A Busca Começa



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Início da história.
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Local: Ilha de Treinamento. Oceania. Numa ilha desabitada no arquipélago Fiji.
Data: Dois dias após o aniversário de 17 anos de Harry. Dia seguinte ao casamento de Tonks e Lupin.
Hora Local: 07:30 hs. Inicio da Missão.
Tempo Decorrido da Missão: 00:01 hs.
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- Hein? – pergunta Gabriel sem entender. – Como é, Sophia?
- Meu pai pede que você e Potter vão até ele. – repete Sophia sorrindo. – Ele precisa que vocês façam algo para ele.
- Ele não disse o que era? – pergunta Gabriel vendo Hermione lutar contra Sírius e o acertar com força no nariz, jogando-o no chão desacordado. Nocaute! Ewolin sorria enquanto arrastava Sirius até Narcisa, para ser medicado, com o nariz quebrado.
- Não. Só que vocês dois deviam ir logo. – fala Sophia sorrindo.
- Harry, pegue sua mochila de armas e venha comigo. – comanda Gabriel enquanto pega sua mochila de armas e dá um demorado beijo em Hermione. – Voltamos assim que possível. Belo soco, Minha Princesa. – fala Gabriel baixinho para Hermione que ri sapeca. – Na próxima, acerte-o no estômago antes, e depois dê uma joelhada.
- Farei isso. – fala Hermione sorrindo e o beijando novamente. – Vocês demoram?
- Não sei. Acho que não. – responde Gabriel já se afastando com Harry. – - Snape, assuma o treinamento. Eles precisam praticar mais as poções de cura.
- Sem problemas. Faremos isso hoje. – fala Snape chamando todos os outros para mais uma das intermináveis aulas de poções.
Enquanto isso, Gabriel e Harry aparatam em frente à mansão de Drakul. Rapidamente foram conduzidos até a biblioteca onde ele os esperava e os cumprimentou alegremente. Nem parecia o Drakul de sempre.
- Que alegria toda é essa? – pergunta Gabriel curioso.
- Recebi uma visita. – fala Drakul sorrindo de orelha a orelha.
- Foi Mérlin, por acaso? – pergunta Harry curioso. – Pela sua alegria...
- Melhor ainda. – fala Drakul sonhador. – Foi ela!!!
- Não acredito!! – fala Gabriel surpreso pegando um copo de uísque que Drakul lhe entrega. Mas Drakul não serve a Harry que fica quieto sem entender por que os dois bebiam, mas ele não. – Ela veio aqui? – pergunta incrédulo.
- Veio sim! – fala Drakul sorrindo ao lembrar da visita. – Conversamos e marcamos um jantar.

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flashback
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Drakul estava sentado em sua cadeira atrás da escrivaninha olhando com atenção os relatórios sobre a guerra. Tudo estava na mais perfeita ordem, mas não poderia deixar uma linha sequer passar. Não poderiam ter o luxo de cometerem um deslize sem que mudasse o rumo da guerra.
Estava prestando atenção nos papéis, mas pôde ouvir um leve roçar de roupas à sua frente. O cheiro não lhe era familiar. Apalpou embaixo da mesa sem levantar o rosto e encontrou uma Colt 1911A, com munição explosiva, presente de Gabriel. Podia abrir um buraco do tamanho de um prato, no peito de uma pessoa.
-Sabe que isso não funciona conosco, Drakul. – comenta uma voz feminina.
Essa voz ele conhecia. Drakul levantou o rosto e viu uma mulher mascarada usando um sobretudo e botas militares. Os cabelos negros e lisos caiam com leveza pelos ombros a deixavam com certo ar de mistério. Estava encostada na parede ao lado com os braços cruzados e cabeça baixa.
– Exatamente como ouvi falar. – comentou a estranha risonha sem se mexer. – Desconfiado, prevenido, esperto e bem atento. – falou virando o rosto para o homem. – Bom, para um vovô.
-Bem vinda, Rosa Negra. – cumprimente Drakul formalmente e sorrindo. Retirou a mão debaixo da escrivaninha e se endireitou. – E... a vovó também é bem detalhista. – devolveu divertido.
-Ossos do ofício, certo? – pergunta Rosa Negra caminhando até mais perto de Drakul que a olhou sorrindo.
-Isso não há como discutir. – confirma Drakul sorrindo e observando o caminho que a morena tomava.
Rosa Negra continuou caminhando e deu a volta na mesa.
