Segredos da Pirâmide




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Local: Abaixo do Templo de Karnak- Egito
Hora Local: 01:30 hs.
Status da Missão: Iniciada - mas com resultado Indefinido
Tempo Decorrido da Missão: 01:06 hs.
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Gabriel caiu por cerca de cinco metros e bateu as costas no chão de pedra lisa. Harry caiu ao seu lado e começaram a escorregar rapidamente para baixo. Cada vez mais rápido, sem controle.
- Segure-se em algo! – grita Gabriel.
- No que? Isso é liso demais! – responde Harry assustado e escorregando ao lado de Gabriel.
- Use suas garras! – grita Gabriel e usando uma transformação parcial, transforma suas mãos em garras e as crava na pedra, sentindo a velocidade diminuir.
Harry fez a mesma coisa e pouco a pouco foram diminuindo de velocidade até parar completamente. Gabriel transforma seus olhos e olha para baixo. O que vê não o agrada.
- Faça o que fizer, não se solte, Harry! – fala Gabriel olhando para baixo, a uns 3 metros de distância do fundo de um poço. – Ai! Minhas costas! Mas que **** do ********! Quem foi o *********** e ********* filho de uma ******* que construiu esta ********* desta armadilha? – reclama Gabriel todo dolorido.
- Nem me fale! Acho que quebrei umas duas costelas! Nossa! - fala Harry usando sua transformação parcial e enxergando no escuro também. – Quantas ossadas! Deve ter algumas dezenas de corpos aqui!
- Mude para algumas centenas. – fala Gabriel olhando mais para frente. – Os idiotas caem no buraco, são trazidos aqui por este corredor inclinado, cada vez mais rápido e quando chegam ao fundo são empalados por estes espetos de madeira.
- Caramba! Que cheiro!!! – reclama Harry sentindo ânsias de vômito.
- Drakul? Na escuta? – chama Gabriel enjoado também.
- Sim. O que aconteceu? – pergunta Drakul preocupado.
- Caímos num buraco, descemos por um corredor liso e inclinado e quase fomos empalados por estacas de madeira. Foi isso que aconteceu!! – reclama Harry nervoso.
- Não aconteceu nada sério, Drakul. Esfolados, mas vivos. – fala Gabriel descendo lentamente até o fundo do poço e olhando para os cadáveres mais recentes. – Mas tem mais gente de olho em algo por aqui.
- O que descobriu? – pergunta Drakul.
- Seis cadáveres recentes. Pelo cheiro e o estado de putrefação, diria que estão aqui a menos de uma semana. – fala Gabriel olhando bem de perto para os corpos. Pega uma lanterna trouxa e começa a iluminar tudo por ali. – Praga! Drakul, são Comensais da Morte. Tom deve ter ordenado uma busca por aqui.
- Por que tanto interesse numa Rosa de Vidro? – pergunta Harry curioso descendo até onde Gabriel estava.
- Duvido que seja só uma Rosa de Vidro. – fala Gabriel preocupado. – Drakul, dê uma olhada em seus livros. Acho que esta Rosa faz mais alguma coisa que não te contaram.
- Vou verificar por aqui. Tomem cuidado! – alerta Drakul. – Geralmente esses locais são cheios de armadilhas.
- Não brinca! – fala Harry de modo irônico. – Ainda bem que nos avisou a tempo!
- E mantenha o canal de comunicação aberto. – fala Drakul sério. – Ao menos para que eu ouça a voz do Potter.
- Se preocupa tanto assim comigo? – pergunta Harry emocionado. – Oh, Sogrão! Não sabia que gostava tanto assim de mim.
- Não gosto. Para ser franco, te odeio pra valer. O que aprontou para minha filha ainda está entalado na minha garganta! Quem gosta de você é minha filha. Quanto a mim, confesso que estou ANSIOSO para ouvir seus gritos de dor e desespero. – fala Drakul rindo alto junto com Gabriel.
- Vamos em frente. – fala Gabriel sorrindo e apontando para um corredor de pedra logo à frente.
- Você acha seguro continuar? – pergunta Harry ao seu lado.
- Temos escolha, por acaso? – pergunta Gabriel sério. – Quer voltar de mãos vazias até o “Sogrão”? Esqueceu dos 143 métodos de empalar um inimigo ou traidor? Como acha que Drakul vai nos considerar se desistirmos dessa busca?
- Tudo bem. – fala Harry convencido. – Mas você vai na frente!
