rony – preciso te agradecer por salvar, minha irmã e ela...


Harry olhou surpreso para o amigo, mas feliz por ele ter entendido. Draco entrou na enfermaria devagar, mas assim que se aproximou Madame Pomfrey apareceu altamente histérica pelos três entrarem sem pedir permissão, e ainda por cima acordar Hermione, afinal ela tinha de passar no mínimo 3 dias de cama. Sem outra saída os três saíram dali e como ninguém tinha tomado café é aquele domingo era o último dia antes de todos voltarem para casa curtir o feriado de natal, eles seguiram sem palavra alguma até o salão principal, na porta eles apenas se encararam, como três pessoas que viviam em pé de guerra agora entrariam como aliados para comer no mesmo local? Bom aquilo não passou na cabeça deles, simplesmente entraram sem se importar com o que os outros pensariam.


E como pensaram! Apesar de ter poucas pessoas na hora que eles chegaram e Draco se sentou-se na mesa da Grifinória com Harry e Rony, cinco minutos depois muitas pessoas chegaram para ver aquela cena, na maioria sonserinos que não acreditavam naquilo e alguns jogavam piadinhas, mas aquilo nada irritava os três. Harry e Draco achavam que piadinhas não era nada, quando se vive uma experiência de quase morte com um inimigo, às vezes a gente vê que o dragão é bem maior do que o que se imagina.


Gina e Lillyth se juntaram a eles pouco depois, dizendo que o boato tinham chegado até elas, daí elas vieram correndo para ver. Eles contaram como que Hermione tinha acordado, mas precisava dormir, e que a tarde iriam vê-la se pudessem. Foi estranho, ver aquele grupo junto a amanhã inteira, conversando sobre os detalhes daquela aventura debaixo de uma árvore perto do lago congelado, volta e meia uma garota ou um grupo delas, passavam por perto para pegar um pedaço da conversa.


Rony não agüentou muito tempo aquele clima e ainda ficar de vela... Deixa eu explicar: Lillyth estava deitava com a cabeça no colo de Draco e Gina no colo de Harry, agora quando o assunto acabava ficavam um silêncio horrível, então ele decidiu voltar e tentar ver Hermione, Gina ficou segurando a mão enfaixada de Harry apertando levemente, até que ela perguntou.


- Ainda dói?


- Com você apertando claro que dói. – disse Harry rindo levemente


- Ah desculpa – Gina soltou a mão de Harry, esta sorriu.


- Gina- Lilly havia a chamado, os dois viraram; esta que estava com faixas que atingiam ate um ponto acima do pulso alguns arranhões pelo corpo, alguns ainda um fundos. Gina sorriu ao ver ela abraçada com Draco, por que minutos antes eles não escutaram o que, mas ouviam murmúrios trocados por eles, e pareciam ter se entendido, até mais que bem, agora parecia que tudo estava no devido lugar. Gina se lembrou do sonho e sorriu mais, e não sentiu nenhuma vergonha em dizer:


- Tenho que te pedir desculpas sabe...


- Não quem tem que te pedir desculpa sou eu. Devia ter feito algo desde o inicio, pra você não pensar em tudo aquilo - no minuto de silêncio em que Gina olhava Harry ela segurou as mãos do moreno de novo e depois para Draco abraçado com Lilly ela falou- vocês formam um lindo casal.


Lilly sorriu. Draco e Harry até trocaram um olhar bem amigável de “garotas!!!”


- Ei onde vocês vão passar o natal? – perguntou ela distraída, totalmente esquecida que a única família de Draco e a família de Lillyth estavam em algum lugar da Ásia, assim os dois ficaram meio sem graça antes de responder.


- Acho que por aqui mesmo, podemos fazer companhia um para o outro.


- Por que vocês não vêm com a gente? Harry vem, Hermione se Merlin quiser vem também, mamãe não se importaria de ter mais duas pessoas na casa, afinal ela gosta daquela casa cheia – disse ela sorrindo, depois olhou para Draco, o garoto passou boa parte da vida insultando os Weasley e sua casa, receber um convite para passar alguns dias lá era meio estranho.


- Eu... Acho uma ótima ideia – disse Draco – não acha Lil?


