Capítulo 15



Capítulo
15

O
acampamento estava em total atividade, era o segundo dia em que
estavam naquela floresta e havia no ar o sentimento que algo estava
para acontecer em breve. Soldados afiavam suas espadas e limpavam
seus escudos, enquanto cavaleiros cuidavam de suas montarias.

A
relva ainda estava molhada com as brumas do amanhecer e o cheiro da
folhagem umedecia a clareira onde as tropas estavam esperando novas
ordens. O céu, como sempre naquelas terras, estava nublado e
branco, o vento era frio, mas nada além do que todos ali
estavam acostumados. Uma ou duas gotas ameaçavam uma garoa.

Era uma das raras
manhãs que não havia pressa ou correria para desmontar
acampamento, e apesar do clima de tensão, estava tudo
relativamente calmo.

Assim, quando um
cavalo passou correndo entre as tendas, os homens mais próximos
levantaram suas cabeças e pararam seus afazeres para olhar o
recém chegado. Não tiveram sorte, pois corria tão
rápido que o máximo que alguns conseguiram foi perceber
que se tratava de um dos batedores.

Quando chegou à
frente da tenda do rei, o cavalo relinchou parando bruscamente, e o
homem que o montava desceu, suas botas sujas de lama pisando
firmemente no chão. Entrou sem se anunciar, não eram
momentos para cerimônias, e encontrou o rei e seus cavaleiros
tendo uma discussão vigorosa.

- Ela é uma
mulher! Não pode estar realmente considerando que fique aqui?
– gritou um dos cavaleiros.

- Fique quieto,
sir. Oliver. A decisão do rei já foi tomada – cortou
outro de armadura negra.

- Não é
Lady Ginevra? Tem certeza que Lorde Arthur não ficará
irritado com sua decisão? – o terceiro se dirigiu ao rei.

Não houve
resposta, ao invés ele indicou com a mão que o batedor
se aproximasse. Todos os cavaleiros se viraram para o recém
chegado. Fazendo uma grande reverência, o homem começou
a contar o que vira:

- Senhor, um
exército se aproxima.

- Será que
é Remus? – perguntou um quarto cavaleiro.

- Não acho
que seja, Sirius – respondeu o rei, suspirando e virando-se
novamente para o batedor. – Quantos eram?

- É
impossível dizer, meu senhor. Mas seus números são
muito superiores aos nossos. Estarão nos campos de Walpurgis
até o meio-dia.

Os cavaleiros se
entreolharam, preocupados. O rei assentiu para o homem e o dispensou.

- Acredito que
Servolo nos encontrou – informou com outro suspiro. – Precisamos
nos preparar para a batalha final.

Com isso, todos
saíram da tenda e rapidamente o campo todo estava em movimento
frenético, mais uma vez.

Harry
sabia que não teriam chances se permanecessem dentro da
floresta, não se quisesse aproveitar a força de sua
cavalaria, era vital levar as tropas para campo aberto para terem
alguma chance de vitória. No entanto, olhando o topo das
árvores ao seu redor, aquilo não significava que aquela
floresta não havia serventia mais para ele. Poderia usá-la
uma última vez.

Gostaria que
Dumbledore estivesse lá para lhe aconselhar... Precisava dele
agora mais do que nunca. Seu velho tutor sabia disso e exatamente por
aquela razão é que não estava lá. Ficou
apenas alguns anos após a coroação de Harry e
certo dia lhe disse que estava na hora de ir embora, que não
havia mais nada a ensinar à seu protegido.

“Você
precisa lutar suas próprias batalhas agora, Harry. Quando o
momento chegar, nos encontraremos novamente em Avalon” tinha dito
com seu sorriso gentil.

Saindo de suas
lembranças, Harry voltou a seus afazeres. Orgulharia ambos seu
pai e Dumbledore: venceria os saxões de uma vez por todas.


Draco entrou na
tenda de Ginevra com uma certa relutância rara. Encontrou-a
observando sua espada com atenção, mas estava claro que
sua mente estava longe da arma. Temeu que estivesse pensando em
Potter e pigarreou, tentando chamar sua atenção.


- Olá,
Draco. Novidades? – virou para ele, colocando a espada de volta à
bainha.

- O exército
principal de Servolo está chegando. Prepare-se para a batalha
– avisou sério. – Po... O rei pediu que se reunisse com
ele e o resto dos cavaleiros assim que estiver pronta.

- Algum problema?
Você está estranho.

Havia
vários problemas... Seu pai estava marchando com Servolo e
Draco teria que lutar contra ele... Potter estava querendo que
Ginevra lutasse ao lado dele, literalmente... Sim, estava com
problemas, mas não significava que contaria para ela.

- Preocupada
comigo, ruiva? Essa é nova – sorriu.

- Se está
nervoso por causa da batalha, não se preocupe! Eu te protejo –
riu.

-
Duvido... Vai estar ocupada demais sendo protegida – lançou
a armadilha.

- O que você
quer dizer?