- Sem problemas. – responde Gabriel sorrindo. – Na verdade, o perigo maior é sempre daquele que vem em segundo. Eu ativo as armadilhas e elas atingem você!
- Pensando bem, vamos lado a lado. – fala Harry sério.
- Como quiser. – fala Gabriel rindo baixinho enquanto caminhavam até o início do corredor. – Drakul? Vamos começar!
- Vão em frente, mas tomem cuidado! – alerta Drakul sério.
- Sem problemas! Vai ser fácil, fácil! – fala Harry sorrindo e caminhando displicentemente por um corredor de pedra de cerca de 2 metros de altura por um metro e meio de largura. – Pode preparar o uísque, Sogrão! – brinca Harry rindo alto e ouve Drakul resmungar algo como “moleque atrevido”.
- Harry, tome cuidado onde pisa. – alerta Gabriel sério. – Não quero disparar nenhuma... – e ouve um Click onde Harry havia acabado de pisar. - ...armadilha.
- Ho-Ho! – fala Harry preocupado. – Isso não é bom, é?
- Não! – fala Gabriel ouvindo um barulho de algo sendo arrastado. Virou-se e viu uma porta de pedra lacrar o túnel por onde tinham entrado. – Não é nada bom! Drakul? – chama Gabriel.
- O que foi? – pergunta Drakul procurando um livro na sua biblioteca.
- Estamos impossibilitados de retornar. O corredor onde entramos foi lacrado. Temos que seguir adiante. – fala Gabriel calmo e caminhando diretamente a frente até chegar numa sala retangular com quase 5 metros de largura.
- Geralmente isso acontece. – fala Drakul calmo. – É como se vocês estivessem numa jornada. Ela deve ser cumprida, sem falhas. As armadilhas provavelmente se desativarão conforme vocês vão avançando. Desta forma a pirâmide já se prepara para o próximo desafiante.
- Ora, MUITO OBRIGADO POR AVISAR! Agora estamos presos aqui!! – reclama Harry.
- Pense assim, Harry. Isto aqui é muito mais divertido do que ficar treinando, não é mesmo? – pergunta Gabriel sorrindo e movendo sua lanterna. Aponta-a e olha para as paredes da sala onde estavam. – Drakul, estamos numa sala, onde tem somente uma porta, coberta com hieróglifos. Alguns que eu nunca vi.
- Consegue descrevê-los? – pergunta Drakul sério.
- Claro, Sogrão! Uma cobra com duas bocas. Uma cabeça com duas pernas com um risquinho abaixo. Uma pedra azul. Uma galinha... – fala Harry rindo.

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- Não você, Potter! E pare de me chamar de Sogrão!! – grita Drakul.
- Ok. – fala Gabriel rindo baixinho da discussão dos dois. – Esqueça essa daí, Harry. Esta é a que conta. – fala Gabriel apontando para outro desenho.
- Como sabe? – pergunta Harry curioso.
- Porque a primeira coluna é uma transcrição do nome de Anúbis. A segunda dá a entender que existe um teste ou um desafio. – fala Gabriel rapidamente enquanto lia os hieróglifos na parede. - Algo como sendo uma tocha que inicia o desafio. Espere um pouco... É sobre aquele que traz a luz à escuridão. E sobre aquele que traz a destruição. Parece ser isso. Estou fazendo uma tradução aproximada. – comenta Gabriel pensativo. – Temos que encontrar a tal da tocha. O desafio começa quando a encontrarmos.

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- Tocha? Tem uma aqui! – fala Harry animado e usando sua varinha a acende. – Pronto!
- NÃO! – grita Gabriel, mas é tarde demais. – Droga, Harry! Você iniciou o desafio! E nem sequer sabemos o que é o desafio!!!
- Hein? – pergunta Harry curioso e ouve um barulho de algo se arrastando. – Ho-Ho! As paredes estão se fechando! Vamos ser esmagados! – fala Harry olhando para os lados e buscando algo para bloquear as paredes.
- Droga! Drakul, não consigo ler a última linha! Está desgastada e os hieróglifos são diferentes de tudo o que estudei! – fala Gabriel sério vendo as parede se aproximarem rapidamente.
- Fique calmo. – fala Drakul tranqüilo.
- Claro! “Fique Calmo!” - reclama Gabriel irritado. – Quer trocar de lugar? Daí eu digo para você ficar calmo.
- Irritar-se não vai resolver o problema. – fala Drakul calmo. – Descreva-me os hieróglifos.
