A Casa do Largo Grimmauld



Capítulo 3 – A casa do Largo Grimmauld

Uma semana depois que retornamos da escola estávamos todos reunidos para o jantar. Estávamos na Toca. Nem precisava ter mencionado onde estávamos. Isso era óbvio! Onde mais estaríamos? A Toca sempre seria nosso refúgio. Voltando ao jantar... Gui e Fleur aproveitaram que a família estava toda reunida para o casamento de Carlinhos, para anunciar que um novo Weasley estava a caminho.

A alegria foi geral. Todos queriam dar parabéns aos novos papais. A Sra. Weasley ficou muito emocionada e a partir de então não parava de paparicar Fleur. Era como se um sopro de vida tomasse conta da Sra. Weasley. Depois de um ano, vi de novo um sorrido em sem rosto sem aquela nuvem de tristeza.

Dois dias depois aconteceu o casamento de Carlinhos e Danna foi muito bonito. Foi uma cerimônia mais simples que o casamento de Gui e Fleur, e para poucos convidados, somente os mais íntimos mesmos, mas estávamos todos mais tranqüilos e felizes.

Já havia feito um ano que tudo tinha ocorrido. Teddy já dava seus primeiros passinhos e balbuciava várias palavras. Ele daria trabalho. Não queria parar no colo de ninguém, queria era circular nos meios dos convidados. Quando ele dormiu, eu e Gina ficamos aliviados, pois já estávamos exaustos.

A festa de casamento foi até de madrugada. Os noivos já tinham ido embora para a Romênia, quando os últimos convidados despediram-se. Estávamos exaustos mais felizes.

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Os dias passaram arrastados, tirando as intermináveis brigas de Rony e Hermione em função da viagem ou de qualquer outra coisa, nada acontecia. Às vezes eu duvidava que aquele namoro pudesse dar certo, mas Rony se mantinha decidido em pedir Hermione em casamento em Paris.

A reforma nas casas seguia vagarosamente. Pedi que agilizassem os serviços na antiga casa dos meus pais, pois no dia do meu aniversário, 31 de julho, sério oficialmente anunciado a comunidade bruxa a sede da Ordem da Fênix e iniciado seus trabalhos sob a coordenação de um antigo auror, Bernard Gallarth, que havia sido muito amigo de Dumbledore e era amigo da Professora McGonnagall.

Além de antigos membros da Ordem, muitos que haviam participado da Armada Dumbledore, a AD, agora também participavam da Ordem. É claro que eu, Rony, Gina, Hermione, Neville e Luna eram os novos membros que encabeçavam os serviços.

A Ordem iria funcionar sob a coordenação de Gallart e com a participação efetiva de McGonnagall, Hagrid, Sr. Weasley e outros membros que tinham participado da primeira formação. Nós, as turmas da AD, também participariamos ativamente, nos revezando nas atividades que a Ordem iria desenvolver.

Nosso objetivo era entrar em contato com vários bruxos do mundo para ter pistas de Comensais da Morte e ou sinais de magia das trevas, negra, coisas do gênero. Queríamos evitar que as coisas se repetissem.

A Ordem também daria assistência a bruxos que precisassem de auxilio, principalmente, os que sofreram e ainda sofrem conseqüências da guerra. Além disso, desenvolveríamos estudos sobre feitiços avançados, magia antiga e poções. Teríamos funcionários e contatos com os ministérios de vários paizes. Em um ano a nova Ordem da Fênix estaria funcionando a todo vapor.

Acho que meus pais, Sirius, Dumbledore e Lupim ficariam orgulhosos dessa iniciativa.

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Meu namoro com a Gina ia muito bem. O fato de morarmos na mesma casa facilitava e dificultava as coisas. Por um lado passávamos o dia todo juntos, por outro, era difícil os momentos em que ficávamos sozinhos.

Quando estávamos em Hogwarts usava o Mapa do Maroto para encontrarmos um local onde pudéssemos ter alguns momentos de privacidade. Mas na Toca não tínhamos um mapa, então apelava para a minha capa de invisibilidade para termos um tempo só para nós dois. Isso até o Rony descobrir o nosso segredo. Daí sim os momentos sozinhos foram ficando cada vez, mas escassos.

E assim os dias iam passando.

Na metade de julho, Rony e Hermione finalmente foram para a tão esperada viagem a Paris. Teve momentos que eu achei que essa viagem nunca ia acontecer. Eles ficariam fora dez dias, junto com os pais dela.

