A Convocação



N/A: Olá amigos, leitores etc etc! Perdões, eu sei que demorei muito dessa vez, mas é que está acontecendo e aconteceu tanta coisa na minha vida que mal tenho tempo de respirar, e quando tenho tempo só escrevo porcarias rs. Bom, espero que gostem do capitulo, e comentem bastante, assim logo posto mais para vocês.
Ah sim, estou betando a fic 1, quem quiser dar uma relida fique a vontade. ;)


Boa leitura!

** Capítulo I **
A Convocação

Botinas? Higiêne? Não podia acreditar, era com isso que ela implicava comigo?



Subi as escadas batendo o pé com toda a força que tinha, era incrível como ELA conseguia me deixar
fula da vida.
Tudo em minha mãe, ou melhor July Sanders, ou melhor ainda ELA, me irritava. Seu jeito doce de falar comigo, seu jeito de me olhar, o modo como dá risada quando nossa vida é um caos. Algo havia de estar errada na cabeça dela, não era normal. Talvez ela sofresse de algum distúrbio mental e não soubesse.


Esse modo como ELA, tem de ver o mundo me irrita. Tudo nela me irritada. Mas o que me dá ainda mais raiva é  quando alguém diz "Nossa, como você parece sua mãe, Kath!". Ai, eu faria tudo para poder morrer naquele momento,  daria tudinho mesmo. Juro que se soubesse usar alguma maldição imperdoável cairia dura no chão com um "avada-não-sei-das-quantas"... é, eu não sou boa em feitiços, posso admitir facilmente sem vergonha na cara.



Cheguei em meu quarto e tirei as botas, elas eram incrivelmente pesadas, e como bati os pés nos degraus, eles agora estavam latejando, mas não mais que minha cabeça, que se atormentava por ELA...sempre por ELA. Odeio o fato de sermos parecidas!

Fui para frente do espelho do meu quarto e me fitei por um momento, e lá estavam eles. Os olhos DELA. O nariz DELA. A boca DELA. O cabelo DELA. Frustada mostrei o dedo médio para meu reflexo que fez o mesmo.
Até que isso me confortou, foi como se ELA tivesse finalmente se irritado comigo, se rebelado, e feito o
comprimento da califórnia*. Dei uma meia risada e voltei a me olhar no espelho. Estava com uma cara abatida, mesmo estando mais moreninha que o convencional, alguns cantos do meu rosto estavam descascando. Passara a semana toda na praia, olhando o céu. Adoro fazer isso! E ao olhar os meus olhos bem de perto no espelho, achei ali algo que gostava, algo que era diferente dela... um olhar de doce mel, e não azuis como o mar. Se afastando um pouco, olhei-me de corpo inteiro.



Minhas roupas não estavam nas melhores condições, e por alguns segundos fiquei irritada por não possui coisa melhor como as garotas de Beauxbatons. Comecei a me despir, e soltei os cabelos que estavam pressos com uma trança desajeitada, eu não era muito boa com o cabelo, e me recusava a usar rabo de cavalo com ELA.
Me dando mais uma olhada, fui para meu banheiro e entrei na ducha, soltei um gemido ao ver que a água estava fria como gelo. Ótimo! Cortaram nossa energia mais uma vez. E ELA estava lá a sorrir.



Sabe, sempre nos demos bem, eu e minha... minha... minha mãe, mas de algum modo as vezes eu sentia essa raiva toda. Era algo que gritava dentro mim, e eu não sabia explicar, era algo de mim já. Mas não fui a vida toda essa hipócrita, e em algumas ocasiões não sou. Quando estou na casa dos meus tios por exemplo, Julio e Aline, me sinto ótima. Me divirto muito com eles, com Lisa, minha
prima-irmã-melhor-amiga. Deve ser o fato de estar com pessoas como eu. Bruxos! É, acho que essas era a razão! Já que vivo com ELA que é uma trouxa, as vezes era bom poder falar de coisas do MEU mundo. Mas também, acho que o fato de me sentir tão bem nessas ocasiões, é por saber que sou tão diferente DELA. Apenas uma, uma diferençazinha. Ou melhor, dizendo a grande diferença, eu era Bruxa, e ela não, ela jamais poderia ser. Imagine só ELA sendo uma bruxa? Dei um gargalhada ao pensar. Seria ridículo, ou fantástica como irritantemente ela é em tudo. Revirei os olhos, e me senti mal com os meus pensamentos.
Poxa, ela era a minha mãe, e eu mal consigo aceita-la como ela é. Tinha raiva dela, não queria ser como ela. Preferiria parecer mil vezes com o meu pai, mesmo que eu não o tenha conhecido, ele com certeza era alguém por quem admirar. Um grande Bruxo!

