A preocupação



Era uma noite chuvosa em Londres, Hermione observava tudo pela janela da sala, cansada daquilo, resolveu ir sentar no sofá e ligar a televisão, como não tinha nada de interessante passando ela desligou e foi até a cozinha. Olhou os armários diversas vezes e percebeu que realmente não estava com fome, subiu as escadas e parou em frente a primeira porta que encontrou e abriu imediatamente. O quarto estava iluminado apenas por um pequeno abajur cor-de-rosa, a mulher se aproximou da cama vendo, assim, melhor a menina de cabelos pretos ligeiramente cacheados que dormia profundamente. Quando viu a garota, sorriu e começou a acariciar de leve o seu cabelo, nem percebeu quando ela abriu os olhos, extremamente verdes, e sorriu para a morena.
- Mãe! – disse com uma voz muito fraca.
- Dorme mais um pouco Alexa, você deve estar cansada – disse ajeitando o travesseiro em que a menina estava deitada.
- Eu estou bem! – respondeu, se sentando – Me sinto bem melhor.
A morena colocou uma das mãos na testa da filha, verificando que ela ainda estava quente.
- A febre ainda não abaixou! – ela disse, começando a ficar preocupada.
- Cadê o papai? – a menina perguntou.
- Seu pai ainda está no ministério! – ela respondeu, vendo a filha fazer uma cara de decepção – Você sabe que ele é chefe do departamento de Aurores e às vezes precisa ficar até mais tarde resolvendo alguns problemas.
Alexa balançou a cabeça positivamente, embora tivesse ficado um pouco chateada, quase não via o pai durante a semana.
- Mãe, eu quero água! – ela pediu depois de alguns minutos.
Hermione desceu novamente as escadas e foi para a cozinha, lá colocou água em um copo. Estava muito preocupada, Alexa não costumava ficar muito doente, mas quando ficava, a gripe era mesmo muito forte, sempre a deixavam sem dormir, indo de cinco em cinco minutos no quarto da filha. De repente, ouviu o barulho de chave na porta, quando foi até a sala ver quem era, encontrou um homem moreno retirando sua capa preta que estava toda molhada de chuva.
- Que bom que você chegou! – ela disse, se sentando no sofá.
- Tivemos um problema com comensais no sul da Inglaterra, estava procurando aurores qualificados para ir até lá – Harry disse, se sentando ao lado da esposa – Ia mandar uma coruja avisando que demoraria, mas não tive tempo.
- Está tudo bem! – respondeu.
- Como está Alexa? – ele perguntou, começando a afrouxar o no da gravata.
- A febre ainda está um pouco alta! – disse, suspirando – Não sei mais o que fazer, já tentei de tudo.
- Que tal chamar um curandeiro? – o moreno disse, como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Para darem uma poção para ela, de jeito nenhum! – a mulher disse, se levantado e começando a subir as escadas – Alexa só tem quatro anos, não acho saudável ficar utilizando tanta magia em uma menina tão pequena.
- Luna cuida da nossa filha praticamente desde que ela nasceu, ela sabe o que está fazendo! – ele disse, indo atrás de Hermione – E poção é bem melhor que aqueles remédios trouxas.
- Está certo, pode chamá-la! – respondeu, soltando um suspiro de frustração.
- Antes vou ver minha filha! – disse, passando pela esposa e entrando no quarto.
Quando a menina viu o homem, um sorriso enorme surgiu de seus lábios e levantou da cama.
- Papai! – disse, andando até ele, com os pés descalços.
Nesse momento, Hermione entra no quarto.
- Alexa Granger Potter! Você não pode andar descalça, pode aumentar a sua febre – ela disse, parecendo muito brava.
Harry a pegou no colo e a levou de volta para cama.
- Sua mãe tem razão! – ele disse – Você precisa estar bem quando formos ao parque de diversões amanhã!
- Oba! – ela disse, muito feliz.
- Não acho que seja uma boa idéia levá-la amanhã! – a morena disse – Melhor esperar até a semana que vem.
- Por favor, mãe! – ela pediu com as mãos juntas e fazendo cara de cachorro sem dono (o que lembrava muito Harry).
- Que tal se nós esperássemos até amanhã para decidir? – o moreno perguntou.
A menina balançou a cabeça positivamente e depois de muito pensar, Hermione acabou aceitando. Ela sempre acabava se convencendo de alguma coisa quando esses dois insistiram.
Harry foi ligar para casa de Luna pedindo que ela fosse até lá. Em menos de dez minutos a loira estava tocando a campainha na frente da casa.
Mesmo não querendo, a morena aceitou que a amiga ficasse no quarto sozinha com Alexa para examiná-la, enquanto isso os outros dois estavam na sala esperando.
A mulher estava sentada no sofá com a cabeça baixa, o moreno que até o momento estava em pé, aproximou-se dela e sentou ao seu lado.
- Fica tranqüila Mione! – disse, passando o braço em volta do ombro da esposa – Tudo vai dar certo.
- Eu sei disso! – respondeu sorrindo para ele – Obrigada por estar aqui me apoiando.
- Eu sempre estarei por perto quando precisar – a abraçou com muita força – Você sabe muito bem disso.
Seus rostos foram se aproximando lentamente, os olhos foram se fechando a medida que podiam sentir a respiração acelerada um do outro, seus lábios estava quase se tocando quando ouviram passos da escada. O que os fez se afastar na mesma hora.
- Está tudo bem! – Luna disse, quando chegou perto dos amigos – Dei uma poção que vai fazer a febre abaixar em minutos, ela também vai ficar com um pouco de sono, mas não se preocupem.
- Obrigada Luna! – Hermione disse, abraçando a loira –Você saiu da sua casa a essa hora só para nós atender.
- Não foi problema nenhum, estava em casa sem fazer nada mesmo! – respondeu, com um sorriso.
- Quando é que o Rony volta de viagem? – Harry perguntou.
- Semana que vem! – ela respondeu – Como ele ganhou um dinheiro extra nessa feira de quadribol que o ministério está organizando, vamos marcar a data do casamento muito em breve.
- Mas isso é maravilhoso! – a morena abraçou a amiga mais uma vez – Parabéns!
- Obrigada! – respondeu, ficando ligeiramente vermelha – Acho melhor eu ir embora, está muito tarde e vocês precisam descansar.
Levaram a loira até a porta. E seguida foram até quarto de Alexa, a menina dormia profundamente.
- Ainda bem que está tudo bem agora! – a mulher disse, quando estavam no corredor em frente ao quarto da filha.
- Eu te disse que ia ficar tudo bem! – o moreno respondeu, a segurando pelos ombros.
- Eu sei disso! – respondeu, olhando para o chão – Mas quando ela fica doente eu me sinto tão vulnerável. Queria se calma como você.
- Eu pareço que estou calmo, mas por dentro estou tão nervoso quanto você – riu, fazendo com que ela risse também – Tenho que parecer forte para não você mais nervosa ainda – continuou – Mas também me sinto vulnerável, é uma das únicas coisas que não conseguimos controlar.
- Acho que ainda temos muita coisa para aprender! – ela disse, fazendo-o balançar a cabeça positivamente em resposta – Estou morrendo de sono, vou me deitar.
- Boa noite, Mione! – ele disse.
O homem ficou acompanhando com o olhar a morena se dirigir até a última porta do corredor e entrar no local. Em seguida, ele foi até a porta ao lado daquele que ela entrou e fez o mesmo.

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