Uma ajuda especial



Naquele momento, naquela sala, Harry olhava para sua filha com pesar. Lucy parecia estar à beira de uma crise de choro, e isso ele não poderia deixar acontecer.

Nunca a consolara, mas não julgava ser uma tarefa muito difícil. Entretanto, não sabia como agir, ou o que falar. Olhou-a mais uma vez, a carinha de Lucy não melhorara em nada.

— E então filha, o que vamos fazer agora, hum? – perguntou, encarando a menina, que dera de ombros, sem querer falar. – Quer ver desenho? – perguntou se agachando.


A menina confirmou com a cabeça, sentando-se logo em seguida no sofá.

“Preciso fazer alguma coisa”, pensou Harry, olhando para a filha, que apenas trocava de canal, sem nem ao menos prestar atenção no que estava vendo. Andando em direção ao telefone, pensava em uma única pessoa que poderia lhe ajudar.


— Luna? – indagou logo após a sua assistente atender.


Luna Lovegood era sua empresária e melhor amiga desde que começara na carreira de jogador de futebol. Tinha a sua idade, e era a única que conseguia ser adulta e criança ao mesmo tempo. Uma ótima pessoa para auxiliá-lo neste momento.


— Harry? Só um minuto chefinho, estou acabando de liquidar um guerreiro do mal no vídeo game! Ah desgraçado! - praguejou ela e Harry riu. - Agora que ganhei nada mais, nada menos que: "game over", pode falar...


— Estou com problemas! – disse Harry, tentando se concentrar no motivo que ligara para ela, que naquele momento estava sentado de qualquer jeito no sofá, brincando com o controle remoto da tv.


— De que tipo, mulheres? – perguntou à loira, fazendo um barulho no telefone. – Desculpe estou bebendo leite no canudinho. Mas, prossiga!


— Lucy está aqui em casa. Hermione teve que ir para a África e vou ficar com ela por duas semanas. – explicou, tomando um tom de voz sério. – E agora ela está no meu sofá, toda deprimida. Não sei o que fazer Luna. – esclareceu, encarando a filha novamente, e que naquele momento assistia a Discovery Channel. – Me ajude! – pediu nervoso.


— Ora Harry é fácil distrair uma criança! - respondeu a loira simplesmente.


— E como se faz isso? - perguntou, reparando que a filha mudava de canal novamente.


Harry arregalou os olhos e ficara mudo.

“Oh droga! Aquele canal não!”.
A menina franzira o cenho, achando aquilo muito estranho, girou o corpo para encarar o pai que permanecia atônito. Hermione o mataria se Lucy comentasse isso.


— Papai que canal é esse? Não temos lá em casa, e porque essa moça está...?


Harry não sabia o que fazer, nem muito menos agir. Parecia uma estatua com o telefone preso ao ouvido. Já não escutava Luna tagarelar no telefone, mas sim escutava Hermione o reprimindo, e em seguida batendo nele com qualquer coisa que encontrasse na frente.


— Luna, espero que esteja aqui em cinco minutos, se não vai ser uma mulher desempregada, sem dinheiro, nem para sustentar um cachorro! - exclamou, desligando o telefone na cara da mulher que ainda falava sem parar. - Anjinho, me dá esse controle remoto agora mesmo! – pediu, tentando pegar o controle das mãos da menina, sem sucesso.

A menina negou com a cabeça, ainda prestando atenção na TV e nos ruídos.


— Porque essa moça está gemendo assim? - perguntou inocente. - Ela está morrendo?


"Ah! Vou ter que alugar esse filme depois", pensou Harry, virando a cabeça.

Logo foi despertado dos seus pensamentos, pela menina, que olhava da televisão para ele, curiosa.


— Lucy, não interessa o que estão fazendo, me entrega esse controle agora! - exclamou, tentando não olhar para a tv.


— Me responde primeiro! - exclamou ela. - Por quê? Hein? Porque essa moça está gemendo, e o rapaz está...? O que eles estão fazendo que precisam ficar desse jeito?!


“Com certeza é um número novo! Que posição é essa meu Deus?" - se perguntava Harry, olhando novamente para a tv. - "Que mulher gostosa e... Diabos! Tenho que parar com isso! Pense em outra coisa imbecil!" exclamou a si mesmo, sacudindo a cabeça.


