Dangerous



Dirty Little Lily
Capítulo Dois – Dangerous



dan-ger-ous
adj. 1 perigoso; ameaçador; arriscado. 2 grave; crítico 3 explosivo.




Na última reunião realizada para discutirmos os meus problemas psicológicos/mentais aquelas vadias descobriram um novo método de me curar. Um método bem duvidoso e que eu acho que não vai fazer nenhum efeito, mas tudo bem. Eu só vou conseguir provar que elas estão erradas se seguir o que elas dizem e mesmo assim continuar sendo a Lily de sempre.

Enfim, o método delas chega a ser idiota de tão simples.

Eu preciso definir o meu dia, ou a minha semana ou o que for, com uma palavra, que descreva tudo o que eu senti no dia/semana. Fácil demais. Porque eu sempre me sinto ASSASSINA, PSICÓTICA e derivados.

Eu vou precisar do dicionário do Remus emprestado, para encontrar vários derivados de palavras como essas, porque eu sei que elas vão se esgotar com o passar dos dias.

- Diiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiirty! – Gritou a Lene, entrando no salão comunal.

Gritou mesmo, sabe? Aquele grito fininho e enjoado dela. Garota insuportável essa tal de Marlene! Sim, eu odeio os meus amigos e é exatamente por isso que eu os amo. (?)

- Que foi? – Perguntei, parando de escrever por um momento.

Eu parei de escrever quando isso aconteceu, porque obviamente agora eu estou escrevendo. Digo, eu escrevo as coisas aqui depois que elas acontecem, certo? Digo, peraí, fiquei confusa.

- Você não vai acreditar. – Disse ela, sorrindo e sentando-se ao meu lado.

Os olhos dela brilhavam. Ela me assusta.

- Nós temos uma nova paciente! – Agora sim ela estava me assustando.

Se antes os olhos dela estavam brilhando, agora eles pareciam girar e querer saltar. Medo, nada querido pedaço idiota de papel, muito medo.

- Como assim uma nova paciente? EU SOU A ÚNICA PACIENTE DE VOCÊS!

Você esperava o quê? Elas me ameaçam, elas brigam comigo, elas me obrigam a escrever em você, elas me analisam e ainda querem que eu aceite dividi-las com alguém?! Elas estão muito enganadas se acham que eu vou aceitar isso.

- Respira, Dirty. – Falou Marlene, bem casualmente.

O mundo deve ter medo de que eu esqueça de respirar e morra asfixiada. Mas eu não sou tão idiota assim!

Eu acho.

- É uma garota com problemas bem diferentes do seu. Ela é tímida demais para se declamar para o grande amor da vida dela. – Marlene parou por alguns instantes, completamente pensativa. – Você tem experiência em dar foras no James, talvez isso a ajude.

Hã? Acho que ela anda lendo livros de psicologia demais, porque começou a ser extremamente difícil entender o que ela fala. Como a minha experiência em dar foras no Potter ajudaria uma garota tímida? Mas, de qualquer forma, eu fiz uma cara bem bizarra – sim, mais bizarra que o normal – e ela percebeu que eu não tinha entendido nada.

- Ela é tímida e não sabe como se declarar, você não é tímida e sabe dar foras. Isso vai ajudar! – Os olhos dela voltaram a brilhar. – Vocês poderão fazer terapia de grupo e uma irá ajudar a outra.

Além dos olhos brilhando, a Marlene começou a falar com uma voz serena, como se estivesse falando com crianças problemáticas. Alguém devolva a minha amiga.

- Vocês também farão essa garota escrever idiotamente em um papel idiota?
- Sim! Não é genial?!

Nesse momento a Dorcas e a Emmeline também chegaram e se sentaram conosco.

- Vocês percebem isso?! – Exclamou Emmeline, os olhos também brilhando. – A nossa técnica de psicologia avançada ficará famosa no mundo inteiro!
- Ela poderá se chamar “Teoria McMeance”. – Sugeriu Dorcas, após uns segundos pensando na combinação que poderia usar.

Acho que Teoria Das Vadias seria muito melhor. E se encaixa com todas elas.

- Acho melhor Meavanon. – Falou Marlene, com o olhar pensativo.

Claro, eu mereço. Elas começaram a discutir os prováveis nomes que o método delas pode ter.

