O Caso Cavendish



Claire olhava para Zac com os olhos arregalados, e Alvo estava atônito. Zac, entretanto, mantinha em seu rosto levemente corado um lindo e meigo sorriso. Pegou a mão de Claire e a beijou. Tiago olhou para aquela cena, e dela para Alvo, sem entender nada. Justin, por sua vez, soltou um sonoro “aí, Zac!” e ria-se da situação. Rosa olhou rápido para o motivo de tanta atenção e se deparou com Zac segurando a mão de Claire gentilmente. A menina andou até eles e olhando para Alvo indagou.

- Que acontece aqui? – Rosa não tirou os olhos das mãos dadas de Claire e Zac
- Zac... – Alvo olhava para Claire – Pediu Claire em namoro...

Rosa arregalou os olhos. Olhou para Claire e viu que a menina estava sem graça. Zac mantinha o olhar nela e aguardava uma resposta. Claire olhou para Alvo, de Alvo para Rosa, de Rosa para os amigos que estava nesse momento longe daquela confusão, conversando distraidamente estavam Allan, Alice e Louis. Claire correu os olhos procurando por Jullie também, mas não conseguia ver a amiga.

- Então, Claire? – Zac sorria – Quer namorar comigo?
- Ah... – Claire não sabia o que dizer – Zac, eu acho que sou muito nova para namorar...
- O quê? – Zac desfez o sorriso – Não é não! Você tem 11 anos, eu tenho 12! Já estamos grandinhos! Eu não te dei aquele beijo à toa, Claire, eu gosto de você...

- Beijo? – Alvo ficou ainda mais confuso – Que beijo?

- Eu beijei Claire na Clareira, quando ela foi me ajudar depois da discussão com JC. – Zac respondeu e Alvo empalideceu.Tiago balançou a cabeça, contrariado.
- Zac... – Falou o menino – Eu não sabia que você gostava da Claire...
- Eu nunca comentei mesmo, Tiago... – Zac tinha brilho nos olhos – Mas Claire hoje foi tão importante para mim que eu resolvi me declarar...
- Zac... – Claire estava quase chorando – Eu não sei...

- Pode pensar, Claire – Zac era tão encantador que Claire não conseguia lhe dizer não – Por você, espero o tempo que for. - Eu só quero que você saiba que eu gosto muito de você, e se você aceitar namorar comigo, eu serei o melhor namorado do mundo.

Alvo estava sem chão. Zac havia beijado sua Claire. E esse pensamento em sua cabeça o despertou para uma realidade: ele estava apaixonado pela menina. Apesar da pouca idade, Alvo sabia que aquele sentimento ia além da amizade que Claire o dispensava. Alvo não pensou duas vezes e saiu dali. Tiago seguiu o irmão com os olhos, enquanto Rosa resolveu ir atrás dele.

- O que deu nele? – Zac perguntou distraído.
- Zac, eu posso falar com você rapidinho? – Tiago sorriu sem graça para o amigo.
- Claro...
- Em particular... – Tiago completou e olhou sorrindo para Claire.
- Ah... – Claire olhou para o campo e os jogadores da Corvinal ainda jogando – Eu não quero mais ver o jogo, eu vou para o Salão Comunal... Tchau, meninos... – E saiu correndo dali.

Tiago esperou Claire sumir entre as pessoas, mas antes ela havia parado para falar com Allan,Alice e Louis, e ainda parecia procurar Jullie no meio da confusão, mas a menina não estava por ali. Tiago também sentiu falta dela ali, não a vira sair. Olhou para Justin com o olhar de “precisamos falar agora”. Os meninos eram tão amigos que se falavam num olhar, e JC entendendo que era uma daquelas reuniões de amigos, se juntou a ele e Zac.

- Aqui está muito tumultuado – Tiago falou para Justin e Zac – Vamos para outro lugar.
- Está bem... – Zac olhou para os dois meio contrariado.

Os meninos iam saindo da arquibancada, ainda sendo parabenizados pelo belo desempenho que os rendera vagas no time da Grifinória pelo caminho até a saída. Ao conseguirem se livrar de todas aquelas mãos estendidas e tapinhas nas costas, saíram em direção aos Jardins. Lá chegando, sentaram-se na grama e esperaram Tiago, que convocou a reunião, falar.

- Zac, você pirou? – Disse o menino com ar de nervosismo.
- Como é? – Zac e Justin se entreolharam.

- Pedir Claire em namoro? Não, pior que isso, beijá-la!

