Crianças e lembranças



Os dois encontravam-se naquele momento observando o céu, naquela tarde de sábado, brincando de dar formas as nuvens, deitados sobre a grama do quintal da casa dos Granger.


— Olha ali um gatinho... – comentou Hermione, apontando para o céu.

— ‘Ta maluca? Não tem gato nenhum... É uma xinofóbica legítima! – declarou Harry, observando a amiga, que lhe encarou, confusa.

— Uma “xinofo”... O quê? – indagou olhando-o como se ele fosse um maluco.

— Uma xinofóbica! – confirmou, com um tom de voz imperativo. A menina apenas levantou a sobrancelha, sem acreditar nas palavras do amigo. – Você não sabe o que é isso? – indagou, observando a morena sacudir a cabeça, em sinal negativo. – Mas você é burra hein...! – comentou, voltando a olhar o céu, recebendo um soco na barriga em troca. – Ai, doeu! – reclamou Harry, sentando-se com as mãos na barriga.

— Era para doer mesmo ‘ta legal?! E eu não sou burra! – declarou, levantando-se. – E eu não falo mais com você! – emendou cruzando os braços em seguida, e fazendo bico. Harry apenas lhe encarava, com um sorriso no rosto, cruzando os braços também. – Que sorriso é esse? Pode tirando ele do rosto ‘ta legal?! – reclamou a menina, fazendo o menino gargalhar.

— Voltou a falar comigo? – indagou confuso.

— Não! – gritou a morena, aumentando o bico. Virando de costas para o menino, começou a observar a árvore, onde naquele momento encontrava-se a casa amarela dos dois. – Bem que os nossos pais podiam pintar a casa nesse final de semana não é, Harry? Harry...? – indagou, olhando para o menino, que se encontrava olhando para o céu, deitado no gramado. – Fala comigo seu chato! – pediu, sentando-se ao seu lado.

— Pelo que eu saiba, quando uma pessoa está sem falar com a outra, não fica tentando puxar assunto! – comentou, mirando-a no final, fazendo a menina fechar o semblante, de raiva.

— Pede desculpas e a gente volta a se falar. – sugeriu Hermione, ajoelhada no chão, sem desviar o olhar do menino.


Sabia que Harry era totalmente sentimental quanto a brigas, principalmente a uma dos dois, mas que no final, sempre pedia desculpas. Mesmo que a culpa não fosse dele, apenas para não ficar sem se falarem.


— Desculpa! – disse Harry, levantando-se logo em seguida. – E eu concordo com você!

— No que? – indagou confusa.

— No que você disse antes... – respondeu, fazendo cara de entendido.

— E o que eu disse antes? – perguntou, colocando a mão no queixo.

— Boa pergunta... – murmurou o menino, imitando o gesto da amiga.

— Deixa de ser “imitesco”! – declarou Hermione, batendo no braço do menino.

— Eu não sou “imitesco”! – reclamou, cruzando os braços. – E o que é isso? – indagou, observando o semblante da amiga.

— É uma pessoa que você é! – falou, imitando o gesto do amigo.

— Como posso ser uma coisa, se eu nem sei o que é isso? E se eu sou “imitesco”, você também é! – acusou, apontando para os braços da amiga, que os colocou rapidamente para trás das costas.

— Não sou nada! Quer saber: deixa isso pra lá! – declarou, observando o amigo. – O que a gente vai fazer agora?

— Não sei... – respondeu Harry, descruzando os braços. – Vamos jogar bola?

— Não gosto disso... E você sabe! – lembrou, andando de um lado para o outro. – Vamos brincar de casinha? – indagou, apontando um dedo para o menino, que apenas sacudiu a cabeça, em sinal negativo. – De boneca? – sugeriu, recebendo a mesma resposta anterior do garoto. – Chá das cinco?

— É tudo brincadeira de menina! – resmungou, cruzando os braços.

— E eu sou o que? – indagou, começando a se irritar com o amigo.

— Uma boboca! E que não consegue me pegar! – provocou, rindo logo em seguida da menina, desafiando-a correndo.

— Ah é?! Você vai ver só! – aceitou o desafio, e saiu correndo atrás dele logo em seguida.


Ficaram brincando praticamente uma hora, sem pararem de correr um atrás do outro. Quando já estavam praticamente sem ar, a mãe de Harry apareceu, com um sorriso calmo no rosto, os chamando para entrar.


— Tem bolo de chocolate e limonada! Vocês querem? – perguntou Lílian, fazendo Hermione correr e entrar feito uma maluca pela porta da cozinha. – Acho que isso é um: sim... – Comentou a ruiva, sorrindo. – Lave as mãos Mione! – gritou para a menina, voltando-se novamente para o filho. – Vamos comer bolo, filho?

— Mãe, será que o papai pode jogar futebol comigo nesse final de semana? – indagou, observando a mulher.

— Acho que pode meu anjo, mas é melhor perguntar isso para ele depois, não acha? – sugeriu, sorrindo amorosamente para o filho, que lhe correspondeu, mas com um ar de tristeza no fundo, o que não passou despercebido pela mulher. – Algum problema meu filho?

— Por que eu e a Mione somos tão diferentes?

— Como assim?

— Eu sei que eu sou um menino, e ela uma menina... Mas por que às vezes a gente briga?