— Lucy, esse filme não é tão bom assim... É sobre... Ele está matando ela, é isso! – falou por fim, suando frio. "Não deixa de ver verdade! Será que prazer leva alguém a morte?"


— Matando? Mas não estou vendo nenhum sangue... Nem um cara encapuzado! - protestou a menina rodeando o sofá ficando mais longe do pai, que suava constrangido.


"Pai do céu, se você me ajudar eu juro que fico um mês sem cantar uma mulher!" – pedia mentalmente aos céus. "Tudo bem, um dia... é...! Um dia!". Concluiu voltando a olhar para a filha, que olhava interessada para a tv.


— Lucy, isso é uma coisa que uma menina da sua idade não devia estar vendo. - disse, abaixando-se para encará-la. - Na verdade, você só pode ver isso quando tiver 25 anos, e fazer somente com 50. Entendeu? - perguntou, olhando sério para a menina.


— Eu não quero que ninguém me mate papai... – comentou Lucy. Harry, suspirando, tentou explicar novamente.


— Olha, isso é uma coisa muito feia e muito ruim está bem? Mas você não queria saber de onde os bebês vêm? Então, você está tendo uma aula interativa.


"Péssima explicação Harry! Hermione vai me matar, vai sim!"


— É assim? - perguntou de boca aberta. - Foi assim que você e a mamãe fizeram pra eu nascer. Você quis matar a minha mãe?! - emendou horrorizada.


— Você acha que eu seria capaz de matar a sua mãe Lucy? - perguntou, lhe encarando curiosamente. - Eu quis dizer matar, mas não de morte, sabe... Era outro tipo de "morrer" entende?! Tudo bem, você não entendeu. E eu não sei como te explicar isso... - concluiu ficando sem ar, em seguida riu nervoso. - Alguma dúvida? – perguntou sorrindo amarelo.


A menina coçou a cabeça, pensativa.


— Quer dizer que só vou poder "matar" alguém quando eu tiver com 50 anos?! Mas isso vai demorar muito, papai. A senhora Cristenssen tem essa idade e vive reclamando que ninguém gosta dela. Acho que é por causa das pelancas! - expôs calmamente. - Eu vou perguntar a mamãe, ela vai saber me responder tudo...


— Lucy, por favor, não pergunte para sua mãe nada disso! - clamou olhando suplicante para a filha. - Nem comenta nada disso com ela está bem? Nem com ninguém! Eu acho que se a sua mãe souber disso eu morro de verdade! - exclamou suspirando. - Tudo bem, não precisa ser 50, 47 já está ótimo pra mim. Agora, pode me dar o controle remoto? - perguntou, estendendo as mãos.


— Está bem, mas ainda quero saber direito esse "negócio"! - comentou estendendo o controle a ele que suspirou aliviado, momentaneamente, pelo menos.


— E eu prometo tentar explicar tudo direitinho. - falou desligando a TV, aliviado. Antes que pudesse dizer algo, a campainha começava a tocar, freneticamente. – Luna... - sussurrou, olhando para a porta. - Mais cinco minutos e você era uma mulher morta! O que ele está fazendo aqui? - perguntou, olhando para o cachorro ao seu lado.


— Oh! Um cachorro! - exclamou Lucy, saindo de trás do pai, e indo abraçar o cachorrinho de pêlos caramelo.


— E você deve ser Lucy! - disse Luna, sorrindo para a menina que, a encarou sorridente. - O nome dele é Scott, igual ao dos X-Men, e deixa de ser chato Harry, eu não podia deixar o Scott sozinho em casa.


— Ele é tão fofinho... - murmurou a garotinha abraçada ao animal. - Oi... Scott eu sou a Lucy... Posso ser amiga dele papai? Posso senhorita? - indagou à Luna.


— Não! Não pode Lucy! Esse cachorro é do mal! - exclamou Harry, olhando com raiva para o cão.


— É claro que pode Lucy, e ele não é do mal! Ele só mordeu a sua bunda por que você gritou comigo. – comentou, encarando o moreno.


— Por que será que eu estava gritando com você hein? - perguntou, cruzando os braços.