Sim, eu tinha certeza mais que absoluta que meu pai era um bruxo, mais é claro, ele não poderia ser um trouxa desajeitado, não mesmo, porque mesmo a minha mãe sendo trouxa, ela tinha um pleno conhecimento sobre o mundo mágico, não era um ignorante completa. É claro que poderia ser pelo fato de que conviveu a vida toda com meu tio Julio que é bruxo, mas mesmo assim algo me dizia que meu pai era um de nós.

Já melhor da cabeça por pensar no meu pai, sai do chuveiro, me troquei e fui direto para cama, o edredom macio me abraçou e sem poder contar até três, adormeci.

*comprimento da california: para quem já assistiu "a familia busca pé" vai lembrar de uma cena em que todos mostram o dedo do meio, e fica conhecido com o comprimento da california rs.

***

- Kath, levante meu amor, o café já esta na mesa! - July gritou do pé da escada.

Começara mais um dia na casa das mulheres Sanders, mas pra July tudo estava como sempre, Kath dormindo até mais tarde, ela fazendo o café, nada estava diferente. Ou pelo menos ela pensava que nada estava diferente, ao entrar na cozinha, ela se deparou com uma enorme coruja marrom pousada sobre sua mesa posta, beliscando o bolo com o bico.

July ficou imobilizada, como isso poderia acontecer?Ou melhor, quem teria interesse em procura-la no mundo Bruxo? Seria ele? Seria... Remo...

Ela balançou a cabeça, estava maluca, a carta seria de Kath com certeza, porque tanto espanto? Seria porque sabia que Kath não tinha amigas em Beauxbatons? Que sua única e melhor amiga era sua prima? E que jamais ela mandaria uma coruja?

- Mamãe?! - chamou Kath parada atras de July - O que foi que você esta olh...
Ela não terminou a frase pois viu a coruja que estava ali, ainda a comer o bolo e com uma carta amarrada no pé. Estranhou por um momento, mas deu uma risada ao perceber o porque a mãe estava como estátua, é claro, não estava acostumada a encontrar corujas em casa.
A menina se adiantou e foi em direção a ave, e pegou a carta em sue pé, e quase caiu para trás quando viu que estava endereçada a sua mãe.

-É É...pra...pra...vo-cê. - disse ela em um sussurro.

July tomou a carta com desespero, e examinou a caligrafia, não... não era dele.
Ainda sem entender, abriu e logo reconheceu a fina caligrafia.


 


Cara Srta. Sanders,
Desculpe mandar esta carta pelo correio coruja, sei exatamente que a Srta. não costuma mais receber este tipo de correspondência, mas como era de extrema urgência que você a recebesse, resolvi me dar a esse desfrute.
Creio que deve estar-se perguntando o que esse velho maluco quer. Bom, vamos ser breves porque há muita coisa a ser ditas e esclarecidas, infelizmente não vou poder contar tudo nesta carta, então, espero que possa vir ao meu escritório com máxima urgência, se possível logo depois de receber a carta, ou melhor ainda, no próximo fim de semana.
Preciso de sua ajuda.

Atenciosamente,
Alvo Dumbledore.


Ps: acho que que Katherine irá adorar conhecer o castelo.

- Mas o que está acontecendo? - July perguntou a si mesma.

- Mamãe, de quem é? Eu não sabia que você recebia esse tipo de correspondência. - disse Kath tentando ver por cima dos ombros da mãe.

- Alvo...

- Alvo? - disse ela levantando uma das sobrancelhas – Alvo Dumbledore? Dumbledore mandou uma carta pra você?

- Sim. - respondeu July com o olhar desfocado.

- Mas porque?

- Kath, eu preciso pensar meu bem, será que pode me deixar sozinha? - disse July se dirigindo a sala.