Lílian apenas sorriu carinhosa para o filho, mexendo em seus cabelos rebeldes posteriormente.


— As pessoas são diferentes, Harry... E às vezes têm pensamentos diferentes, o que normalmente nos faz entrar em conflito umas com as outras...

— Como você e o papai? – perguntou, começando a entender.

— Sim, como eu e seu pai. Mas quando a gente briga depois pedimos desculpas, e aí fica tudo bem! – comentou sorrindo.

— E como vocês pedem desculpas? É com aqueles barulhos que vocês fazem de noite no quarto? – indagou, virando a cabeça, fazendo a face da mulher ficar da mesma cor que seus cabelos.

— Harry meu bem, é que... – tentou explicar Lílian, sendo interrompida por uma menina.

— Tia Lily, é para deixar bolo para o tio James? – perguntou Hermione, com um pedaço de bolo na mão e com o rosto todo sujo de chocolate.


Lílian somente sorriu, empurrando os dois para dentro da casa.

Teria algumas brigas oferecem o dom do perdão?


Dez anos depois...



Ao acordar naquela manhã e observar-se no espelho. Hermione reparou que seu rosto ainda estava um pouco inchado, devido às lágrimas derramadas pelas tristes lembranças na noite anterior. Não sabia o que fazer. Não perdoar Harry, significava ter aquele menino pegando em seu pé até quando fosse para a faculdade, o que demoraria muito para acontecer, e ia contra os seus princípios de direitos iguais para todos. Mas perdoá-lo seria tolice, uma idiotice enorme de sua parte, principalmente pelo fato dele não ter a mínima idéia do que fizera há alguns anos atrás.


Mas será que ele não sabia mesmo?


Tentando esquecer todos aqueles pensamentos, que lhe deixavam confusa, a morena dirigiu-se ao banheiro, começando assim o seu ritual matutino: banho, escolher roupa e vesti-la, arrumar a mochila, arrumar o quarto, conversar um pouco com os pais e ir em direção ao ponto de ônibus, para poder ir á escola.


— Morena? – escutou uma voz familiar lhe chamar. E essa voz vinha de sua janela. Sabia muito bem quem a estava chamando!

— Pare de me chamar de: morena! – exclamou Hermione, andando em direção a sua varanda, parando na sacada.

— Quer que eu te chame de que então? Loira? Ruiva? Se você pintar o cabelo, eu chamo! – declarou Harry, sorrindo em seguida.


A garota apenas bufou, tentando não rir da situação. Os dois encontravam-se de pijama, cada um em suas respectivas sacadas, com o rosto todo amassado, por terem acabado de acordar.


— Bom dia, flor do dia!

— Me chamou só para isso? – indagou, cruzando os braços, sentando-se em uma das cadeiras da sacada.

— Você queria mais doçura? – perguntou Harry, com um sorriso maroto nos lábios.

— Pare de me dar esses apelidos, Harry! – pediu a morena, cruzando os braços.

— Ahá! – gritou o moreno, com um sorriso vitorioso nos lábios, fazendo a menina pular de susto, e lhe encarar desentendida. – Você me chamou de Harry! – falou, vendo a morena arregalar os olhos. – Agora sim, estamos progredindo...

— Progredindo com o que? – indagou, tentando confundi-lo.

— Nem tente... – começou Harry, lhe apontando.

— O que? Não comecei nada... – reclamou a morena, dando de ombros. – E então, o que você quer falar comigo? – perguntou, levantando-se e encostando-se na grade da sacada.

— Queria saber se vamos fazer o trabalho hoje. – comentou, olhando-a de lado.

— Claro, já estamos praticamente terminando o primeiro relatório. Mas que horas termina o seu treino? Por que hoje eu tenho encontro com o grupo de xadrez, e dessa vez eu não posso faltar e... – começou a explicação, sendo logo interrompida pelo moreno.

— Olha, que eu saiba hoje é a nossa detenção, não é?! – recordou-se, cruzando os braços.

— Ai, detenção no St. Thomas... Já tinha até esquecido... A que horas?

— Às 16h00min. Vamos encontrar a supervisora de atividades extracurriculares!

— Nossa... E você sabe de tudo isso? Está ficando responsável... O que será que as estrelas vão pensar quando descobrirem? – debochou Hermione, encarando o garoto com um sorriso no rosto.

— Há... Há! Muito engraçado morena... E então? Vamos fazer o trabalho? – indagou, cruzando os braços.

— Dependendo da hora que acabar lá, por mim...

— Vai encontrar o namoradinho hoje não?

— Este assunto não te interessa! – cortou a morena, andando em direção ao quarto. – Até mais, Potter!

— Até mais, Granger... – resmungou, observando a morena entrar no quarto.


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— Oi Ashley! – cumprimentou Neville, encostando-se no armário ao lado da loira.

— O que você quer falar comigo? – indagou Ashley, encarando o garoto a sua frente.

— E-Eu queria saber sobre o trabalho de economia e... – começou Neville, tentando não gaguejar na frente da menina, que apenas revirou os olhos, olhando com tédio para ele.

— Eu já te falei para não se preocupar com isso! Afinal de contas, meu pai já contratou um economista para resolver esse problema para mim e...

