N.I.E.M’s



Remo levantou cedo aquela manhã. Tomou seu café habitual e desceu para a biblioteca, para uma revisada na matéria de Transfigurações, afinal, só faltava uma semana para os N.I.E.M’s.
- Pára um pouco de estudar, vai! – chamou Naná balançando seu braço.
- Não posso! Por acaso sabe o que significa N.I.E.M’s?
- É claro que sei! - respondeu ofendida.
- Pois então: são Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia. Entendeu? Exaustivo.
- Arr...tá bom Lupin, me desculpa – respondeu estressada
Ele nem lhe deu atenção. Ela tentou puxar papo de novo:
- Por acaso sabe que dia é hoje?
- Dia quinze, por quê? - respondeu sem tirar os olhos do pergaminho
- Então...lua cheia...?
Ele parou de escrever imediatamente e ficou pálido:
- Porque está dizendo isso? – perguntou de voz dura
- Nada...só lembrei. – disse sentando-se à mesa.
- Você sabe que não gosto quando toca nesse assunto.
- Nossa...tá, esquece, tudo bem! Não vamos mais falar sobre isso.
Ele ficou bastante aborrecido com essa pergunta, e tentou manter distância dela o resto do dia.
- Aí ela começou a tocar naquele assunto. – contou Remo á Lílian na biblioteca, quando estavam a sós.
- Ai, Remo, tá na cara que ela só queria chamar sua atenção.
- pois chamou pelo lado errado. – resmungou – Ela sabe que odeio esse assunto.
- Calma, dá um desconto pra ela...
- Ok! – disse sorrindo.
Ele percebeu que a amiga estava triste.
- Hum, olha eu falando dos meus problemas...você está bem pior.
- Já falamos demais dos meus – disse, fingindo um sorriso.
- Acho que só nos resta estudar, não?!
Eles riram e começaram a estudar. E assim passaram o resto do dia.
Na semana em que se passou, mais três alunos foram parar na enfermaria por estresse ou por estudar demais.
“Felizmente” a semana dos N.I.E.M’s havia chegado.
- Transfiguração, 5º andar, 9:30 – leu alto Sirius, pegando seu horário de exames.
- Bom, ainda temos mais ou menos duas horas para estudar. – disse Remo, puxando de sua mão.
- Estudar? Tá brincando? – riu ironicamente Sirius – Passei a semana inteira estudando. Já sei de tudo!
- Bom pra você então. Eu vou dar uma revisada nos jardins. Você vem Rabicho?
Rabicho fez um breve aceno com a cabeça e seguiu Remo.
- Parece que ele só sabe estudar! - disse Sirius para Tiago, que foi o único que sobrara na mesa. Ele percebeu que o amiga estava muito cabisbaixo e que não dissera uma palavra a manhã inteira. – O que aconteceu dessa vez, Pontas?
- Vai fazer duas semanas – disse tristemente, cutucando suas torradas.
- Ah, qual é...esquece isso.
- Como esquece isso? Almofadinhas, a cada dia que se passa eu tenho certeza de que você nunca amou ninguém na vida!