Tiago, qual o problema nisso? – Justin também estava confuso – Claire é uma garota linda, Zac é um cara legal...
- O problema é que Alvo gosta dela! – Tiago falou como se fosse obrigação dos meninos entenderem isso.
- E daí, Tiago? – Zac se ofendeu – Eu também gosto! E ela tem personalidade própria e direito de escolha, não?

- Zac... – Tiago deu um guincho de impaciência – Olha em sua volta... Quantas garotas você já esnobou em Hogwarts? Você é o perfeitinho fofo e meigo! Tinha que escolher logo a Claire com tantas garotas te dando idéia?

- Claire é especial, Tiago – Zac falava sorrindo – Ela é perfeita...
- Mas que meleca... – Tiago balançou a cabeça.
- Tiago, Alvo pode até gostar dela, mas você não pode fazer nada pelos dois se ela não gostar dele – Justin falou defendendo Zac – Se Alvo ainda não tomou iniciativa, meu, a fila anda! Zac fez muito bem em beijá-la, saiu na frente!

- JC, Alvo é muito diferente de mim – Tiago comentou chateado – Ele é todo na dele, sensível e pensa muito antes de agir, já eu... Bom, sem comentários... – deu um risinho ao dizer isso – Ele ainda não falou com Claire provavelmente porque não sabe lidar com as garotas ainda!
- Tiago fala de mim, mas esnoba todas as garotas também... – Zac riu-se olhando para Justin.
-É porque odeio garota oferecida... – Tiago falou com ar esnobe.

- Eu adoro... – Justin deu um riso maldoso.
- Justin, com quantas garotas você já ficou, heim? – Zac perguntou curioso.
- Sei lá... – Justin ficou pensativo – Vamos ver...Da Grifinória foram a Ally; a Vanessa; a Susie...
- Com a Susie Spinnet? – Tiago arregalou os olhos, sorrindo – Até eu ficaria com ela...

- Eu sei, mas ela prefere a mim, desculpa... – Justin fez cara de importante - E a Emma Sullivan, uma loira da Corvinal, sabem quem é, não sabem? Tem também aquela da Lufa-Lufa... Da aula de poções no ano passado, lembram?... Qual o nome dela mesmo? Acho que é Hillary, ou Tiffany... Bom, não lembro...

- Merlin tenha piedade de Justin... – Tiago riu e Zac o acompanhou – Isso porque ele está no segundo ano, imagina quando já estiver no sétimo!
- Ah, mas isso é viver! – Justin falou com ar de sábio – pegar... Beijar na boca e ser feliz...
- Eu não penso assim – Tiago discordou – Até porque tudo que vem fácil, fácil se vai.

- Nossa, que sábio! – Zac admirou o amigo.
- Isso, tudo que é conquistado é mais legal – Tiago continuou – E tem mais... – Olhou para os amigos com um sorriso irônico no rosto – Tiago Sirius Potter não pega... Conquista!
- Falou o garanhão... – Justin deu a mão para Tiago e Zac baterem num cumprimento entre amigos.

Alvo e Rosa chegaram em silêncio no Salão Comunal da Grifinória. Entraram ainda em silêncio, parecia que voltavam de evento fúnebre, e perceberam que estavam a sós, pois todos os alunos continuavam na quadra assistindo aos testes das outras casas. Alvo tinha um olhar longe e triste, e Rosa nem sabia o que dizer direito, por mais incrível que isso pudesse parecer até mesmo para ela. Alvo se jogou numa poltrona e mirava o nada. Rosa sentou-se ao seu lado, sem ousar falar nada.

- Rosa... – Alvo quebrou o silêncio – Ela gosta dele? Será?
- Eu não sei, Al... – Rosa balançou a cabeça – Claire gosta de tanta gente...Mas não sei como namorado...
- E você, gosta dele, não é?
- Eu? – Rosa corou – Bom... Zac é lindo, fofo, meigo, carinhoso...
- Não precisa mais nem responder – Alvo se afundou na poltrona.
- Mas Claire nunca comentou isso – Rosa continuou tentando animar o primo – Ela sempre elogia você, Al.
- Claro, assim como ela te elogia pra mim, e elogia Jullie e Alice, e também aquele Allan lá... – Alvo estava desconcertado – Porque ela admira os amigos.

- Alvo, você já a disse que gosta dela? – Rosa aconselhou – Zac fez o certo, se declarou... Ele já devia gostar dela antes e tendo oportunidade, falou! Você deveria ter feito o mesmo!

- Agora já era...
- Já era, nada! – Rosa falou ofendida – Você não pode desistir dela assim se gosta realmente.

