Respostas




Marlene,

Hoje eu tava olhando antigas fotos do tempo de Hogwarts e quase não acreditei quando lembrei que já fazia dois anos desde a nossa formatura. To morrendo de saudades de você e de Londres, agora eu entendo o porquê da mãe do James queres tanto voltar pra casa.

Não que eu não goste daqui, você sabe que eu demorei um pouco para me adaptar, mas agora eu já me acostumei. O Sirius veio nos visitar ontem. Eu sei que esse é um assunto que você não gosta de falar, porém tenho que dizer que ele me assustou. O fato de ser um inominável o mudou. Nunca o vi tão serio e ate sombrio. E ele como sempre perguntou por você...as vezes eu acho que ele nunca se perdoou por ter te perdido.

Mas, eu vou mudar de assunto antes que você rasque a carta. Aliais você tem noticias da Barbara?? Desde a semana passada que ela não manda noticiais e olha que ela prometeu presentinhos da parte bruxa da Turquia. Espero que não tenha acontecido nada com ela nem com o Remus.

Sabe quando eu penso que na próxima semana eu vou estar em Londres eu quase não acredito. O James ta morrendo se ansiedade e manda beijos pra você.

Manda um beijinho para o meu afilhado e diz que vou levar muitos presentes para ele.

Com amor,

Lily


-Terminou a carta? Perguntou James abraçando a ruiva.

-Terminei, agora é só enviar – Respondeu Lily colocando o envelope na perna da coruja a vendo desaparecer.

-Algo errado? Perguntou James acariciando os cabelos rubros da noiva.

-Só a saudade que às vezes aperta – Respondeu Lily beijando o pescoço do maroto.

-Eu sei...também to louco para voltar – Disse James beijando a testa dela – Eu vou ficar de guarda hoje, então tome cuidado ta?

-Ta Sr. Potter – Falou Lily passando a mão delicadamente pelo rosto dele – Promete que você vai se cuidar e voltar para mim inteiro?

-Eu sempre volto não volto? Disse James evitando fazer promessas que não pudesse cumprir.

-Você devia às vezes mentir só para eu ficar bem – Disse Lily o abraçando com força.

-Eu te amo – Falou James beijando a testa da mulher antes de entrar na lareira desaparecendo em seguida.

Narrado por Lily


Pode parecer insanidade da minha parte, mas eu odiava dia de folga. Ainda mais quando o James era chamado com urgência pelo ministério como hoje. A guerra que antes se concentrava em Londres havia ganhado proporções mundiais. James como auror ia para as batalhas de campo e eu como medi bruxa ficava no hospital.

Decidi fazer faxina a modo trouxa, isso sempre me ajudava a não pensar. O nosso apartamento não era grande. James dizia que nossa casa de verdade seria em Londres. Eu já tinha escutado ele falando com Sirius sobre uma casa em uma vila metade bruxa metade trouxa, mas fingi não perceber o significado daquilo.

-LILY!! Gritou Sirius da lareira e eu corri para lá com o coração na mão.

-Sirius o que aconteceu? Perguntei alarmada já esperando o pior.

-Um ataque repentino aqui no centro de Londres, os aurores de todo canto foram chamados. O James ta machucado, ele lutou contra o próprio Voldemort – Contou Sirius e a cada palavra eu sentia o chão sumir e meu corpo ficando mole – Nem pense em desmaiar agora. O St. Mungus está lotado e precisando de ajuda. Lily, eu sei que é difícil separar as emoções, mas você precisa vim aqui com urgência. O ataque foi tão bem planejado que pegou o hospital de surpresa.

-Eu to indo para ai agora – Falei com a voz quase controlada. Eu sabia que não seria fácil colocar a medi bruxa em primeiro lugar. Mas, nem sempre o certo é o mais fácil.

Eu saí de casa aparentando em um beco próximo para o ministério, que estava uma verdadeira loucura. Encontrei algumas colegas de profissão e usei a primeira chave de portal que levaria ajuda medica.