- Simples... O rei
quer você por perto para ficar de olho. Provavelmente vai
ordenar que todos seus cavaleiros cuidem de você.

- Ele não
faria isso... – disse irritada.

Draco deu os
ombros.

- Por que não?
Não faz toda hora com a noiva?

Sentiu que suas
palavras surtiram o efeito desejado, agora ela pensaria duas vezes
antes de confiar totalmente em Potter.

- E você?

- Que tem? –
perguntou surpreso.

- Ainda não
respondeu a pergunta que fiz na clareira. Como sabe meu nome?

- Ora, porque
sabia quem você era todo o tempo.

-
E por que fingiu que não? – continuou agora um pouco mais
irritada.

- Não fiz
nada disso. Só porque não a chamei pelo nome desde o
começo não quer dizer que estava te enganado.
Simplesmente prefiro “ruiva” à “Ginevra” – respondeu
sorrindo.

- Você sabia
que sou filha do Lorde Arthur e ainda sim não disse nada ao
rei?

- Já não
falamos disso? É meio repetitivo... Queria companhia. Não
importa o quanto importante você fosse meu tratamento seria o
mesmo. Além disso, sempre gostei de você.

- Nunca nos
falamos antes...

- Eu sei. Mas algo
em você... Me deixava curioso.

Estava mentindo,
pelo menos em parte, pois só se interessou por Ginevra depois
de conhecê-la. Mas que mal faria uma pequena modificação
na realidade?

- Se era só
isso... Nós dois temos muita coisa para fazer – disse,
abrindo a entrada da tenda para ir embora.

- Espere –
chamou Gina e Draco se virou lentamente. – Queria agradecer e pedir
desculpas pela desconfiança. Você não fez nada
além de me ajudar desde o começo. E, por incrível
que pareça, gostei de te conhecer.

Ele
sorriu arrogantemente, sentindo-se vitorioso, mas contente também.
Era bom saber que ela confiava nele finalmente.

- Sabia que um dia
você ia ceder. Foi um prazer, Ginevra – fez uma pequena
reverência e novamente estava prestes a sair quando ela o
impediu.

- E... Espero
encontrar você depois da batalha. Com todos os membros do corpo
intactos, certo?

- Digo o mesmo.
Não se preocupe, pressinto que vamos continuar irritando um ao
outro por um bom tempo ainda.

- Devo ficar feliz
ou preocupada com isso?

-
Da minha parte, não há razão de lutar nessa
batalha além de fazê-lo para encontrá-la depois,
vitorioso. Vamos comemorar juntos.

- Então
está combinado.

Os
dois sorriram igualmente contentes.

Foi apenas quando
saiu da tenda que Draco percebeu que tudo que falara era verdade.
Estava se preparando para lutar não para vencer os saxões
ou tomar o trono de Potter... E sim para, de uma certa distância
para que não percebesse, protegê-la.

Ele estava
realmente gostando dela. Talvez... Apaixonado.

Continuou seu
caminho para sua própria tenda com um sorriso bobo no rosto.
Infelizmente, não demorou muito tempo para lembrar que era o
assassino dos irmãos dela.

Pela primeira vez
em sua vida, Draco sentiu-se medo genuíno. Se ela
descobrisse... Nunca mais o perdoaria.

Será que
sua mãe sabia que Ginevra tinha consciência que se
tratava de um traidor, e não um saxão qualquer? Teria o
mandando conquistá-la mesmo assim?

No primeiro
momento que pisasse em Camelot outra vez iria conversar com sua mãe
e tentar arranjar um modo de Ginevra esquecer de vez aquela história.

Ou então
podia ser honesto com ela, contar toda a verdade e sofrer as
conseqüências de seus crimes (provavelmente morte).

Soltou uma risada
leve... Não estava tão apaixonado a ponto de jogar sua
vida fora.


Lucius sentia-se
triunfante. Como poderia ser diferente? Não passou grande
parte de sua vida planejando aquele momento para acovardar-se
justamente na hora crucial. Seus planos estavam se tornando um
sucesso e, apesar do atraso de Pettigrew, tudo parecia indicar
vitória.


O exército
de Servolo aproximava-se a batalha final daquela guerra, e seus
números eram tão impressionantes que mal era possível
acreditar que ainda havia boa parte dele espalhado pelos quatro
cantos do reino, causando caos em pequenas vilas e acumulando
riquezas.

Potter não
tinha chance. Precisaria de muita sorte para derrotar os saxões.
Já podia até sentir-se sentando no trono.

No
entanto para que aquele desejo se tornar-se realidade ainda
demoraria. Servolo, mesmo após a morte de Potter e a
destruição de Camelot, continuaria sendo um obstáculo.
Teria que curva-se a ele mais alguns meses, até que os saxões
garantissem a ordem novamente ao reino e apenas então poderia
esfaquear Servolo pelas costas, quem sabe até literalmente.

Confiante e
tentando não parecer contente demais, Lucius se aproximou do
líder saxão que observava suas tropas prepararem-se
para a luta.