- Você acabou de descrever o Zac como o carinha perfeito, Rosa... Que chances eu tenho perto dele?
- Eu acho que você tem todas as chances, Al – Rosa sorriu para o primo – Porque você também é lindo, fofo, meigo e carinhoso...
- Ah, valeu... – Alvo conseguiu abrir um sorriso para Rosa.

O quadro da Mulher Gorda abriu passagem, Alvo e Rosa olharam naquela direção, vendo Claire entrar com cara de culpa, como quem acabou de comer um chocolate antes de almoçar. A menina sentou-se próximo a Alvo e Rosa e os olhava meio aflita.

- Você deu a resposta a ele, Claire? – Rosa perguntou tentando parecer indiferente.
- Não... Eu não sei se quero namorar ele...
- Zac é um cara legal, Claire – Alvo tentou parecer indiferente também.
- Eu sei, ele é um amorzinho, mas...
- Mas? – Alvo se interessou.
- Sei lá... – Claire olhou para Rosa – Você gosta dele, não é?
- Eu? – Rosa agiu da mesma forma de quando Alvo a perguntou a mesma coisa – Ah... Sei lá, mais ou menos...

- Eu sei que gosta... – Claire olhou para Alvo – Eu não queria que meu primeiro beijo fosse daquela forma... Eu queria que fosse com alguém que eu realmente gostasse, que fizesse meu coração bater mais forte...
-Então por que você o beijou? – Alvo perguntou contrariado.
- Por que eu não esperava... Ele me pegou meio que de surpresa... – Claire estava envergonhada. – Foi muito rápido...

- E você, Claire... – Alvo a encarou – De quem você gosta? Com quem queria que seu primeiro beijo fosse? Com o Allan McMillan?

- Não... – Claire arregalou os olhos para Alvo, meio ofendida – Por que você está dizendo isso?
- Porque você parece que gosta dele, não gosta?
- Não... Ele é um fofinho mesmo, mas não tem nada a ver. Nós estávamos conversando e... – Claire deu um risinho – Ele gosta da Alice! Está tentando fazê-la o notar e me pediu ajuda.

- Como? – Alvo deu um breve riso – Eu jurava que ele estava afim de você!
- Por que você pensou isso?
- Porque ele vivia te elogiando, falando coisas bonitas... E Alice falou que ele te elogiou muito para ela.
- Táticas para causar ciúmes... – Claire riu.

Alvo abriu um grande sorriso, como se visse uma fina linha de luz em toda a escuridão que pairava em sua cabeça ao pensar em Claire com outro garoto.

****
Draco Malfoy saiu apressado do elevador ao ouvir “Nível dois: Departamento de Execução das Leis Mágicas, que inclui seção de Controle do Uso indevido da Magia, o Quartel general do aurores...”, carregando uma pasta preta com “Caso Cavendish: Confidencial e de Importância Alta”, escrito em dourado, e prosseguiu com passos largos pelos corredores do Ministério da Magia. Virou a esquerda entrando no “Departamento de Segurança da Comunidade Mágica e Não-Mágica”. Leu na placa com uma seta para seguir em frente “Quartel General dos Aurores” e entrou em uma porta aberta, onde se lia no topo “Harry James Potter: Chefe dos Aurores”. Deu de cara com Harry e Rafael McKinann sentados lado a lado lendo alguns pergaminhos.

- Posso ajudar, Malfoy? – Harry perguntou levantando a cabeça ao perceber a presença de alguém ali.
- Sim, Potter, eu vim tratar de um assunto para o Ministro, podemos falar? – Draco acenou – Olá McKinann...
- Oi, Malfoy – Rafael deu um breve sorriso para ele – Como vão as coisas?

- Confusas... Muito confusas... – Draco comentou sem querer se aprofundar no assunto.

- Bom, deixarei vocês se falarem – Rafael levantou-se recolhendo os pergaminhos e os guardando em pastas – Então, Harry, eu farei isso, caso precise de apoio, chamarei Teddy, tudo bem? Acho que será importante para a formação dele se for comigo... Ele tem me ajudado muito nesse caso.

- Perfeito, Rafa... – Harry sorriu – Eu fico feliz em saber que Teddy está aprendendo com um dos melhores...
- Bondade sua... – Rafael disse sorrindo e saiu da sala carregado de pastas.

Rafael McKinann era um dos melhores Aurores da equipe atual do Ministério e era praticamente o braço direito de Harry. Era um homem alto, bem apessoado e muito simpático. Sempre trajava elegantes ternos. Tinha cabelos num corte que o rejuvenescia. Harry esperou que ele saísse e apontou uma cadeira para Draco.

