E se...




Capítulo 7-->E se...


Um pano preto cobria uma das paredes do grande salão. Na mesa da Corvinal não se ouvia nem mesmo sussurros. Ate mesmo aqueles que não conviviam com a menina sentiam a perda da estudante. Dumbledore assistia tudo com expressão desolada. Via nos olhos castanho-esverdeado a dor e a vontade de revidar, mas agradeceu a Merlin por não mais ver o marco da desistência. Mas foi um par de olhos negros que lhe chamou a atenção. A indiferença, o sorriso cínico brincando nos finos lábios. Então o velho senhor percebeu que nem sempre uma vitória ou derrota é decisiva, pois àqueles que o sonho já acabou.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

-Sirius, não era para você estar no jantar? Perguntou Marlene enquanto olhava a comida da Ala Hospitalar com desgosto.

-Não. Prefiro ficar aqui cuidado de você – Falou Sirius sentando ao lado de na cama – Alem do que segurar vela não é a minha diversão favorita.

-O Remus e Babs se resolveram? Perguntou Lene surpresa.

-Resolveram não, mas tão naquela troca de palavras carinhosas – Falou Sirius revirando os olhos – Eu já desistir de entender aqueles dois. Ora tão morto de juntinhos e na outra só faltam se matar.

-Eu acho que eles só vão se resolver quando o Remus finalmente contar o porquê de ter acabado o namoro dos dois – Falou Marlene pensativa.

-O Aluado é teimoso, mas espero que eles conversem – Falou Sirius pensativo.

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-Você quer conversar? Perguntou James parando de andar e se escorando na parede do corredor.

-Porque você ta perguntando isso? Perguntou Lily ficando de frente para ele.

-Você ta estranha – Comentou James a olhando de forma profunda.

-Ainda to me acostumando com os novos acontecimentos – Falou Lily em tom baixo e deu um passo ficando a alguns centímetros de distância dele. Começou a fazer pequenos círculos com seu dedo indicador no peito do rapaz – É muito bom saber que você ta perto de mim, eu me sinto segura.

-Eu nunca vou me afastar de você – Falou James a abraçando antes de tomar os lábios da namorada para si.

Com tantos acontecimentos em um curto espaço de tempo fez com que esses momentos só os dois raramente ocorressem. De um tempo pra cá eles praticamente não haviam se beijado e decidiram recompensar todos os não dados com aquele. James inverteu a posição dos dois imprensando Lily na parede. A beijava como se tudo dependesse daquele momento. Era como se o doce sabor dos lábios dela o salvassem do desespero, da solidão, do medo. Lily era o seu porto seguro.

A cada instante o beijo tornava-se mais exigente, apaixonado, quente. Lily se perdia no toque, no sabor, no cheiro dele. Cada nanosegundo perto de James mostrava a ruiva o que era verdadeiramente amar alguém. Não que ela se sentisse preparada para expressar as famosas três palavrinhas em voz alta, mas ela sabia que amava James. Amava como nunca amou outro e faria tudo para proteger aquele relacionamento. Ele era importante demais para que ela o perdesse novamente.

A necessidade básica de respirar vez com que os dois fossem se separando aos pouco. Entre selinhos e pequenas mordidas carinhosas no lábio inferior James abriu os olho s
Para se perder na intensidade daqueles olhos verdes.

-Nossa! Vocês não perdem tempo né? É só ficar sozinhos um pouquinho em um corredor que começam a se pegar – Falou Barbara rindo.

-Tu não é bem o exemplo para se falar em “se pegar em corredor” – Falou James revirando os olhos irritado com interrupção.

-Bom, eu só vim avisar que a Lene saiu da Ala Hospitalar – Falou Barbara corada mudando de assunto o mais rápido que pode – A gente vai se reunir na cozinha, ela disse que ta morrendo de fome. Sabe como é comida de hospital.

-Vocês podem ir à frente – Pediu Lily com cara de quem havia lembrado de alguma coisa importante – Eu tenho que entregar uns livros na biblioteca.

-Você quer que eu vá com você? Perguntou James preocupado.

-Não precisa amor – Disse Lily dando um selinho no namorado e acenando para a amiga.

*Ta na hora de por um fim de vez nessa história* pensou a ruiva se dirigindo para o lado oposto da biblioteca.

Ela andava decidida. Nada mudaria a sua opinião. Precisa fazer aquilo para poder continuar. Agradeceu silenciosamente por velhas manias ainda serem mantidas. Andou mais rápido ao seu objetivo.

