<b>Capítulo 7 – Marie Verlaine

<b>Capítulo 7 – Marie Verlaine




Capítulo 7 – Marie Verlaine

Severus acordou com um humor pior que o normal. Estava acostumado a noites de insônia, nunca dormia mais que quatro horas por noite. No entanto, não cochilara nem por 5 minutos esta noite. A lembrança dos lábios quentes de Fernanda o impedia de dormir e, para completar, não tinha um frasco sequer de poção-para-dormir-sem-sonho, o que significava que teria que pedir a Pomona, o que só daria mais motivos para ela espalhar rumores por toda Hogwarts.

Passou pelos corredores carrancudo, tirando pontos de qualquer aluno que ousasse olhar em sua direção. Ao entrar no Salão Principal para tomar a sua tão merecida xícara de café, a expressão de Severus ficou ainda mais carrancuda, se é que isso era possível. Pomfrey e Minerva estavam sentadas lado a lado, cochichando, e ao vê-lo entrar, deram sorrisinhos esganiçados.

Se isso já não bastasse, a Srta Porcel havia corado levemente com os comentários das duas, fazendo com que alguns membros do corpo docente olhassem em direção a Severus desconfiados. Albus, por sua vez, sorria abertamente, claramente feliz em assistir de camarote todo o constrangimento pelo qual estava passando seu mestre de Poções.

Os poucos alunos mais perceptivos, que lançaram olhares curiosos ao mestre de Poções, foram respondidos com um olhar mordaz, prometedor de retaliação, que os fez engolir seco e voltar a atenção para a comida.

Severus caminhou até a mesa principal lentamente, balançando suas vestes com sua postura implacável, ainda mais assustador que o normal, desafiando alguém a falar alguma coisa. Mas isso não era suficiente para calar Albus.

- Severus, acredito que tenha dormido bem essa noite.

Minerva e Pomona deram mais risinhos esganiçados com o comentário nada inocente do diretor.

Um resmungo foi o único som que Severus emitiu. Achou melhor não responder diretamente. Qualquer coisa que dissesse, aquelas duas fofoqueiras deturpariam e, pelo que ele conhecia das duas, no fim da tarde toda Hogwarts acreditaria que ele e a Srta. Porcel estavam tendo um romance secreto nas masmorras.

Esse pensamento só levou a outros ainda mais perturbadores. A imagem da Srta. Porcel tomando uma taça de vinho enquanto descansava serenamente em seus braços, sentados de frente a lareira, conversando após um dia estressante de trabalho, invadiu sua mente. Seguida por outra deles dois trabalhando juntos frente ao caldeirão, a Srta Porcel olhando para ele sorrindo, feliz... Aqueles lábios rosados nos seus, o calor do corpo dela junto ao dele... Ela sentada em sua mesa....

Severus foi tirado de seus pensamentos pela pergunta maliciosa de Minerva:

– E você, Fernanda, aproveitou bem a noite?

Fernanda corou.

– Dormi bem, se é isso que você quer saber – Fernanda respondeu timidamente, também não estava gostando daquela situação.

– Meus jovens – Albus interrompeu o momento de tensão, dirigindo-se a Severus e Fernanda, mas não para aliviá-lo –, estou muito feliz por vocês estarem se dando tão bem. Sua presença faz muito bem ao Severus, Fernanda.

Fernanda corou ainda mais. Severus engasgou com o café, e Minerva e Pomfrey deram mais risinhos.

Fernanda precisava responder ao diretor, mas como? Como responder sem aumentar ainda mais as fofocas? Decidiu não responder diretamente, fazer apenas um comentário respeitoso, para ver se conseguia mudar o rumo da conversa.

– O Professor Snape é um excelente mestre de Poções, e é sempre uma honra poder trabalhar com ele.

– Com licença – Severus levantou-se bruscamente. Sua dor de cabeça habitual havia aumentado exponencialmente. Estava de saco cheio daquela conversinha idiota cheia de insinuações. Não gostava de se sentir constrangido, sem o controle da situação. Não devia nem ter descido para o café da manhã. Mas isso só aumentaria as fofoca

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