O BEIJO



Hermione estava muito nervosa para conseguir pegar no sono. Não podia negar nem para ela nem para ninguém que Ronald Weasley era o grande amor da vida dela.
Olhou para o teto, virou-se 3 ou 4 vezes, até tomar a decisão de se levantar e parar na porta do quarto de Rony. Suavemente, deu dois tocs na porta. Ninguém abriu. Tocou mais forte dessa vez e ninguém aparecia na porta. Não lhe restou duvidas, pôs a mão no trinco e abriu a porta.
La estava ele: Aquele ruivo alto esparramado na cama, apenas com uma bermuda, com o tórax totalmente despido. Hermione deu um longo suspiro ao ver aquele corpo tão bem definido, mas tapou os olhos.
Foi até a cama de Rony e com a mesma delicadeza que havia batido na porta, cutucou-o, e sua única reação foi soltar um ronco alto. Ela o cutucou mais uma vez, e ele não havia se mexido. Já irritada, ela soltara um berro para que enfim, ele despertasse:
-ACORDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
-QUEM? –levantou ele assustado, caindo no chão. Ao ver que Hermione estava de pé, em na sua frente, ele pegou rapidamente uma almofada para tampas o tórax. Demorou muito para que os olhos acostumassem com a claridade que era emitida da lua, por isso demorou certo tempo para perceber que era Mione. –Mione...? O que.... O que você está fazendo aqui?
-Oras... Vim conversar. Vim saber o porquê dessas suas irritações quanto a minha pessoa.
-Não esta acontecendo nada, Hermione. Você própria deveria saber disso. Não há nenhum problema... Mas pensando bem, talvez eu esteja mesmo com um problema. O amor é um problema gravíssimo... Péssimo e gravíssimo.. E ainda quando não se é correspondido. Sabe Hermione... -resmungou ele, levantando do chão onde estava e sentando no murinho do terraço - Estou gravemente doente do coração. Uma doença chamada... Ér... Amor... Ou pra muitos, um vírus mortal e incurável.
-Amor não é isso.
-Como sabe? Já amou alguém na sua vida pra saber do que estou falando? Creio que não, caríssima amiga - debochou, virando seu rosto para que seus olhos não se encontrassem com os de Hermione. Estava amargurado, e ainda com raiva de Hermione, mesmo sabendo que Harry e ela não tinham nada. Devia ser ódio de olhá-la e não poder tocá-la. O ódio da “grande muralha” que os separavam. - Então, o que me diz, Mione?
-Está certo... Nunca amei ninguém. Vivi sempre a base dos livros. Nunca acreditei em nada que não fosse confirmado pelos livros, e esse foi meu mal-entendimento com Luna. Mas um amor como esse nunca... Ér... Digo um amor... - Já era tarde, Hermione acabara de revelar que estava amando alguém, e isso fez com que Rony levantasse as sobrancelhas curiosas, pondo-se de pé na frente da moça com olhos ariscos.
-Esse amor? É que se refere?
-Não me refiro a nada, Ronald!
O sorriso esperto e malicioso de Rony deixava Hermione desconcertada, e sumir daquela saia-justa era a única solução para não ocorrer mais uma briga ou algo mais desagradável.
Ronald sabia que a amiga iria fugir de qualquer modo... Tanto como aparatar ou correndo, e para que isso não acontecesse antes de expor seus sentimentos guardados, segurou Hermione pelo braço. As mãos fortes prendiam aqueles delicados braços, e Hermione estava aparentemente sentindo dor pela violência do amigo.
-Esta machucando.
-Não está nada... É uma garantia de que, para onde você for fugir, eu irei junto.
-Esta me machucando, já disse.
-Então por que evita olhar em meus olhos ein? Fique tranqüila, eles não irão te comer.
-Não se sabe... Você é um DOIDO varrido... Não posso ter plena confiança em sua mente diabólica.
-Uia, agora sou diabólico é? Ora, Ora, Ora, a cenoura oca aqui está dando de pensar.
Hermione se irritava ao extremo, pois o sarcasmo de Rony era desagradável e a deixava nervosa. Isso, de alguma maneira, poderia denunciar seu amor platônico, por isso tentou ser o mais natural possível, conservando a expressão fria e despreocupada que trouxera de Hogwarts ao longo do tempo. Mas seus olhos á denunciavam. Uma brecha para que Rony voltasse em seus ataques sarcásticos.
-Está com essa olhar, porque, Mionezinha.
-Não é nada que lhe interessa Weasley.
-Que meiga.
-Não venha com essas suas palavras sarcásticas, Weasley... Você não é assim, então prefiro evitar as suas palavras idiotas. -e acrescentou ao olhar o rosto do rapaz, corando - Por que você esta agindo assim?
-Agindo como, Mionezinha?
-Pare com esse "Mionezinha", mesmo porque não sou sua uma criança para usar meu nome no diminutivo. E o “amiguinha” também é uma diminuição ordinária.