-Posso falar com você? Prometo que não vai levar nem cinco minutos – Falou Lily de modo serio e decidido, bem diferente do que ela havia usado na última conversa dos dois.

-Você sempre terá todo o meu tempo – Falou Severus surpreso com o pedido dela.

-Pois eu só quero cinco minutos – Falou Lily ríspida – Eu sei o que você é. Sei que você estava no vilarejo.

-É claro que eu estava eu também sou aluno Lily e tenho direito a ir para o passeio – Falou Severus tentando manter a calma.

-Você entendeu bem o que eu quis dizer e pelo jeito você não mudou de idéia – Disse Lily se referindo a quando eles estavam no quinto ano.

-O que te faz achar isso? Perguntou Severus suando frio. Nunca quis que o seu único amor descobrisse aquilo.

-Talvez por você ter usado o mesmo feitiço que usou no duelo contra James na Marlene – Respondeu Lily com desdém – Eu nunca pensei que você chegasse tão baixo.

-Não Lily eu faço parte daquilo que vai elevar o mundo bruxo – Falou Snape com os olhos brilhando de malicia.

Lily esqueceu que era bruxa. Esqueceu que poderia usar sua varinha. Levantou a sua mão e em um ato impensado esbofeteou o moreno.

-Você me dá nojo – Falou a ruiva com os olhos verdes faiscando de ódio – Se um dia nos fomos amigos hoje nos somos apenas inimigos, pois estamos em lados opostos de uma guerra e só não conto a ninguém o que descobrir por não ter prova, mas escute bem Snape não se aproxime nem do James nem de nenhum dos meus amigos se não eu mesmo acabo com você.

Lily saiu de lá de forma rápida e correu ate a cozinha. Sentia-se mal por ter mentido para James, mas sabia que se contasse o que faria ele perderia a cabeça. Fez cócegas na pêra e entrou na cozinha encontrando seus amigos lá. James sorriu ao vê-la entrar. Lily retribuiu o sorriso e sentou ao seu lado dando um selinho no namorado.

-Conseguiu entregar o livro? Perguntou Marlene em tom divertido.

-Consegui – Respondeu Lily decidida a mudar o rumo da conversa – E como você esta?

-Bem, quase tenho uma indigestão com aquela comida – Falou Marlene emburrada fazendo os outros rirem.

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Duas semanas depois

O clima de Hogwarts aos poucos foi se normalizando. Novembro passou e Dezembro chegou trazendo a expectativa das férias de natal aos alunos. Já estava tudo combinado em relação a viajem para a casa dos Potter’s. Remus ainda não sabia se poderia ir. Sirius estava empolgado em sair da escola nessa época. Marlene e Barbara já combinavam todas as roupas que iriam usar, principalmente nos bailes que aconteceriam no dia de Natal e no Ano Novo. E Lily estava um poço de nervos. A final iria conhecer os seus sogros e tinha medo que eles a odiassem, achassem que ela era pouco para o filho único. James tentava lhe acalmar dizendo que seus pais iriam amar a norinha, mas não adiantava nada.

Os dias passavam assim. E quando menos Lily esperava o dia da partida chegou. O apito do trem avisou que eles haviam chegado a Londres. Assim que desceram viram um casal acenando para eles. James sorriu tentando encorajar Lily, mas vendo que não havia adiantado pegou a sua mão e a puxou em direção aos pais.

-Alan, lá vem ele meu amor! – Exclamou Sarah empolgada sorrindo abertamente e quando James chegou perto pulou nos braços do filho o abraçando – Ai meu bebe como eu tava com saudades do meu Jimmy. Né meu nenê?

-Meu amor, eu tenho a leve impressão que você esta constrangendo o nosso filho – Falou Alan com um sorriso maroto fazendo a esposa corar e o filho rir – Então filho não vai nos apresentar essa bela moça com quem você estava de mãos dadas?

-Essa é a Lily, minha namorada – Falou James sorrindo fazendo a menina corar.

-Alan, ela não é linda? Perguntou Sarah animada fazendo o marido rir e logo abraçou a menina – Parece uma bonequinha. É um prazer conhecer a menina que amoleceu o coração do meu Jimmy.

-É um prazer Sr. e Sra. Potter – Falou Lily corada.