- Ora, é claro que amei! – disse num tom ofendido – Mas já passou. Fazer o que?
- Nossa, valeu... você tá me ajudando tanto. – disse estressado
Sirius percebeu a mancada e tentou consertar:
- Ok, desculpa então! Foi a parte insensível do meu corpo que falou agora.
- Ah tá, e agora será que a parte sensível poderia dizer algo mais comovente?
- Bom... a parte sensível disse para você parar de pensar nela, porque você já tem um Bufador de Chifre Enrugado na cabeça.
- Nossa...eu poderia jurar que essa é a parte insensível.
Eles riram.
- Tô brincando Pontas, se você ama mesmo ela, vai lá e perdoa. Você sabia que somos nós bruxos, trouxas ou mestiços que complicamos o amor? Ele é tão simples. – disse sonhador.
- Tá, eu já entendi que você tem uma parte sensível – respondeu assustado.
***
Ás 9:30 da manhã todos foram para o quinto andar prestar o exame de Transfiguração, que era prático. Cada aluno era orientado por um professor que sentava em uma carteira na sala.
No final do exame, os Marotos combinaram de se encontrar na sala comunal da Grifinória.
- Mcgonagall me mandou transformar um apito em um relógio. Quase ri da cara dela, afinal, até um aluno do quinto ano sabe fazer isso, não é? – brincou Tiago.
- Você se deu bem...eu cai com o Guiner, o velho parecia que ia me matar. – disse Remo sombrio.
- Queria ter caído com a Mcgonagall. – comentou Rabicho meio triste, não fizera um bom teste.
- E quem não queria? – perguntou Remo.
- Atenção, atenção, todos, por favor! – gritou Alex Fish em uma mesa. Todos se viraram para ele. – Este ano eu e meus amigos tivemos a brilhante idéia de fazer um “Coruja-Sentimental”.
Todos riram.
- Calma, calma...pessoal escuta: a idéia do “Coruja-Sentimental” é mandar bilhetinhos românticos, ou com pedidos de desculpa, pra pessoa que você gosta. Já que estamos no final do ano e talvez, nunca mais nos veremos.
Todos calaram-se, a idéia tinha sido aceita.
- Quem quiser mandar um bilhete eu vou deixar uma caixa e no último dia á gente manada as corujas, por isso é importante vocês deixarem o nome pra quem vai, se não a coruja pode se enganar.
- E como vamos saber se ninguém vai ler? – perguntou Katie Boun.
- A caixa vai estar com um feitiço protetor, ninguém mexe nela.
Ouviram-se murmúrios de concordância.
- Ótimo, acho que todos concordam, então?
- O que acha? –perguntou Naná á Lílian assim que todos cessaram.
Lílian deu os ombros.
- Aí Líli, acha alguma coisa pra você se ocupar...quem sabe assim você não esquece?
- E pra quem eu vou mandar? – perguntou ironicamente
- Sei lá...pra mim!
- Nossa, ótima idéia! Vou agora escrever um bilhetinho surpresa! – respondeu sarcasticamente.
- Tá...já entendi. Fique aí com o seu mau humor que eu vou dar uma volta.
***