- Não! - disse Kath tampando a passagem – Eu quero saber porque Dumbledore mandaria uma carta pra você!

July sem tirar a atenção da carta, empurrou a filha para o lado e seguiu seu caminho, se trancando no quarto.

Lá em cima tentou respirar fundo, o que será que estava acontecendo? Não fazia a maior idéia do que se passava no mundo Bruxo, desde sua separação com Remo, jamais voltou a procurar nem se quer um jornal para se atualizar.



Mas de uma coisa tinha certeza, nunca, nunca mais voltaria a pisar em Hogwarts. Só de pensar nessa possibilidade, sentiu o coração acelerar. Era arriscado demais. E se Kath descobrisse algo? Não! Não deixaria que isso acontecesse.

Foi até a sua penteadeira se sentou, pegou uma caneta bic (já acostumara a não usar penas), e começou a rabiscar as seguintes palavras na carta de Alvo:

Desculpe-me, Sr.
Mas não voltarei mais a Hogwarts, não me importa mais o que acontece a este mundo.
Quero apenas viver a minha vida em paz...
Me desculpe... espero que o senhor compreenda, quero deixar as coisas como estão, voltar a Hogwarts mexeria demais comigo, e com os meus sentimentos perante a minha decisão.

Atenciosamente,


Julia Sanders.


 


Ela se ajoelhou no velho assoalho, e retirou uma das taboas, pegou sua varinha e em um toque no pergaminho, ele se transformou em um pássaro de papel e saiu pela janela.


July, ficou vendo a ave pelo Céu, a carta de Alvo mexerá com ela.

***

No dia seguinte, o dia amanheceu chuvoso, nem parecia um dia de verão. O céu estava escuro, com várias nuvens carregadas. July teve dificuldades para acender as luzes da casa, pelo visto, estavam sem energia. Foi até a gaveta da dispensa e arrumou algumas velas.



- Não acredito que estamos sem luz! - disse Kath descendo as escadas ferozmente - Será que você não consegue nem pagar as contar direito?

- Kath, eu faço o possível, meu bem, mas preciso trabalhar mais, o dinheiro não está sendo suficiente.


- Ah, agora que você percebeu!!!

July não respondeu, apenas continuou acendendo algumas velhas para espalhar pela casa.

- E então... não vai me dizer?

July se virou, e encarou a filha.



- Dizer o que? Está é a sua opinião, não é mesmo?

Katn suspirou.

- Não se faça de boba, Sanders... sabe muito bem do que estou falando!

- Pra você é mamãe, se não se importa! - disse deu as costas, acendendo mais uma vela. Kath a seguiu.

- Estou falando da carta de Dumbledore. O que ele queria com você?

- Sabe, Kath, havia uma razão para a carta vir com o meu nome no remetente, é sinal de que a conversa pertence a mim e a Dumbledore.

Ela encarou a mãe e saiu da casa batendo a porta, sem antes soltar palavras "doces" aos quatro cantos da casa.


July revirou os olhos e ficou vendo a filha sair pelo chuva. Era incrível como ela ficava brava rapidamente.


Um barulho vindo da cozinha fez com que July desse um pulo. Alguém estava lá?
Bem devagar, ela foi caminhando, segurando uma vela a frente.


E ao chegar a porta, levou a mão a boca de espanto. Alvo Dumbledore estava sentado a sua mesa.

- Bom dia, minha cara. Desculpe invadir a sua casa, mas a chuva me pegou no caminho. - disse o velho com o seu sorriso bondoso.



Ela não conseguiu não sorrir, amava, e respeitava Alvo.


 
- Não o esperava, Profess... - e corou, ele não era mais professor.

- Não se preoculpe, com o Professor. - disse ele sem perder o sorriso - Infelizmente tenho a mania de não aceitar NÃO como resposta. Como diria os trouxas, se Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé.

- Desculpe. Eu... eu não conseguiria ir até lá. - disse July envergonhada, sentando de frente ao Bruxo.

- Mas é claro que não. Fui um indelicado. - disse ele fitando-a por cima dos oclinhos de meia lua. - Mas o problema é que você disse em sua resposta curta, porém objetiva, - ela corou de novo - que queria viver em paz, e receio disser, mas isso não será possível, como não está sendo já a alguns anos.