-Pode nos chamar pelo nome querida – Falou Alan sorrindo – E vocês devem ser os marotos e suas namoradas, certo?

-Eu sou o Sirius e esse é o Remus – Apresentou-se Sirius sorrindo – Minha namorada Marlene e a Barbara, mas ela e o Remus não estão juntos.

-Então vamos? Chamou Sarah arrastando Lily pela mão enquanto James resmungava divertido que elas o haviam abandonado. Remus se despediu dos amigos e Barbara o olhou partindo com um pressentimento ruim.

-Remus? Chamou Barbara fazendo o loiro virar a olhando assustado – Toma cuidado ta?

Ela saiu para acompanhar os outros antes que o maroto falasse qualquer coisa. Eles viajaram uns 45 minutos de carro ate chegarem a um vilarejo metade bruxo metade trouxa. Após desfazerem os feitiços de proteção os jovens ficaram surpresos com a beleza da mansão Potter. Ela era branca com um longo jardim coberto pela neve branca iluminado por luzes coloridas e pequenas fadinhas. A parte interna era ainda mais linda. Decorado com cores neutras, havia muitos quadros bruxos todos os cumprimentando dando boas vindas. Os quartos eram parecidos, só mudava a decoração, pois cada um era decorado das cores preferidas dos visitantes.

O dia passou calmo e eles logo se retiraram graças ao cansaço resultado da viajem. Aproveitando o fato dos amigos já estarem dormindo para se reunir com os pais para saber as novidades da guerra e as noticias não eram boas. A cada momento chegava a noticia de novos vilarejos trouxas atacados e se continuasse assim os trouxas logo começariam a suspeitar do mundo bruxo, mas James nem queria pensar nessa possibilidade. Antes de dormir decidiu passar na cozinha para comer alguma coisa e ao chegar lá tem uma boa surpresa.

-Sem sono? Perguntou James assustando Lily.

-Mais ou menos. Tava com cede e decidi vim beber um pouco de água – Respondeu ela com um doce sorriso – E você, meu amor?

-Praticamente a mesma coisa – Falou James se aproximado da menina com um sorriso de lado – Tava com saudades de ficar assim só eu e você, desde o que aconteceu no passeio a gente não tem tido esses momentos.

-Também estava com saudades meu amor – Falou Lily abraçando ele pela cintura.

-O que a senhorita acha de aproveitar essa oportunidade? Perguntou James sorrindo maroto e tomou os lábios da namorada para si. O beijo começou calmo, mas logo foi ficando mais quente e intenso. Não era apenas amor, era desejo, carinho, vontade. Aos poucos eles foram caminhando em direção a bancada e James rapidamente ergueu Lily a colocando sentada ali enquanto ficava entre suas pernas. A ruiva podia sentir as mãos do namorado ora nas suas costas ora na sua nuca ora na sua coxa. Lily não sabia quando tinha enlaçado a cintura dele com suas pernas, muito menos quando havia tirado a blusa do namorado. O desejo mexia com seu senso. Mas a zoada de alguém aparatando fez os dois se separarem ofegantes e envergonhados.

-Oh! Meu senhor desculpe o Tobi ele é um elfo mal eu vou me castigar meu senhor – Falava o pequeno elfo com os olhos arregalados e as orelhas baixas.

-Tobi, eu te proíbo de se castigar. Você não atrapalhou nada e pode fazer o que você veio fazer eu e a Lily já vamos – Falou James com o melhor sorriso que a frustração deixou dar, pegou a mão da Lily e a tirou da cozinha – Lily eu...

-Vem depois no meu quarto a gente precisa conversar – Falou Lily colocando o dedo indicador nos lábios dele.

-Ta. Já, já eu vou lá – Concordou James. *Depois de um bom banho gelado* completou o moreno mentalmente.

Narrado por Lily


Ai meu Merlin! O que foi exatamente mesmo o que aconteceu há alguns minutos atrás? Céus!! Depois daquela experiência horrível que passei no meu quinto ano nunca deixei ninguém se aproximar tanto de mim, nem mesmo o Lucas e olha que a gente namorava há bem mais tempo. Mas porque com o James eu me sinto segura? Sinto desejo? E porque eu pedi para ele vim aqui? Merlin, quantas duvidas e nenhuma resposta.

-Desculpa a demora – Falou James entrando no meu quarto – Lily, desculpa. Eu sei que eu fui apresado demais, passei o sinal...