- Eu preciso falar com meus pais, e você precisa dizer para sua mãe sobre mim, não sei o eu ela vai achar de dar abrigo para mim.


- Ela nem vai ligar, mas eu vou falar.


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O resto da manhã passou, e o almoço foi uma experiência parecida com o café daquela manhã. Rony voltou pra comer, e disse que não tinha conseguido entrar pela manhã, mas que iria novamente de tarde, e os outros concordaram em ir com ele.


Nova decepção porque Hermione estava dormindo, e Madame Pomfrey proibiu terminantemente dela ser acordada ou mesmo visitada, ela precisava se recuperar rápido se quisesse passar o natal fora daquela cama. Rony tomou uma expressão estranha o resto da tarde e ninguém o encontrou de noite, Harry, Draco, Gina e Lilly não se separaram o tempo todo, preferiram ficar no jardim congelado, a ter de ficar em um salão comunal onde diversas pessoas estariam para falar deles, se bem que como boa parte viajaria na segunda a noite para casa, muitos estariam fazendo as malas. Ficaram conversando ali alegremente sem tocar no assunto da noite passada ate ouvirem passos. Pansy vinha decidida em direção do grupo.


- Quero falar com você – disse ela em voz firme, todos entenderam com quem ela queria falar. Draco queria simplesmente dizer que não tinha nada a conversar e talvez até meter um beijo em Lilly para ver se a garota largava do pé dele, mas Lilly meteu uma cotovelada segura nele, que entendeu que ela bateria nele se fizesse o que estava pensando.


- Claro – ele se levantou e foram para um banco perto de um arbusto onde ninguém os ouviria.


- Apenas. Por quê? – disse ela colocando as não na cintura e jogando os cabelos para trás, Draco nem tinha reparado o quando havia crescido, no 1° ano era curto, hoje estava no meio das costas, reluzentes.


- Não entendi – O garoto começou a achar aquilo tudo muito divertido ver Pansy com raiva, nunca tinham namorado, mas ele sabia a quão ciumenta aquela garota era, já havia comprado algumas brigas com garotas da sonserina que enviam bilhetes para ele.


- Não seja cínico Draco, primeiro namorar com a nojenta da Weasley, agora ficar de abraços com Dertlhem, e andando com grifinórios? Que raio caiu na sua cabeça?


- Nada que seja da sua conta.


- Há é sim, você não era assim, você não É assim! Seus pais sabem com o tipo de pessoa você...


- Cale a boca, e não fale sobre os meus pais – disse o loiro levantando a voz e apontando um dedo para a morena.


- É isso? Para irritar eles que você está fazendo isso? – ela baixou a voz


- Não, eu amo Lillyth e com quem ando não te interessa


- Ama? – agora a garota tinha abandonado o tom de raiva, para a surpresa - você nunca disse amar alguém.


- Agora sim, eu amo ela, vou continuar andando com grifinórios e nada vai mudar, não sei nem por que você queria falar sobre algo, era só pra ouvir da minha boca? Acho que você já teve o que queria então – o loiro se levantou


- Isso não é justo – disse ela em voz tão baixa que o garoto se assustou, virou-se para ela que olhava pra neve, como se estivesse tentando entender algo, não havia lágrimas em seus olhos, mas ela chorava por dentro, alguns anos Draco tinha aprendido que Pansy não chorava, ou ele achava que não – eu te amei primeiro, eu sempre estive ao seu lado, em tudo, nunca esperei realmente que você me pedisse em namoro naquela época, você nunca pedia nenhuma garota em namoro – ela deu um sorriso meio sem graça e olhou para uma árvore distante, ainda sem lágrimas – mas eu agüentei quando te via com outras, achava que você ficava com elas por diversão eram espécies de brinquedo pra você, que você sempre voltaria para mim, eu realmente te amei – Draco estava mudo, porque ela não gritava, não o xingava, porque agora ela estava tão, linda. Ok, consciência chamando Draco, não vai se deixar levar por essa ai! – Mas pelo visto, eu era o brinquedo, eu era aquela com qual você se divertia quando estava entediado... Eu nunca fui nada pra você não é? – Agora sim ela chorava, lentamente duas grossas lágrimas rolaram pelo rosto de Pansy, o garoto não se conteve em observar as lágrimas se perderem na neve, ela não conseguia dizer nada, quando olhou para a garota de novo, bom ele só conseguiu desviar o olhar, a dor no rosto de Pansy era horrível e ele não podia fazer nada. A garota saiu dali sem dizer nada, sem olhar para trás e sem olhar para onde Harry, Gina e Lillyth estavam. Ele ficou ali parado alguns segundos antes de voltar para onde os outros estavam, em silêncio cada um deles o encarava, ele não abraçou Lilly quando voltou, apenas ficou em pé.