- Certo. O primeiro é o símbolo de Anúbis. Depois parece ser Hórus. Ele segura um ANKH. Ele está olhando para além de Anúbis. Depois vem... – fala Gabriel descrevendo o que via.
- Vou bloquear as paredes! – fala Harry sério e conjura vários troncos de madeira, que coloca entre as paredes, diminuindo a velocidade das paredes, mas não as parando totalmente. – Andem logo, vocês dois! Não temos muito tempo! – fala Harry ouvindo os troncos começarem a estalar e rachar.
- Não consigo entender o último hieróglifo! Está danificado. – reclama Gabriel. – Harry, venha cá!
- O que foi? –pergunta Harry chegando ao seu lado.
- Isto lhe parece uma Garça ou um Falcão? – pergunta Gabriel apontando para o desenho na parede.
- Pra mim parece ser uma galinha!! Como diabos vou saber? – pergunta Harry nervoso.
- É um falcão! Acho que é um Falcão! – fala Gabriel desconfiado e continua a leitura rapidamente, descrevendo os desenhos para Drakul.
- Gabriel, se for realmente um falcão, isso diz algo sobre girar a Tocha acesa em direção ao Portador da Luz para vencer o desafio! Vire a tocha em direção ao Potter! – fala Drakul sério no comunicador. – Rápido!
Sem perda de tempo, Gabriel vai até a tocha e a gira em direção a Harry. Mas, não acontece nada.
- Tem certeza de que traduziu corretamente? - pergunta Harry preocupado ao ver as paredes se fechando cada vez mais ao redor deles e os troncos de madeira sendo despedaçados.
- Como diabos vou saber? Isto lhe parece uma Garça ou um Falcão? - pergunta Gabriel irritado apontando novamente para o mesmo hieróglifo.
- E eu é que sei?? - pergunta Harry nervoso apontando a varinha para as paredes e criando uma estrutura de metal, que reduz a velocidade das paredes, mas não as detém. Lentamente elas vinham se aproximando e o metal criado por Harry gemia e guinchava enquanto ia sendo torcido e esmagado. - Você disse que sabia ler esta droga!!!
- Ah, que se dane! - fala Gabriel e coloca um pequeno pedaço de explosivo plástico na parede, junto com um detonador.
Usa sua aura e protege a si e a Harry e detona o explosivo, abrindo um buraco considerável na porta, por onde passam rapidamente, escapando de serem esmagados pelas paredes que se fecham atrás deles.
– Explosivo C4! Muito útil! Nunca saia de casa sem ele! - fala Gabriel rindo e vendo Harry olhar para onde tinham estado instantes atrás. As paredes, depois de ser fecharem, lentamente retornavam a sua posição original.
- O que você fez? E por que quase fiquei surdo? – pergunta Drakul nervoso.
- Fui obrigado a improvisar. – fala Gabriel sério. - Passamos pela porta.
- Não! Você não passou pela porta! – reclama Harry. – VOCE EXPLODIU A PORTA!
- E daí? – pergunta Gabriel olhando para a sala onde estavam. – Passamos pela porta! Qual o motivo para tanto drama?
- Daí que o verdadeiro desafio não foi cumprido! – reclama Drakul. – Segundo o que estou lendo aqui, num papiro, no momento em que você trapaceia, que é exatamente o que você fez, você ativa todas as defesas da pirâmide!!
- Gabriel, diz pra mim que você conhece aqueles caras ali. - fala Harry sério apontando para duas dúzias de guerreiros com o corpo de homens mas cabeças de chacais, que portavam lanças e possuíam espadas e arcos.
- Harry? – chama Gabriel calmo se levantando e olhando para os guerreiros. – Não se mexa. Eles estão parados! Se nos mexermos, e eles forem quem eu penso que são, seremos atacados.

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- Quem você pensa que eles são? – pergunta Harry preocupado.
- São os Guardiões da Pirâmide! Todas as pirâmides tem alguns tipo de guarda de honra, ou coisa parecida. – fala Gabriel se sentando. – Por algum motivo, eles não foram ativados. Parecem ser de pedra. Vamos descansar um pouco e depois continuamos, com calma.
- Não! Sem descanso! – fala Drakul irritado. – Andem logo!
- Sogrão? Dá um tempo? – pergunta Harry cansado sentando-se ao lado de Gabriel. – Está abafado, fechado, com pouco ar respirável, quase fomos esmagados e estamos cansados!
- Grande coisa! Para um cara que quer namorar minha filha, você deveria ser mais resistente! – desdenha Drakul.