- Bom, eu sei que aconteceu algumas coisas no mundo bruxo, não sei exatamente o que mais sei que não estavam em paz. - disse ela pensativa - Kath vivia cochichando com Julio.

- Sim. Se me permite contar, até ano passado, Lord Voldemort estava entre nós.
Ela pôs a mão na boca.

- Mas co-co-como, pode ser i-is-isso, Sr?

- Ele voltou! E graças a coragem de Harry Potter, conseguimos detê-lo.

- Harry? - disse July interessada, desda morte de Lily jamais tinha revisto o menino.


- Sim, Potter, é brilhante como os pais.

July sentiu o coração tomado por um calor, era ótimo ouvir isso.

- Sempre fui muito ingrata com o Harry, deveria ter ido visita-lo. - ela mordeu  lábio inferior - Espero que um dia me perdoe, isso se chegar a me conhecer.

- Se fosse visita-lo, diria o que? - disse Alvo - Não se culpe mais, ainda está em tempo de revê-lo. Mas deixemos isso para mais tarde, o que importa neste momento, é que os seguidores do Lord Voldmort ainda acreditam em seu retorno, como da última vez. E não querem para os seus...serviços. - ele disse a ultima palavra com um pouco de nojo.

- Mas eles são uns idiotas! - disse July abobalhada – A não ser que... teria como isso acontecer?

- Pela primeira vez creio que não. O fato é que quero organizar novamente o Ordem da Felix, e precisamos de uma bruxa como você na equipe.

 
July deu um salto da cadeira, como assim "bruxa como você"?

- Professor, eu não posso. Sabe como me afastei, não posso voltar. Não saberia nem transfigurar um dedal. Não sou mais uma bruxa!

- Ora, não seja pessimista, jamais recebi um carta com tanta classe como está que me mandou.

Ela não deixou de sorrir, amava magia, mas sua filha era em primeiro lugar. Não poderia voltar.

- Desculpe, professor, mas não vou conseguir voltar, não, jamais.

- Sei que não tenho esse direito, mas já estava na hora da verdade aparecer Srta. Sanders, não pode ficar escondendo tudo de Katherine como faz. Um dia ela saberá, se não for por você será por outra pessoa e creio eu, será bem pior.

Pegou a mão do professor.

- Por favor Sr. não conte a ela. Eu lhe suplico.

- Oh, jamais contaria. Mas imagino que Katherine é suficientemente inteligente para somar dois mais dois.

- Obrigada. Sei que faço mal por não contar, mas Remo foi duro demais comigo, ele não nos valorizou e não se valorizou, cansei de correr atras do dele, cansei de ser a única que queria ficar junto, ficar bem.

- Reconheço que o Sr. Lupin é um tanto preconceituoso consigo mesmo, isto sempre foi uma dificuldade em sua vida, tanto adolescente, quanto adulta.

- E... - disse respirou fundo e perguntou - e como ele está, Professor? Tem notícias dele?

- Ele lecionou por um tempo em Hogwarts, estava indo bem, mas com alguns acontecimentos ele resolveu sair. Nos ajudou na Ordem, e depois não tenho mais noticias.

- Hum.

Ficaram um pouco em silêncio. Tanta coisa havia vivido com Remo, era engraçado não saber mais de sua vida, na qual um dia fora tão presente.

- E então, posso contar com a Srta? Voltará a Ordem?

- Me desculpe professor, mas não devo.

- Não me de a resposta definitiva agora, me de na fim de semana. A espero em Hogwarts.

- Mas...

- Mas nada. A espero em meu escritório, eu sei que ainda tenho alguma autoridade sobre você, bom, pelo menos acredito que tenha tido algum dia.

- É, isso os marotos não conseguiram tirar de mim.


Ele se levantou e com um aceno, aparatou.

***


- Ai não acreditoooo!!! - disse Kath pulando em sua mãe para lhe dar um abraço. July a abraçou com ternura, não era sempre que Kath era amarosa - Quando vamos?

- Bom, eu falei com o seu tio, ele esta nos esperando já, podemos ir agora mesmo se quiser. - disse ela abrindo um enorme sorriso.

Pela primeira vez naquela semana o sorrido dela não incomodou Kath, que saiu aos pulos pela escada.

- Mas é claro que eu quero! Eu vou arrumar as minhas malas. - gritou com a sua voz desaparecendo pela escada.