- O que ela disse? Não ouvimos um só grito – disse Gina meio distraída. Lillyth percebeu que ele estava meio tonto.


- O que ela disse Draco? – perguntou a loira


- Nada – ele tentou manter a concentração – só o que esperávamos


Eles continuaram ali conversando e contando piadas as vezes até o jantar, agora Draco jantava com eles, mas desta vez nem tocou na comida, procurou por pansy mas ela não estava ali, de alguma fora, uma leve dor apertava seu coração, e por mais que estivesse feliz de estar com Lilly, ele devia algo a Pansy.


Harry encontrou Rony já dormindo no dormitório quando voltou, não acordou o amigo, de repente ele sentiu que tudo estava com um clima estranho.


Gina foi dormir um pouco mais feliz, certo, nada até agora tinha rolado com Harry, mas depois de tudo, depois de descobrirem que Gina era o amor que podia matar Harry, ela achou que eles tivesse uma nova chance, e Lillyth estaria feliz com Draco. Para melhorar era só Hermione se recuperar.


Lillyth tentou ficar mais tempo com Draco, mas ele voltou esquisito da conversa com aquela garota, ele não falava nada sobre a conversa, então a garota desistiu e foi para seu quarto comer algo.


Na manhã seguinte de segunda feira, uma tempestade de neve caia lá fora, o frio era tanto que nenhum dos garotos levantaram. Lillyth não se importava com o frio que fazia, mas ficou no seu quarto tomando doses de sangue, e imaginando porque seu loirinho ficara tão abalado no dia anterior, depois ela desceu para o Salão Principal sozinha, não encontrou muita gente, os poucos aventureiros estavam super agasalhados, de luvas e cachecóis, nem Harry, nem Gina, Nem Draco a vista, provavelmente todos embrulhados na cama, ela decidiu ver Hermione, e para a sua surpresa a garota estava acordada, Madame Pomfrey deixou ela ver a amiga mas com a promessa deque conversariam baixo, e na ficariam agitadas, se Hermione passasse bem a manhã, ela seria liberada a tarde para poder arrumar as malas e passar o natal com os Weasley como sempre fazia. 


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Harry acordou e ao se virar pra janela só via uma espessa camada de neve branca acumulada no peitoril da janela, do outro lado, Rony roncava levemente sem expressão alguma no rosto, uma rápida olhada no relógio, 10:48. O moreno ainda despencando dê sono demorou quase uma hora, pra conseguir sair da cama e tomar um banho decente. Rony não saiu da cama. Harry se jogou de novo na cama, e por volta realmente do meio dia ele levantou, empurrou Rony pra fora da cama, o ruivo quase dormia no chão, mas a vontade de ver Hermione foi um pouquinho maior, então ele seguiu para o banho, enquanto Harry descia para o salão comunal apara esperar o amigo. Desceram juntos e acabaram encontrando Draco já perto do Salão principal. Gina se reuniu a eles algum tempo depois.


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Perto do almoço Lillyth foi embora deixando Hermione trocando os curativos, antes de voltar para seu quarto a garota passou no Salão Principal de novo, e agora viu o novo grupo inseparável (Harry/Rony/Draco/Gina) almoçando com cara de quem tinha acabado de acordar.


- Vocês dormiram até agora? – perguntou a loira rindo.


- A está muito frio – Isso era exagero da ruiva, de manhã sim estava frio, mas depois das 10 até que havia batido um leve solzinho. Os meninos concordaram com Gina.


- Onde você estava, já que não estava dormindo? – perguntou Draco comendo um pedaço de frango.