- Eu sou resistente! Pergunte a ela! – fala Harry sorrindo debochado. – Pelo menos na “H” eu sou muito resistente!
- Poupe-me dos detalhes constrangedores. – rosna Drakul no comunicador. – Ainda não sei o que ela viu em você!
- Sogrão, sogrão! O que posso dizer? Eu sou lindo! – fala Harry rindo alto, acompanhado de Gabriel.
- Mérlin! – geme Drakul. – Nunca ouvi uma besteira maior! Tem horas que eu me pergunto por que não sou surdo!
- Gabriel, você conhece aquela piada do sogro? – pergunta Harry decidido a irritar Drakul.
- Não. – comenta Gabriel sorrindo e entendendo a idéia de Harry. – Como é essa piada?
- “Sogro Rico é igual a porco gordo: Só dão lucro quando morrem!” – fala Harry gargalhando.
- Suprema Afronta!!! – reclama Drakul irritado pelo comunicador.
- Eu sei de outra piada sobre o sogro. – fala Gabriel bebendo um gole de água do seu cantil.
- Até tu, Brutus, digo, Gabriel? – pergunta Drakul triste.
- Qual? – pergunta Harry rindo.
- Carlos tinha uma linda moto importada. Ele tratava da sua moto como se fosse sua filha. Carlos tinha uma mania que toda vez que começasse a chover, ele corria pra passar vaselina na sua bela moto. Por isso, ele sempre andava com um pote de vaselina no bolso.Um belo dia, Carlos foi convidado por sua namorada, Helena, para um jantar em sua casa. Helena explicou:- “Amorzinho, lá em casa tem uma regrinha: Todos nós comemos em silêncio. Se alguma pessoa falar alguma coisa durante o jantar, será obrigado a lavar todos os pratos.” Carlos ficou um pouco espantado com aquilo tudo, mas concordou em ir. Enquanto Carlos estava saboreando aquela deliciosa comida, todos estavam no mais absoluto silêncio. Ele então, pensou consigo mesmo: “Eu vou transar com minha namorada aqui mesmo, na frente de todo mundo. Vamos ver se eles realmente conseguem não falar nada!”. – conta Gabriel sorrindo.
- E daí? – pergunta Harry rindo baixinho enquanto comia uma barra de ração de emergência e tomava água do seu cantil.
- Espere! Tem mais. – fala Gabriel rindo ao ouvir os rosnados de Drakul pelo comunicador. - Carlos então se levantou puxou a namorada pelo braço, jogou-a sobre a mesa e começou a transar com ela loucamente! Ninguém falava nada, nem mesmo a sua namorada. Todos viam em silêncio o casal se amando em cima da mesa. Não satisfeito, Carlos partiu para cima de sua sogra e repetiu a proeza sob observação e todos. Durante toda essa orgia, o pai de Helena (sogro de Carlos), estava assistindo aquilo tudo sem fazer ou falar absolutamente nada. Só olhava para aquilo irritado, mas não falava nada para não ter que lavar os pratos. De repente, ouviram-se trovoadas e começou a chover. Instintivamente, Carlos lembrou logo de sua moto, colocou a mão no bolso e sacou o pote de vaselina. Imediatamente, sogro de Carlos gritou desesperado: - Pode deixar que eu lavo os pratos!!!!!! - fala Gabriel e vê Harry gargalhar.
Gabriel podia jurar que tinha ouvido uma risada de Drakul, mas neste instante, os Guardiões se ativaram e se mexeram levemente. Um a um, viraram suas cabeças e olharam para eles.
- Ho-Ho! – fala Harry sério apontando para os guardiões.
- Levante-se, Harry. Acho que os ativamos com o som de nossas risadas. – fala Gabriel ficando de pé rapidamente.

- Droga. – fala Harry preocupado ao ver um dos guardiões mover um de seus braços com uma lança. – Sogrão? Alguma idéia de quem são esses caras?
- Não. Nenhuma! – fala Drakul preocupado folheando um livro após o outro. – Não aparece nada sobre eles por aqui!
- Alguma idéia de como os derrubamos? – pergunta Gabriel sério notando que eles começaram a se mover mais rapidamente. – Drakul?
- Tente usar um pote de vaselina! Quem sabe dá certo!– ri Drakul baixinho.
- Sogrão? Sem brincadeiras! A coisa tá ficando feia! – avisa Harry vendo os guardiões se juntarem em duas fileiras e começarem a se aproximar, rapidamente.
- Não estou brincando. – fala Drakul sério. - Não tem nada sobre esses caras. Caiam fora daí!
