A Missão



A manhã chegou mais cedo do que parecia, Bella tinha passado a noite toda acordada e ao amanhecer decidiu dar uma volta por Hogwarts para se despedir da escola, que fora o seu lar durante aqueles três meses. A escola parecia realmente deserta, como se não vivesse lá alguém e só a sua presença existisse no meio daquelas paredes, através das janelas conseguia ver a luz da alvorada iluminar os jardins cobertos de neve. Sabia que o sol ainda não estava quente o suficiente para derreter a neve, mas aquela paisagem era suficiente para lhe derreter o coração e sentiu uma lágrima solitária tocar-lhe nos lábios, tantas coisas boas que vivera em Hogwarts e tantas coisas boas que ainda poderia viver... porque é que tinha que partir?
- O meu último amanhecer em Hogwarts... – Pensou Bella encostando-se ao beiral da janela e fixando o seu olhar no horizonte. – O meu último amanhecer como a Bellatriz Black Lestrange, uma rapariga normal... – Novas lágrimas escorreram-lhe pelo rosto.
- Bellatriz? – Chamou uma voz que fez Bella levantar o rosto para ver quem a chamava e ao olhar deparou-se com Kim.
- Kimberly! – Respondeu Bella limpando as lágrimas apressadamente. – Que fazes aqui?
- Estava a dar o meu último passeio por Hogwarts antes de regressar a casa pelas férias do natal. – Explicou-se Kim aproximando-se. – Posso sentar-me?
Bella examinou a ruiva e assentiu, viu-a sentar-se ao seu lado e depois fixou o seu olhar na parede oposta, conseguia sentir o olhar da ruiva poisar-se em si de vez em quando e não conseguia deixar de se sentir levemente incomodada com isso.
- Acho-te muito corajosa, sabes? Tão corajosa como uma Gryffindor. – Comentou Kim olhando para os seus pés.
Bella olhou espantada para Kim e então disse:
- Não compreendo.
- Eu sei que te afastaste do Dean! – Exclamou Kim dando um meio-sorriso triste. – Não precisas de me perguntar como sei... Eu via o modo como ele te olhava... E tu foste obrigada a separares-te dele para o proteger como eu fiz com o Sam. Foste mais corajosa do que eu...
- Como é que suportas? – Perguntou Bella depois de ficarem em silêncio durante um bocado. – Como é que suportas o vazio?
- Custa mais do que parece, não é? Parece que tiraram parte de nós... A dor é insuportável mas... Saber que ele está vivo e bem... Sei que está a sofrer mas em comparação ao que lhe aconteceria se ficassemos juntos... Isto é melhor. – Disse Kim com um brilho triste nos olhos.
- Kim? Achas que o Dean vai ficar como o Sam?
- Não, Bella... O Dean é mais forte... O Sam também conseguiria superar se quisesse... Seria mais fácil se ele me esquecesse...
- E tu queres que ele te esqueça? Eu não quero que o Dean me esqueça... Tenho esperança de que...
- Tens esperança de que tudo se resolva, não é? Eu não quero que o Sam me esqueça... Não quero é que ele continue a sofrer por mim... Não mereço o seu sofrimento. – Kim deu um sorriso triste e olhou carinhosamente para Bella. – A mim custou-me imenso deixar o Sam, mas eu vejo nos teus olhos que a dor por que estás a passar é maior que a minha. E compreendo... Mas ainda bem que acreditas que podem haver mudanças... Que uma de nós acredite que tudo pode melhorar.
Bella viu Kim levantar-se e levantou-se com ela, havia algo na companhia da ruiva que a deixava tranquila, que a fazia sentir-se bem.
- És sempre assim tão optimista? – Perguntou Bella apoiando-se à parede ao sentir uma tontura.
- Já fui mais, é verdade. Mas nem todos podem realmente ser tão optimistas quando perdem quem amam. – Respondeu Kim dando um sorriso sarcástico. – E a propósito! Parabéns... – Sorriu quando viu a cara de confusão da morena. – Em breve compreenderás.