- Então... Em que posso ajudar?
- Potter, o Ministro me incumbiu de um caso, mas eu não tenho esperteza como Auror – Draco foi falando enquanto se sentava – Trata-se de uma situação passada pela McGonagall.
- McGonagall – Harry arregalou os olhos – Que caso é esse? E por que não passou pelos Aurores ainda? É sobre Hogwarts?

- Não exatamente... Segundo o Ministro, há em Hogwarts uma menina nascida trouxa que não tinha idéia de que era bruxa, e afirma que os pais não se recordam dela...

- Ah, Claire Cavendish! – Harry lembrou da doce menina da estação de King’s Cross – Eu conheci essa menina, ela nos pediu ajuda para encontrar a estação. Gina enviou uma coruja para Minerva sobre o caso dela. Alvo parece ser muito amigo dela agora... Mas, em que exatamente se baseia o caso?

- Essa menina, Potter, segundo Minerva, consta na ficha de Hogwarts... – Draco pegou um pergaminho dentro da pasta que trouxera consigo – Como Claire Nicolle Cavendish. Filha de Amélia e Túlio Cavendish, que residem em Londres. Eles tem mais um filho, Gabriel Brendan Cavendish, que está com 9 anos de idade. Esse menino não consta como aluno prospectivo de Hogwarts, ou seja, ele não é bruxo. Puxamos as informações genealógicas dessa família Cavendish para encontrar a descendência bruxa... – E Draco puxou outro pergaminho – Olha o relatório do Departamento de Controle e Registro dos Nascidos Trouxas...

Harry pegou aquele enorme relatório. Odiava aquilo, era uma verdadeira chateação olhar aquele monte de nomes na árvore genealógica. Por isso, foi direto na conclusão da pesquisa e nela leu:

“Conclusão Oficial da Comissão Mágica de Segurança e Sigilo da Genealogia dos Nascidos Trouxas:

Em análise das dez últimas gerações da família Cavendish, (Londres - Inglaterra) conclui-se que mesma não descende em nenhuma das suas gerações de família que tenham vínculo com o mundo Mágico, dentro ou fora da Inglaterra. Cabe ressaltar que a descendência pode ser expressa quando vinda de até cinco gerações passadas, então o estudo realizado foi mais amplo do que o necessário, para garantir um resultado o mais fidedigno possível. Todos seus membros são trouxas e devem permanecer sem conhecimento do mundo paralelo da Magia. Recomenda-se que não haja contato com tal família por parte de Aurores ou de qualquer outro bruxo, ligado ao Ministério ou não, salvo casos em que a importância seja reconhecida pelo próprio Ministro da Magia, com a autorização expressa do mesmo devidamente comprovada. Bruxos que burlarem essas regras estarão automaticamente enquadráveis no Código de Ética Mágica, Capítulo 3º - Regras para Convívio com Trouxas, Ato II, Alínea 12”.

Att.
Mary Jane Parker
Chefe da Comissão Mágica de Segurança do Sigilo da Genealogia dos Nascidos Trouxas. – Departamento de Controle e Registro dos Nascidos Trouxas."

Harry leu aquela extensa conclusão e olhou para Draco com os olhos arregalados.

- Então, temos um caso de família adotiva, provavelmente. Mas essa menina não tem registro como nascida bruxa, contudo.

- Isso é... – Draco parecia pensativo – Por isso, o Ministro me deu a autorização para procurar essa família. Se o que essa menina diz for verdade, Potter, sobre os pais não a reconhecerem, podemos cogitar a hipótese de bruxos envolvidos. Pedimos dos Obliviadores relatórios diários sobre seus contatos com trouxas, e nenhum deles relataram qualquer ligação com os nomes descritos aqui. Então, ou temos uma família trouxa e louca, ou temos alguém agindo fora dos parâmetros das leis mágicas.

- Entendo... – Harry coçou o queixo ainda olhando o documento. – Malfoy, podemos puxar a informação de quantas vezes algum feitiço foi conjurado nessa área em que a família Cavendish reside.

- Seria perfeito, Potter, mas eu queria mesmo pedir que você me indique um Auror para trabalhar comigo neste caso. Um que tenha disponibilidade total, pois teremos muito trabalho, mas que seja muito competente e conheça bastante o mundo trouxa.

- Certo... – Harry não pensou duas vezes – Falarei com Hermione. Ela pode te ajudar nessa. Vem comigo, ela está com Gina tratando de um outro caso.

Draco e Harry saíram da sala em direção à “Seção de Defesa e Promoção dos Direitos Mágicos”. Chegando lá, entraram e viram Gina sentada displicentemente com os pés em cima da mesa, lendo alguns documentos e comendo uma barra de chocolate, tão entretida que não os viu chegar.