- Gabriel? – chama Harry.
- Corra! – grita Gabriel para Harry empurrando-o para um corredor a esquerda de onde estavam e correndo atrás dele enquanto ouviam os uivos dos guardiões atrás de si. – Corra como se o inferno inteiro estivesse atrás de você!!!
Correram por alguns minutos, por corredores que se dividiam em corredores menores. Gabriel virou-se para olhar e notou que os Guardiões começavam a ganhar terreno, se aproximando pouco a pouco.
- Drakul! Fugir é inútil! Eles são mais rápidos do que nós. E não se cansam. Temos que enfrentá-los! – grita Gabriel.
Sem perder tempo, virou-se e mentalizou um Inferno os cobrindo de chamas. Totalmente inútil.
- Estupefaça! – gritou Harry ao seu lado atingindo em cheio um dos Guardiões que nem sequer sentiu o feitiço.
- Magias são inúteis. – fala Gabriel se desviando de uma lança de metal que um guardião lhe jogou. Rapidamente leva a mão até sua mochila de armas e pega uma em especial.
- Protego!!– fala Harry e cria um escudo de proteção que é inútil contra outra lança que lhe foi jogada e lhe atinge de raspão o ombro, deixando um pequeno ferimento.
- Abaixe-se! – ordena Gabriel com um Fuzil AR 15 nas mãos, já em posição de disparo.
Quando Harry obedece, Gabriel abre fogo no peito do guardião mais próximo que tomba despedaçado em pequenos pedaços de pedra. Os outros Guardiões param por um segundo, surpresos, mas em seguida, avançam ainda mais determinados.
- PutzGrila! Agora sim!! – fala Harry animado e pega em sua mochila um fuzil igual ao de Gabriel e atira nos outros Guardiões que começam a tombar rapidamente e recuam assustados.
- O que está acontecendo aí? – grita Drakul preocupado pelo comunicador. – Por que ouço disparos de armas de fogo?
- São fogos de artifício! Estamos comemorando o aniversário do Harry! – grita Gabriel numa pausa para trocar o pente de munição. Em seguida, mira e abre fogo nos Guardiões que recuavam rapidamente pelo corredor, conforme eles avançavam invertendo a perseguição.
Agora eram eles que perseguiam os Guardiões. Atiravam sem parar, mas correndo quase não acertavam nos alvos que se moviam rapidamente.
- Fugiram! – fala Harry sorrindo ao voltarem a sala onde estiveram sentados antes. – Voltem aqui, seus covardes!! Venham lutar!! Pra onde diabos eles foram?
- Não sei, Harry. – fala Gabriel e guarda seu Fuzil na mochila nas costas, depois de remuniciá-lo. – Fique com sua arma sempre pronta. Acho que teremos mais surpresas. Eles podem voltar.
- Vocês estão bem? – pergunta Drakul sério pelo comunicador.
- Estamos bem, Sogrão. – fala Harry rindo enquanto trocava o pente de munição de seu fuzil. – Derrubamos 12 Guardiões. Restaram 12 que fugiram. São imunes a magia, mas não resistem ao armamento trouxa. Quer saber? Eu adoro esta arma!
- Isto é bom, mas não se anime muito. – fala Gabriel sorrindo e olhando para a porta no fundo de um corredor que continha a imagem de Anúbis. – Fique de olho nas coisas. Preciso traduzir o que está escrito naquela porta.
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- Sem problemas. – fala Harry animado enquanto olhava para as paredes lisas. Não percebeu nada de estranho.
- Drakul, na escuta? – chama Gabriel.
- Claro. – fala Drakul pegando um livro a mais em sua biblioteca e o abre lendo-o rapidamente.
- Estou em frente à porta. Ela é ladeada por 4 estatuas de pedra de cada lado. Cada estátua carrega o que acredito ser um pequeno ANKH. Diretamente à frente, a porta é dupla. Contém duas imagens de Anúbis, uma de cada lado olhando diretamente uma para a outra. Está coberta por hieróglifos. – explica Gabriel.
- Consegue traduzir os hieróglifos? – pergunta Drakul sério.
- Preciso me aproximar um pouco mais. – fala Gabriel olhando desconfiado para as estátuas, mas elas não se moveram. – Harry, aproxime-se e use sua lanterna também. Preciso de luz aqui.
- Sem problemas. – fala Harry colocando o rifle na mochila e pegando sua lanterna.