Mal cheguei já fui arrastada para pegar os materiais necessários. Havia pessoas machucadas por toda parte: corredor, camas, macas improvisadas.

-Lily! Chamou Sirius e a ruiva correu para abraçá-lo.

-Como está o James? Perguntei me afastando para ver se ele tava bem – Tem mais alguém conhecido?

-O James ainda ta sendo atendido, não consegui muitas informações – Respondeu Sirius passando a mão pelos cabelos de forma impaciente – Disseram que a Marlene também estava aqui, mas não sei exatamente onde.

Eu observei a forma como seus olhos ficaram nublados ao falar o nome da minha amiga. Era como se fosse uma dor muda que o dilacerava que podia ser facilmente confundida com culpa e saudades.

-Eu vou tentar descobrir alguma coisa. Você me espera na sala de espera ta? Perguntei com um sorriso tentando acalmá-lo.

Narrado por Sirius


A Lily fingia que estava bem e eu fingia que acreditava que ela não estava correndo para um banheiro para chorar um pouco a dor que estava sentindo. Na minha cabeça eu só conseguia reviver os momentos da batalha. Foram cenas quem nem mesmo eu um Inominável facilmente esqueceria. Muitos da Ordem morreram hoje, mas eu preferi não contar sobre as percas para Lily.

Vendo que não tinham mais o que fazer me encaminhei para a sala de espera encontrando lá a cena desoladora de parentes aflitos por noticias e muitos chorando. Nunca fui bom em consolar pessoas. Sei lá, sou frio por natureza, mas uma pequena pessoa chamou a minha atenção.

Era um menino, pequeno não devia ter mais de dois anos ou três. Ele estava sentado em uma cadeira balançando os pés com a cabeça baixa fazendo com que os cabelos negros escondessem seu rosto.

-Ola! Cumprimentei sentando ao seu lado e ele levantou o rosto para me encarar.

Eu não estava preparado para aquilo. Os seus olhos eram azuis escuros. Muito parecidos com os meus, só que banhados pela inocência infantil. Ele me era estranhamente familiar. Não sei se por causa do modo que os cabelos caiam nos seus olhos tão parecidos com os meus ou porque ela mais pareceu uma miniatura minha com erros propositais.

-Oi – Disse a criança me olhando com receio.

-Você se machucou? Perguntei o olhando com cuidado tentando entender de onde vinha essa vontade de protegê-lo. O Remus é que tinha os seus momentos paternos não eu.

-Não, nanai me potegeu – Disse o menino e eu sorri com o jeito infantil.

-E cadê sua mamãe? Perguntei passando a mão pelos cabelos negros dele.

-Ela se machutou – Respondeu o menino com os olhos cheio de lágrimas – Mas, o home de banco disse te ela ia fita bem.

-E como é seu nome? Perguntei com um meio sorriso.

-Antony McKinnon – Falou o garoto em tom de orgulho enquanto eu tinha uma taquicardia.

-Sirius o que aconteceu? Você ta pálido! Disse Lily se aproximando de mim.

-Tia Lily! Exclamou o menino correndo para a ruiva a fazendo me fitar assustada.

Então eu tive a certeza: eu tenho um filho! E tudo ficou escuro.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*


-Sirius, você ta bem? Perguntou Lily parecendo preocupada.

-Porque você nunca me contou? Perguntei levantando sentindo a vista ficar fora de foco.

-Porque ela me fez fazer um voto perpetuo – Respondeu Lily em tom calmo.

-E porque você concordou com essa loucura? Perguntei gritando.

-Primeiro para de gritar porque você está em um hospital – Falou a Lily me olhando com a cara feia – Eu não tive muitas escolhas na época. Eu e a Babs tentamos convencê-la de te contar sobre a gravidez, ela ia te contar quando te encontro se agarrando. Mas, mesmo assim a gente tentou fazê-la falar. Foi ai que os pais a deserdaram e a abandonaram. Ela estava apavorada e eu aceitei fazer o voto. Só depois eu fui perceber o erro que era aceitar.