A slytherin viu a gryffindor afastar-se e depois voltou a olhar para o exterior, o sol já estava mais alto e isso significava que não tardaria até os corredores se encherem de alunos que partiriam de regresso a casa, caminhou de volta ao seu quarto e quando lá chegou, reparou que a sua mala já lá não estava e então decidiu ir tomar o pequeno-almoço. Dirigiu-se com mais calma ainda para o Salão Principal e ao entrar, o seu olhar dirigiu-se rapidamente para a mesa dos professores e lá viu todos menos o que queria ver: Dean, na mesa já se encontrava Sirius e Remus que ao verem a jovem entrar no recinto, se levantaram e caminharam até ela.
Sirius caminhou até ela e parou na sua frente, os seus olhos azuis incidiram nos dela e então abraçou-a, uma das suas mãos ficou nas costas da morena e a outra foi posta na nuca dela para lhe acariciar os cabelos, apoiou o seu queixo no topo da cabeça dela e beijou-lhe o topo da cabeça. Bella ao ser abraçada por Sirius começou a chorar no peito do homem e abraçou-o - como uma filha que abraçava o pai – molhando a camisa dele com as suas lágrimas. Remus observava os dois com a cabeça baixa, partilhava a dor do amigo ao saber que outro membro da sua familia seria obrigado a juntar-se ao lado negro mesmo não querendo e por ter visto aquela mesma história há já tantos anos, aquilo tornava-se ainda mais doloroso.
- Desculpa, Bella... – Disse Sirius com a voz rouca. – Eu queria poder livrar-vos disto! Queria poder proteger-te a ti e à tua mãe...
- Nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcançe para tentarmos evitar isto, Bellatriz... – Disse Remus atraindo o olhar da morena. – Lamento imenso por não termos sido capazes de impedir que isto acontecesse!
- O-Obrigada... Eu sei que fizeram tudo o que podiam... Mas é melhor que eu vá... Não quero que ele tenha mais motivos para vos atacar... – Murmurou Bella. – Obrigada, Professor Sirius... Obrigada, Professor Remus... Tenho esperanças que ainda nos voltemos a encontrar em campo neutro.
Sirius abraçou-a com mais força e beijou-lhe a testa com carinho, quando se afastou afagou-lhe os cabelos e depois acariciou-lhe o rosto, nunca desviando os seus olhos dos dela e disse por fim:
- Tem cuidado, Bella. Por favor, não enfrentes o Voldemort! Não quero que ele tenha motivos para te matar, nem a ti nem à tua mãe...
- Vocês também sabem quais são os planos dele para mim, não sabem? – Perguntou Bella vendo-os acenar afirmativamente em resposta e depois continuou com um sorriso sarcástico. – É assim tão mau?
Sirius e Remus olharam para ela com os olhos arregalados pelo espanto, não conseguiam acreditar que ela poderia pensar assim acerca de uma missão dada pelo maior bruxo das trevas de todos os tempos, então Sirius compreendeu a ideia do sorriso da jovem e sorriu-lhe com carinho. Remus olhou para o amigo e então compreendeu: Bella também estava com medo e então utilizava o humor para tentar disfarçar; sorriu como o amigo e disse pondo a mão no ombro da morena:
- És incrivelmente parecida com a tua mãe... Ela deve sentir-se orgulhosa de ter uma filha tão corajosa como tu... – Viu-a corar e sorriu mais um pouco.
- Se fosses minha filha, eu sentir-me-ia mais do que orgulhoso por te ter como minha filha. – Afirmou Sirius sorrindo. – Mas mesmo não sendo teu pai, eu orgulho-me de ti, Bella!
Sirius voltou a abraçá-la e depois foi Remus que antes de se ir embora desejou-lhe boa sorte, Bella viu os dois professores dirigirem-se aos seus lugares e depois sentou-se no seu começando a comer. Enquanto comia, o Salão ía-se enchendo aos poucos com outros alunos, a mesa dos Slytherin estava praticamente cheia quando Bella acabou de comer e se levantou calmamente para sair, caminhou até à porta indo no sentido oposto ao dos alunos que chegavam.
A hora de partida de regresso a Londres chegou mais depressa do que parecia, antes que desse por isso, já Bella estava no comboio de regresso à sua cidade natal. A viajem decorreu bem e sem quaisquer imprevistos, Bella ía sozinha num compartimento e passou a viajem inteira a enjoar com os solavancos do comboio – não que esses fossem fortes mas por algum motivo ela não estava bem – quando chegou a Londres estava mais pálida que a cal da parede.
