Capítulo 6



Existem coisas que, por mais que aparentem ser as mesmas, nunca serão iguais.



Eu tinha um vidro oval em minha mão, um vidro que certamente custara caro, por conter um líquido tão perfumado.



Mas ali não havia líquido algum. Não se pode restaurar nada por completo.



Eu não podia Ter meu perfume de volta...



Então eu chorei, chorei até me dar falta de ar.



O que Harry diria se soubesse o que eu havia feito?!



Ele não me perdoaria, não é?!



E quebrar aquele vidro de perfume num acesso de ódio foi como quebrar tudo o que ele sentia por mim. Harry se recusava a me olhar.



A única pessoa de quem eu esperava compreensão não me ajudou em muita coisa. Hermione, em sua mania de inteligência, estava preocupada demais com as notas de seus testes para resolver meus problemas.



Problemas. Nós bruxos, ou melhor, a humanidade inteira, deveria Ter um resolutor de problemas. Uma maquininha, ou um elixir, o que fosse, que resolvesse todos os nossos problemas, dos mais simples àqueles cabeludos mesmo.



E eu bem que devia Ter subido na mesa da Grifinória e gritado para a escola inteira – ou melhor, os retardatários que não tinham viajado - que minha vida estava um caos, talvez isso tivesse me livrado da trágica notícia que recebemos durante o jantar de Natal.



Trágica era uma palavra muito suave para definir aquilo.



Imagine-se na minha situação diante da notícia de um Baile.



Os poucos alunos que haviam ficado na escola estavam eufóricos com a idéia de um Baile da Virada, uma festa de Ano Novo no porte de um Baile de Inverno. Soubemos também que os não-presentes no momento receberiam cartas sendo notificados, portanto, muito possivelmente, qualquer aluno e aluna acima do quarto ano chegaria em Hogwarts na noite seguinte com um traje de festa e muitos planos para o último dia do ano.



Perfeito. Era tudo o que eu precisava. Àquela altura do Campeonato me aparecia um Baile da Virada. Termo ridículo, esse. Era eu que ia virar uma paspalha daquele jeito.



Obviamente Dumbledore diria com um ar risonho que deveríamos estar acompanhados, e isso me deixou num estado dificil de definir. No rumo que as coisas tomavam eu já não esperava mais nada. Era sentar e esperar a desgraça se fazer.



E eu esperei. E continuei esperando até a última chama da lareira da Sala Comunal se extingüir e o frio de inverno quase congelar meu sangue.



Mas eu havia perdido. Harry não me convidou para o Baile.



Não que ele não achasse necessário me convidar.



Harry não me convidou para o Baile pelo simples fato de não querer me levar. Não querer minha companhia.

É péssimo quando a gente sente que não faz falta na vida de alguém.



É pior ainda sentir que isso vai mudar toda a nossa vida... De uma maneira que não se pode prever...



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N/A: Vixe.. Olha o tamanhinho do Capítulo uu... Tá pequeno assim porquê os próximos sairão algumas linhas maiores.. Com um pouquinho de emoção.. Os sonhos de Gina serão mais explorados.. Seus distúrbios também... huhuhu..

Tenho para vocês um Harry indiferente e um Malfoy humano...



Aguardemmm... COMENTEMMMM!!!

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