— Mas quem tem que fazer o trabalho somos nós, e não o economista que seu pai contratou! – protestou Neville, com um ar de sabe tudo na voz, fazendo a garota bufar de raiva.

— Quem mandou você me interromper seu maluco nerd? – indagou Ashley, dirigindo um olhar assassino para o garoto, que somente recuou de medo. – Você quer fazer o trabalho? Faça! – respondeu, fechando o armário com força, dando as costas para o garoto.

— Pensei em fazermos juntos e... – começou Neville, incerto sobre o que declarar. A loira apenas lhe encarou, como se ele fosse um extraterrestre.

— Eu? Fazer trabalho com um idiota feito você? Jamais! – declarou, olhando ameaçadoramente para o menino, que se encolheu, encostando-se mais no armário.

— Mas os Weasley estão fazendo o trabalho com a Luna e com o Draco. E o Harry está fazendo o trabalho com a Mione, então eu pensei que...

— Pensou? Você pensou? E desde quando lesma pensa? – indagou, rindo da própria piada. – Não vou fazer trabalho nenhum com você Longbotton! Nem hoje, nem amanhã, e nem nunca! – declarou, gritando a última parte, deu-lhe as costas logo em seguida. Parando de andar, voltou-se para encarar o garoto, que olhava para o chão. – Você quer muito fazer o trabalho? – perguntou, parando próximo ao garoto, que confirmou com a cabeça. – Mas não comigo certo?

— Mas você é a minha dupla e...

— Cale a boca, e escute! – interrompeu a menina, colocando uma mão na sua frente. – É verdade que você gosta da Hermione Granger? – indagou, fazendo Neville confirmar com a cabeça. – Quer fazer o trabalho com ela?

— Gostaria muito, mas ela já faz par com o Harry e...

— Cale a boca filhote de cruz credo e só diga: sim ou não!

— Sim... – responde Neville, com um tom de voz baixo e com a cabeça abaixada.

— E eu preciso me aproximar do Harry... Muito bem Neville! Eu tenho um plano! – comentou, sorrindo logo em seguida, assustando o menino a sua frente.


Mas que plano poderia ser esse?



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Ao chegar ao St. Thomas àquela tarde, os seis encaravam-se sem saber o que fazer. Qual daria o primeiro passo para cumprimentar o outro? Ou pior ainda: quem seria o primeiro a colocar os pés naquele colégio?


— Que bom que vocês chegaram! – exclamou uma mulher que aparentava ter uns quarenta anos. – São os meninos da detenção, não? – indagou, encarando todos, que apenas confirmaram com a cabeça. – Bem, vamos entrar que vou explicar as tarefas para vocês. – acrescentou seguindo em direção a entrada da escola.

— Eu ouvi mal, ou ela falou “tarefa” no plural? – sussurrou Rony para Harry, que confirmou com a cabeça. – Fala sério...

— Fala sério, digo eu! A propósito: estou espantada por você saber o que é plural! – comentou Gina, rindo da cara do ruivo.

— Cala a boca, idiota! – resmungou Rony, olhando de lado para a irmã.

— Idiota é você, seu pateta!

— Vocês são muito infantis, sabia? – comentou Hermione, aproximando-se do grupo.

— Quem te chamou na conversa “nerd intrometida”? – indagou Rony, parando no meio do corredor.

— Intrometida é o cara...! – começou a morena, parando rapidamente ao reparar que estava sendo observada pela professora da escola. – Digo: o cara da esquina! – concluiu, abaixando a cabeça de vergonha.

— Podem entrar. – falou a professora, olhando feio para a morena, que continuava de cabeça baixa. – Bem, sou a professora Sprout e sou supervisora das tarefas extracurriculares do St. Thomas. E vocês são...? – murmurou a professora, olhando para uma ficha ao seu lado, e dizendo o nome de cada um, que apenas confirmavam com a cabeça quando seu nome era mencionado. – Que bom que todos vieram... Vamos começar então: hoje não tem nenhuma tarefa em especial sendo passada aos alunos, pois todas as quartas feiras são dedicadas exclusivamente às áreas de convivência em sociedade, com diferentes pessoas, para que quando cresçam não se tornem pessoas excluídas. E como a detenção de vocês está relacionada com um trabalho de economia doméstica, a professora Minerva sugeriu que cada dupla ficasse responsável por uma criança durante uma semana e particularmente eu adorei a idéia! – declarou a mulher, sorrindo para cada um deles, que correspondeu mais por educação do que pela animação da mulher. – Então hoje vocês irão escolher uma criança para conviver com esta durante uma semana.

— Resumindo tudo: seremos pais delas? – indagou Gina, olhando para a professora assustada.

— Mais, ou menos isso. – respondeu a mulher, andando em direção a saída da sala, fazendo todos a seguirem. – Escolham uma criança, conversem com ela, e quando o relógio bater 17h00min horas, vocês podem ir embora. – falou abrindo uma porta para eles, que ao entrarem viram todas as crianças correndo e gritando ao mesmo tempo, sendo observados por alguns adultos, que não diziam nada. – Boa sorte! – desejou a professora, saindo do local.

— Legal... Vamos dupla? – declarou Rony, olhando diretamente para Luna, que lhe seguiu sem declarar uma palavra.

— Muito bem... Boa sorte amor! – desejou Hermione, dando um selinho no namorado, puxando Harry logo em seguida.