-Pelo que eu vejo, você gosta de se precaver. – comenta Rosa Negra com a voz doce e repousando com leveza a mão direita no ombro do vampiro. Aproximou o rosto da orelha esquerda de Drakul e levantou a máscara para que só a boca aparecesse. – Tantos inimigos assim? – Sussurrou.
-Você nem imagina... – responde Drakul se arrepiando.
-Então você é bastante poderoso, não? – pergunta massageando o ombro de Drakul com calma.
-Tenho minhas qualidades... –comenta Drakul em voz baixa e começando a fechar os olhos.
-Aliados? – pergunta ela descendo a mão para o peito de Drakul ainda massageando.
-Fiéis, assim como eu. – responde Drakul sorrindo.
-Cumpre promessas e paga dívidas? – pergunta ela o arranhando levemente.
-Claro. – fala Drakul já com os olhos fechados.
-E foi isso o que me trouxe aqui. – comenta Rosa Negra encaixando novamente a máscara no rosto e se encaminhando para a cadeira em frente à Drakul. Sentou-se, cruzou as pernas e apoiou os braços no joelho, observando o moreno sacudir a cabeça e piscando algumas vezes.
-A que devo tamanha honra de sua visita? – pergunta Drakul deixando os papéis de lado e se sentando mais relaxadamente na poltrona.
-Há coisas bem poderosas no mundo. – comentou a morena olhando diretamente para Drakul com a voz neutra. – Coisas que para serem dominadas precisam de um grande poder. Coisas que estão muito bem escondidas por aí. Coisas fáceis, difíceis, complicadas ou rápidas de serem achadas. Há uma coisa que eu quero, mas que, para tê-la, é necessário de uma pessoa de nível. – fala de forma simples.
-Suponho que queira minha ajuda. – comenta Drakul desanimado, mas escondendo.
-Mais ou menos. – responde a morena divertida.
-Explique melhor. – pede Drakul curioso, apoiando os braços na mesa.
-Essa “coisa” que desejo pode ser somente um livro na biblioteca ou até mesmo uma coisa que você possui. – responde Rosa Negra fazendo leves movimentos com as mãos.
-E o que seria a “coisa”? – pergunta Drakul com um sorriso malicioso.
A morena começou a gargalhar gostosamente.
-Que mente poluída para um senhor de idade! – fala ainda rindo.
Drakul deu de ombros e sorriu.
-Nunca se sabe, não é mesmo? – pergunta Drakul sorrindo divertido.
- A “coisa” da qual me refiro é um simples objeto de pouco valor para enfeite, mas muito valioso para quem souber usá-lo. – fala Rosa Negra em tom de mistério.
-Poderia me dar mais detalhes? – pergunta Drakul confuso.
-Uma rosa. – comenta a morena com simplicidade. – Uma rosa negra, para ser mais exata. Não uma comum. De vidro. Vidro egípcio.
-Não é muito difícil de se conseguir. Por que eu especificamente? – pergunta Drakul com bastante curiosidade na voz.
-Não é uma rosa comum. Ela é “A Rosa”, me entende? Específica! – comenta calmamente. – Ela fica dentro da pirâmide de Anúbis. E o senhor que é especialista em assuntos de pirâmides e deuses egípcios sabe o porque de eu estar lhe falando isso.
-Pirâmide de Anúbis? Hum... A mais complicada, hein? – pergunta Drakul divertido.
-Exatamente. E para adentrá-la é necessário ter um acompanhante, o que eu não tenho... ainda. – Disse observando sua mão abrindo e fechando o tempo todo. Levantou o rosto e olhou para Drakul. – Quero lhe pedir esse pequeno favor, que também pode ser uma ajuda. Quero ver tal Rosa, mas não posso ir porque tenho minha outra face. Além disso, corre um boato que só um Herói e um Assassino juntos podem conseguir tal coisa. Por mais improvável que pareça!
-Talvez eu conheça um Herói e um Assassino. – comenta Drakul pensativo. - E quer que eu vá buscar algo que eu desconheço e que não é do meu interesse. E o que eu ganho com isso?- pergunta Drakul sério.
-Você, assim como todos os homens e mulheres nesse mundo, querem alguma coisa. – fala Rosa Negra dando de ombros. – É só falar. Claro que dentro de certos padrões! – completou divertida.
-Quais? – pergunta Drakul sorrindo.
-Não tiro a máscara, não vou a jantares, almoço, ou qualquer coisa do tipo, não mato aliados e não pago vexames. – responde Rosa Negra, enfaticamente.