- Ginevra Molly Potter... – Harry abafou um riso – Que modos são esses?
- Opa! Aurores ficam no corredor à direita – Gina sorriu e só retirou os papéis da frente do rosto para olhar Harry e sequer fez menção de retirar seus pés de cima da mesa bagunçada. Desviou o olhar para Draco e fechou o sorriso – E puxa-sacos ficam no nível um com o Ministro da Magia.

- Gina... – Harry a olhou, sério e Draco fechou a cara.
- Desculpa, saiu sem querer – Gina deu um risinho e fez cara de santa.
- Eu sei... Escuta, onde está Hermione?
- Está lá dentro – Gina apontou para uma saleta com a porta entreaberta, onde se lia “Virginia Rose McKinann – Defesa do Direto à Liberdade de Expressão na Mídia Mágica” – Com Ginny. Ela saca mais que eu do caso que Hermione tem em mãos.
- Obrigado, linda mulher – Harry sorriu entrando na sala.
- Cuidado como fala, Sr. Potter, ou eu o processo por assédio sexual no ambiente de trabalho – E Gina caiu no riso.

- Por isso eu queria que você se especializasse Auror... – Harry riu – Imaginei que isso aconteceria com você sendo bacharelada em Direto da Magia...

Harry e Draco seguiram para a saleta de Virginia. Harry bateu à porta e a abriu, vendo Hermione debruçada na mesa mostrando um documento para Virginia.

- Mas que honra... – Virginia sorriu – O que traz você aqui, Harry! Já sei, meu lindo rostinho, não é?

Virginia era realmente uma mulher muito bonita. Tinha cabelos acobreados e lisos. Era casada com Rafael. Harry e Gina eram amigos íntimos do casal, tanto que Tiago e Justin eram amigos de infância. Era muito engraçada e simpática, assim como Gina a era, mas elas só aprontavam quando estavam juntas, tanto que eram conhecidas entre dos Bacharéis e Promotores em Direito da Magia como “Gina e Ginny, a dupla dinâmica do Direito”.

- Olá Ginny – Harry sorriu – Não que seu rosto não seja lindo, mas eu não quero problemas com a minha patroa e muito menos com Rafael McKinann, não sabendo do que eles são capazes de fazer com as varinhas... Falando sério, vim atrás de Hermione... Adivinha para quê, Mimi?

- Trabalho... Mais trabalho... – Hermione balançou a cabeça – Quando me chama de Mimi... É porque é bomba.
- Quem manda você ser tão competente? – Harry riu – Isso não foi um incentivo para aloprar não, está bem?
- Está bem... – Hermione percebera Draco ao lado de Harry – E você, Malfoy?

- Malfoy? – Virginia inclinou a cabeça, com um sorrisinho irônico no rosto, para ver se conseguia enxergar Draco, que estava fora do seu campo de visão – Que o trás aqui, “Homem do Ministro”?
- Vim por que preciso de ajuda de um Auror – Draco não sorriu, porém acenou em cumprimento.
- Uau, você precisa de ajuda às vezes, não é mesmo? – Virginia provocou.

- Merlin, agora eu entendo porque você e Gina são tão populares entres os Bacharéis em Direito da Magia...Vocês são terríveis separadas, imagina quando se juntam... – Harry riu.

- Sabe que eu poderia processar o Sr por calúnia e difamação pela sua declaração, não sabe? – Virginia falou balançando um dedo apontado para Harry.

- Hermione, vamos para minha sala antes que eu tenha que sair direto para o Supremo Tribunal da Magia... – E Harry riu, abrindo espaço para Hermione passar.

Hermione, Harry e Draco se encaminharam para a sala de Harry. Lá chegando, explicaram o caso para ela, que prestou muita atenção em todos os detalhes, dando palpites e lendo os documentos que lhe eram mostrados. Hermione rapidamente entendeu o caso e o aceitou sem pensar duas vezes.

- Eu pensei em você, pois é a mais próxima dos trouxas, além de ter bom conhecimento deles. – Explicou Harry.
- E eu adorei, Harry! Sempre quis trabalhar num caso desses. – Hermione estava empolgada, exceto pelo detalhe de ter que trabalhar com Draco Malfoy – Então, começamos ainda hoje?

- Não – Draco se antecipou – Eu espero você assim que chegar no Ministério amanhã. Vá direto para minha sala e começaremos a esboçar nosso plano ação.

- Perfeito, como queira. – Hermione tentou sorrir.

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