- Visitei Hermione esta manhã, se ela estiver melhor vai poder sair agora a tarde, e até ir passar o natal com vocês...


- Como assim “com vocês???”, você não vem conosco? – perguntou Rony


- Ainda não pude falar com Dumbledore, nem com meus pais, não dá pra sair assim, eles ficariam muito preocupados, me disseram para nem por o pé fora desse castelo, se soubessem do nosso pequeno passeio, eu estaria de castigo o resto da minha vida.


- Mas vamos viajar hoje, tem que falar com eles rápido então. – falou Gina


- Acontece que são eles que têm que falar comigo, eu não sei onde eles estão – o tom de voz de Lilly era triste, então Gina abandonou a conversa, os três desconversaram o assunto e começaram a discutir um pouco de quadribol, agora o time havia aumentado então as partidas no jardim d’A Toca seriam emocionantes.


Depois de observar Rony, Harry e Draco comendo feito condenados a loira sentiu certa fome, deixou o galera ali combinou de encontrar com eles depois para visitar Hermione e seguiu para seu quarto para poder se alimentar.


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A tarde Hermione estava sentada encostada em travesseiros, muito impaciente.


- Lógico que eu vou passar natal lá! – disse ela quando Gina contou sobre Lillyth e Draco passarem natal na sua casa, ia ser bem divertido, e ficaram perto da cama, Rony Harry Gina e Lillyth, Draco ficou na porta, mas todo as achavam que era por ele se sentir culpado e tudo mais, apesar deles tem dito que não tinha anda a ver. Depois Lilly deixou a amiga para ir até Draco.


- Acho que eles não vão se importar da gente sair – eles fecharam a porta devagar, mas engano deles se acharam que os quatro não perceberam. Os dois procuraram um corredor com uma grande janela, e ficaram ali sentados olhando para a floresta branca e para a neve que caia lá fora.


- Natal na casa do Weasley... pensei que você fosse vomitar quando Gina disse aquilo.


- Hey – ele respondeu matando Lillyth de risadas


– Bom para um garoto como você, acostumado com ALLLTOS natais em mansões de famílias tradicionais, isso séria um pesadelo.


- Claro que não... Você vai estar lá... Onde quer que você esteja provavelmente é o paraíso – disse ele tentando beijá-la, mas a garota desviou, os dois estavam naquele joguinho de ‘beija ou esquiva’ desde a manhã.


- Eu não disse que estaria


- Vai passar o natal em Hogwarts?


- Draco, eu.sou.uma.vampira. É difícil de entender? Fui feita pra seguir meus extintos de rasgar sua linda gargantinha, não dá para ficar tão exposta a tentação de me entregar a isso.


- Não entendi... Você passou meses nesse castelo, viu litros de sangue ontem, e agora está com medo de passar alguns dias em uma casa que não deve ter mais de... Vejamos... 30 pessoas? – ele deu um sorriso sarcástico, mas Lillyth apenas o ignorou.


- Não é isso, é uma festa, em festa as pessoas se distraem, coisas caem e quebram, cortam as pessoas, e disso que eu estou falando, se num descuido meu eu estiver distraída e o sangue me atingir, talvez o risco não seja pra quem se cortou, mas para você, que pelo visto não vai desgrudar de mim – disse ela tentando se livrar dos braços dele que a envolviam pela cintura.


- Que tal eu correr esse risco? – disse ele beijando ela no pescoço.


- Não – disse ela pondo força para afastar Draco.


- Se você não for eu também não vou – ele foi categórico.


- Ok, vamos fazer um trato, eu falo com Dumbledore, talvez até fale com meus pais se der tudo certo eu vou passar o natal lá.


- Fechado.


Draco disse puxando Lillyth para um intenso beijo, a garota o segurou pela nuca bagunçando aqueles cabelos platinado, enquanto Draco puxava a garota para si, e ficaram um bom tempo entre beijos e corpos colados.


 


-------------------- Continua --------------------


 


Humm.... ainda tem coisas para ajeitar nesse cap, mas acabou.... enorme oO' kpkspkpsa espero que tenham gostado apesar das partes muito melosas =p

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