Aproveitava meus dias antes de começar o treinamento para auror, visitando, junto com Gina a casa do Largo Grimmauld, vendo as mudanças que gostaríamos de fazer, como iríamos decorar... Uma das primeiras coisas que concordamos em tirar foi o quadro da Sra. Black. Foi preciso demolir a parede.

Quase não ia ver as obras da sede da Ordem. Aquela casa ainda não me fazia bem. Acho que mesmo mudando muita coisa, sempre seria o lugar onde meus pais foram assassinados.

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Finalmente o dia do meu aniversário chegou e teríamos a inauguração da sede e o inicio dos trabalhos da Ordem da Fênix.

Rony e Hermione tinham voltado um dia antes e ele não havia pedido ela em casamento.

- Não deu cara! – Rony falou enquanto esperávamos as meninas para ir para a sede da Ordem – Não tive coragem.

- Hermione me pareceu bem chateada. O que você aprontou Ronald? – Perguntei.

- Encontramos o Krum! – Rony falou vermelho.

- É... Ronald, o que você aprontou?

- Fiquei com ciúmes... Foi mais forte que eu. – Rony falou, mais vermelho – Você acha que a Mione iria aceitar se casar comigo depois da cena que fiz?

- Er... Acho que não... – Falei.

- Vou ter que acalmar a fera... Nos quase terminamos... – Rony confessou.

- Também, crise de ciúmes!

- Mas era o Krum! – Rony falou pegando fogo – O Krum! Você sabe quem estou falando!

- Mas eles, são só amigos... E a Mione,... ela lhe adora... – Falei dando o assunto por encerrado, pois as meninas acabavam de chegar.

Foi um aniversário diferente, mas que nunca iria esquecer. A cerimônia de inauguração da sede foi muito bonita. Mesmo relembrando os tristes episódios de um ano atrás, estávamos bem.

Foi bom rever velhos amigos, como o Neville que havia passado o último ano fora do país, só havíamos nos comunicado pelo correio das corujas. Vi também a Cho. Gina não gostou muito da presença dela e deixou isso bem claro. Mas Cho estava acompanhada de um bruxo americano. E eu realmente só tinha olhos para a minha ruivinha.

******
Nossa primeira semana do treinamento para auror foi bem tranqüila, pois demoraria um pouco para iniciarmos o treinamento mais pesado.

Já estava me preparando para ir embora, quando Hermione chegou à nossa sala no Ministério, no Departamento de Aurores, atrás de Rony.

- Hei Harry, cada o Rony? – Ela foi direto perguntando.

- Ele já vem! Disse que ia falar com o Sr. Weasley. – Eu disse, terminando de recolher minhas coisas.

- Ah! Harry, o Rony lhe falou de Paris? – Hermione me perguntou meio envergonhada.

- Falou que vocês encontraram o Krum...

- Ele falou o que ele aprontou... Quase me matou de vergonha... – Hermione desabafou – Por pouco não terminei... O que ele pensa que é! Outra ceninha dessas, e eu não vou agüentar, depois veio todo mansinho pedir desculpas... – Hermione não parecia disposta a parar de falar tão cedo, achei melhor interferir.

- Olha Mione, eu não quero me meter no namoro de vocês, mas o Rony te ama... Tenha um pouco de paciência com ele...
- Ah! Harry é isso que eu to tentando fazer... Eu gosto muito dele também... Depois de tudo que a gente passou... – Hermione deu um longo suspiro – Ter ciúmes logo do Krum!

Dei um abraço na minha amiga e resolvi contar para ela que ia pedir a Gina em casamento.

- Nossa! Isso é maravilhoso! – Hermione me abraçou.

- Logo vai ser você e o Rony. – Tentei anima-la.

- Não sei. Desde que voltamos de Paris, as coisa estão estranha. – Hermione falou, ela pareceu bastante chateada com isso.

- Preciso da sua ajuda para o presente da Gina – Falei, mudando de assunto.

- Ok! O que você está pensando?

Contei para a Hermione minha idéia e ela se prontificou a me ajudar.

Rony logo chegou e fomos todos para a Toca.

******
Finalmente chegou o dia do aniversário da Gina. Como era um domingo os Weasleys estavam todos reunidos para o almoço. A gravidez de Fleur já estava evidente, mas os pais não queriam saber se o bebê seria menino ou menina. A Sra. Tonks também estava presente com o Teddy, que corria pelo pátio da Toca.

Estava combinado que a noite iríamos, só nos dois, jantar na casa do Largo Grimmauld. A reforma não havia sido concluída, mas Hermione e Monstro tinham arrumado a sala para o jantar. Seria no jantar que pediria Gina em casamento.