- Que tal VanKinndowes? – Perguntou Emm, depois de muito tempo e muitos nomes.
- Digam isso cinco vezes rápido. – Cortei, as olhando entediada.

Bom, tanto faz o nome que elas decidam. Elas nunca irão serão famosas, porque a técnica delas nunca vai dar certo. Porque eu irei cuidar pessoalmente para que ela fracasse.

Começando por essa garota, a paciente número 002. Ela irá ficar mais tímida do que já é, podem apostar. Porque após nós termos uma conversinha, ela vai passar a ter muito medo de se aproximar de seres humanos.




As garotas comentaram, inocentemente, sobre a paciente 002 na minha frente. Mas depois de eu mostrar um certo interesse, elas perceberam o como era perigoso falar sobre a garota na minha frente. Mas isso não muda nada, pois agora eu sei quem ela é!

Há-há!

Alice que me aguarde. Quero dizer, ela é bem legal e tudo mais, mas quem mandou ela se meter comigo? Imagina só, pedacinho de papel, se as garotas conseguirem ajudá-la e ela melhorar? Será o meu fim!

De qualquer forma, eu fui ter uma conversinha com ela. Não sem antes bagunçar o meu cabelo e bater a cabeça contra a parede algumas vezes – nunca façam isso, dói.

- Olá-Alice. – Falei, bem pausadamente, ao encontrá-la sentada no Salão Comunal.

Olhei ao redor, me certificando de que nenhuma das nossas analistas estavam por perto, enquanto a pobre Alice me encarava preocupadamente.

- Tudo bem com você, Lily? – Quase que sorri e agradeci por ela me chamar pelo meu nome, porque você sabe, quase ninguém tem feito isso ultimamente.

- Não muito. – Sussurrei.

Arregalei um pouco os olhos e olhei rapidamente para os lados, como se estivesse achando que alguém estava nos vigiando. Nada querido pedaço de papel, eu estava ficando com pena da Alice. Ela é uma garota tão meiga e sempre tão preocupada com os outros. Mas eu não podia me arrepender no meio do meu plano maligno de dominar o mundo.

[s]Pink & Cérebro *-*[/s]

- As garotas a mandaram aqui? – Perguntou, as sobrancelhas erguidas. – Elas me contaram que você é a primeira “paciente” delas.

Fiquei em silêncio, olhando-a com os olhos bem abertos. Ela devia estar dizendo para si mesma que deveria investigar e garantir que eu não estava me chapando.

- Faremos terapia em grupo! Será legal.

Me aproximei mais um pouco e ergui a mão, lhe fazendo um sinal para se aproximar também.

- Não será legal, Lice. – Expressão assustada on. – Saia disso enquanto há tempo.

Ela riu por algum tempo, até que me olhou e percebeu que eu não ria.

- Você está falando sério?
- Infelizmente sim. – Abaixei um pouco a cabeça, deixando com que a minha franja mal cortada caísse sobre os meus olhos. – Eu espero que isso fique em segredo...não quero nem imaginar o que elas fariam comigo se descobrissem desta conversa.

Não deixei que ela falasse mais nada e levantei. Pisquei discretamente para ela e fui embora.

Essa é a vantagem de sempre ter sido uma garota equilibrada, com boas notas e monitora-chefe: todo mundo confia em você. Eu tenho a força!

Senti mãos delicadas segurando o meu pulso e me virei. Por que o mundo havia se transformado em um lugar onde ninguém confia em ninguém?

- Lily, o que você me falou... – Começou Alice, me olhando desconfiadamente.

Eu teria continuado a falar baboseiras, ou talvez eu teria lhe contado sobre algum experimento psicológico inventado na hora. Mas eu avistei a Marlene e a Dorcas descendo as escadas do dormitório feminino. Era o meu fim.

Coloquei as minhas mãos nos ombros de Alice e os sacudi.

- Fuja! Eu não tenho mais salvação! Mas você pode se salvar! Fique longe de M.M., D.M. e E.V!

E então eu corri para fora do salão comunal. Sim, uma cena teatral. Eu deveria ganhar o Oscar, pedacinho idiota de papel. Acho que agora eu havia convencido ela. Teria sido uma saída triunfal, se o maldito do Potter não estivesse entrando no salão comunal no mesmo momento em que eu saía.