-Cadê o Antony? Perguntei percebendo que estava deitado em uma maca.

-Com a Marlene. Ela finalmente acordou – Respondeu Lily suspirando – Sirius, eu sei que você deve estar com raiva, mas tenta não descontar tudo nela eram muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo e os pais dela morreram nesse ataque.

-Eu não vou ser um trasgo ta? Falei ficando aborrecido – Você pode não acreditar, mas eu amo a Marlene.

-Ai é que você se engana. Eu sei que você ama a Marlene – Retrucou a Lily com tanta certeza que acho que ate corei.

-Eu juro que vou reconquistá-la, fazê-la confiar em mim novamente e eu tenho um filho! – Exclamei e a Lily me abraçou. Ela sempre seria minha irmãzinha, ainda mais quando se casar com James, James? – Como está o James?

-Ainda desacordado. Ele foi torturado e tava sangrando muito quando o encontraram, mais parecia aquele feitiço que o Snape usou nele no nosso último ano – Comentou Lily e aquela última informação me pegou de surpresa – Eu tenho que cuidar dos outros pacientes, você ficará bem?

-Vou ficar – Respondi para acalmá-la e assim que ela saiu levantei. Eu tinha muito o que resolver na minha vida.

Narrado em terceira pessoa

Quatro dias depois


-Como eu estou viva você percebe que eu não falei nada – Disse Lily tomando mais um pouco de chá.

-Não importa o modo que ele descobriu – Disse Marlene notando a ironia clara na voz da amiga – Como eu vou encará-lo?

-Bom, a merda você já fez. Agora é hora de tentar consertá-la – Falou Lily a beira de um ataque de nervos.

-E o James como está? Perguntou Marlene segurando a vontade de rir.

-Aquele lá está quase me enlouquecendo mais parece uma criança querendo sair de lá. Você acredita que ele tentou fugir? Perguntou Lily parecendo indignada – Maroto infantil. Mas, agora chama o Antony que eu tenho que ir antes que a outra criança tente fugir de novo.

-ANTONY!! Gritou Marlene e o pequeno apareceu na sala com um sorriso enorme – Antony comporte-se ta?

-Ta nanai – Concordou o menino com um sorriso maroto.

*Merlin ele é cada dia mais parecido com o pai* pensou Marlene suspirando.

-Eu o trago a noite. Talvez o James fique menos criança com uma criança por perto – Falou Lily revirando os olhos verdes saindo da casa.

Eu suspirei ao vê-los partir. Fiz um feitiço domestico para as xícaras se lavassem e fui para sala. Sendo minhas férias e sem o Antony para me fazer companhia eu me sentia bem sozinha. Eu escutei o alarme bruxo e peguei minha varinha abrindo a porta com uma pontada de medo.

-Eu acho que a gente precisa conversar – Disse Sirius e Marlene quase desmaiou.

-Ola Sirius – Cumprimentou Marlene tentando parecer bem.

-Posso entrar, Marlene? Perguntou o moreno a encarando.

-Claro – Respondeu a morena dando espaço para ele entrar – Você quer beber alguma coisa?

-Não – Respondeu o Sirius sentando no sofá.

Narrado por Marlene
(If you don't wanna love me - James Morrison)


When you lower me down
Quando você me rebaixa
So deep that I, I can't get out
Tão fundo que eu, eu não consigo me levantar
And when you're lost, lost and alone
E quando você esta perdida, perdida e sozinha
Yes you'd think it was the last place
Sim, você pensaria que eu sou o ultimo lugar
You'd come back for more
Que você voltaria para mais

Aquilo era extremamente irreal para mim. Ter Sirius Black meu antigo amor de escola que nunca cheguei a esquecer sentado na minha sala transpirando beleza e uma seriedade que ele não possuía na adolescência.