-Não importa... Para todos você é uma amiga... Pelo menos para quase todos... Você e Harry não agem como amigos. Sei que Harry ama minha irmã... Mas você? Ér.... -largando o braço de Hermione, resmungando - E não venha dizer que sua ida ontem á noite no quarto dele não tem nada de mais.
-Então é isso?
-Não. Eu só estou aqui contando uma piadinha pra dormir rindo. -debochou ele - Mas é claro que é isso, Hermione! Surpreende-me você com o poder e feitiços de ler mente, não tenha percebido que você e Harry estavam juntos demais. Todos já estavam comentando.
-Todos, ou só você que fez uma cena fictícia em sua cabeça? Será que é só você com essa idéia absurda, e isso esta te cegando? Harry contava-me como estava indo com Gina.
-Cegando por que? Não tenho motivos de ficar.. Cego por coisas fúteis.
-Talvez fosse... Ciúmes?
-CIUMES??? -berrou ele enraivecido - Você está.. Doida?
- Harry acha isso. É o que qualquer um iria achar se olhasse seu estado de nervo por algo tão... Idiota.
-IDIOTA? EU?
-Não, a minha bisavó.
-Ha ha... Engraçadinha.
-Achou? Obrigada. -suspirou ela, chegando ate a confundir o nome do rapaz - AAAAAAAAAAH, você me irritou profundamente Harry.. Digo RONALD... Ah, não foi uma boa hora de trocar os nomes.
-Não mesmo, cabeluda. Agora faz o favor de sair do meu quarto?
-Não saio. Até colocarmos um basta nessa infantilidade.
-Então vai sair à força.
-Vai me bater é? Não é homem suficiente. –Hermione disse em um tom desafiador.
-Não sou homem suficiente pra te bater, mas te por pra fora do meu quarto.. Áh, eu sou sim.
-Aé, como?
-Falando algumas verdades que doem. Ou como chantagiar você com algo que você goste muito. -disse ele num tom superior, pegando um colar de dentro do bolso da bermuda. Hermione olhou chocada para o colar, e de qualquer maneira queria pega-lo.
-ME DEVOLVE! Você não sabe o que esta fazendo, Ronald. –bufou ela, pulando para conseguir alcançar o colar que Rony havia erguido para o alto.
-Sai do meu quarto que eu te devolvo.
-Eu estou falando serio, Ronald.
-Ui, o que ele faz demais?- olhando para o colar, curioso - Não me diga que ele é a chave para a porta do quarto de Harry, ein? Bem que já deve deixar a porta aberta sem nenhum escrúpulo para que você entre sem maiores problemas, não?
Rony não obteve resposta, mesmo por que ele mal pôde perceber se Hermione lhe respondia, dado o barulho de uma mão estalar no lado direito de seu rosto. A mão de Hermione viera com toda força, e como sua cabeça estava centrada na resposta que esperava de Hermione, não pode remediar o tapa.
A marca da mão de Hermione era bem acentuada no rosto de Rony, que percebera que havia passado de todos os graus de grosseria, insinuando o tal caso de Mione e Harry.
Sabia mais do que ninguém que não havia objetividade suas acusações e próprio Harry havia lhe afirmado, mas na hora da raiva, tudo que poderia ser jogado para afetar Hermione era bem vindo. Estava cego de ciúmes e de raiva.
As faces de Hermione, que antes era um tom pálido, estavam rosadas, vivas, e seus olhos brilhavam de decepção com a insinuação do amigo. O colar na mão do mesmo a ofendia, já que ele não poderia ter pegado algo tão precioso como aquele camafeu.
Rony olhava paralisado para Hermione, com mão sobre o lado direito do rosto. Esticara a mão com o colar e entregara para ela. Ela, não muito gentil, pegou o colar bruscamente e foi ate a porta do quarto, mas Rony a impediu que saísse.
Minutos antes queria que ela se fosse, e agora queria que ela ficasse. Não daria pra entender o que se passava pela cabeça de Rony.
Nunca mais gostaria de receber um tapa da menina que ele mais admirava no mundo, então deixou o orgulho de lado e suplicou para q ela ficasse no quarto:
-Fica, por favor.
-Ficar pra que? Pra daqui a pouco você insinuar que eu estou grávida ou algo do tipo? Já fui ofendida o Maximo, Bilius.
-Você me chamou de Bilius? -sussurrou ele, ainda mais chocado. Ninguém o chamava de Bilius. – Não me chame mais desse nome HORRIVEL!
-Me afeta como pode, e eu te afeto como posso. Estamos kits, Roniquito.
-Não era pra ser assim, Mione.
-Não era mesmo, sabe. Mas já está bem claro a sua visão sobre minha pessoa... Não preciso de mais delongas. O que está feito... Está feito. O que foi dito... Está dito.
-E o que não foi feito, será feito.
-Mas, do que você esta falando?
Sem falar mais nada, Rony aproximou-se de Hermione, colocando suas mãos pela cintura da moça.
Hermione sentiu um arrepio ao ser tocada pelas mãos macias do amigo...
-É sobre isso que estou falando. -sorriu Rony, acanhado.
-Me solta, Rony... Podem ver... E... Pensarem mal de mim...