O sol estava
diretamente acima deles e movimentos ao longe revelavam que Potter e
seu pequeno exército também aprontavam-se para o
inevitável.

-
Como se sente tão próximo da vitória, meu lorde?

- Ansioso para
cortar a cabeça de Potter – sorriu maniacamente. – E
colocá-la em exposição ao lado de meu trono.

Não tinha
exatamente uma resposta para aquilo, achava o saxão violento
demais para seu gosto. Preferiu deixar uma breve pausa transcorrer
tempo o bastante para que pudesse abordar outro assunto infinitamente
mais interessante.

- Agora que seu
triunfo é seguro... Acredito que chegou o momento de falarmos
sobre o meu futuro.

- Verdade? –
arqueou as sobrancelhas, parecendo se divertir.

- Sim... Não
acho que seja injusto que eu seja recompensado por meus serviços
com nada mais do que um lugar de prestígio em sua corte.

-
Muito justo caro Lucius. Concordo plenamente – sorriu. – Você
terá realmente lugar especial.

Abriu também
um sorriso satisfeito, que transformou-se rapidamente em nervoso
assim que Rodolphus e Bellatrix colocaram-se cada um de um lado dele.
Não teve tempo de reagir quando os dois o pegaram
violentamente pelos braços, rindo dele.

-
Você vê Lucius... Sua utilidade para mim terminou. E para
evitar que faça comigo o que fez com seu rei, a quem devia
lealdade... Acho que vou matá-lo. Afinal, uma vez traidor
sempre traidor.

Anunciou
solenemente sem tirar o sorriso louco do rosto, aproximando-se de
Lucius com sua espada em mãos.

- No entanto, não
se preocupe. Terá um lugar bem especial, pelo menos sua
cabeça. Estará empilhada ao lado de todas as outras de
seus compatriotas mortos em meu salão real.

Os
olhos de Lucius se arregalaram de pavor, mas não havia mais
nada a fazer. Em um golpe rápido e mortal, Servolo cortou sua
cabeça que caiu no chão e rolou até os pés
de seu assassino, para a alegria de Bellatrix e Rodolphus que
gargalharam e soltaram o corpo sem vida do traidor.

- Pegue a cabeça,
Bella. Lucius ainda vai nos servir uma última vez.

A mulher riu e
obedeceu. Os três deram as costas ao morto e desceram o morro
em que se encontravam, juntando-se ao resto dos guerreiros.


Os
cavalos estavam inquietos, batendo os cascos contra a grama e
relinchando a todo o momento. O nervosismo se refletia também
em seus donos que tentavam manter a calma perante o número
incrivelmente superior do inimigo.


A moral entre os
soldados a pé não estava melhor. A tensão no ar
era quase palpável, não havia conversas: apenas
silêncio dos homens e os sons metálicos de armaduras e
armas. Enfileirados e prontos para a luta, esperavam sem ansiedade
por algum sinal.

Na
primeira fileira de cavalos estava o rei e aqueles de sua maior
confiança. Ao lado direito de Harry, Sirius era um dos únicos
a não mostrar preocupação com o que aconteceria
em breve e para mostrar isso sorria abertamente. Do lado direito,
Cedric só tinha olhos para as tropas inimigas, talvez tentasse
contar exatamente quantos havia, mas era uma tarefa inútil.

- É melhor
que Remus apareça logo. Ou então não vai sobrar
nada para ele – comentou Sirius.

- Não acho
falta de saxões vai ser um problema – retribuiu Harry.

- Se depender de
mim, vai – abriu mais uma vez o sorriso.

Sem mudar a
expressão preocupada, Cedric entrou na conversa.

- Acha que seu
plano dará certo?

- Talvez não,
mas temos que tentar de qualquer jeito.

- Os saxões
vão morder a isca, eles atacam qualquer coisa que vêem
pela frente, não ligam muito para estratégias.

-
Espero que esteja certo Sirius. E que Oliver esteja tendo um dia
cheio de sorte.

- O que vale para
nós também – completou Cedric, sério.

Foram
interrompidos pelo trote do cavalo de Gina que se aproximou do trio
lentamente. Sirius acotovelou de leve o afilhado com um sorriso
sugestivo.

- Não é
sempre que se encontra uma garota dessas, então não
perca a chance, hein?

Antes que Harry
pudesse responder, Sirius se virou para Cedric:

– Vamos lá
rapaz, vamos deixar o rei a sós com a princesa guerreira.

- Lady Ginevra não
é uma princesa, ela é...

-
Certo certo. Pode me explicar tudo direitinho ali, com aqueles dois –
apontou para Crabbe e Goyle que pareciam perdidos sem seu “líder”
Draco.

Assim,
os dois se afastaram com seus cavalos, deixando Harry sozinho, mas
não por muito tempo. Gina se aproximou um tanto
relutantemente, mas mesmo assim parecia determinada a falar o que
estava incomodando.

-
Harry, precisamos conversar.

- Não é
o momento mais apropriado para isso...

- Na verdade, tem
que ser agora. Se não se importa.