- Ok, Drakul, vamos ver o que temos aqui. – fala Gabriel se aproximando da porta dupla e começando a traduzir os hieróglifos. - Algumas maldições contra os invasores em geral. Mais uma maldição de morte lenta aos profanadores. “Os invasores serão mortos pelos guardiões da tumba.” “Que suas almas apodreçam no inferno sem descanso, bla,bla,bla,bla!”. Nada original. Parecem as ameaças do Tom. Sem graça e sem originalidade alguma.
- Deve ter algo ai sobre o caminho a ser seguido. – fala Drakul rindo.
- É o que estou procurando. Deixa eu ler isso daqui. – fala Gabriel começando a ler outra coluna. – “Que o peso da verdade consuma seu coração pecador...bla bla bla”. Opa. Aqui tem uma maldição interessante.
- Qual? – pergunta Drakul.
- “Se estiver lendo esta fic e não comentar, seus dedos irão ficar azuis e cair!” – fala Gabriel estranhando.
- Tem certeza que traduziu direito? – pergunta Harry.
- Claro que sim. Embora, seja meio estranho. – fala Gabriel sorrindo perversamente. – Vejamos o que mais temos aqui. “Você irá morrer... bla bla bla´!” “Seu corpo irá apodrecer... bla bla bla!” Saco. Não tem nada aqui. Espere! Achei! “Se for um puro do coração deve... “! Drakul, não conheço um dos hieróglifos. Parece ser um homem com asas nas costas, mas não é Hórus.
- A idéia do hieróglifo parece ser evoluir, erguer-se, ou elevar-se? – pergunta Drakul curioso.
- Sim. O sentido parece ser subir, elevar-se, ou algo assim. Praga! Não consigo ler o restante da linha. Está danificado pelo tempo. – reclama Gabriel tentando ler mas era muito escuro. – Harry, dá pra chegar mais perto com a sua lanterna? Não consigo enxergar assim! Preciso de luz!
- Claro. – fala Harry caminhando rapidamente e sem querer toca numa das estátuas que se move lentamente, oscilando um pouco e fazendo um pequeno ruído. – Ho-Ho! – fala Harry preocupado.
Gabriel vira-se para ver o motivo daquele “Ho-Ho!” e somente isso lhe salva a vida, pois do chão, a sua frente, lanças de metal começam a sair do chão, sendo atiradas com força, até atingirem o teto da passagem. Outras saem do lado direito do corredor e algumas ainda do lado esquerdo. Rapidamente mais e mais lanças começam a ser ativadas, os forçando a recuar do pequeno túnel onde estavam, para se salvarem.
Quando estavam cerca de cinco metros das portas, Gabriel olha para Harry que o fitava assustado.
- Escute bem, Harry. Se você falar novamente um “Ho-Ho!” , eu, pessoalmente, quebro suas pernas! – ameaça Gabriel. – Tudo aqui é feito de armadilhas. Tome cuidado onde pisa, toca ou mexe, entendeu? – pergunta sério.
- Entendi. – fala Harry olhando para as estátuas agora ladeadas por lanças. – E agora?
- Precisamos encontrar outra passagem! Esta é falsa. – resmunga Gabriel.
- Como sabe que é falsa? – pergunta Harry curioso.
- Por que o que está escrito nela indica que este é o caminho errado. – explica Drakul pelo comunicador. – Gabriel, um dos símbolos indicava ascensão, não é mesmo? – pergunta Drakul.
- Sim. O terceiro da quinta coluna. – responde Gabriel tentando acalmar sua respiração.
- Olhem para cima. Deve ter uma abertura no teto ou coisa parecida. – fala Drakul pelo comunicador.
- Existe sim. – responde Harry apontando sua lanterna para cima e encontrando um buraco retangular. – Mas está a uns 3 metros de altura.
- Vamos subir, Drakul. – fala Gabriel e usa uma transformação parcial, para usar suas asas. Decola e rapidamente alcança o buraco no teto e entra nele. Harry veio logo atrás de Gabriel.
- E então? – pergunta Drakul sério.
- Parece um duto de ventilação. – fala Gabriel sério colocando sua lanterna a frente e se arrastando pelo duto. – Mal temos espaço para engatinhar.
- Ótimo. – fala Drakul sorrindo. – Assim diminui o risco do Potter ativar mais alguma armadilha. – termina irônico.
- Gabriel. – fala Harry sério. – Sente este cheiro?
- Na verdade, não. – fala Gabriel enquanto se arrastava pelo duto estreito. – Cheiro de que? – pergunta curioso sem sentir nenhum cheiro estranho.