-Quando falavam de Mione Granger, a moça mais inteligente de Hogwarts, sempre recordei da menina de grandes dentes e cabelos armados,... E meia "fru-fru" demais. Mas depois do Baile de Inverno, no quarto ano, vi que você não era mais a Mione Granger que eu havia conhecido aquele dia de Setembro, no trem. Á quase 8 anos atrás.
-E o que isso tem a ver com tudo isso?
-Calma apressadinha... Já chego ai. Pois bem...
-Mas... -mas Hermione não pode concluir, pois Rony encostou o dedo em sua boca em sinal de silencio. Ela fechou a boca e não emitiu nenhum som.
-Sempre deduzi que você era a mesma de que quando tinha 11 anos. E realmente você era meia.. Feinha. -disse ele rindo - E quem ia imaginar que você ia mudar tanto? Mais rápido do que aquela coisa que vocês usam no mundo trouxa... O Metrasso.
-É METRÔ, seu burro!-pos ela a corrigir, já que Rony sabia pouco do mundo trouxa.
-Que seja...
-Então comece a falar o porquê de tudo isso, sim?
-Mione... Sim, eu estou com ciúmes. - murmurou ele com certo esforço - Estou me mordendo de ciúmes por Harry e você ficarem tão grudados, dia e noite.
-Eu não tenho nada com Harry. Eu e ele estamos tentando achar uma solução para... Ele se declarar pra Gina.
-Não... Não me importo com isso Mione. Sei disso... E sou cabeça-oca. -disse ele com ternura
-Cabeça-oca mesmo. E eu também sou um pouco...
-Sei.... Uma cabeça-oca linda. Uma cabeça-oca que alem de ser a melhor aluna de Hogwarts, fez que o coração do cara aqui... Fosse.. Amolecido. Sempre fui durão e casmurro, Mione..
-Como?
-Sabe Mione. -voltou a dizer, dando um giro com Hermione em seus braços.- Meus dias eram: Acordar, escola, jantar, dormir... Em remotos casos, a Guerra e quadribol.
-E hoje?
-Acordar faz sentido, pois eu sabia que quando levantasse, eu teria você na sala comunal. A escola deixou de ser um inferno para mim, porque os tempos passavam tão rapidamente... Eu sabia que te encontraria na hora do almoço. No Quadribol, eu teria você torcendo por mim, no jantar voltaria te ver e ao dormir... Era o único momento triste, pois não teria você do meu lado. - lembrando do ultimo afazer que citara - E ah sim, na Guerra.
-Na Guerra?
-Sim. Percebi que sempre você estará la pra me salvar. Pode não estar carnalmente, mas sempre vai estar no meu coração, e esse já é algum motivo para que eu lute para chegar inteiro por aqui.
-Hum... - Mione estava emocionada, aquela era a declaração que sempre sonhara. Não podia ser mais perfeito: Estava nos braços aconchegantes de Rony, ouvindo que ela era uma das coisas mais importantes de sua vida e mais, tão próximos e grudados.
-Sabe-tudo.. Será que preciso dizer mais alguma coisa sem ser que... Que... -gaguejou ele, forçando para que as palavras saíssem de seus lábios - Que eu te amo?
-Pra começar... Poderia parar de me chamar de Sabe-tudo. E mais... Ér... Eu...
Mione estava atônica. Não sabia o que fazer ou o que dizer e como seria tudo a partir dali, daquela declaração.
Teria que tomar uma atitude quanto ao fato de ser correspondida pelo homem que amava.
-Não precisa dizer nada, Mione. Esta sendo mais difícil para mim do que para você.. Digerir que nos amamos... E que... Eu fui um burro em pensar o mal de você.
-Sim, burro realmente foi... Mas...
-Xiii, não fala mais nada, por favor. Quero que esse momento dure por mais algum tempo, sem que comecemos a discutir algo que eu fui futilmente tolo de acreditar.
-Pensei que tivesse vergonha de meu jeito. -sussurrou Hermione, acanhada. –Meia... CDF e junta com Harry...
-Não tenho.. Tudo que eu alegava era por ciúmes... Não sabe como passei a noite acordado pensando... Como você e Harry "supostamente" estariam se divertindo.
-Estávamos...
-Não precisa explicar, por favor. Sinto-me mais tolo.
-Um tolo que amo muito.
Nos lábios de Rony brotou um sorriso, e junto dele o desejo de tocar aqueles lábios rosados de Mione. A pegando por um braço, e o outro apoiando na cintura da donzela, ela a inclina vagarosamente, aproximando cada vez de seu rosto.
Era como se fosse um momento mágico para ambos. O beijo, os toques de ambos o deixavam ainda mais feliz.
Rony brincava com os lábios da "amiga", e esta demonstrava gostar de tudo que ele fazia para lhe agradar.
O momento crucial da paixão dos dois foi quando Rony pegara Mione em seus braços, e fora ate a sua cama.
Mione olhou apreensiva para Rony. Não imaginou que iam até o limite.
Rony percebeu seu olhar, e sem graça, a soltou na cama e sentou na cama. Eles precisavam conversar.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.