— Bem... Sobramos apenas nós dois! – comentou Draco, olhando para a ruiva ao seu lado, que estava com o semblante fechado, observando as crianças com raiva. – O que foi?

— Tenho uma coisa a declarar: odeio crianças! – resmungou Gina, fazendo o loiro arregalar os olhos, surpreso. – Não crianças diretamente, só os meninos. Principalmente os de sete anos, que parecem que tem alguma coisa no corpo que os domina a fazer a bagunça e a azucrinar o juízo das meninas! – voltando-se novamente a encarar as crianças, a garota suspirou, fazendo o garoto gargalhar ao seu lado. – Não ria! Isso é grave! Como vou fazer um trabalho com crianças se nem ao menos me dou bem com elas? – indagou à ruiva, cruzando os braços.

— É só escolhermos uma menina e pronto! – respondeu Draco, dando de ombros.

— Espere! – exclamou Gina, virando-se. – Se você fizer alguma coisa com esse pé, eu o quebro sem dó nem piedade! Entendeu? – perguntou a um menino, que aparentava ter uns seis, sete anos, que se encontrava naquele momento abaixando a perna, parecendo que a chutaria a alguns minutos antes. Apenas confirmando com a cabeça, o garotinho parecia assustado com o tom de voz da ruiva, que lhe encarava profundamente nos olhos. – Ótimo! Agora some da minha frente. – gritando a última parte, Gina espantou o menino, que começou a gritar apavorado. – O que você dizia? – indagou a garota observando Draco, que sacudia a cabeça, assustado com o comportamento da ruiva. – Eu avisei! – comentou, andando logo em seguida.


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— Muito bem: temos que escolher uma criança e rápido, conversar com ela, saber o que ela pensa; qual a atividade extracurricular que ela executa durante a semana e por que, fazer com que ela goste da gente e principalmente: que ela não perceba que não nos damos bem e... Essa garota aqui? – indagou Hermione, observando que Harry nem ao menos prestara atenção nela, e sim em uma menininha de sete anos, que conversava animadoramente com o garoto.

— Oi Mione! – cumprimentou Judy Green, contente.

— Olha quem eu achei perdida por aqui, morena: nossa amiguinha e futura moradora da casa da árvore! – comentou Harry sorridente, fazendo a menina rir mais ainda. – E então Judy, você faz que atividade extra curricular?

— Balé!

— Por quê?

— Minha mãe quem escolheu e, eu sempre quis fazer.

— Você gosta de mim e da Mione?

— Sim.

— Podemos ser responsáveis por você por uma semana?

— Por quê?

— Trabalho de escola.

— Tudo bem!

— E então? Fui rápido? – indagou Harry, observando Hermione, que revirou os olhos. – Muito bem: quem são seus amiguinhos Judy? – indagou o moreno, fazendo a menina lhe puxar para todos os lados, lhe apresentando a cada uma das crianças com alegria. Hermione colocou as mãos na cabeça, seguindo os dois logo em seguida.


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— Então Ronald: qual criança fará o trabalho com a gente? – indagou Luna, olhando para as crianças que corriam de um lado para o outro.

— Sei lá! O que você acha da gente praticar um pouco? – perguntou o ruivo, lançando um olhar sensual para a loira.

— Treinar para cuidar de uma criança? Mas não é isso que a gente veio fazer aqui? – comentou a garota, olhando das crianças para o ruivo, que revirou os olhos. – Que foi?

— Você é inocente mesmo, ou faz isso de sacanagem? – questionou Rony, cruzando os braços. A garota apenas deu de ombros, voltando a observar as crianças. – Escolhe qualquer uma e vamos falar logo com ela. Não quero perder tempo aqui! – terminou o garoto, cruzando os braços e encostando-se na parede próxima.

— Ronald não fale assim... Não estamos em um supermercado em que podemos escolher qualquer produto e levá-lo ao caixa para pagar. São pessoas, têm sentimentos. E são os sentimentos mais puros e sinceros que uma pessoa possa ter... – explicou a loira, olhando indignada para o garoto, que a observava, como se não prestasse atenção. – Você por acaso ouviu alguma coisa que eu disse? – indagou, cruzando os braços.

— Ouvi tudinho, loira! E quer saber de uma coisa: você se descreveu com esse discurso de protetora das crianças. – respondeu Ronald, olhando para as crianças. – Pode deixar que eu escolho! Prefere menino ou menina? – indagou, encarando a garota, que lhe olhava com um pequeno sorriso no rosto. – Que foi?

— Você me acha pura, sincera e uma criança de primeira? – indagou, cruzando os braços.

— É! E daí?

— Daí que se me acha uma criança, e você tem sempre um comportamento infantil; significa que você assim como eu, deve adorar crianças e as achar uns anjinhos que caíram do céu e vieram para nos proteger! – comentou Luna, olhando sonhadoramente para o ruivo, que começou a rir. – O que foi que eu disse de tão engraçado? – indagou, cruzando os braços, irritada.

— Anjinhos que caíram do céu para nos proteger? ‘Ta ficando maluca, mulher? – indagou, controlando-se aos poucos. – Tudo bem, vamos escolher logo a criança. – comentou, observando a loira fechar o semblante aos poucos. – Que tal aquela menina batendo no menino ali do lado? Não... Bagunceira demais. E que tal aquela com o ursinho na mão e com o dedo na boca? Não... Infantil demais... Que tal...