-Certo. – comenta Drakul olhando a escrivaninha com certo interesse e rindo baixinho. – Deverei trazer uma rosa negra para a própria. Que irônico! Mesmo sendo negra, ainda tem seu perfume, a beleza, o esplendor. Mesmo tendo espinhos, ainda possui a delicadeza das pétalas macias e aveludadas. Mesmo sendo discriminada pela sua cor inversa à da paz, ainda é superior e atrai muitos olhares. Mesmo não sendo vermelha, ainda expõe sentimentos e intenções. – fala Drakul com ar de sonhador. – Resumindo: perfeita, mesmo não parecendo. – completa olhando a mulher na sua frente.
Rosa Negra estava com a cabeça tombada levemente para o lado e imóvel, como se observasse uma pintura abstrata. Parecia que Drakul havia tocado no fundo.
-Talvez eu abra uma exceção. – comenta a morena com a voz baixa e doce depois de alguns segundos de silêncio fazendo com que Drakul sorrisse.
-Um jantar com vossa senhoria seria... perfeito. – fala Drakul formalmente.
-Está marcado. – Disse se endireitando na poltrona e descruzando as pernas. – Você pega a rosa e temos um jantar. Considere como um presente. Depois de eu ver a Rosa Negra, é claro!
-Naturalmente! Mas o que essa rosa faz? – Pergunta Drakul antes que a morena mudasse de assunto ou que fosse embora. – Uma colher em sua mão poderia ser considerada perigosa.
-Nada que o afetará ou seus amigos e aliados. – responde Rosa Negra sorrindo com tranqüilidade.
-Certo. Mas ainda sim gostaria de mais detalhes do poder dela. – insistiu Drakul sério. - Não vou enviar aliados em busca de algo que não sei para o que serve.
-Ela... me dá o poder de trazer de volta e controlar uns e outros. – fala Rosa Negra pensativa. – Obrigada por gastar um pouco de seu tempo comigo, Drakul. E também por me fazer esse favor.
-Não foi nada! Aliás, o jantar já será um excelente agradecimento. Não é sempre que tenho uma companhia tão famosa junto a minha mesa. – comenta Drakul galanteador.
-Não sou de ficar parada, hein? – comenta ela rindo e se levantando juntamente com Drakul.
-Não sou diferente, senhorita. – responde Drakul sorridente a acompanhando até a porta do escritório.
-Assim espero. – Falou a morena baixo e abrindo a porta. – Ah! Mais uma coisa. – Disse se virando para o moreno. – Sua segurança é bem fácil de se enganar, viu? Cuidado.
A morena deu um breve tchauzinho com a mão e saiu pela porta, fechando a mesmo ao passar. Drakul tornou a abri-la mas não viu ninguém no corredor. Sorriu e voltou para sua escrivaninha. Pelo menos não estava enferrujado na arte da paquera.
“Agora, é hora de chamar um Herói e um Assassino! Por sorte sou amigo de um e o outro, bem, se Harry Potter quiser continuar a namorar minha filha...está na hora de aprender a “adular” o sogro!” – pensa Drakul rindo baixinho antes de chamar seu assistente e o orientar a aumentar a segurança.
“Afinal, se ela tinha entrado, quem mais poderia também?” – pensa Drakul preocupado.
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Fim do Flashback


- Quem veio? – pergunta Harry curioso.
- Tá podendo, hein? – brinca Gabriel ao apertar alegremente a mão de Drakul. – E como foi o encontro?
- Interessante. – fala Drakul sorrindo mas não revelando nada.
- Encontro? – pergunta Harry perdido na conversa dos dois. – Com quem?
- Conte-me tudo e não me esconda nada! – fala Gabriel animado ao ver a alegria de Drakul. – Ela é bonita? Bem formada? Como são os olhos dela? Qual a altura dela? Ela é realmente *****? Quer armas ela tinha? – pergunta Gabriel insistente como se fosse uma criança querendo saber por que o céu é azul.
- Ela é espirituosa. Alegre, mas com um que de irritação. A coisa toda promete. – fala Drakul arrepiando-se animado e bebendo mais um gole de uísque.
- E como fará agora? – pergunta Gabriel alegre por ver a animação de seu amigo.
- Ela quer um presente! – fala Drakul sorrindo envergonhado.
- Ela quem? – pergunta Harry nervoso. – De quem diabos vocês estão falando?
- Dela, é claro! – responde Drakul sério. – Rosa Negra!
- Quem? – pergunta Harry sem entender.
- Uma vampira! E que vampira! – fala Drakul sonhador.
- E por que estamos aqui? – pergunta Harry curioso.
- Preciso de ajuda. – fala Drakul meio envergonhado.