Ela saiu escada a cima, dando enormes pulos e fazendo danças estranhas com as mãos. Era sempre assim, quando July passava alguns problemas financeiros, Julio as recolhia em sua casa. Sem  contar nas férias de Natal. E agora que precisa ir a Hogwats precisava deixar Kath segura. Só de pensar naquele castelo sentia os cabelos dos seus braços arrepiando, e seu coração acelerando. 

Nada, nada mesmo poderia fazer ela mudar de decisão, mas não podia contestar Dumbledore, simplesmente não conseguia, mas arrumaria coragem. Se arrumou para deixar o grande amor de sua vida, porque não encontraria para dizer não a um velho caduco. Ela deu risada de si mesmo.

Em quanto isso no quarto de cima, Kath jogava as coisas de qualquer jeito na mala. Precisava acabar logo com aquilo! E aos lamentos a Merlin por não poder usar magia fora do colégio, saiu descendo as escadas, fazendo a maleta bater fortemente em todos os degraus. Ao chegar ao Hall de entrada, uma raiva tomou seu corpo. Perto da porta estava as malas de sua mãe, como ela conseguia fazer tudo tão rápido? Com certeza não jogara as coisas dentro da mala igual a ela.

- Ah, só assim pra você se mexer rápido? - disse July entrando no Hall.

Com uma das mãos pegou a sua mala e com a outra a de Kath, que como sempre, estava muito pesada.

- Feche a casa, Kath, vou por as coisas no carro.

A menino revirou os olhos mais obedeceu. Quando tudo já estava fechado, ela foi para o carro, mas ficou alguns minutos examinando-o. Era um velho gipe branco. Estava em um estado deplorável. E como sempre a raiva que ela mesmo não sabia de onde a tomou, como odiava aquela vida miserável. Gostaria de ter uma casa mais bonita, como quem sabe, no campo igual a de sua prima Lisa e um carro um pouco melhor.

July buzinou.

- Vai ficar namorando o carro ou vai entrar.

Xingando baixo Kath sentou-se ao banco da frente. July tentou ligar o gipe, mas não conseguia, ela não pegava. E na quinta tentativa ele ligou fazendo um barulho ensurdecedor e soltando muito fumaça escura do escapamento.

- Cof, cof - Kath tossiu - E você ainda chama essa
coisa de automóvel.
July soltou uma risada gosto.

- Rabugenta! - disse ela mostrando a língua e colocando os oculos escuros - Coloque o sinto.

***

- Obrigada, Angelo, não sei o que faria sem você! - disse Gaby sentada em uma poltrona enorme. - Ok, nos vemos amanhã... tchau.

Sem mais desligou o telefone, e respirou fundo. Angelo era um bom amigo, e além disso era o responsável pela agenda pessoal dela, mas apenas isso. Por mais que ele tivesse sentimentos por ela, jamais havia acontecido algo. Gaby estava fechada para o amor, ela não conseguia mais viver uma  relação.

Desde que Sirus fora acusado de matar Lily e Tiago Potter, Gaby não conseguia acreditar no que havia acontecido, e com essa confiança na inocência do seu amado, lutou contra todos os argumentos do ministério da magia, e foi taxada de doida por longo de sua jornada. Em ocasiões quase acusaram de cúmplice, porém Dumbledore se envolveu alegando inocência das acusações.

Então, depois de muito lutar, foi banida do mundo magia. Agora vivia bem, com uma carreira perfeita e trouxa. Ela era a top model mais bem paga já vista na história, conhecida em vários países. Sua careira era a única coisa que a fazia se orgulhar de verdade. Se dedicando de alma e coração nisso, jamais voltou a pensar no caso Sirius Black... a não ser aquela noite, a dois anos atrás. Quando estava sentada nas escadarias de sua casa e avistou no meio dos arbustos dois olhos negros como anoite. Em um susto se levantou, e da escuridão saiu um enorme cão.

- Sirius...? - ela disse em um sussurro.

O cão acenou uma vez com a cabeça.

- Mas como...?

Não, ela não estava acreditando no que estava vendo, Sirius estava diante dela, com os seus grandes olhos azuis acinzentados.

- Como você pode estar aqui? Eu devo estar maluca... porque, você está em Azkaban...