Harry apenas
balançou a cabeça negativamente, esperando que
continuasse.

- Agradeço
por me deixar lutar... Mas não preciso da sua proteção.

- Não
entendo...

- Sei que você
só me designou na cavalaria para me proteger... E que tem essa
“síndrome” de manter as pessoas seguras... Só que
eu não sou Hermione, não sou sua noiva e
definitivamente não sou sua responsabilidade.

-
Como assim, síndrome?

- Você
sabe... É normal. Como é rei, não é
estranho que sinta-se obrigado a tomar conta daqueles que acha que
são indefesos... Mas esse não é o meu caso.
Posso lutar sem cavalo! Na verdade...

- Gina, calma.
Primeiro, eu sei que você não é indefesa, longe
disso. Sobreviveu até aqui, não foi? Segundo, não
coloquei você na cavalaria porque achava que precisava de
proteção... Na realidade, apenas achei que seria uma
posição mais a sua altura e à altura de suas
habilidades.

A
boca dela se abriu um pouco de surpresa e viu suas bochechas ficarem
vermelhas, se pelos elogios ou pelo erro, não sabia, mas de
qualquer jeito Harry achou adorável.

- Obrigada pelo
voto de confiança... Eu...

- Não é
nada além do que você merece.

-
Mas ainda tem um pequeno problema: não sei lutar a cavalo. Sou
péssima, aliás... – sorriu um pouco envergonhada.

Se não
estivesse às margens de uma batalha feroz, Harry teria rido.
No entanto, apenas assentiu.

- Se importaria
então de emprestar seu cavalo para alguém que saiba?
Estamos precisando do maior número de cavaleiros o possível.
É nossa única vantagem tática.

- Claro –
respondeu rapidamente.

Não tiveram
tempo para mais nada, Cedric chamou sua atenção para a
comitiva de Servolo que estava se aproximando à cavalo. Havia
o costume, do qual surpreendentemente o saxão parecia estar
ciente, de que os líderes dos exércitos opostos se
encontrassem para trocar algumas palavras antes que a batalha
começasse. Uma última tentativa, muitas vezes
frustrada, de conseguir uma solução pacifica para os
conflitos.


Draco
estava irritado, seu curto bom humor depois da conversa com Ginevra
tinha ido por água abaixo. A razão disso era as, mais
uma vez insuportáveis, ordens de Potter. Não só
colocara Ginevra longe dele como também o mandara comandar um
número ridiculamente pequeno de soldados e alguns arqueiros no
meio da maldita floresta!


Não,
não... Era pior! Ele era o segundo em comando. O
cérebro vazio de Oliver, ao que parece, era mais bem equipado
para liderar um bandinho de inúteis do que Draco! Tinha que
segurar para não cuspir no chão de desgosto.

Além
disso, estava praticamente condenado. Os que foram deixados na
floresta estavam em uma missão suicida e, pelas caras tão
alegres dos solados ao seu redor, todos estavam cientes da
situação péssima em que foram colocados.

O
único que parecia achar aquilo tudo uma maravilha era o tapado
em comando. Andava para lá e para cá com seu cavalinho
pangaré como se fosse um grande líder e herói do
reino. Draco apostava qualquer coisa que ele era um dos primeiros a
ter a cabeça cortada por um saxão gigante. Não
só apostava como torcia.

- Os arqueiros
devem esperar minha ordem, somente depois que ouvirem meu comando
devem atirar! – gritou Oliver para os arqueiros reunidos. – Quero
dez nas árvores e o restante ficará à pé.

Draco, fazendo
papel de interessado, estava ao lado do infeliz e teve que tomar
cuidado para não revirar os olhos. Era uma idiotice manter
arqueiros embaixo, ao invés de nos topos das árvores...
Mas quem se importava? Iam todos morrer em breve.

- Isso vai dar
certo! – disse Oliver, animado. – Vamos conseguir!

- Maravilha.

- Ora vamos,
Draco!

-
Perdoe-me se não pareço contente com o sucesso de uma
missão completamente e totalmente suicida.

Oliver fez um
movimento ridículo com as mãos e olhou para os lados,
apreensivo.

- Fale baixo! Esse
tipo de coisa acaba com a moral das tropas!

- Sério?
Quem diria... – respondeu, revirando os olhos para cima e dando as
costas para o idiota.

-
Aonde você vai?

- Dar uma volta.

Deixou Oliver e
seus soldados apavorados para trás, se adentrando na floresta
para não ter que agüentar mais aquele bando de
perdedores. Sua única preocupação naquela
batalha era Ginevra, e como ela estava muito longe, resolveu tirar um
cochilo até que Oliver mandasse algum recruta novo afobado
atrás dele.

Achou uma árvore
mais antiga, com galhos grossos o bastante para agüentar seu
peso, e subiu. Encostando-se contra o tronco, fechou os olhos. Não
era tão bom quanto sua cama em Camelot, mas depois de tanto
tempo guerreando que acabou tendo que se acostumar com a falta de
luxuria, apesar de fazer tudo para contorná-la.