Naná estava á caminho da biblioteca quando encontrou Remo:
- Amor! – chamou ela, abraçando-o.
- Pensei que estivesse na sala comunal.
- Estava, mas o mau humor da Lílian não me deixou ficar.
- Tenha paciência com ela Naná...ela ainda está balada por causa do Tiago, e...
- Mas ela não precisa jogar o estresse dela pra cima de mim – interrompeu a garota.
- Dá um desconto...você sabe com ela deve estar sofrendo.
- Eu sei, mas é que já faz tanto tempo... e ela não muda.
- Não é fácil assim! – exclamou Remo.
- Ok! Não estou nem um pouco a fim de escutar você proteger a Lílian.
- Não estou protegendo ela! – retrucou estressado.
- Ah...qual é, tudo o que eu falo você contradiz, Remo.
- Talvez seja porque você está errada. – disse com um tom mandão.
- Não estou errada!
- Ah é, eu é que estou.
- É claro que sim! Você devia estar do meu lado.
- Por quê? –indagou Remo.
- Porque sou sua namorada! – berrou.
- Não é só porque você é minha namorada que tenho que concordar com tudo que diz! – berrou em resposta.
- Pois é isso que devia fazer. – gritou, sacando a varinha. A conversa já estava deixando de ser racional.
Remo sacou a sua também. Ambas soltando faíscas vermelhas.
- Eu pensei que você fosse mais, Lupin. – sussurrou Naná, bem perto de seu rosto.
- Que quer dizer com isso?
- Quero dizer que você não correspondeu á nada. – disse séria.
- Ah...então você quer dizer que não agradei á nenhuma de suas vontades, princesa? - acrescentou sarcástico.
- Eu não esperava mesmo, vindo de você!
Remo estava realmente muito estressado agora:
- Então, porque você ainda continua comigo? Por que não vai procurar um panaca que satisfaça as suas vontades? – berrou vermelho.
- Oppugno! – gritou Naná apontando a varinha para Remo, e de repente, um bando de passarinhos que voavam em cima dos dois, atacou ele arranhando e picando suas mãos que cobria o rosto.
-Expelliarmus! – gritou ele, assim que pôde. Os passarinhos e a varinha de Naná voaram longe.
Eles se contemplaram por um momento.
- Sua...louca. – ofegou Remo verificando sua mão sangrenta.
Ela estava pasma com a própria reação ao ver a mão do namorado.
- D-desculpa. – disse timidamente.
Ele balançou a cabeça negativamente:
- Esquece...esquece tudo. – disse, saindo de cena.
Naná ficou parada lá no corredor, sua cabeça girando...com certeza isso seria só mais uma briguinha de casal...não é?
- Accio Varinha!¬ – chamou tristemente.
***
Na terça-feira os alunos fizeram o teste de Defesa Contra as Artes das Trevas, no Salão Principal, e á noite Astronomia, na Torre.
- Remo! – chamou Naná, após o teste no saguão.
Ele se virou e esperou ela chegar com cara de poucos amigos.
- Será...que poderíamos conversar?
- Acho que não temos nada para falar.
- Como assim? Ainda somos...
- Não somos, Natalie – interrompeu ele – Acho que você não entendeu quando eu disse “esquece”.
- Eu pensei que fosse esquecer aquilo, aquela briga.
- Pois interpretou errado. “Esquece” quer dizer esquecer a história.
- Você quer dizer a NOSSA história! – ela aumentou a voz.
- Que seja...acabou do mesmo jeito, não é?
- Como você pode falar assim, como se não significasse nada para você?
- Você realmente não pensou nisso quando falou aquelas de mim, né?
- Eu...eu estava com raiva, ok?
- Pois eu também estou com raiva agora. E digo que acabou.
Os olhos de Naná se encheram de água. Ela balbuciou por algum tempo. Não havia expressão nenhuma no rosto de Remo.
- Vo-você está fora de si agora...quem sabe amanhã você não...
- Não. Está tomada a minha decisão. E olha...pára de tentar consertar, tá? – disse ele, por fim se afastando.
***
- Se você acha que está certo... – disse Tiago, sentado defronte á lareira, ouvindo a história de Remo.
- Pois eu acho...vê se pode! – comentou amargurado.
- Nunca esperei que você e a Naná pudessem terminar. – disse.
Remo percebeu que o amigo estava observando Lílian entrar pelo buraco.
- De boa Tiago...acaba logo com isso.
- Acho que vou dormir. – interroumpeu, levantando-se – Boa noite.

O exame de Herbologia foi escrito, já o de Feitiços foi prático.
- Caramba, eu não sei até quando vou agüentar isso. É muita pressão. – reclamou Sirius, revirando os livros de cabeça para baixo, procurando um pergaminho com uma anotação importante.
- Calma Almofadinhas, você tem que agüentar só mais dois dias. – disse Tiago.
- Só mais dois dias? Isso é uma vida! – dramatizou.
- Não exagera. – disse Tiago com voz tediosa.
- Ora, ora, não era você quem dizia que já havia estudado demais? – perguntou Remo.
- Tinha. Mas não esperava que os exames estivessem tão difíceis. Exigem uma dose á mais de estudos.
- Sirius Black dizendo isso? Eu realmente ando estudando demais. – comentou Remo com uma risadinha.
- Muito engraçado Aluado. Agora...será que poderíamos estudar?


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gente, os caps tão fikando grand pq tah acabando a fic...só tem mais 4 caps!

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