- Put...! – Exclamei ao sentir um corpo esbarrar no meu.
- Sempre tão dirty, Little. – Riu-se ele, com aquele sorriso fofo idiota característico dele.

Revirei os olhos e o empurrei, fazendo com que ele se afastasse de mim. Ops, acho que foi forte demais. Que pena.

- Ai!
- Seja homem, Potter!

Ele poderia me mostrar o quanto ele é homem, que eu juro que não me importaria. Merlin, eu preciso de um psiquiatra de verdade, eu estou enlouquecendo. Enfim, enquanto eu pensava sobre a masculinidade dele, o idiota se aproveitou para voltar a se aproximar de mim, ficando no meu caminho.

- Cai fora, garoto. – Resmunguei.

Não era proposital, era uma coisa automática. O fato de eu fazer uma cara completamente infantil quando me irritava. Como uma criancinha que pediu uma boneca para a mãe e não ganhou. Mas, obviamente, eu não havia pedido boneca nenhuma. Eu simplesmente havia pedido para ser deixada em paz por um garoto completamente inconveniente.

- Sabe, Little. – Começou ele, não se movendo nenhum pouco.
- Não, não sei. – Retruquei, fazendo uma cara completamente assassina.

Ergueu a mão e colocou o dedo indicador sobre os próprios lábios.

- Shii! Não me interrompa. – Ele achava que estava dando uma bronca em uma criança de 5 anos de idade ou o quê? – Como eu dizia: um dia você vai perceber que quanto mais você me manda embora, mais eu fico perto de você.

Por algum acaso aquilo significava que eu deveria ser delicada com ele, para ele me deixar em paz? É, pelo jeito sim.

- Sabe, James, eu acabei de perceber isso. – Disse, o encarando com uma expressão doce.

Admita, pedaço de papel, eu REALMENTE mereço um Oscar! Porque a minha atuação foi tão boa, e tão convincente, e tão dignina de um Oscar que só faltou ele começar a pular gaymente idiotamente de tanta felicidade. Sim, eu estou falando sério.

- Obrigado, querido Merlin! – Ele exclamou, erguendo as mãos para os céus e agradecendo a todos os santos, deuses e bruxos brilhantes.

Controlei a minha vontade de lhe mandar parar de ser tão idiota e sorri divertidamente para ele. Me aproximei um pouco dele e fiquei na ponta dos pés.

- Você quer que eu seja delicada, não é mesmo? – Ele confirmou com a cabeça. – E doce e educada, certo?

Voltou a acenar a cabeça positivamente e o meu sorriso doce foi embora, dando lugar a um sorriso completamente maquiavélico.

- Então é isso que você vai ter!

Dei um chute em sua canela, depois lhe empurrei novamente e empinei o nariz, passando por ele como se ele nem estivesse ali.

- Doce, delicada e educada! – Cantarolei.

Como eu queria apenas assustá-lo e não mandá-lo para a enfermaria eu lhe dei um chute bem fraco, por isso ele nem pareceu se afetar muito.

- Desse jeito eu fico ainda mais apaixonado, Little.

Feche os olhos e conte até dez. Feche os olhos e conte até dez. Ele não existe, ele não está mais ali. Pronto, passou.

- Vá se ferrar, garoto. – Resmunguei antes de sair pelo corredor.

O meu dia foi bem produtivo, nada querido pedaço idiota de papel. Consegui sabotar a paciente número 002 e ainda cumpri a minha cota de brigas-com-o-Potter da semana.

Me pediram para definir o meu estado de espírito, para dessa forma melhorar psicologicamente. Então é isso aí, pedaço de papel: hoje eu me sinto perigosa. Extremamente perigosa, então tome cuidado comigo.




(N/A):

Que coisinha mais podre, caras. --'
Eu demorei um pouco porque eu estava meio ocupada escrevendo fics pra umChallenge, mas agora voltarei a escrever mais. Obviamente, excluam esse capítulo da memória de vocês, porque ele ficou idiota. Mas eu prometo que o próximo vai ser melhor. Aliás, o próximo tá quase pronto e ele fica pronto mais rápido com comentários. (a)
Enfim, comentem e não odeiem a fic e tal :D
beijos,
Lisi Black

PS: reparem na letra ironmaiden-fromhell da capa (y) [?]

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