Capítulo 5



Minha mãe sempre me disse que o amor adoça a vida, mas o amor em excesso mela tudo, deixa enjoativo, dá até um certo nojinho.



Eu, nessa minha síndrome de amor próprio me tornei uma garrafa de glicose ambulante, estava insuportável, as pessoas à minha volta que o digam.



Harry bem que tentou me desejar Feliz Natal e comemorar nosso aniversário de namoro, mas tudo o que conseguiu foi frustrar-se, tudo o que eu consegui foi ser a causadora disso.



Logo pela manhã eu só conseguia odiar meu cabelo, não sei como de repente eu queria ser morena, negra, o que fosse, tudo para não Ter aqueles fios vermelhos que tanto me irritavam.

Ele veio todo bancando o namorado compreensivo e me elogiou, dizendo que eu estava linda, o suficiente para eu chamá-lo de cego e começarmos a discutir, à ponto de eu mandá-lo calar a boca e deixá-lo sozinho na Sala Comunal.



A frustração que nascera em mim atingia seu ápice quando eu vi a única coisa que poderia me acalmar – ou me atiçar ainda mais.



Eu não era a única que discutia naquela manhã de vinte e quatro de Dezembro. E tenho que ser humilde para admitir que o barraco que se armara logo à entrada do castelo dava de dez à zero no meu escândalozinho infantil.



Os berros eram audíveis do saguão de entrada e – muito possivelmente – do Salão Principal.

Até hoje não entendo bem o motivo daquela discussão mas Pansy Parkinson e Draco Malfoy estavam dispostos a se matarem.



Os vi em tempo de presenciar o tapa nada singelo que ele levou, seguido de um “Desprezível” de dar inveja. Eu não sabia bater, mas Parkinson deveria ganhar um prêmio honroso pelo ato.



Aquela véspera de Natal estava sendo bem agitada, com direito a “Suma da minha vida” e tudo mais. Acho que Malfoy nunca tinha sido tão frio com alguém da Sonserina.



O mais curioso de tudo era que após Ter visto aquela cena nada encantadora meu humor cresceu de maneira contagiante, só que eu não senti necessidade alguma de falar com Harry – e ele parecia se encontrar na mesma situação.



Já disse que minha religiosidade é grande, mas não se estende a tal ponto de ser meu motivo real para se comemorar o Natal. Eu gosto do Natal por causa dos presentes...



Presentes, não existe nada melhor no mundo do que o ato de dar e receber presentes, principalmente se for de alguém que se goste.



E ao acordar na manhã de Natal o presente dele, Harry, foi o último que abri – sem um pedido de desculpas ou qualquer outro bilhete. Fiquei com raiva e joguei aquele vidro caro de perfume pela janela.



Uma coisa ruim se manifestava em meu peito, um sufoco, um ódio. Eu me sentia desnecessária, incompleta. Eu queria algo, não sabia o quê, mas tinha quase certeza de que se encontrasse o que precisava toda a minha angústia desapareceria.



Me deu vontade de chorar, de gritar, de quebrar o dormitório inteiro, mas nenhum músculo em mim se moveu durante muito tempo. Então eu senti que queria meu perfume de volta, queria Harry de volta.



Ora, o que eu estava fazendo?!



Sonhando som Draco Malfoy e brigando com meu namorado que eu tanto amava?!



Dando chiliques sem motivo e apreciando a desgraça alheia?!



Aquilo não era eu. Não. Decididamente eu não era tão ruim, tão ambiciosa. Eu só precisava respirar fundo, colocar a consciência no lugar e concertar tudo.



À começar pelo meu perfume...





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N/A: Tudo bem, esse capítulo tá minúsculo, mas ele expressou tudo o que eu queria transmitir.. O cap 6 também tá num tamanho vergonhosinho, e eu não to nem aih.. Saibam que vocês serão recompensados lá pelo oito, ou sete, eu ainda tô na dúvida de que número terá o fatídico capítulo que eu já escrevi, rs!!!



Eu quero dedicar esse capítulo à Ruivinha Malfoy.. A gnt pensa iguall e projeta igual, mas as fics, no fundo, são diferentes.. rs.. mto comédia isso.. Eu queria te dedicar um cap mais descênte mas eu disse que ia ser o próximo, não é?! Eu espero que você goste.. rs...





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