Meu plano era bem simples: um jantar romântico e um lindo anel de brilhante. Somente Rony e Hermione sabiam das minhas intenções, eles ainda não estavam bem. Definitivamente, não era saudável se meter com esses dois.
Passamos o dia nos divertindo, jogamos quadribol, apostamos corrida de vassouras... Foi um dia agradável. No inicio da noite, discretamente, eu e Gina apartamos direto na antiga Mansão Black.

A sala estava iluminada com velas e com a lareira, apesar de ser verão fazia um friozinho gostoso. Havia uma mesa bem arrumada, com velas, flores e a comida era mantida magicamente aquecida.

- Você cuidou de tudo sozinho? – Gina perguntou.

Dei risada.

- Monstro cuidou da casa. Mione deu algumas dicas. - Falei – Gostou?

Gina me beijou demoradamente e depois falou:

- Adorei! É o meu melhor aniversário.

E me beijou novamente.

Peguei sua mão e fomos até a mesa. Tudo estava perfeito! Da comida de Monstro a decoração da sala. Depois da sobremesa, tirei uma caixinha de veludo preto do meu bolso, que há tempos queimava e dei para ela.

- Seu presente! – Falei.

Gina não disse nada, pegou a caixinha da minha mão e abriu. Ficou uns segundos olhando o anel. Eu já estava em pânico com seu silencio, então perguntei:

- Ginevra Weasley quer se casar comigo? - Peguei a sua mão e repeti. – Gina, você que dividir o resto da sua vida comigo?

Gina sorriu.

- Harry, é o que mais quero!

Respirei aliviado. Apesar de saber qual seria a sua resposta, fiquei com medo.

- Harry, meu amor, é claro que quero ser a sua mulher. – Ela tirou o anel da caixinha e me deu – Coloca!

Eu peguei o anel me levantei e fui até ela, coloquei o anel do seu dedo e beijei sua mão, seu braço, seu pescoço, sua orelha, sua boca, sua testa, seus cabelos...

- Você não sabe como me faz feliz. – Falei.

- Sei sim... Eu te amo Harry Potter. – Gina disse no meu ouvido.

- Eu te amo Gina.

******

Algumas horas depois voltamos para a Toca, no outro dia contaríamos a novidade para todos e eu pediria a mão da Gina ao Sr. Weasley.

Quando chegamos Rony e Hermione estavam nos esperando. É claro que eles foram os primeiros a saber, afinal seriam os padrinhos.

Quando as meninas subiram para dormir, Rony comentou:

- Como foi?

- Como foi o quê?- Retruquei.

- Ora! Foi fácil fazer o pedido? – Rony perguntou.

- Foi... Mas fiquei com medo que ela dissesse não.

- E depois? – Rony quis saber.

- Depois o quê? – Me fiz de desentendido.
- Ora! Não rolou nada? Rony falou.

- Que eu me lembre, você disse que não queria saber nada sobre eu e a Gina! – Falei, pegando um copo d’água.

- Hum... Mas... É... É melhor não saber. – Rony falou.

- É... É mesmo... – Falei – Vou dormir. Boa noite! – E subi para o quarto.

Rony ficou com uma grande interrogação.

Nessa noite sonhei com a Gina. Sonhei que já estávamos casados e já tínhamos um filho, um menino. Um menino com os olhos castanhos da Gina.




N/A: Pessoal, quero agradecer a todos que estão lendo. Espero estar agradando. No próximo capítulo já será os preparativos do casamento do Harry e da Gina. Sugestões são sempre bem vindas.
Até o próximo. Abraços

Carolz - que bom que você descobriu, na verdade ainda não tive tempo de fazer propaganda. Vou ficar esperando seus comentários. Abraços.

Penny Lane – Eu também gosto de fics narradas na 1ª pessoa. Os primeiros capítulos foram com uma narrativa mais rápida porque acho que é um período triste, onde eles ainda estão abalados com as perdas, mas precisam tocar a vida, então para não ficar muito deprimente achei melhor dar uma agilizada na história, enfatizando as partes boas. Mas agora as coisas vão se acalmar. Espero seus comentários. Abraços

Fl4vinh4 – o casamento será nos próximos capítulos, mas será o casamento do Harry e da Gina, quanto ao Rony e a Hermione resolvi colocar algumas crises, para apimentar as coisas. Quanto ao rumo da história, não quero fugir do epílogo, mas até ele chegarmos nele, muita coisa pode acontecer. Quero mostrar o meu ponto de vista da história até chegarmos ao epílogo. Abraços

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