— Pare com isso Ronald! Até parece que você está em frente a uma prateleira! – reclamou Luna, olhando com raiva para o ruivo, que se calou. – Que tal aquela menina que está chorando sozinha, sentada no banco? – sugeriu, apontando para uma menina loira, que abraçava o próprio corpo encolhida, sozinha em um banco próximo. – Ela me lembra alguém... – comentou, andando em direção a menina. Rony a seguiu intrigado pelo comentário. – Oi, qual o seu nome? – perguntou Luna para a menina, que soluçava.

— Ma... Ri. – respondeu a menina, encarando-a com os olhos vermelhos.

— Por que você está chorando Mari? – perguntou a mais velha, sentando-se ao seu lado.

— Por que a minha boneca sumiu. – respondeu Mari, com a voz manhosa.

— E está chorando só por causa disso? Fala sério... Vamos procurá-la! – resmungou Rony, estendendo a mão para a garotinha, que a aceitou envergonhada. – Sou Rony e esta é Luna e vamos ajudá-la. – falou o ruivo, enxugando os olhos da garotinha em seguida. – Ficar chorando não vai resolver nada! E depois que encontrarmos a boneca, você vai nos ajudar a cuidar de você por uma semana está bem, Mari? – questionou o ruivo, fazendo a menina confirmar com a cabeça. Assustada com o comportamento de Rony, mas ao mesmo tempo ansiosa por obter ajuda para encontrar a boneca. – Então vamos. – concluiu, andado de mãos dadas com a menina.

— Você sendo gentil? Que isso? – indagou Luna, acompanhando-os.

— Fale isso para alguém, e você morre! – sussurrou o ruivo para a garota, que fez um sinal de silêncio com as mãos.


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— Precisamos de uma criança calada, quieta, que apenas responda as nossas perguntas, que não fale muito, que não seja muito chata nem curiosa, que goste de brincar, mas não com a gente, que não tenha alergia, mas que também não seja hiper-ativo, que não... – comentava Gina, contando com os dedos as exigências feitas. Draco apenas sacudia a cabeça, sem acreditar no que ouvia.

— Você quer uma criança ou um robô? – indagou o loiro, assustado.

— Será que a Minerva aceita se for um robô? – perguntou à ruiva, interessada.

— Gina fique calma, são apenas crianças, não assassinos em série!

— Não acredito... – sussurrou a ruiva, correndo em direção a um bando encostado na parede, sentando-se e procurando algo no chão logo em seguida.

— O que você está procurando Gina? – indagou Draco, olhando-a curioso.

— Me roubaram uma boneca exatamente aqui quando eu tinha uns sete anos... Nunca vou me esquecer daquele dia... – comentou a ruiva, voltando a procurar algo.

— E você pretende encontrá-la? Agora? – questionou o loiro, olhando para a garota como se ela não existisse.

— É claro! Já que estou aqui mesmo... – declarou a ruiva, sem nem ao menos encará-lo.

— Sabe quantos anos se passou desde que este acontecimento histórico aconteceu? Dez anos! – exclamou Draco, sacudindo os ombros da ruiva, levantando-a. – Nunca que essa boneca vai estar aqui!

— Você por acaso está sugerindo que estou velha? – indagou Gina, olhando com raiva para o garoto, que começou a rir da situação, fazendo a garota rir junto. – Desculpa essa minha loucura ‘ta legal? É que as lembranças que eu tenho desse lugar não são nada boas e... Moleque eu já não te falei pra sumir da minha frente? – gritou para o menino, que tentava lhe chutar novamente. – Qual o seu problema garoto? – indagou à ruiva, encarando-o cheia de raiva.

— Como você percebe quando estou perto? – indagou o menino, confuso e assustado.

— Boa pergunta, moleque! – declarou Draco, cruzando os braços.

— Anos de experiência com pestes como você! – respondeu à ruiva, bufando. – E por que você fica levantando essa perna perto de mim? Faz karatê por acaso? – questionou a garota, cruzando os braços.

— Não, eu faço judô! Já sou até faixa azul ‘ta! – vangloriou-se o menino, com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Grande porcaria isso...

— Gina... – repreendeu Draco, olhando novamente para o menino. – Que legal que você faz judô garoto. Qual o seu nome?

— Jonathan! – respondeu o garoto, olhando animado para o loiro, que lhe sorriu.

— Eu sou Draco e essa daqui é...

— A garota que está doida pra te bater. – murmurou a ruiva, sendo ignorada pelo loiro ao seu lado.

— Gina!

— Você é animadora de torcida da Liverpool School? – indagou o garoto, apontando para a garota, que se encontrava naquele momento com o uniforme da escola.

— Não... Estou usando essa roupa de sacanagem! Que garoto idiota...! – reclamou à ruiva, cruzando os braços.

— Liga para ela não Jonathan... E então, gosta de fazer judô? – perguntou Draco, ajoelhando-se perto do menino.

— Gosto muito! Vou ser até atleta de verdade quando crescer! – exclamou a criança, orgulhoso de si mesmo. – Já ganhei várias medalhas...

— Tudo de latão... – sussurrou Gina, olhando para as próprias unhas.

