O Natal do dia 26



O dia amanheceu com muita neve e chuva.
- Nunca mais contrato aquela banda pra tocar novamente! – reclamou a sra. Potter no café da manhã, sentada na mesa. – Não tocaram nenhuma que pedi! Nenhuma!
- Eu achei particularmente boa – falou o sr. Potter
- Ora, francamente! Você sequer prestou atenção nisso! Estava preocupado demais conversando com o primeiro ministro.
- O que aliás, foi uma conversa bem produtiva! – retrucou com veemência
- E você filho? O que achou?
- Hãm? – Tiago que até então se mantivera avulso na conversa, apenas respondeu: – Tanto faz!
- Eu não vi seus amigos, querido...
- Eu vou dar uma volta por aí! – disse, cortando a mãe, assim que percebeu que seu pai não havia lhe contado sobre o ocorrido.
Ele não sabia exatamente onde ia, mas não queria ficar em casa, plantado no quarto lendo “Quadribol através dos Séculos” . Resolveu então andar, coisa que ultimamente se tornava freqüente.
O resto do dia foi parcialmente comum. Apareceu no almoço e foi-se deitar logo após. Leu livros e deu várias voltas em sua vassoura pelos vastos jardins da mansão.
Á noite, já cansado, foi tomar um banho e foi se deitar (embora fosse apenas oito horas da noite). Estava colocando a parte de cima de seu pijama quando ouviu um barulho atrás de suas costas. Levou um susto e percebeu que havia várias pessoas paradas em sua lareira. Ainda segurando a parte de cima do pijama, totalmente aparvalhado, tentou reconhecer as pessoas. Não difícil: mais á frente estava Sirius, ao seu lado encontrava Remo, e mais a trás (o estômago de Tiago revirou) estava Lílian e Rabicho.
- Er...podemos entrar? – perguntou Sirius na lareira.
Tiago não disse nada, mas mesmo assim todos entraram.
- O que estão fazendo aqui? – perguntou rudemente
- É uma longa história! – respondeu Sirius
- Estou esperando. – disse cruzando os braços
- Será que...bom...será que antes, você poderia colocar a camisa? – perguntou Lílian e Tiago reparou que ela estava vermelho-vivo. Ele havia esquecido de sua seminudez e então, tratou logo de colocá-la.
- Bom... – continuou Sirius – Viemos para pedirmos desculpas! – falou claramente, como se estivesse em um discurso.
Todos esperavam uma atitude de Tiago, como este não reagiu, Sirius ,desconfortavelmente, recomeçou a falar:
- Como você ficou sabendo...eu comprei uma casa no centro de Londres, e bem...não foi muito legal passar o Natal sem vocês...Foi péssimo!
- Bom pra você! – resmungou Tiago
- Olha, eu sei que você está chateado, mais estou pedindo desculpas ok? – revidou Sirius.
- Ótimo! Você pensou que eu ia me agarrar aos seus pés te perdoando? Acha que foi só você que teve um Natal ruim? Pois se pensou que estaria com pena porque não teve seu “Natal maravilhoso” esqueça!
Tiago agora ofegava, precisava falar tudo aquilo que estava entravado na garganta.
- EU FUI O INJUSTIÇADO!
- Tiago, nós...
- NÃO LÍLIAN! – berrou ele calando-a – VOCÊS ACHARAM QUE ENQUANTO VOCÊS DISCUTIAM OS MEUS PROBLEMAS, EU PRATICAVA PASSARINHOS?
- Nós não ficávamos discutindo seus problemas – falou Lílian que parecia á beira de lágrimas.
Tiago ignorou-á:
- Vocês acharam que eu ia ficar numa boa, né? Enquanto TODOS vocês se aliavam contra mim...eu com certeza não estaria nem aí! E quer saber? Eu deveria ter feito isso mesmo! Não me importar nem um pouco com vocês! Mais o idiota, o estúpido aqui, ficou se lamentando de ter perdido vocês...!
- CHEGA TIAGO! – agora quem berrava era Remo, que até então não falara nada. – Viemos pra pedir desculpas porque também somos humanos e erramos ás vezes, sabe?
Tiago estava totalmente pasmo com a reação do amigo. Ele continuou:
- O Sirius veio me procurar hoje de manhã, muito triste. Ele disse que estava muito arrependido de ter brigado com você! Foi aí que pensei que, talvez poderíamos vir aqui e dizer isso pessoalmente. E então chamamos a Lílian, porque vocês também estavam brigados!
- Agora se você não quer aceitar – disse Sirius virando-se para a lareira
- Não...espera! – disse Tiago com voz fraca. Sabia perfeitamente que Sirius não era de pedir desculpas e admitir seus erros. – Eu posso ter me exaltado um pouco...mais estou assim á semanas, precisava falar!
- Nós te entendemos. – falou Remo, agora mais calmo e compreensivo. – Erramos...mais acho que podemos voltar, não é??
- Claro! Afinal, eu não agüentava mais isso! –riu aliviado, parecia que um chumbo havia se retirado de seu peito.
Todos ao seu redor riram, também aliviados. E depois se abraçaram.
- Acho que vamos ter que providenciar outra festa de Natal! – disse, enxugando as lágrimas, abraçado em Lílian.
- Ora,ora, as habituais festas da Sra. Potter! Por acaso sobraram canapés? – perguntou Sirius interessado.
- Hahaha, sobrou!
- Ótimo, então...vamos descer!
***


A festa atrasada de Natal na Mansão Potter, não poderia ter sido mais divertida! Sem os pais de Tiago e sem seus convidados chatos, a festa estava perfeita. A banda que tocou na noite anterior voltou, aos protestos da Sra. Potter. Os canapés favoritos de Sirius, também apareceram. Rabicho acabou chamando sua namorada, Sirius, Lana e Remo, Naná.
Ficaram até tarde conversando, dançando e bebendo cerveja amanteigada. Riram e relembraram os velhos tempos e acabaram dormindo na sala mesmo.
Todos acordaram com os raios de sol que batiam nas janelas e refletiam em seus rostos.
- Acho que perdemos a hora! – comentou Lílian esfregando a mão no rosto.
- Já deve ser hora do almoço. – comentou Tiago.
Todos foram acordando aos poucos. Sirius foi o último á se levantar e ir ao banheiro. Logo, Tiago convidou todos para almoçarem.
- Então é você que roubou o coração do meu filho? – perguntou o sr. Potter
Lílian ficou escarlate e riu apenas.
- Fala sr. Potter! – falou Sirius assim que entrou na sala de jantar
- Sirius! – exclamou ele com entusiasmo apertando sua mão – Não sabia que você estava aqui!
- Pois é...cheguei ontem á noite! Me passa as torradas, Remo? – disse sentando-se na mesa.
Foi um café da manhã bem agradável. Com muitas risadas e piadas. Depois, todos foram brincar na neve, e jogar um pouco de quadribol.
Á noite havia chegado tão depressa que ninguém havia percebido. E assim, aos poucos ,todos foram se enfileirando até a lareira para poderem ir embora. Só havia restado Lílian.
- Tiago, nós nem conversamos direito sobre o que aconteceu.
- Tudo bem...
- Olha, eu queria me desculpar...não suportei uma discussãozinha boba e já....
- Esquece! Tá tudo bem!
- Mesmo?
- Sério. – respondeu ele sorrindo
- Bom...então deixa eu ir embora! Até a volta!
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aeee..até q enfim!
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