Acabou
por não conseguindo dormir, apesar do descanso e da paz em sua
volta. Seus pensamentos se voltaram para Ginevra e o futuro que lhes
aguardava. Pegou-se imaginando como iria pedi-la em casamento...
Conhecendo a ruiva, teria que ser algo emocionante. Nada de fazer um
acordo com o pai e só depois ela ficar sabendo. Uma coisa
daquelas só a deixaria furiosa, e não no bom sentido.

Decidiu que faria
isso durante um passeio a cavalo... Apostaria corrida contra ela e
prometeria um prêmio excelente para quem ganhasse. Obviamente,
a deixaria ganhar.

Infelizmente,
ainda tinha que esperar aquela batalha estúpida e garantir que
os dois saíssem vivos.

“Ginevra daria
uma boa rainha... Não, uma excelente rainha.” pensou,
sorrindo sozinho. “Mas apenas se for para ser minha rainha e eu
rei.”

Quando estava
prestes a finalmente cair no sono, ouviu, como previsto, alguém
o chamando desesperadamente. Sem pressa, Draco esperou até o
soldado sem fôlego estivesse perto para descer de sua árvore.

- Sir. Draco! Sir.
Draco! Rápido... O senhor... Tem que... Seu pai...

- Meu pai? Que tem
meu pai?

De
repente ficou branco de preocupação... Será que
tinham descoberto que seu pai era traidor? Isso não seria nada
bom... Porque eventualmente... Era possível que talvez
descobrissem que Draco também era.

- Sir. Oliver
está... Está o chamando – finalmente conseguiu falar
o soldado, entre goles de ar.

Tentando não
parecer muito preocupado Draco voltou para onde Oliver e os outros
estavam reunidos. Para sua surpresa, foi encaminhado para outro lugar
de lá e só encontrou o cavaleiro longe de onde Potter
havia o mandado ficar, estava na orla da floresta, agachando perto de
alguns arbustos e com a expressão nada contente.

-
O que aconteceu? – perguntou Draco, também se mantendo
escondido.

- O rei se
encontrou com Servolo, estão conversando lá – disse
apontando para o campo aberto que encarava.

Draco
olhou também para as comitivas de ambos os exércitos,
de longe era difícil ouvir o que falavam. Conseguiu reconhecer
o cavalo de Potter e a figura imponente de Servolo. Ao lado de Potter
estavam outros dois cavaleiros, provavelmente Cedric e Sirius Black.
Atrás do saxão estavam duas pessoas que não
conhecia; uma delas levando o estandarte de Servolo, que não
possuía bandeira e sim...

Uma cabeça.

Sentiu a mão
de Oliver em seu ombro.

- Sinto muito.

Mas Draco não
estava prestando atenção, olhava fixamente para a
cabeça ensangüentada exposta para todos. Não podia
ser...

Seu pai... Morto.

Sem perceber o que
fazia, Draco se levantou bruscamente e retirou a espada da bainha,
ameaçando correr até eles e retribuir o gesto cortando
as cabeças daqueles saxões sujos... Mas Oliver o
impediu.

- Está
louco? Que estragar todo o plano?

- Dane-se o plano
imbecil! – rugiu, tentando se livrar de Oliver sem sucesso, o
desgraçado era muito mais forte que ele.

- Você vai
poder se vingar em alguns momentos! Não deixe que a raiva o
cegue.

- Tarde demais! –
gritou, empurrando o cavaleiro para o chão.

- Nossas chances
de vencer são mínimas, Draco! Mas se a armadilha que o
rei planejou der certo, poderemos vencer! Não adianta acabar
com tudo, e todos aqueles soldados que precisam de nós? –
tentou outra vez, apontando para onde Ginevra e o resto do exército
de Potter aguardava.

Pensar nela o fez
hesitar. Não tinha pensado por aquele lado... Mas o tapado
tinha razão. Se o plano idiota de Potter funcionar, as chances
de Ginevra e dele saírem vivos de lá aumentariam
consideravelmente.

Guardou sua
espada.


- Espero que tenha
gostado do meu presente, Potter – riu Servolo, mostrando seus
dentes amarelos. – Achei que a cabeça de um traidor seria um
belo modo de acabar com o pouco de esperança que seu exército
tinha. Ele me foi muito útil nesses últimos tempos...
Me informou sobre sua incapacidade de governar, da fraqueza de seu
reino... Graças a ele que estou aqui. E como recompensa tem
uma ótima vista da minha vitória.


Harry
não respondeu seus olhos pairando brevemente na expressão
de terror de Lucius Malfoy e depois voltando a encarar o líder
saxão, seu rosto impassível. Ao seu lado, Cedric tinha
os olhos arregalados de surpresa e revolta com o gesto bárbaro...
Enquanto Sirius parecia não estar afetado em nada pela
revelação da traição de Malfoy.

- Você tem a
chance de se render, Servolo – começou Harry, já
prevendo a resposta. – Não precisamos lutar hoje nem nunca.
Basta você pegar seus barcos e voltar de onde veio e nos deixar
em paz.