Na estação, Draco, Bellatrix, Lucius e Narcisa esperavam por ela e mal viu a mãe, correu para a abraçar; Bellatrix ao abraçar a filha começou a chorar, lamentando-se por ter que obrigar a filha a passar por aquilo e a jovem apenas abraçava a mãe sem nada dizer, segurava as lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento. Bella olhou para os familiares e ao cruzar o seu olhar com o de Draco, semicerrou os olhos e viu no rosto do loiro surgir um sorriso vitorioso, fuzilou-o com o olhar e em troca recebeu um olhar trocista.
- Desculpa, querida! Eu não queria que tivesses que passar por isto! Eu não queria! – Dizia Bellatrix ainda abraçada à filha.
- Mãe! Pára... A culpa não é tua... – Acabou Bella por dizer afastando-se da mãe para a olhar no rosto. – Não havia nada que pudesses fazer para impedir que isto acontecesse.
- Claro que havia, Bella, querida! Claro que havia! Eu devia ter pensado que isto ía acontecer... – Lamentou Bellatrix.
Atrás delas, Lucius clareou a garganta chamando a atenção das duas e fazendo-as virarem-se para ele, o homem indicou que se deviam ir embora e assim fizeram, dirigiram-se para o exterior da estação de King’s Cross e foram para o Caldeirão Escuante, donde aparataram para a Mansão Lestrange. Bella e Bellatrix dirigiram-se para o quarto da adolescente que ficava no andar de cima e deixaram a familia Malfoy na sala de espera, Bella olhava para todos os lados e estranhava o facto de a casa parecer estar com demasiado movimento, parecia que se tinha passado algo na sua ausência mas no momento não estava interessada em nada daquilo.
Chegaram ao seu quarto e poisaram o malão ao lado da porta, o quarto de Bella era muito diferente do resto da casa - enquanto as paredes da casa eram escuras, as paredes do seu quarto eram claras e davam a impressão de ser mais iluminado, os armários eram de madeira clara e contrastavam com as paredes, tinha uma janela que era coberta por leves cortinados – era sem dúvida um lugar agradável para se estar, dirigiu-se à sua cama e sentou-se pesadamente.
- Querida... O que se passa? – Perguntou Bellatrix sentando-se junto da filha e fazendo-lhe festas no cabelo.
- Nada, mãe... A sério... Estou apenas a pensar...
- Diz-me o que se passa!
- Mãe... Lembras-te do Dean? Dean Winchester...
- Claro que me lembro do Dean... Por falar nele, como está ele?
- Neste momento deve estar a sentir-se quase tão mal como eu...
- O quê? Porquê?
- Lembras-te de eu ter escrito numa carta que tinha conhecido um rapaz lindo e maravilhoso e que ele me fazia sentir a mulher mais feliz do mundo inteiro?
- Era o Dean? – Perguntou Bellatrix vendo a filha confirmar. – Oh, querida! – Abraçou a jovem que começou a chorar no seu colo.
- Eu tive que me despedir dele, mãe... Eu perdi-o para sempre... – Soluçou Bella no colo da mãe. – Porque é que isto tinha que nos acontecer, mãe? Porquê?
- Querida... Chora à vontade...
- Eu só queria ser feliz com o Dean... Será que isso é pedir muito?!
- Querida, quando eu tinha a tua idade também me apaixonei por um homem que - muito incrivelmente – também me amava... – Contou Bellatrix acariciando os cabelos da filha. – Ele prometeu-me que um dia ficariamos juntos... Eu quis acreditar nele... Então a minha familia decidiu que eu deveria casar-me com o teu pai... Na altura fiquei desolada... Não queria de forma nenhuma pensar em abandonar o homem que amava... Mas os anos passaram e aprendi a viver com a dor...
- Mas eu não que... – Começou Bella, levantando-se, de repente sentiu um enjoo e saiu a correr para a casa de banho anexada ao seu quarto.
- Querida? Estás bem? – Perguntou Bellatrix do lado de fora da casa de banho.