— Só por que eu arrumei a sua casa e a decorei com desenhos do Bob Esponja não era motivo para um ataque! - contou encarando novamente a menina, ambas sorriram. - E pode me chamar de Luna, Lucy.


A menina sorriu mais, e acariciou a cabeça do cãozinho.


— Eu gosto do Bob Esponja! - falou animada. - Mas o papai não tem canal de desenho, só um canal estranho, onde as pessoas querem matar as outras!


— Matar as outras... Mas que canal é esse Harry? - perguntou, encarando o homem.


— É um canal, que mostra como fazer bebês... - respondeu Lucy antes.


— Fazer bebês? Mas como... - começou Luna, logo em seguida entendendo as explicações, arregalou os olhos e encarou o homem. - Você deixou a sua filha assistir a um canal pornográfico? Que nojo Harry!


— Luna, cale a boca! - exclamou Harry, com raiva.


— Ele não soube explicar direito, pode me explicar? - pediu a Luna.


— Bem... Não sei, já que seu pai resolveu acabar com o encanto da cegonha... - comentou, olhando marotamente para o homem, que revirou os olhos, irritado. - Tenho uma idéia melhor: por que não vamos comprar livros sobre o assunto? - perguntou, olhando animada para os dois.


— Livros? Eu adoro livros! - entusiasmou-se a menina. Harry ficava tenso a cada segundo. - Mas estou com fome...


— A gente come no caminho. - sugeriu segurando a mão da menina. - Gosta de pizza? Harry, não esquece da carteira. - disse, puxando a menina para a porta da casa.


— Luna, volte aqui agora! – disparou Harry, olhando com raiva para a mulher, que voltou acuada. – Minha mãe vai vir aqui hoje, então tenho que passar o dia todo em casa! – suspirou, cruzando os braços. - Depois eu penso nisso está bem?


— Podemos pedir pizza! Eu tenho o telefone da pizzaria na minha agendinha, eu vou buscar! - sugeriu Lucy correndo até o quarto com Scott em seu encalço.


— Lucy volte aqui com esse cachorro! - gritou, sendo ignorado completamente. - Não sei o que é pior: ficar sem você ou com você nessa casa! - acrescentou olhando com raiva para a loira.


— Ora Harry, não fique de mau-humor, eu não tenho culpa se a distração que deu a sua filha foi num canal erótico! Não era este tipo de "distração" a qual me referia... Por que não tentou algo como vídeo game, xadrez, ou até mesmo um quebra-cabeça?


— Deixa de ser engraçadinha Luna! Você sabe muito bem que eu não a deixei ver nenhum canal erótico está bem?! – indagou, sentando-se no sofá. – E outra: não sei como se cuida de uma criança... Ela tem horários pra tudo. Até para dormir! Amo Lucy, de verdade. Mas não sei se vou conseguir cuidar dela direito.


— Já está a esse ponto? Esse não é o Harry Potter que conheço! - ironizou ela. - É claro que vai cuidar bem dela, tem um ponto ao seu favor, é o pai dela. E pelo que pude notar se dão bem. Então será moleza, e conte comigo. - emendou a loira solidária.


— Você tem razão! Eu não vou me entregar tão facilmente! - exclamou, levantando-se. - Vou ganhar essa partida, marcar gols de placa e surpreender a treinadora!


— É assim que se fala. - encorajou ela.


— É isso ai! – exclamou, andando de um lado para o outro, logo depois fazendo uma cara carrancuda e assustada. - Mas eu nem ao menos treinei... - emendou olhando para a loira.


— Ah! Surpreenda-se então, improvise... - falou ela.


Antes que pudessem declarar mais alguma coisa, Lucy desceu com a agendinha, estendendo-a para o pai.


— Aqui papai! Pizzaria do Tim, é onde agente come sempre. Lembra? Você iria também se a mamãe tivesse deixado! - indagou e Harry sorriu.


— Não se preocupe meu bem, durante essas duas semanas a gente vai lanchar muito junto! - garantiu pegando a agenda da mão da filha, andando logo em seguida em direção ao telefone. - Quer pizza de que? - perguntou, discando.


— De mussarela! - exclamou ela pulando.