Os três
saxões gargalharam, desdenhando da oferta.

-
Palavras confiantes, para quem não tem nem exército –
respondeu Servolo, indicando as tropas atrás de Harry. – Se
é apenas isso que tem contra mim, o melhor a fazer é
você se render. Onde estão os tão
perigosos cavalos que deveriam me assustar?

- O que você
quer? – cortou Harry, impaciente. – Tem algum motivo para
estarmos aqui além de você se vangloriar antes do tempo?

Servolo fingiu
pensar por um tempo, enquanto os dois atrás deles riam como
duas hienas perto da carniça.

- Hmmm... Não.
Era apenas para mostrar o seu futuro. Em breve vai se juntar a
Lucius.

- Não
contaria com isso, Servolo.

Dizendo isso,
virou seu cavalo e foi embora, voltando na direção de
que viera, com Cedric e Sirius logo atrás. Pode ver então
que parte de seu plano já estava funcionando... Para quem
visse de longe o exército de Harry parecia apenas composto de
alguns cavaleiros e poucas fileiras de soldados, nada além de
cem homens prontos para lutar.

O
erro era cometido graças ao local onde escolheu posicionar
suas tropas. Havia logo atrás de seus cavalos uma trincheira
natural, uma falha no campo, onde o restante de seus soldados
esperava, agachados, ordens para aparecer.

O objetivo era
deixar Servolo confiante demais na vitória, o que pareceu
funcionar perfeitamente. Assim os saxões avançariam
cegamente contra Harry e, se ele tivesse sorte, cairiam em sua
armadilha no meio do caminho.


Parecia que os
minutos se arrastavam muito além dos sessenta segundos de
sempre. Era o que acontecia quando se esperava por algo;
principalmente se esse “algo” fosse uma batalha decisiva onde as
chances de se morrer eram grandes.

Estava
a pé outra vez, mas ainda sim perto de Harry, em uma das
primeiras fileiras, que era as únicas visíveis ao
longe. Atrás dela havia um desnível alto onde embaixo
mais soldados estavam, um passo em falso e seria uma queda dolorosa.

Enquanto
Harry, Cedric e Sirius voltavam da confrontação com os
saxões, Gina olhava ao seu redor tentando encontrar a familiar
armadura negra de Draco. Os dois não haviam se falando mais
depois da conversa na tenda e sentia-se estranhamente ansiosa em
vê-lo. Uma mistura de preocupação e desejo de
estar perto dele. Infelizmente, não o encontrou. Notou também
na falta de arqueiros, que já eram poucos. Algo que só
podia significar que havia alguma estratégia estranha sendo
utilizada... E que Draco estava distante demais dela.

A principio não
entendeu o que Harry pretendia... Como separar as tropas poderia ser
vantajoso? Compreendeu apenas quando a batalha teve inicio.

Foi tão
repentino como um trovão... Em momento estava tudo calmo,
apenas o som do vento contra a grama baixa do campo, em outro um urro
violento vindo do exército saxão e uma explosão
de gritos e correria.

Como
animais sedentos, os saxões praticamente se jogaram na direção
do exército inimigo. Uns atropelando os outros no caminho, sem
nenhuma disciplina ou preocupação, pura raiva e ódio.
Estavam famintos por guerra. Naquele momento, Gina soube que
precisariam de um milagre para vencer... Para cada um soldado de
Camelot havia cinco saxões, todos loucos e violentos.

Muitos dos
soldados ao seu lado deram alguns passos para trás, um ou dois
caindo no buraco sem olhar onde pisavam, mas a maioria permaneceu no
mesmo lugar firmemente, apesar da crescente proximidade dos machados
inimigos, esperando pela o sinal de Harry. Não podia vê-lo
direito, apenas seu cavalo majestoso e sua cabeça, mas algo
lhe dizia que estava calmo e determinado, esperando exatamente o
momento certo.

De repente, tão
rapidamente quanto os saxões, uma primeira chuva de flechas
vinda da floresta próxima caiu sob a horda inimiga... E depois
uma segunda e uma terceira... Apenas então que o efeito
daquela manobra ficou claro: confusos, vários saxões
começavam a diminuir a marcha, claramente temendo que os
cavaleiros parados e serenos à frente fossem apenas uma
distração e o verdadeiro inimigo estivesse vindo de
outra direção.

E apenas para dar
o “empurrão” final, não mais que trinta ou quarenta
soldados atacaram, vindos da floresta, os guerreiros inimigos em
muito maior número.

A reação
foi imediata, uma boa parte de saxões, os que estavam mais
próximos da floresta, mudaram de direção e
bateram de frente contra os soldados que apareceram.

A confusão
estava instalada. A grande massa saxã, antes tão
aterrorizadora e poderosa agora estava espalhada e desorientada.
Harry tinha destruído o que fazia Servolo tão perigoso:
o ataque inicial.

De seu cavalo,
Harry ergue o braço e depois de um breve instante o abaixou
rapidamente. Era o sinal.