Bella saiu da casa de banho mais pálida do que antes, cambaleou até à cama e deixou-se cair pesadamente nela, inspirando e expirando lentamente, olhou para o tecto e então disse:
- Está tudo bem, mãe... Não te preocupes. – Prometeu Bella esboçando um sorriso pouco convincente.
Bellatrix voltou a abraçar a filha e quando ía começar a a embalá-la, alguém bateu à porta e sem esperar uma resposta, abriu-a. Parada na porta estava Narcisa com o seu ar sempre superior na cara e nas mãos carregava o que parecia ser um mantão negro, olhou por instantes para as duas morenas e avançou na sua direcção, quando já estava junto delas, estendeu o manto negro a Bella e disse:
- Veste-o! O Lord quer ver-te!
Bella recebeu-o e ficou a ver Narcisa sair do quarto, em seguida olhou para a mãe que tinha baixo o rosto em sinal de tristeza e abraçou-a, depois levantou-lhe o rosto e disse num tom sério:
- Nada do que ele me possa fazer ou dizer me deixará pior do que eu estou, mãe!
Bellatrix saiu do quarto, deixando Bella sozinha. A jovem vestiu o manto e depois olhou-se ao espelho, o seu reflexo não mostrava a verdadeira Bella e sem dúvida nunca mais mostraria, aquele era o reflexo de Bellatriz Lestrange. Com aquele pensamento surgiu uma lágrima no canto do seu olho, respirou fundo e limpou-a antes que ela pudesse cair, endireitou-se, colocou uma expressão séria no rosto – uma expressão vazia e desinteressada – e saiu do quarto.
Desceu as escadas e foi para a sala onde vários Devoradores da Morte circundavam Voldemort, que estava sentado num cadeirão de costas altas, ao ver a sua figura pálida e horrenda, Bella sentiu uma onda de ódio percorre-la e fechou as mãos em punhos bem apertados para conter a raiva que tentava apoderar-se de si. Voldemort examinou-a de alto abaixo e então abriu um sorriso malicioso, levantou-se e encaminhou-se para a morena, todos se ajoelharam quando o homem se levantou menos Bella que continuou de pé com o olhar fixo na figura de Voldemort.
- Sê bem-vinda a casa, jovem Bellatriz! – Sibilou Voldemort parando na frente da morena. – É um prazer ver como herdaste a beleza da tua mãe e, sem dúvida, a lealdade do teu pai.
Bella manteve-se em silêncio ouvindo as palavras de Voldemort, sentia repulsa dele e conseguia encontrar um segundo sentido nas palavras do bruxo nitidamente, sentiu mais ódio dele e apertou mais os punhos num exercício de auto-controlo.
- Sabes porque te chamei? – Perguntou o homem começando a andar à sua volta. – A tua mãe deve ter-te contado...
- Apenas me disseram que queria entregar-me uma missão. – Respondeu Bella num tom de voz firme. – Não me disseram qual seria a minha missão.
Voldemort sorriu e continuou o seu discurso andando à volta da rapariga:
- Pois... Bem, minha querida, sabes que estou sozinho há já muitos anos e tenho andado a pensar: para que é que vou conquistar o mundo se não tenho ninguém a quem o deixar? Claro que o meu reinado se prolongará por muitos e muitos anos, mas... e quando for altura de deixar o comando? A quem o deixarei?
Bella arregalou os olhos, não podia ser...
- Nós vamos sofrer, Bella... Tu vais sofrer porque a missão que o Voldemort te quer dar não é algo que qualquer outro Devorador da Morte possa fazer! E eu, Bella, vou acabar por ficar como o Sam! Ou pior! Sabes porquê?! Porque eu sei o que o Voldemort quer de ti! - As palavras de Dean vieram nitidas à sua mente. Ele sabia a missão que Voldemort tinha para si e queria protegê-la, protegê-la do monstro que era o Lord das Trevas.
- Estás a compreender o que eu quero de ti, Bellatriz? – Perguntou Voldemort com um falso tom inocente na voz e com um sorriso maldoso nos lábios.
- O Mestre quer um... Um herdeiro! – Disse Bella hesitando na palavra herdeiro.