- Cheiro de um Sogrão irritado! – fala Harry rindo alto.
- Não se anime, Potter! – fala Drakul sorrindo. – Você ainda tem que sair vivo daí para me chamar de Sogrão!
- Sei. – responde Harry sorrindo. – Gabriel, acabei de me lembrar de outra piada.
- Qual? – pergunta Gabriel sorrindo ao ouvir a troca de farpas entre Drakul e Harry. - “Se não se matarem, tudo bem!” – pensa Gabriel divertido.
Continuavam a se arrastar pelo duto e nada de chegar a algum lugar.
- Um casal muito rico, casado a mais de trinta anos tinha três filhas, já casadas. – começa Harry sorrindo. - Um belo dia o sogro resolve testar seus 3 genros para saber se realmente gostam dele ou se só o tratam bem pelo dinheiro. Ele vai a casa do primeiro genro e pede a ele para levá-lo num rio perto por que ele que pegar água. Chegando lá ele se joga no rio e finge estar se afogando. O genro se joga na água e salva o velho. No dia seguinte ao acordar depara com um fusca usado na sua porta com o seguinte bilhete:"Para meu genro querido com todo amor, do seu sogro". – fala Harry e ouve as risadas abafadas de Gabriel e os resmungos de Drakul.
- E daí? – pergunta Gabriel apontando sua lanterna para frente e não vê nenhuma ameaça.
- Daí que no dia seguinte ele vai até a casa do segundo genro e pede a mesma coisa. Joga-se no rio e o genro o salva. No dia seguinte ao acordar depara com um Jipe usado e caindo aos pedaços na sua porta com o seguinte bilhete: "Para meu genro querido com todo amor, do seu sogro". – fala Harry e ouve as risadas mais altas de Gabriel e as reclamações de Drakul.
- E? – pergunta Gabriel sorrindo e continuando a se arrastar. Nota que mais a frente o duto começava a descer, levemente.
- No terceiro dia o sogro vai para a casa do último genro, e segue a mesma história. Mas ao ver o sogro se afogando, o genro ri, vira-se e vai embora. No dia seguinte ao acordar depara com uma FERRARI,vermelha, zero km na sua porta com o seguinte bilhete: "Para meu genro que eu odeio profundamente, da sua sogra." – fala Harry e ouve as risadas de Gabriel e os gritos de Drakul.
- Você vai ter que voltar aqui! – grita Drakul irritado, mas começando a sorrir. – Mas já que estamos nessa de piadas, vou contar uma também!
- Manda! – fala Harry sorrindo de forma arrogante ao continuar a seguir Gabriel que se arrastava a menos de um metro a sua frente.
- O jovem bruxo ia casar,e alguns dias antes seu sogro se aproxima do mesmo e fala sério. “Meu caro, tenho que te contar um segredo da minha filha,e acredito que você terá um problema com isso.” O genro se preocupa, pois até ali só tinha namorado a moça de forma casta e nem sequer tinham passado da fase dos beijos delicados. Olha para o sogro e pede preocupado: “Pode me contar. Se houver algum problema, iremos resolver!”. O Sogro, então, resolve continuar a história. – “Meu jovem, se minha filha puxar para a mãe, ela gostará de um cara que tenha a “ferramenta” grande, que seja tripé, que chegue até na água do vaso pra beber.” O genro ficou em silêncio, por alguns segundos, enquanto digeria a informação recebida. Depois de alguns instantes, olha para o Sogro e abre um enorme sorriso. – “Ela também? Achei que era só eu que gostava disso!!” – conta Drakul gargalhando alto, seguido por Gabriel que ria junto com ele. Harry só resmungava algo sobre desrespeito.
- Ok, Drakul. O túnel acabou. – fala Gabriel sério ao ver o duto ser interrompido. – A partir daqui é rocha sólida. Tem alguns hieróglifos aqui.
- Consegue ler? – pergunta Drakul.
- Sim. – fala Gabriel lendo os hieróglifos. – “O caminho segue para as profundezas! Deve fazer a escolha correta. A Ganância o destruirá!”
- Tem certeza? – pergunta Drakul.
- O pior é que tenho. – fala Gabriel batendo levemente os dedos na pedra. – Não temos como passar. Temos que voltar e encontrar outro caminho.
- Não existe outro caminho. – fala Harry. – Tem que ser esse!
- O que espera que eu faça, Harry? O caminho acabou. Quer que eu abra um caminho, a força? – pergunta Gabriel.