— Mussarela, calabresa e quatro queijos! - exclamou Luna, colocando os pés na mesinha da frente. Ao ver que Harry lhe encarava, indagou. - Você fez uma pergunta e eu respondi ué! - acrescentou dando de ombros.


Harry então ligara e pedira as pizzas de acordo com os gostos apresentados mais cedo. Lucy estava impaciente, afinal já passara da hora de comer. Mesmo assim não falaria nada a sua mãe sobre isso. Não queria mais problemas ao pai.


— Muito bem, o que vamos fazer agora? - perguntou Luna, sem tirar os pés da mesinha.


— Primeiro: você vai tirar os pés daí imediatamente, e segundo... Bem... - disse, olhando de um lado para o outro. - O que você quer fazer princesa? - indagou, voltando-se para a filha.


— Não sei... - murmurou coçando o queixo. - Acho que vou ler meu livrinho de histórias. Já que aqui não tem desenho...

— Harry você não tem mesmo nenhum canal de desenho? Que absurdo! – concluiu Luna, sacudindo a cabeça. - Traz o livro pra cá baixinha, me deixa ver se já li! - disse sorrindo. Antes que a menina andasse, porém, indagou curiosa. - Cadê Scott?


— Acho que ele foi pro quarto do papai, ele queria entrar lá então eu deixei... - comentou Lucy.


— Ai meu Deus, minhas roupas! - exclamou Harry, disparando em direção ao quarto. - Luna, se ele rasgar alguma coisa vou descontar do seu salário! – gritou furioso.


— Meu salário já é baixo chefinho. – comentou, seguindo o caminho do moreno. - E o meu cachorro tem bom gosto está bem?! – falou sendo seguida por Lucy.


— Ele não vai querer suas roupas papai, talvez os sapatos? - falou a menina a esmo.


— Meus sapatos italianos! - exclamou Harry, abrindo com força a porta. E não fora outra coisa. Ao entrarem no local, perceberam Scott comendo animadamente os sapatos do moreno, que começou a gritar. - EU MATO VOCÊ LUNA! - berrou olhando furiosamente a loira.


— Se eu fosse você pararia de gritar chefinho! Lembra-se da última vez que você gritou comigo? - indagou, entrando e indo em direção ao cachorro. - Scottzinho solta esse sapatinho sim?! Vai te dar dor de barriga esse sapato feio!


Lucy que os seguira, ria de montão com a cena. Estava começando a adorar a estadia na casa do pai. Ele então estava mais que cômico tentando agarrar o sapato da boca enorme do cão, com Luna ao seu lado.


Em meio a tanta confusão, a campainha soou. Harry nem dera a mínina, tudo que queria era retirar seu precioso sapato italiano das garras daquele monstro!


— Deve ser a pizza! Até que em fim, tava morrendo de fome... Vou atender a porta, tá papai?


— Vai lá anjinho! Devolve-me esse sapato Scott, ou você vai virar cachorro quente! - exclamou o moreno, tentando arrancar os sapatos da boca do cachorro novamente.


— Harry, estamos evoluindo aqui... Você chamou Scott pelo nome! -exclamou Luna, surpresa e feliz.


— Calada Luna, ou nunca mais você vai ver esse demônio vivo!


Lucy assentiu, e foi até lá correndo. Seu estômago vazio, ansiava pela pizza, e já podia sentir o cheirinho bom da comida. Abriu a porta. Mas quem encontrara do outro lado, não fora o entregador gordinho da pizzaria e sim uma bela ruiva, de olhos iguais aos seus. A menina sorrira e agilmente caiu nos braços da avó paterna. Lílian pegou a neta no colo e a abraçou. Novamente Lucy teve vontade de chorar, mas não o fez. Não queria deixar ninguém triste. No entanto o abraço da avó, era tão parecido com o de sua mãe, que seu coraçãozinho apertava.


— Que foi minha querida? - indagou Lílian, sem soltar a neta do abraço apertado. - Você está bem? - perguntou, afastando o rostinho da menina, para poder encará-la. Reparou que Lucy se segurava para não chorar, começando a se irritar com seu filho. - Aconteceu alguma coisa Lucy? O que seu pai fez? - indagou fechando a porta atrás de si.


— Nada vovó... - falou chorosa. - Eu que já estou com saudade da mamãe...