-Jay, você não precisa pedir desculpas querido – Comecei a falar com calma – Quer dizer eu também quis, mas eu acho que não foi o momento certo.

-Ahn? Perguntou James parecendo confuso e perdido.

-Jay, a gente tava se agarrando na cozinha dos seus pais. Qualquer um poderia ter pegado à gente – Falei corando de leve – Imagina se a sua mãe tivesse entrando? Mas isso não quer dizer que eu não quero ficar com você. Sei lá, você me passa um segurança que eu nunca senti com o Lucas e eu quero que você seja o meu primeiro.

O James parecia perdido e me olhava como se esperasse uma confirmação. Eu dei um leve sorriso e por fim ele saiu do transe que tava. Ele sorriu aquele sorriso torto que eu adorava e me abraço apertado.

-Obrigado por confiar em mim – Falou ele sussurrando no meu ouvido e eu afundei meu rosto na curva do seu pescoço. Eu não tinha mais duvidas. Eu o queria. E nos tempos em que vivemos temos que aproveitar cada dia, cada momento, cada instante com a pessoa amada.

A gente ficou ali se abraçando por mais um tempo. O perfume dele era ótimo de se sentir. Era forte, mas bom se ficar perto. Era como o James uma verdadeira contradição. E eu amo essa sensação de não saber ao certo o que esperar. Faz com que o relacionamento não caia na mesmice e isso é tão diferente do que eu vivia com o Lucas exatamente o que eu sempre procurei.

-Eu acho melhor ir para o meu quarto – Disse James sussurrando.

-Tava tão bom ficar assim pertinho de você – Falei me aconchegando nos seus braços e mesmo sem ver o rosto dele eu aposto que ele ta sorrindo.

-Eu também acho – Disse ele me apertando mais forte – Mas se eu ficar mais um segundo aqui sentindo o seu perfume eu sou capaz de perder o juízo e arrancar essa camisola.

Eu rir batendo no ombro dele corando intensamente. Eu sabia que ele tava em parte e brincando e é muito bom saber que causo as mesmas reações nele que ele causa em mim.

-Então é melhor você ir – Falei sorrindo mordendo de leve o seu lábio inferior.

-Assim fica complicado né? Disse James quando beijei o seu pescoço.

-Ta...eu vou te deixar ir – Disse rindo abrindo a porta do meu quarto e o beijando antes de sair. Assim que a porta dele fechou sai do meu em direção ao quarto da Marlene que era do lado do meu, mas vi que estava vazio e quando escutei a risada dela vindo do quarto do Sirius percebi onde ela tava e fui à direção ao da Barbara.

-Babs, posso entrar? Perguntei um pouco da sua porta.

-Nossa! Graças a Merlin tem alguém ainda acordado. Perdi meu sono e fiquei olhando o céu – Falou a Barbara com um sorriso mega falso então notei que tinha algo errado com a minha amiga.

-Tem algo te preocupando? Perguntei entrando no quarto me sentando ao lado dela na janela. (N/a: Gente, a janela é aquelas de casa antiga, bem grande, não sei se vocês sabem como é...se não me diz que procuro uma imagem.)

-Algo escapa desses olhos verdes? Perguntou Barbara divertida eu só ri – Sei lá amiga. Eu sei que não devia, mas eu to preocupada com o Remus.

-E porque você não devia? Perguntei revirando os olhos.

-Porque a gente não é nada um por outro e essa minha preocupação ultrapassa a margem da amizade – Falou ela tristinha. Eu não sabia o porquê do Remus ter posto um ponto final na relação dos dois, mas eu, assim como todos, queria que eles se entendessem – Mas e você, o que deseja de mim?

-Eu quero que você me ajude a fazer uma poção anticoncepcional – Pedi extremamente corada.

-Você tem certeza? Perguntou Barbara surpresa com os olhos arregalados.

-Que quero sua ajuda? Perguntei divertida tentando melhorar o clima que havia se instalado – Bom você não muito boa fazendo poções, mas acho que dá pro gasto.

-Idiota – Falou a Barbara revirando os olhos – Quando foi que você tomou essa decisão?

Eu sorri de leve e comecei a contar tudo a minha amiga. Era muito bom ter alguém com quem desabafar.

N/a: Oi gente!!! Feliz Ano Novo!!!
Desculpa a demora...mas, finalmente meus vestibulares acabaram e logo um novo capítulo vai fim...

Comentem ta??

=**
Ate o próximo

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