O cachorro deu um passo em dua direção, e ela recuou dois.

- Não Sirius... fique longe de mim!

O cão parou... e fez um som de tristeza.

- Sirius, eu não sei o que aconteceu... não sei se você é culpado, se não é, como veio parar aqui...não sei de nada. Mas... - ela subiu os degraus de costas - você deve ir, você não pode ficar aqui. Vá...

O cão começou a chegar mais perto, mas desta vez Gaby não se moveu, não conseguia, o amava muito. Sirius subiu as escadas, e ficou olhando Gaby, que se abaixou já não tendo mais consciência de seus atos. O cão, a lambeu na face... e saiu correndo.

Até então, Gaby não sabia se havia sido uma ilusão, mas toda vez ao se lembrar sentia o seu coração se encher de conforto, matando um pouco a saudade.

- Senhora? - disse a camareira chamando ela pela quarta vez.

Gaby deu um pulo da poltrona.

- Ah, mil perdões, não quis assusta-la, é que há uma visita.

- Visita? - disse Gaby - Melany, sabe que não recebo visitas sem agendamento.

- Eu sei sim, Senhora, porém, o senhor insiste em ficar na porta. - e com um suspiro continuou - Parece que o nome dele é Albo...Aldo... não me lembro muito bem. Porém, é um tico estranho e insistente.

- Seria Alvo?

- Sim! - disse a camareira - Isso mesmo Alvo Dumbledore, este é o nome.

- Mande-o entrar agora mesmo. - disse Gaby se ajeitando na poltrona.

- Sim senhora! - disse saindo.

Gaby mal acreditou quando viu o velho Alvo Dumbledor entrar.

- Professor! - disse ela sorridente - Que prazer em reve-lo!

- Oh, é um prazer reve-la também Srta. - disse ele retribuindo o sorriso - E se permite dizer, está uma mulher muito bonita.

- Ah, obrigada Professor, o senhor está ótimo com sempre!

- Não não, estou velho! - disse ele se sentando na poltrona a frente de Gaby.

- Para mim ainda está incrível!

- Ora, vamos deixar isso de lado... venho para pedir algo muito especial.

- Então diga-me. - disse ela interessada.

- Arrume suas malas, você irá comigo a Ordem da Fenix! - disse ele com um sorriso.

- ORDEM DA FENIX??? - disse ela espantada - Como assim, Professor? O que está acontecendo?



- Problemas Srta, como sempre.

- Mas como assim? O que é exatamente? Preciso saber, como o senhor sabe, fui banida, não recebo nem o Profeta Diário, nem ao menos O Pasquim.

- Teremos tempo para falar sobre isso,porém preciso lhe dizer algo.



- Sobre?

- Sirius Black.

- Professor, não sei se vem ao caso falarmos de Sirius, ele é passado.

- Não minha querida, Sirius é o passado, presente e o futuro.

- Como assim Diretor? Não entendo! Vai me dizer que ele é o responsável pela convocação?

- Sirius Black é inocente, acho que você era a única que realmente estava certa todos esses anos, mas isso era obvio. O coração jamais mente.

- Ainda não entendo.

- Quem traiu os Potter naquela noite foi Pedro, Sirius jamais fez o pacto com os Potters.

- Mais isso não é... - tentou dizer desacreditada.

- Possível? É sim... Mais bom, o importante é você saber pelo menos isso, e acho que pode conversar com Sirius para saber o resto.

- Falar com.. com Sirius... - ela soltou baixinho, se levantando da cadeira, se dirigindo a janela, onde viu uma ave cruz o céu sem nuvens.

- Mas é claro que sim, por toda a minha vida, eu sonhei em revê-lo, e sempre acreditei em sua inocência, saber que estou certa é um alivio!

- Sim, acho que ele ficara contente em saber que sua amada sempre acreditou nele.


Ela se virou para Dumbledore e suspirou.

- Eu espero que sim.


***

N/A: WOOOW, terminei o capitulo, nem acredito!


Espero que tenham gostado e por Merlin comentem. Já comecei o novo capitulo, e espero não demorar pra postar.
E não percam o próximo capitulo, pois os outros personagens vão aparecer uhul, vamos matar a saudade desses marotos!

Malfeito, feito...!

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