— Oh meu anjinho... - disse, abraçando novamente a neta. Antes que uma das duas declarasse algo, viram o cachorro correndo em direção de ambas, com o sapato ainda na boca.


— Volte aqui seu cão dos diabos! - exclamou Harry, furioso. - Mãe? – perguntou parando no meio da sala, surpreso.


— Senhora P! - exclamou Luna, sorrindo para a ruiva a sua frente.


— Pensamos que era a pizza, mas na verdade é a vovó papai! – comentou Lucy, animadamente.


— Pizza? - indagou Lílian, olhando furiosamente para o homem a sua frente. - Você vai dar pizza de almoço para uma menina de sete anos?


— Eu adoraria ter que comer pizza como almoço quando eu tinha sete anos! - disse Luna, dando de ombros. A ruiva a encarou perplexa. - Que foi? Eu como no café da manhã agora que tomo conta de mim mesma. Tem algum problema? – indagou rindo sem graça, e encolhendo-se.


— Fui eu que pedi vovó... E pra não me deixar mais triste o papai aceitou. - explicou a menina aliviando a barra de Harry.


— Não precisa defender o seu pai Lucy, você é uma criança! - disse, dando um beijo na testa da neta, encarando o moreno em seguida. - Que tipo de pai é você que sai gritando com um cachorro, pede pizza para o almoço de uma criança e a deixa atender a porta sozinha?


— Calminha aí, Sargento Potter! - exclamou Harry, tentando se defender. - Hoje o dia está meio esquisito! E esse cachorro é da Luna, então brige com ela. - acrescentou colocando a loira na sua frente.


— Comigo? - indagou Luna, assustada.


A campainha novamente soou, e Lucy pediu em seu íntimo que fosse a pizza. Realmente estava morta de fome. Desceu dos braços de Lílian e foi correndo abrir a porta. Mesmo depois de tudo que a avó dissera para repreender o pai por conta da comida.



— Oi, Willard! - exclamou a menina ao abrir a porta e agora sim se deparara com o entregador.


— Olá pequena Lucy, trouxe sua maravilhosa pizza de mussarela. - falou o homem.


— Eba! Eu estava mesmo com fome! - exclamou pegando a caixa que o homem oferecia. - Papai agora você pode pagar... E dar uma gorjeta para o Willard, a mamãe sempre dá uma gorjeta.


— Argh! Tudo bem... - concordou Harry, andando em direção a porta. -As três estão aí? - perguntou pegando as outras pizzas.


— Sim senhor. - disse Willard, estendendo-as. - São 60 libras. - emendou estendendo a mão.


Harry então pagou e o homem, e ele se foi, acenando para Lucy, que cheirava com gosto o pedaço de pizza.


— Vamos comer? - indagou ela sem jeito, quando reparou estar sendo observada.


— Mãe? - indagou Harry, lhe observando. Lílian não disse nada, mas olhou feio para o filho. Reparando que ninguém dizia nada, Luna pegou as pizzas.


— Enquanto esses dois brigam a gente come pizza Lucy! - falou sorridente. Olhando para Lílian, comentou. - Não adianta me encarar com essa cara, não sou sua filha!


— Harry, imagine só quando Hermione descobrir que anda negligenciando a alimentação de Lucy! - repreendeu Lílian séria, logo depois de Luna ter levado Lucy para a cozinha.


— Que tal a gente só comer a pizza mamãe? Depois conversamos sobre isso, o que você acha? -indagou o moreno, com um sorriso no rosto.


— Sempre fugindo quando as coisas ficam mal pro seu lado, Harry Potter, encare as responsabilidades meu filho! E Lucy é sua responsabilidade agora, e fique certo de que não darei mesmo trégua a você! - falou ela e Harry fizera uma careta.


— Não sei por que daria agora, nunca deu... - resmungou Harry, baixinho. Ao ver que estava sendo observado, sorriu novamente. - Onde está o papai, mamãe? - perguntou, mudando de assunto.


— Seu pai está trabalhando oras! Ou fingindo que trabalha... Ele pensa que me engana... - falou a esmo.


— Meu pai trabalha muito Sra. Potter, não fale assim dele! - protestou tentando defender o pai. Vendo que Lílian estreitava os olhos, comentou baixinho. - E então eu não falo assim com você!