— Ninguém te chamou para a conversa! – gritou Jonathan para a garota, que se assustou com o berro do menino.

— Que foi? Vai chorar por algum acaso? – indagou, cruzando os braços.

— Você é muito chata!

— E você intrometido!

— E você é uma feita!

— Eu não sou feia! – exclamou a ruiva, indignada. – Olha o que ele falou de mim Draco! – reclamou Gina, com raiva.

— Será que dá para vocês pararem de brigar? – questionou nervoso. Os dois apenas bufaram, cruzando os braços. – Jonathan, aceita fazer um trabalho conosco?

— O que?! – indagou Gina, assustada com as palavras do loiro.

— Aceito! – respondeu o menino, animado pela idéia de irritar a ruiva. – Começamos quando?

— Que tal nunca? – questionou Gina.

— Amanhã você tem judô aqui na escola? – indagou Draco, ignorando novamente a menina. Jonathan confirmou com a cabeça. - Ótimo! Encontramos-nos amanhã então... – emendou, puxando a ruiva logo em seguida para longe do menino, que voltou a brincar. – O que deu em você?

— O que deu em mim? O que deu em você para chamar aquele menino? Não tínhamos combinado de que seria uma menina? – questionou, cruzando os braços.

— Tínhamos, mas você encontrou alguma por acaso? Não! Sabe por quê? Estava ocupada demais reclamando de todas as crianças do lugar! – respondeu o loiro, explodindo com a menina, que apenas abaixou a cabeça, envergonhada. – Me desculpe, ‘ta legal? Mas é que você enlouqueceu como uma criança e...

— Não... Eu que devo pedir desculpas, sabe... Fui infantil... Mas é que esse lugar não me traz boas lembranças... – comentou a ruiva, olhando ao redor. – Eu era a menininha que todos implicavam, sabe?! Puxavam minha trança, roubavam meus brinquedos, não me chamavam para brincar... E eram meus próprios irmãos... Imagina o que as outras crianças faziam comigo! – voltando-se para o garoto, suspirou. – Prometi para mim mesma que isso não voltaria a acontecer...

— E então, você virou uma estrela da Liverpool School! – comentou Draco, cruzando os braços.

— Exatamente! E de debochada, passei a debochar... – cruzando os braços, Gina saiu do lugar. – Você não vem? Já são 17h00min horas... – perguntou para Draco, que a seguiu, sem declarar uma palavra.


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— Bem, já são cinco horas, Harry... Vamos embora? – indagou Hermione, observando o moreno brincar animadamente com os amiguinhos de sua futura “inquilina” Judy.

— Ah... Já? Mas ainda está tão cedo... – reclamou Harry, fazendo uma careta triste. Reparando o olhar da morena, levantou-se correndo, despedindo-se das outras crianças. – Valeu galera, até mais... Vamos Judy? – convidou o moreno, fazendo os olhos da menina brilharem.

— Posso ir embora com vocês? – perguntou a menina, feliz da vida.

— Claro que pode! Você é nossa vizinha, vamos para o mesmo lugar... Qual o problema? – indagou o garoto, cruzando os braços.

— Harry, e se a mãe dela aparecer para buscá-la? Ela vai se preocupar. A Judy não pode ir embora com a gente assim e... – tentava justificar Hermione, fazendo a menina deprimir-se aos poucos.

— É Mione, você tem razão... Vemos-nos amanhã então Judy! – comentou Harry, bagunçando os cabelos da menina, que sorriu.

— Espera aí: você disse mesmo que eu tinha razão? – indagou Hermione, ainda espantada pelo comentário do moreno. Os dois caminhavam em direção a saída.

— Claro! E não tinha? – retrucou Harry, lhe encarando de lado.

— Tinha, mas... – tentou explicar a morena, sem saber como começar.

— Esquece isso, ‘ta legal?! Agora... Preciso de um favor...

— Sabia que tinha alguma coisa! O que você quer Potter?

— Seu caderno de economia doméstica emprestado!

— Só isso? – indagou a morena, estranhando o pedido inusitado.

— Sim, só... Está aí com você? – indagou, abrindo a porta para deixá-la passar.

— Está! Devolve-me amanhã? – perguntou, estendendo o caderno para o moreno, que aceitou.

— Claro, sem problemas...


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— E então? O que você achou da Mari? – indagou Luna, andando com Rony em direção a saída.

— Legal...

— Só legal? Rony você foi simpático com ela! Você nunca é assim com ninguém! – declarou a loira, olhando sorridente para o garoto.

— Andou me observando, gata? – perguntou o ruivo, deixando a menina sem graça. – Tudo bem, por que eu também andei te observando! – comentou o garoto, fazendo a menina encará-lo, confusa. – Você é bem gostosinha!

— E você um mal educado que não sabe falar com as mulheres!

— Quer me ensinar a falar? – indagou, puxando o braço da loira, fazendo com que os dois se encarassem nos olhos. Luna sentia o coração bater rapidamente.


“Isso não pode estar acontecendo, não pode...” pensava a loira, aproximando-se cada vez mais do ruivo. Quando achou que algo iria acontecer...


— Luna, vamos embora! – gritou Draco, fazendo os dois se separarem rapidamente.

— Nos vemos amanhã? – perguntou Rony, soltando-a.