-Sirius, eu sei que eu devo muitas desculpas por esconder a existência do Antony – Falei respirando fundo. Aquele era um erro que eu sempre carregaria comigo. Na época parecia tão fácil simplesmente sumir, mas uma parte de mim sempre soube que só fiz aquilo por medo de encarar seus olhos azuis e encontrar a rejeição.

-Eu sei que dei muitos motivos para você tomar essa atitude – Disse Sirius me encarando – Eu era realmente imaturo naquela época.

-E não é mais? Perguntei um pouco descrente – Eu pensei que uma vez maroto sempre maroto.

-Maroto sim, criança não – Respondeu ele me deixando sem saber o que responder.

If you don't want me to leave
Se você não quer que eu parta
Then don't push me away
Então não me mande pra longe
Rather blow out the lights
Melhor você estourar outras luzes
You can watch it all fade
Você pode observá-las todas elas apagarem
But I'm going now here
Mais eu não vou a lugar nenhum


-Pode não parecer, mas eu mudei Marlene – Disse Sirius sentando na ponta do sofá no intuito de se aproximar de mim.

-Deve ser porque eu já escutei isso antes – Falei levantando e ficando de costas para ele – Eu vou conversar com o Antony e agora você já pode ir embora.

-Você era bem mais receptiva antigamente – Comentou o Sirius em tom brincalhão.

-Eu era muita coisa que não sou mais, Sirius – Falei virando para encará-lo me surpreendendo com a falta de distância que havia entre nós – Vai embora Sirius.

-Eu não vou a lugar algum enquanto a gente não conversar – Falou Sirius me olhando de uma forma tão intensa que eu senti os meus joelhos tremerem.

-O único assunto que nós liga é o Antony e esse assunto a gente já resolveu – Disse tentando passar uma firmeza que eu estava longe de sentir.

-Não Marlene, o Antony é apenas um dos assuntos que deixamos inacabados – Falou Sirius e eu respirei fundo.

I'm gonna stay
Eu vou ficar!
When you just wanna fight
Quando você simplesmente quiser brigar
When you're closing your eyes
Quando você estiver fechando seus olhos
'Cause you don't wanna love me
Porque você não quer me amar

-Jura Sirius? Perguntei tentando parecer mais irônica possível – Vamos, conte-me quais assuntos nós temos inacabados?

-Não use esse tom comigo, Marlene, apesar dos anos eu ainda conheço você como ninguém – Disse Sirius tocando no meu braço com leve força – Você sabe muito bem quais assuntos ainda nos liga.

-O que é Sirius? Perguntei sentindo as lágrimas de raiva sendo formadas nos meus olhos – Uma humilhação não foi suficiente para o seu ego?

-Eu nunca quis te humilhar – Falou Sirius me olhando magoado.

-Pois humilhou e machucou muito – Disse virando de costas para ele não ver os meus olhos marejados.

I'm gonna stay
Eu vou ficar!
You can't push me to far
Você não pode me mandar para tão longe
There's no space in my heart
Não há espaço no meu coração,
Where I don't wanna love you
Onde eu não queira te amar

-Talvez tudo possa ser diferente depois de uma conversa – Falou Sirius em um tom suplicante que não lhe era característico.

-Ninguém pode mudar o passado – Comentei sentindo seus olhos queimando minha nuca.

-Mas, podemos tentar concertá-lo – Disse Sirius me virando para encará-lo.

And when there's no stone
E quando não há tem pedra
Then how can I feel the corn
Então como eu posso sentir o milho
If there's nothing, nothing, nothing left to lose
Se não há nada, nada, nada a perder
Then what is this feeling
Então o que é esse sentimento
That keeps on bringing me back to you
Que continua me trazendo de volta para você

-Eu não quero consertar nada – Falei sentindo a minha voz falhar.