— Harry não tente mudar o foco do assunto... - comentou a ruiva, erguendo a sobrancelha.


— E qual o assunto? - indagou, fazendo uma expressão de desentendimento. - Achei que estávamos falando da família Potter.


— De você preferencialmente! - exclamou ela.


— E o que a senhora quer saber de mim que já não “saiba”, mamãe? - perguntou, cruzando os braços, logo depois suspirando. Sabia que não poderia enrolá-la por muito tempo. - Por que você não tenta me dar um crédito?


— Filho, já reparou que vive pedindo créditos, mas nunca age literalmente por eles, ou quando os recebe. Perceba que Hermione lhe deu um crédito enorme deixando Lucy com você... - comentou a mulher, que suspirou fundo. - E ela me deixou a encargo de vigiá-lo, e é o que vou fazer!


— Então se tornou um cão de guarda para a sua favorita? - perguntou, dando um meio sorriso, fazendo a sua mãe lhe dar outro de volta, mas um tanto irritado. - Tudo bem! Não falo mais isso. Mas só para você saber, eu estou tentando... Eu quem sugeri para Hermione de você me vigiar! - contou cruzando os braços. - Estou tentando de verdade, será que pode me ajudar?


— E quando eu lhe neguei ajuda alguma vez na vida? - indagou e ele sorriu. - Só não tente me passar à perna, eu sou mais esperta que você. Bem... Minha vistoria de hoje, acabou, vou lhe dar um desconto, é seu primeiro dia como "pai efetivo" então que pizza não venha a ser o principal alimento de Lucy.


— Pode deixar... Hambúrguer, e Batata frita também é uma boa opção, não é? Brincadeira! - incluiu, ao receber aquele olhar de sua mãe. - Come pizza com a gente? - perguntou, apontando para a cozinha.


— Não vai dar querido. Tenho que visitar umas amigas, antes de voltar para casa. - falou Lílian. - Vou me despedir de Lucy...


— Tudo bem... - assentiu seguindo a mulher em direção a cozinha.


Lílian então seguiu até lá, onde encontrou a neta comendo com as mãos e bocas sujas. A pobrezinha devia estar faminta. Dirigiu-se a ela, ignorando Luna. Deu um beijo na testa da menina que sorriu.


— A vovó já tem que ir meu bem, qualquer coisa que precise e que seu pai não saiba me ligue eu venho a qualquer hora do dia e da noite. - falou ela.


— Tá bom vovó... Mas queria que ficasse mais! - falou Lucy engolindo o restante da pizza de uma vez.


— Não posso docinho, mas volto assim que der. - acrescentou sorrindo e acariciando os cabelos da neta.


— E quando eu precisar, a senhora vem me salvar? - perguntou Luna, engolindo uma pizza inteira. Reparando que todos lhe encaravam, acrescentou, rapidamente. – Harry vai matar a mim e ao Scott, Sra. P. Tem que me salvar de um desastre. – pediu olhando do moreno para mãe dele.


— Ele não vai matar você... - falou ela olhando séria para o filho, que assentiu a contra gosto. - Aliás, Lucy está aqui, ouviu querida? Se seu pai tentar matar a Srta. Lovegood ligue pra mim.


— Eu ligo vovó! - concordou Lucy. - Posso comer outro pedaço de pizza, papai?


— Te amo sra P! – declarou Luna, abraçando a mulher, beijando-a no rosto.


— Pode comer meu anjo! - consentiu Harry, sentando-se a mesa logo em seguida.


— Eba! - exclamou atacando outro pedaço.


— Então eu já vou indo, e uma dica Harry: siga a tabela que Hermione deixou. - falou a ruiva soltando-se de Luna. - Até logo filho. Luna? – despediu-se com um aceno.


— Pode deixar mãe, até logo. - disse o moreno, pegando um pedaço de pizza em seguida.


Luna acabara de comer e ajudara Lucy com a arrumação da cozinha. Por um motivo que ela já conhecia Harry não comera muito, ficando o mais longe possível dela e do cachorro. Sabia que o moreno fazia de tudo para controlar a raiva que sentia, por Scott ter se alimentado de seus sapatos italianos. E qualquer queixa acabaria com suas chances, tanto com a mãe, quanto com Hermione, que era a quem mais queria agradar. Logo a loira se despediu tratando de sair o mais depressa dali levando o cão, depois de alguns protestos de Lucy que se apegara ao bichinho.