- Exacto! E como te tenho a ti e à tua familia na minha melhor consideração, julguei te apta para conceberes o herdeiro das Trevas! – Disse Voldemort com o contentamento a fluir-lhe na voz. – A tua missão, minha querida, é conceberes um filho meu.
A sala estava silenciosa, Bella tinha ficado mais pálida com a noticia e tentava não mostrar o pânico que sentia, dirigiu o seu olhar à mãe e viu-a derramar lágrimas silenciosas. Voldemort continuava a andar à sua volta - como um tubarão que circundava a sua presa – e sorria com vitória, os seus olhos vermelhos brilhavam com maldade e a sua respiração estava a ficar acelerada com a excitação.
- E então? Aceitas a missão? – Perguntou Voldemort com ansiedade.
- Diga-me, Mestre... Posso pedir-lhe um tempo para pensar naquilo que vou decidir? – Perguntou Bella tentando pensar num modo de adiar a sua decisão.
- Claro! Tens até depois de amanhã para me dar uma resposta! – Respondeu Voldemort andando até ao cadeirão.
- Agradeço-lhe mestre! Agora. Se me dá licença... – Disse Bella fazendo uma pequena vénia e saindo da sala seguida por Bellatrix.
Bella correu até ao seu quarto e quando lá chegou fechou a porta com força, as lágrimas já tinham começado a cair e a calma já não era sua, o desespero era o único sentimento que conhecia naquele momento e não conseguia pensar em mais nada, deitou-se na cama e chorou. Bellatrix entrou no quarto da filha e ao vê-la chorar, sentou-se junto dela afagando-lhe os cabelos e cantando baixinho uma canção de embalar, lágrimas involuntárias cairam dos seus olhos.
- Mãe... Diz-me o que é que eu devo fazer? – Perguntou Bella levantando o rosto.
- Querida, eu não... – Começou Bellatrix mas antes que pudesse acabar a frase, Bella levantou-se com a mão na boca e dirigiu-se para a casa de banho. – Bella?
Bellatrix seguiu aa filha e quando a viu regressar ao quarto extremamente pálida perguntou:
- Há quanto tempo estás assim?
- O quê?
- Há quanto tempo tens enjôos? E que mais tens tido? – Perguntou Bellatrix com insitência.
- Tenho tido tonturas há já algum tempo mas os enjôos são raros... – Respondeu Bella olhando preocupada para a mãe. – Porquê?
- Há quanto tempo? – Insistiu Bellatrix.
- Há um mês para aí... – Respondeu Bella percebendo aonde a mãe queria chegar. – Oh Deus...
- Quando foi a última vez que te veio a mestruação, Bella?!
- Não pode ser...
- Quando foi a última vez que te veio a mestruação, Bellatriz!
- Há dois meses! Não pode ser... – Disse Bella colocando a mão sobre o ventre e sentando-se na cama. – Não pode ser...
- Ai pode, pode... – Disse Bellatrix sentando-se ao lado da filha e fazendo-a olhar para si.
- Não, não pode, mãe! Eu não posso estar grávida! Não agora! – Exclamou Bella começando a chorar. – Não agora... O que é que eu faço? Eu não posso aceitar a missão! Este bebé... O bebé do Dean... O meu bebé... Oh mãe!
- Calma, querida... Não te enerves... Nós vamos arranjar algum modo de te tirar daqui... Eu prometo! – Disse Bellatrix abraçando a filha e pensando a seguir. – Tenho que avisar o Sirius ou algum membro da Ordem!
Bella chorava no seu peito e olhando ao seu redor lembrou-se de algo, beijou a testa da filha e voltou a entoar a canção de embalar, não permitiria que a filha tivesse que sofrer o mesmo que ela tinha sofrido e se para isso tivesse que sair daquele lugar para que a filha e aquela criança estivessem protegidas e em segurança, então seria isso que faria.
- O que é que eu faço? – Perguntou Bella ainda a chorar.
- Não sei, querida! Mas agora vamos ter calma e tu não vais responder ao Lord... Essa missão que ele te deu não será realizada! Agora a nossa missão é tirar-te daqui, querida! – Respondeu Bellatrix num tom decidido mas maternal.

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