-Eu nunca me perdoei por ter te magoado. Eu nunca me perdoei por ter perdido a sua confiança. Eu nunca me perdoei por ter te deixado sozinha no momento que você mais precisou de mim. Eu nunca me perdoei por não ter te dito mais vezes o que eu sentia – Falou Sirius segurando o meu rosto com suas duas mãos me fazendo parar de respirar.

So I'm gonna stay
Então eu vou ficar!
When you just wanna fight
Quando você simplesmente quiser brigar
When you're closing your eyes
Quando você estiver fechando seus olhos
'Cause you don't wanna love me
Porque você não quer me amar

Ele me olhou tão profundamente que eu me senti como aquela menina boba de dezessete anos que percebeu pela primeira que o cara pelo qual era apaixonada retribuía o sentimento.

O Sirius acariciou lentamente o meu rosto com o dedão. Seus dedos traçavam cada traço da minha fase como se quisesse identificar cada pequeno detalhe que tivesse mudado nos dois anos que estivemos afastados. Então quando ele passou o dedo pelo contorno dos meus lábios eu percebi que estava perdida.

So I'm gonna stay, yes I will
Então eu vou ficar, Sim eu vou
You can't push me to far
Você não pode me mandar para tão longe
There's no space in my heart
Não há espaço no meu coração,
Where I don't wanna love you
Onde eu não queira te amar

Ele se aproximou hesitante estudando cada expressão minha. Eu queria resistir. Eu queria ter autocontrole. Eu queria me afastar dizendo não. Mas, não consegui. O Sirius sempre seria minha perdição.

Não foi um beijo delicado e muito menos doce ou lento. Foi intenso, saudoso, apaixonado. Seus lábios devoraram os meus com tantos sentimentos envolvidos que eu não resisti. Eu estaria mentindo se dissesse que não queria aquilo. Eu queria ser tomada em seus braços. Eu queria sentir o seu beijo. Eu queria me sentir viva novamente.

And if you ask me to leave
E se você me mandasse embora
And I walked away
E eu fosse e eu te deixasse
We'd still be alone
Nos ainda estaríamos sozinhos
And we'd still be afraid
E ainda estaríamos com medo
I'm going nowhere
Eu não vou a lugar algum
I'm going nowhere
Eu não vou a lugar nenhum

Quando a realidade do que eu estava fazendo me atingiu eu me afastei. Todo o sofrimento, toda a descrença e a tristeza pela qual ele me fez passar apareceram claramente na minha mente.

-Quem você pensa que é para brinca comigo? Questionei passando a mão nervosamente pelos cabelos.

-Eu não to brincando contigo – Falou Sirius me olhando quase desesperado.

'Cause I'm gonna stay
Por que Eu vou ficar!
When you just wanna fight
Quando você simplesmente quiser brigar
And there's tears in your eyes
E tiverem lágrimas nos seus olhos
'Cause you don't wanna love me
Por que você não quer me amar

-Olha Sirius o que a gente teve foi lindo, mas acabou de uma forma irreversível – Falei tentando segurar o choro ou a vontade de me jogar em seus braços.

-Você ainda sente algo por mim senão não teria correspondido o meu beijo daquela forma – Exclamou Sirius e eu quase choro.

-Vai embora – Pedi abrindo a porta para ele sair.

-Eu sei que você não quer me amar, mas eu vou fazer você confiar em mim novamente. Eu vou de conquistar de novo – Falou Sirius antes de sair me deixando sozinha com meus demores.

I'm gonna stay
Eu vou ficar!
All the tears that I've cried
De todas as lágrimas que eu já derramei
I could leave them to dry
Eu poderia deixá-las secar
If you don't wanna love me
Se você não quiser me amar
Could leave them to dry
Poderia deixá-las secar
If you don't wanna love me
Se você não quiser me amar

N/a: Espero que espejam gostando

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