- Isso é uma droga total! – reclama Harry sério enquanto da um soco com força na pedra a sua frente que emite um pequeno som e se desloca um centímetro para baixo. – Ho-Ho!! – fala Harry.
- Ah, não! Ho-Ho! De novo não! Eu vou te matar, Potter!!! – grita Gabriel assustado ao perceber que todo o fundo do duto acabava de desmoronar, fazendo-os cair, num poço estreito e escuro.
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Fim do Capítulo. Leiam até o final, por favor.
1. Bem, eles começaram a busca. E por enquanto, só encontraram armadilhas.
2. O “relacionamento fraternal” que existe entre Drakul e Harry vai ficando cada vez melhor. Nem que seja a base de piadas.
3. Ho-Ho! . Fala sério. Se o Gabriel ouvir isso, mais uma vez, vai bater em alguém.
4. “Se estiver lendo esta fic e não comentar, seus dedos irão ficar azuis e cair!” Bem, acho que vocês entenderam, não é mesmo? Hehehehe! Para quem acompanha Apollyon sabe que “outra coisa“ do Harry iria ficar azul e cair, não é mesmo?? Lembram da Cebola e do molho de pimenta?
5. Tem mais coisas, lá embaixo, depois dos comentários.
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Comentários. Uebbbbbbbbba! Adoramos Comentários.

Srtª Black – Obrigado. Optamos por fazer desta forma, para situarmos melhor os leitores. Claro que se ler Apollyon e Vermelho Sangue antes, fica mais fácil de acompanhar os personagens e suas histórias.
ChunLi Weasley Malfoy – Somos obrigados a chantagear por comentários, por que senão a não sabemos se estamos no caminho correto ou não. Você sabe como é! Hehehehe! Que bom que gosta da história Egípcia. No próximo capítulo, vamos abordar um tema muito interessante. As pirâmides. Quem as construiu e por que as construiu? Além de alguns mistérios sobre elas. Inclusive a Maldição do Faraó!
Gabby Lupin – Obrigado, Linda. O Drakul vai prestar algumas palestras em Hogwarts. Em história da Magia. Afinal, quem agüenta um fantasma, o tempo todo? Fiquei pensando nas detenções que ele dará em caso de conversa em sala de aula. Provavelmente iria amarrar o pé do aluno numa corda e brincar de Bunge Jump do alto da torre da Astronomia. Heiii! Isto me deu uma idéia!! Preciso contar para o Gabriel. Uma “brincadeira” com Sírius! Só que sem a corda, é claro!
Pedrinho – Valeu, Pedrinho. A gente faz o melhor que pode.
Carla Ligia Ferreira – Bem vinda, minha linda. Bem, o Drakul é mais ou menos como o Gabriel. Sempre tem um plano de emergência. Não pense que o Harry seja medroso. É que são poucos que encaram o Drakul e sobrevivem para contar a história. Além disso, ele ama a filha e não engoliu ainda o que o Harry aprontou com ela. Mas até o final da fic eles terão se conhecido melhor. E Drakul não quer “só um jantar” com a Rosa Negra! E de manipuladores, essa fic tem pelo menos 3 (Rosa Negra, Drakul e Gabriel) e nenhum deles é flor que se cheire!
Biank Potter – Curioso, não é mesmo? Então espere para ver o Cap 71 – Laços de Família de Apollyon. Se você ainda tinha dúvidas...bem, o que posso dizer... terá mais ainda! Hehehehe!
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Muito Bem! Não vou colocar as prévias do próximo capítulo ainda. Só daqui a algum tempo. Preciso revisar algumas coisas ainda com a Clara. Espero que comentem, pessoal. Ficamos tristes ao ver que nos esforçamos e ninguém comenta!
Um Abraço,
Claudiomir e Clara.

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Comentários (2)

  • Rosie Bolger

    KKKKKKKKK, morri de rir com a raiva do Gabriel, fala sério o Harry só faz ativar armadilha! puts! tô doida para ler mais aparições da rosa negra amei essa personagem, e vou ler depois vermelho sangue, para conhece-la melhor. É bom poder ler novamente sobre o gabriel, li apollyon até a terceira fic, e como esta parada fico com saudades dos personagens e da cortadora de almas, ela e o gabriel são uma dupla imbativel, ela vai aparecer?

    2013-05-06
  • Jheni weasley

    O que o Harry aprontou para filha Drakul para ele falar O que aprontou para minha filha ainda está entalado na minha garganta! .to curiosa ...

    2011-07-24
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