A menina agora estava bem alimentada, mas ainda não tinha nada de interessante e produtivo para fazer. Resolveu ir para seu novo quartinho, e ler. Depois disse à Harry que tomaria um banho.


Logo que Harry ouvira a porta do quarto da menina se fechar, sacou o telefone e ligou para o serviço de TV a cabo.


— Não acredito que me colocaram para falar com um robô! - resmungou, teclando logo em seguida a tecla pedida. - Que demora... De novo? - indagou, apertando novamente a tecla exigida. - Até parece que a minha ligação é muito importante para eles... - murmurou sentando-se no sofá, sem soltar o telefone. - Outra tecla. - já começava a se irritar. - Até que fim alguém de verdade. Olá, meu nome é Harry Potter e gostaria de cancelar alguns canais e adicionar outros e... Ah, esse não é nesse setor? Pode me transferir? Obrigado. - emendou ouvindo logo em seguida a musiquinha irritante. - Que coisa mais chata... Ah! Olá. – começou explicando novamente a situação. - E quanto isso vai me custar, quanto vou ter que pagar por esse serviço? - perguntou, batendo o pé no tapete, ainda por cima a mulher era surda. - Tudo bem, eu aceito. Quanto tempo vai levar...? 24 horas...? Perfeito...! - declarou, satisfeito por desligar o telefone. - Ufa, até que enfim!


___________________




No aeroporto, Hermione acabara de chegar correndo, apressada, procurando por Draco, que naquele momento olhava para o relógio, e andava de um lado para outro, ansioso.


— Até que fim você chegou Hermione! – exclamou Draco, olhando para a morena, que estava ainda com os olhos vermelhos. – Está tudo bem? – perguntou, segurando o rosto da mulher, que desviou o olhar, fazendo com que ele lhe levantasse o queixo, para encará-lo. – O que aconteceu?


— Desculpe o atraso, mas me despedir de Lucy foi pior do que eu pensei. - contou ela, esboçando um sorriso triste.


— Calma Mione, é só por umas semanas, passa rápido, você vai ver... - consolou segurando a morena pelo ombro, sem saber se devia abraçá-la ou não. - Bem, é melhor irmos andando, não? - perguntou, olhando da morena para o relógio.


— Sim, não podemos perder o avião. - concordou Hermione.


— Então vamos andando... - declarou, andando em direção a equipe médica que aguardava para embarcar.


Enquanto andavam em direção a equipe, a morena olhava de lado para homem ao seu lado. Por que não podia tentar alguma coisa especial com alguém diferente?

Draco parecia ser especial... Diferente do que Harry fora para ela.

Mas será que podia confiar nele de verdade? Será que poderia novamente confiar seu amor a alguém?

Perdida em seus pensamentos, nem percebeu que o loiro lhe chamava, tentando despertá-la do transe.


— Está tudo bem Mione? - perguntou Draco, passando a mão em frente aos seus olhos.


— Ah! Claro, está tudo bem... Desculpe, estava distraída... – falou ela em meio a um sorriso nervoso.


Recomeçou a caminhar ao lado dele, que sorriu depositando uma das mãos às dela, guiando gentilmente.


Entregando as passagens e se preparando para embarcar, um olhava para o outro, sorrindo. A morena não sabia o que poderia acontecer, mas com certeza essa viagem para África seria muito mais que uma missão de humanidade.


Poderia deixar-se pensar em uma nova chance?

No entanto o medo que sentia para com esta questão em especial, quase lhe embrulhava o estômago. Era uma sensação estranha. Como se ainda fosse uma garotinha. Talvez fosse o medo de voar, mas sabia que era mais intenso do que julgava.


Passaram por todas as burocracias, e Hermione ficava mais tensa a cada segundo. Nem mesmo percebera que já estava sentada no assento do avião, com Draco sorridente ao seu lado. Deveria ter aceitado a dose de uísque que Harry oferecera.