— Claro! Tchau. – declarou, correndo logo em seguida.


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— Minha filha, eu e seu pai vamos sair junto com os Potter para jantar e... Mas o que está acontecendo aqui? – indagou Rosely, olhando assustada para o quarto da morena.


Ao chegar em casa após a detenção, Hermione procurava desesperadamente por uma certa carta. Se não estava enganada, a carta encontrava-se em certo caderno. “Tomara que não seja o de economia.”


— Faxina! – declarou a morena, encarando a mãe, sentada no chão. – Mas o que você veio me avisar? – indagou, levantando-se.

— Bem, eu e seu pai vamos sair com Lílian e James para jantar. Eu ia chamá-la para vir conosco, mas pelo que vejo, quer arrumar esse quarto, não é? – indagou, olhando divertida para o quarto totalmente bagunçado. A morena apenas concordou com a cabeça. – Tudo bem, tem comida na geladeira se sentir fome, não devemos demorar!

— Tudo bem mamãe, divirta-se! – exclamou, dando um beijo no rosto da mulher.

— Está tudo bem, Hermione?

— Claro que está mamãe, agora vá se divertir enquanto arrumo o meu quarto! – declarou, empurrando a mulher para fora do local.


Encontrando-se sozinha novamente, a morena olhava de um lado para o outro, sem saber aonde mais procurar.


– Não pode estar no caderno de economia, não pode...!


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Ao entrar no quarto, o moreno começou a procurar por seu caderno de economia, que com certeza estava em branco. Mexendo em sua mochila para pegar o caderno de Hermione e começar o trabalho chato de passar todo o conteúdo a limpo, deixou cair uma folha com a letra da morena.

— O que é isso? – indagou, abrindo a folha para ler o que havia escrito.


Ao ler cada palavra, Harry não acreditava no que tinha em mãos: o verdadeiro motivo da ira da morena sobre si.


Lembrava-se daquele dia em questão na folha: foi a data exata em que entrara para o time de futebol da Liverpool School. E foi naquele dia que perdeu a melhor amiga...


- Inicio do Flash back -


— Mione preciso falar com você! – falou Harry, batendo desesperadamente na porta do quarto da melhor amiga.

— Vai embora, Harry! – respondeu a menina, com a voz embargada.

— ‘Ta chorando, morena? O que aconteceu? – perguntou ele, preocupado. – Olha, se você está chateada comigo por que eu esqueci de te encontrar na hora do almoço, me perdoa, eu prometo que nunca mais eu faço isso! Agora abre a porta que eu tenho algo muito importante para te falar! – declarou, animado com a idéia de comentar com a morena que conseguira a vaga de atacante do time de futebol da escola.

— Eu também tenho: some daqui agora! – pediu a menina, abrindo a porta do quarto.


Ao encará-la, Harry não soube o que dizer: a amiga encontrava-se com o rosto inchado e totalmente molhado de lágrimas. Os olhos encontravam-se vermelhos, e ela soluçava descontroladamente.


— O que aconteceu morena? – indagou o amigo, preocupado com a menina. Tentando se aproximar, levou um susto ao ser empurrado para longe.

— Sai daqui! Some da minha casa, da minha vida! SAI DAQUI! – gritou Hermione, empurrando-o em direção as escadas, dando socos em seu peito.

— Pare com isso morena! O que eu fiz? – indagou Harry, segurando o braço da menina.

— NÃO ME CHAMA DE MORENA! – berrou ela, assustando-o. – SAI DAQUI AGORA! – declarou, apontando para a porta. – Se não eu te empurro escada abaixo, e aí sim você perde a sua vaga no time de futebol!

— Você já sabe?

— Sei... E sinceramente, pouco me importa se você vai ser jogador ou não, na verdade: eu não me importo com você! Não quero te ver nunca mais! – exclamou Hermione, chorando desesperadamente.

— Para com isso, Hermione! É claro que você se importa comigo, assim como eu me importo com você e...

— Você nunca se importou comigo! NUNCA! NUNCA, FOI MEU AMIGO, NUNCA SE INTERESSOU PELOS MEUS SENTIMENTOS, NUNCA! – berrava a menina, descendo as escadas, correndo em direção a casa da árvore, fazendo com que Rosely e Carl a seguissem. – EU ODEIO ESSA CASA! EU ODEIO TUDO QUE VIVEMOS JUNTOS, EU TE ODEIO! – gritou, olhando de Harry para a casa, respectivamente.

— Para com isso, os meus pais e os seus estão olhando. – sussurrou o moreno, segurando braço da morena, que se soltou brutalmente.

— Está com vergonha? Tem vergonha de mim? – indagou, com um sorriso sarcástico no rosto.

— Nunca tive vergonha de você, Mione! Se esse ataque é por causa do almoço, me desculpe, eu prometo que nunca mais te deixo esperando! Mas é que eu fui chamado para fazer o teste do time e...

— Isso não tem nada haver com futebol, Harry! Deixe de ser cínico! – declarou a morena, chorando cada vez mais.

— Como assim: cínico? Eu nem sei sobre o que você está falando e... – antes que pudesse dizer algo mais, Hermione começou a socá-lo, fazendo com que Carl a segurasse. – O que deu em você? – indagou, começando a se irritar com a menina.