Gina
sentiu seus pés correrem sozinhos, não havia nem
pensando em se movimentar, repetiu imediatamente o que todos ao seu
redor fizeram. Era incapaz de ver mas atrás dela todos aqueles
soldados antes agachados e escondidos, agora saltavam, erguiam-se
rapidamente e também corriam para a batalha.

Em questão
de segundos, foi rodeada pelos sons de gritos, espadas batendo contra
escudos, cavalos relinchando, ossos se quebrando... Estava cercada
pelo caos, incapaz de parar para pensar em que estava ganhando ou
quantos saxões ainda viviam... Ou mesmo no estomago de quem
estava enfiando sua espada.


Sua espada já
estava vermelha de sangue, partes de seu corpo doíam com
golpes inimigos, seu rosto sujo com terra... Mas ainda estava vivo e
sedento por mais.


Desviando de outro
machado gigante, em um arco preciso de sua espada cortou a garganta
do saxão e sentiu o sangue espirrar em seu rosto. Sem tempo
para limpar, continuou seu caminho determinado entre o campo de
batalha a procura de Servolo.

Aqueles que se
colocavam à sua frente, caiam rapidamente, alguns agonizantes
outros já mortos. Não tinha tempo a perder, queria o
líder daquele bando de cães... E queria o vivo, antes
que Potter chegasse.

Um relincho
agonizante perto dele o fez virar rapidamente... Não muito
longe, o cavalo do rei tinha sido abatido por uma saxã de
cabelos negros cumpridos, que ria loucamente. Potter foi lançado
para o lado com violência e por alguns segundos vitais, não
se levantou. O bastante para que a mulher fosse em sua direção
com a espada pronta para matá-lo.

Por um minuto,
Draco pensou se não devia ajudá-lo. Ou pelo menos
fingir que tinha essa intenção... Porém, não
houve necessidade.

Sirius
Black, como sempre se divertindo com a batalha, pulou em cima da
mulher a jogando ao chão, longe de Potter.

Abordado por um
saxão careca cheio de tatuagens e peles, Draco não pôde
ver o duelo que se seguiu entre Bellatrix e Sirius. Não viu
quando o homem foi chutado na barriga por Bella, quase perdendo o
equilíbrio, porém não o bastante para perder a
chance de golpeá-la enquanto a saxã acreditava tê-lo
vencido.

A cabeça de
Bellatrix rolou ao chão, em seu rosto agora sem vida, havia um
sorriso maníaco.

Não muito
longe da cena, Draco tentava inutilmente contra-atacar os golpes
ferozes de seu oponente, que apesar de grande era rápido.
Havia acabado de ser chutado e caído no chão longe de
sua espada quando, pela décima, vez o guerreiro desceu seu
machado e Draco teve finalmente sua oportunidade: aproveitando-se da
posição inferior, rolou para o lado antes que fosse
golpeado e fincou com força uma faca que trouxera de reserva
no pé direito do saxão.

Distraído
pela dor, o inimigo não teve tempo de impedir Draco de
recuperar sua espada e enfiá-la em seu peito desprotegido de
armadura.

Ofegante,
recuperou um pouco as energias enquanto o corpo do homem caía
para trás.

Foi então
que viu.

Lá estava,
há poucos metros dele, Servolo matando e destruído o
que tivesse coragem suficiente para enfrentá-lo.

Impelido pela
raiva, Draco sentiu-se revigorado e correu em direção
ao saxão, sua espada erguida e sua boca aberta em um grito de
raiva.

Seu pai seria
vingado!


Era por milagre
que ainda estava de pé e, ainda por cima, conseguia segurar
sua espada. Seu instinto de sobrevivência a obrigava a
continuar golpeando, ferindo... Matando.

Havia visto tanto
horror a sua volta... Membros cortados, sangue por toda parte, urros
de dor... Alguns deles causados por ela.

Sentia que se
continuasse ali ficaria louca.

Seus olhos
desesperadamente buscavam algum sinal de que aquilo estaria no fim...
Era difícil até mesmo ser exigente ao ponto de pedir
por vitória... Apenas queria que terminasse.

Mais uma vez,
entre tantas, brandiu sua espada contra algum inimigo sem nome e,
certas vezes com não mais que um borrão vermelho como
rosto. Seus movimentos eram sem técnica alguma ou
planejamento, apenas lutava e lutava até que um deles
estivesse no chão.

Impedindo que o
cabo do machado saxão a acertasse com seu escudo, Gina sentiu
a força total do golpe contra o braço que carregava sua
proteção. A dor foi terrível e soltou um
grito... O que lhe salvou foi a determinação, ainda com
o braço esquerdo agonizante, conseguiu matar o saxão
com a espada na mão direita antes que ele pudesse se
aproveitar de sua ferida.

De
repente, ouviu uma voz conhecida gritando atrás. Virou-se
rápido e viu Draco. Sua armadura negra estava machada de
sangue em toda parte, a espada já não reluzia mais...
Ele era outra pessoa, distante daquele cavaleiro imponente que vira
dias atrás.