Encarando o loiro ao seu lado, somente lhe sorriu nervosa, olhando para a janela em seguida. O homem pegou em sua mão, acariciando-a levemente.


— Nervosa por viajar de avião? - perguntou Draco, sem soltá-la.


— Não sei do que estou com mais medo... Se de voar, ou de deixar Lucy com Harry... – murmurou, estremecendo.


— Tente se acalmar e relaxar! Ficar nervosa nesse momento não vai adiantar em nada! - sugeriu levantando a mão da morena e a beijando, em seguida. - Voar de avião não tem mistério, quanto a Lucy e Harry... Você pediu para alguém olhá-los, não foi? - perguntou, fazendo a morena concordar com a cabeça. - Então, vai ficar tudo bem... - confortou apertando a mão da mulher carinhosamente.


— Embora todos tenham me dito isso, eu não consigo para de pensar. E se ele fizer algo de errado, eu não vou estar lá... – comentou desviando os olhos para a janela novamente.


— Olha... Não sei como dizer isso, afinal de contas não tenho filhos... Mas já está na hora de Harry aprender a ser pai, você não acha? E de que maneira melhor você poderia querer isso senão esta? E qualquer coisa que ele fizer de errado, a Lucy vai ligar para os avós, que vão correndo salvá-la. - declarou, olhando para as costas da morena, virando o rosto dela gentilmente logo depois, para olhá-la nos olhos. - Quanto ao medo de avião, pode apertar a minha mão se quiser...


— Acho que vou aceitar essa segunda sugestão... – falou ela sorrindo docemente. – E vou tentar não pensar nele, digo... Nos dois... Sozinhos naquele apartamento! Ah! Esquece...


Draco apenas sorriu, pegando a mão da mulher. Apertando-a levemente, lhe encarou nos olhos, percebendo que o avião já estava pronto para decolar.


— Pronta para duas semanas inesquecíveis na África? - indagou, lhe dando um sorriso encorajador.


— Espero que sim...



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N/A Jessy: Nossa gente esse capt foi hilário, tudo que o outro tinha de triste, esse tinha de engraçado... Sinceramente que situação... Que feio Harry! Como disse a Luna: Que nojo! Kkkkkkkkkkkkkkk! Coitado sofreu com as perguntas da Lucy, tao inocente... keke! Ele é mesmo um safado de marca maior! Enquanto a filhinha dele perguntando inocentemente porque a moça estava gemendo, ele pensando em coisas nada puras! Kkkkkkkk! Adorei a Lílian, ela é como a Mione mesmo, deve ser por isso que se dão tao bem, mas entendo-as para manter o bonitão aí na linha tem que ter pulso firme! E mesmo assim ele é como é...

Ohhhh e o Draco e a Mione??? Hum... tb to achando que essas semanas na África vão ser inesquecíveis... tanto para alguns quanto para outros, agora se será inesquecível no bom sentido ou não, isso fica a critério dos personagens, já sabemos que o Harry irá odiar, e a Lucy tb! Mas o Draco parece ser legal... e lindo... e... ai já chega! Kkkkkkkkk!

Então espero que gostem deste capt, e que riam tanto quanto eu quando fomos escrevê-lo! Bjokas a todos que comentam e continuem acompanhando a nossa fic... BJOOOOO no ♥!


N/A Josy: Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (naum estou com dor gnte, calma.. eh q naum sei o q escrever.. kkkkkkk) Assim.. amei a Luna (tbm qm é igualzinha a ela, hã!??!?!) axo q ela vai ser o anjo da guarda do Harry daqui por diante... pelo - nessas duas semanas.. hehehe o Scoth eh um fofo.. e mordeu a bunda do Harry (ai q inveja!! - hã?!?!? huahuaha) concordo com a Jessy: Lilian e Hermione estão no msmo time: atacar o mocinho.. kkkkkkk e a parte do Harry cancelando os canais sobre assassinato?? hehehehe morro d raiva de telefonista por causa disso.. hehehe Draco e Mione na Africa hein??? como sera??? ai gnte tenho q me segurara p/naum falar + nd.. mas amei esse cap e jha estou amando o 5!!! heheh kd os comentarios?? estaum sumindo sabia!?!?? Eh bronca sim.. hehehhe por enquanto eh so...
Bjoks e ate +

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