— EU TE ODEIO E ODEIO ESSA CASA DA ÁRVORE! NÃO QUERO NUNCA MAIS FALAR COM VOCÊ! – declarou a morena, fazendo com que lágrimas começassem a se formar nos olhos de Harry.

— Não fala isso Mione... – comentou Harry, deixando com que lágrimas escorressem de seus olhos.

— NÃO ME CHAME DE MIONE, POTTER! – gritou a morena, fazendo com que Carl a segurasse com mais força. – NÃO FALE NUNCA MAIS COMIGO! EU TE ODEIO! – murmurava Hermione, sendo puxada pelo pai para dentro de casa.

— Mas o que eu fiz? – indagou o moreno, tentando entrar logo em seguida na casa dos Granger, sendo impedido por James.

— Acho melhor você não ir lá, Harry! – declarou o homem, abraçando o filho logo em seguida.



- Fim Flashback -


- Acho que acabei de descobrir o que fiz... – declarou, encarando o papel.


Sabia exatamente o que tinha que fazer!


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Arrumando o quarto desanimada, Hermione se assustou ao ouvir uma voz conhecida gritar pelo seu nome em frente a sacada do lugar.


— Hermione, olha pra cá! – ao olhar para baixo, a morena encontrou uma cena cômica: Harry encontrava-se segurando uma caixa de bombons, os seus favoritos, tentando subir a sacada, com certa dificuldade.

— O que você está fazendo? – indagou confusa.

— Achei a carta e estou tentando pedir perdão!

— Essa casa tem escada e campainha, você sabia disso?!

— Você abriria a porta para mim? – indagou, encarando-a. Antes que a garota declarasse algo, Harry caiu no chão, gemendo de dor logo em seguida.

— Olha o que você fez... – sacudindo a cabeça, Hermione saiu correndo do quarto. Quando se aproximou do garoto, pode observá-lo tentar levantar-se sozinho, colocando a mão nas costas. - Se machucou? – perguntou, preocupada.

— Me perdoa? – indagou, encarando-a.

— Você leu a folha?

— Sim... E fui um idiota por ter dito tudo aquilo! Não mereço o seu perdão e sei que talvez você não me perdoe, mas...

— Pare! Consegue andar? – indagou, observando cada parte de seu corpo.

— Consigo, só estou com uma dor chata aqui, mas esse não é o assunto!

— Claro que é! O campeonato começa nessa sexta e eu não quero que você fique de fora do time! Coloque gelo nas costas e isso passa rapidinho! – sugeriu, andando em direção a casa.

— Mione, será que dá para você me ouvir pedindo desculpas? – indagou, encarando-a. Se aproximando, a morena pegou a caixa de chocolates do chão, sem deixar de encará-lo.

— Pelo menos agora você sabe o motivo! E eu aceito os chocolates! – respondeu, afastando-se logo em seguida.


Saber o motivo era fácil, mas como conseguir o perdão?

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N/A: ufa.. ate q fim terminei esse cap... 13 pags.. sabem o q eh isso???
mta coisa neh?! gostaram do cap??? fiquei com uma peninha do Harry *.*... mas foi momento passageiro!!! hehehe

Agradecimentos especiais p/:

Jessy_Potter: T amu betaaaaaaaaaaaaaaaa hehehe

Sara: Menina... mas vc perturba mto.. hehehe msmo assim t gosto mto... gostou do bonus??? e desse cap???

James V Potter: Joao... msmo qndo vc naum tem inspiraçao p/escrever os coments, EU AMO D+ hehehe

Paulinha Loukinha: Mata o Harry naum... ele eh tam fofo *.* hehehe gostou desse cap?? to sumida neh!??!?! foi malz... mta coisa acontecendo =/

Mione03: Mata o Harry naum.. hehehe ele foi um idiota?? sim! d+!!! mas sera q.. naum, naum tem desculpa!!! hehehe poxa... nuam vou poder t dar o Draco.. esta rolando um clima entre ele e a Gina... mas naum conta p/ninguem ta!?

Angel: Sera q ele naum faria??? Nem msmo por uma vaga no time de futebol??

Ywoollyanna: nossa... me sinto honrada em fazer uma legitima H/G ler uma fic H/Hr.. hehehe so quero ver seu coment... hehee

Nick Granger Potter: axo q a explicaçaõ desse ato infantil do Harry vem nos proxs caps... mata o Harry naum... hehehe

Giovana: Oh.. obrigada por gosta!!! * autora emocionada *

Serena: Menina... seus coments cresceram.. q emoção *.* veio rapido msmo o motivo neh!??! hehe mas eh pq eu tava doida p/escrever da luta do Harry p/reconquistar a nossa querida morena!!! Gina naum deu ataque feminista, mas tentou matar uma criança.. kkkk

Ai.. tds querem matar o Harry?? tadinho.. td bem, momento pena passou...
gnte, infelizmente naum sei se o prox cap vai demorar, pq agora vou enlouquecer p/passar pelo vestibular... rezem por mim tah!??! devo sumir d novo... mas prometo naum demorar (tentar pelo -)...

Desculpe se faltou + alguem p/agradecer, mas estou escrevendo essa N/A as 01:21 da madrugada... to com soneca!!!Mas eu amu v6 e tava doida p/posta.. *.*

Bjoks e ate +!!!
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