Mas o que
realmente assustou Gina foi com quem ele lutava. Estava tentando
desesperadamente acertar Servolo!

Engolindo seco,
suor escorrendo pelo rosto, ficou estática, incapaz de fazer
alguma coisa. A luta era terrível, o saxão era muito
mais forte que Draco, que estava cada vez mais cansado.

Servolo ria a cada
tentativa fraca dele em atingi-lo, desviando facilmente de todos os
golpes e o chutando ao chão, sem dificuldades. Parecia estar
apenas brincando com Draco, que não desistia e ainda assim se
levantava para tentar outra vez.

Por vezes demais,
a espada serrilhada do líder saxão passou raspando pela
garganta de Draco. E Gina começava a temer pelo pior.

Cansado de
brincar, no entanto, Servolo cortou o braço de Draco que
empunhava sua espada, o chutou uma última vez, pegou a espada
perdida e pisou em cima de seu peito, ainda sensível do golpe
do cavalo dois dias atrás. O loiro segurou um grito de dor
entre dentes, tentando salvar alguma dignidade.

Com as duas
espadas em cada mão, Servolo ergueu a sua própria,
pronta para fincá-la no rosto do inimigo caído.

Apesar de terem
parecidos horas, na verdade se passaram apenas alguns rápidos
instantes até Gina começar correr, livrar-se de seu
escudo no chão descuidadamente, e se jogar contra Servolo com
toda força que conseguiu juntar.

O ataque surpresa
foi certeiro, e o homem caiu no chão.

Ao invés de
fazer o inteligente e ameaçá-lo com sua espada, para
que não voltasse a lutar, Gina esqueceu de Servolo
imediatamente, largou sua espada e correu até Draco, que
estava se levantando precariamente.

- Você
está...

Infelizmente, não
houve tempo para completar a pergunta. Ao invés disso soltou
um grito de dor ao seus cabelos serem puxados com força. Logo
em seguida, sentiu o gelado de espada perto de sua garganta e uma
risada sinistra em seu ouvido.

- Ora, ora... Mas
o que temos aqui?

-
Solte ela, seu imbecil! – gritou Draco, agora de pé, mas
ainda desarmado.

- Você a
quer? Venha buscar.

Draco estava
prestes a avançar quando uma voz atrás dela e de
Servolo, chamou o saxão:

- Sua luta é
comigo.

Devagar, Servolo
se virou, levando Gina consigo, ainda com a espada na garganta.
Parado, de armadura branca com um leão vermelho e Excalibur em
mãos, estava Harry.

- Deixe-a ir. E
venha me enfrentar.

Rindo, Servolo a
jogou no chão bruscamente.

- Com prazer,
reizinho. Vamos ver do que é capaz.

Não
conseguia se levantar, devido a dor agonizante em seu braço
esquerdo. Sentiu então a mão de Draco pegá-la e
apoiar seu corpo no dele, com dificuldade, pois também não
estava nas melhores das condições, seu braço
direito sangrava e respirava com dificuldade.

Enquanto isso,
Harry e Servolo travavam um duelo de igual para igual. O primeiro
surpreendeu Gina totalmente, pois não se mostrava nenhum um
pouco abalado pela batalha em que participava, não havia
sinais de luta ou ferimento e pela ferocidade com que lutava, também
não parecia cansado. Servolo agora não brincava mais,
lutava a sério e seus movimentos eram algo terrível de
se assistir.

A cada momento em
que as espadas de ambos se chocavam, faíscas saíam. E
nenhum dos dois abrira sua guarda nem por um segundo que fosse, cada
golpe era retribuído com igual ou maior força,
acelerando cada vez mais o duelo.

Então, sem
mais nem menos, Harry falhou, seu movimento de contra-ataque lento
demais.

Sem perder chance
Servolo enfiou e retirou com rapidez mortal sua espada no vão
entre o ombro e peito da armadura branca cintilante de Harry, que
vacilou, soltando um grito de dor.

Gina tentou correr
até ele, mas Draco a impediu... Os dois sabiam que eram
inúteis naquele momento, não poderiam ajudar nem que
quisessem.

Ainda aproveitando
da distração de Harry, Servolo o chutou para trás
e mais uma vez, assim como fizera com Draco, ergueu sua espada para
dar o golpe final. Felizmente o rei não havia deixado sua
espada cair e, com a guarda do saxão desprotegida, encravou
Excalibur no peito de Servolo, antes que esse tivesse tempo de
matá-lo.

Cuspindo sangue, o
líder saxão caiu sem vida sobre Harry e tudo ficou
silencioso.


N/A:

Viram? Dessa vez foi rápido e o capítulo foi maior! Sorry, mas nada de H/G nessa fic, senhoras
e senhores, sou D/G ferrenha! Huahauahua. Desculpes os erros que
provavelmente o capítulo está cheio, mas é que
escrevi na madrugada e estava caindo de sono... Nas explicações confusas de batalha. Não tenho
beta! Alguém se oferece? Huahaua.

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