- Eu não acredito nisso! – fala Harry incrédulo e levanta as mãos para o céu. – Você não sabe o que fazer em um encontro?
- Creia-me Potter, que eu sei sim. – fala Drakul com a voz gelada. – E diferente de você, não saio para as baladas com outras.
- Desculpe. – fala Harry sentindo a alfinetada de Drakul.
- O que precisa, meu amigo? – pede Gabriel curioso.
- Ela me pediu um presente. Um presente bem específico! – fala Drakul sorrindo.
- O que ela pediu? – pergunta Harry.
- Uma Rosa de vidro. – fala Drakul sorrindo.
- Tudo bem, acho que você pode conseguir isso em alguma loja.... – Harry tenta continuar falando, mas é cortado por Drakul.
- Se fosse algo assim eu não chamaria você e Gabriel. Chamaria um escravo. – fala Drakul com a voz gelada.
- Que Rosa de Vidro é essa? – pergunta Gabriel curioso.
- Uma Rosa Negra de Vidro Egípcio! – fala Drakul. – Só existe uma e está num lugar oculto e muito bem protegido.E para conseguir, preciso de um Herói – fala Drakul apontando para Harry – e de um Assassino. – termina apontando para Gabriel.
- Bem... – fala Gabriel rindo baixinho. – O Assassino sou eu, quanto ao herói... tudo bem, eu acho um por aí. Vou pegar a lista telefônica dos trouxas e descubro um rapidinho.
- Olha o respeito! – reclama Harry irritado com a piadinha de Gabriel. – Que droga! Eu dou conta! Só me diga o que fazer.
- Sei. Onde está essa Rosa Negra? – pergunta Gabriel curioso com aquilo.
- Egito. – fala Drakul. – Na pirâmide de Anúbis.
- Drakul, a pirâmide de Anúbis é uma lenda. – fala Gabriel descrente enquanto tomava um gole de uísque. – Nunca se ouviu nada sobre ela que não fossem boatos.
- Creio que não sabe, mas sou um estudioso muito respeitado da cultura egípcia. – fala Drakul sorrindo e apontando para a biblioteca onde centenas de livros sobre o Egito Antigo estavam colocados. – E creia-me, Gabriel, que a Pirâmide de Anúbis existe, sim.
- Onde? – pergunta Gabriel curioso. – Por que pelos comentários que ouvi até hoje, ela poderia estar até no meio da Floresta Amazônica!
- Eu sei, exatamente onde é a entrada dela. – fala Drakul sorrindo mais ainda. – Para isso eu chamei vocês. Encontrem-na e me tragam a Rosa Negra de vidro.
- E por que, exatamente nós faríamos isso? – pergunta Harry sério.
- Bem... - fala Gabriel sorrindo e não permite que Drakul responda. – Por várias razões. Eu sou aliado dele. Não quero que ele mesmo vá atrás disso, pois pode se ferir e eu preciso dele para organizar o funcionamento da Aliança. Além disso, eu sou amigo dele. Basta ele me pedir e eu faço. Quanto a você... você depois da besteira que fez com Sophia... não está com a mínima possibilidade de recusar um favor a ele. – fala Gabriel sorrindo debochado. – Considere isso uma chance de “limpar a barra” com o futuro sogro. Quem sabe, se conseguirmos, ele até vai olhar para você de novo, sem vontade de te matar.
- Hamm.... claro, por que não? – pergunta Harry recebendo um olhar assassino de Drakul.- Quando partimos?
- Peguem isso. – fala Drakul e entrega dois comunicadores auriculares para eles que os ativam e colocam na orelha. – Desta forma, podemos ficar em contato permanente. Vocês vão precisar de informações e eu vou passá-las a vocês por meio destes comunicadores. Agora, é melhor que conheçam um pouco sobre o lugar onde estarão indo.
- Bom. – fala Gabriel terminando seu uísque e se aproxima da mesa de Drakul vendo alguns livros sobre o Egito abertos e com páginas marcadas. – Que informações você tem para nós? – pergunta Gabriel.
- Bem, acho melhor vocês me dizerem o que sabem sobre o Egito. – fala Drakul.
- Pouca coisa. – fala Gabriel calmo lembrando-se de Apolo e sua fascinação por culturas antigas. – Quer dizer, até estudei sobre isso com um amigo meu, mas foi bem por cima. Até entendi um pouco da cultura e da religião deles. Um pouco da história e seus deuses, mas nada muito aprofundado. Entendo um pouco da escrita deles, mas bem pouco.
- Não sei quase nada sobre eles. – completa Harry.
- Tudo bem. Vamos começar do princípio. – fala Drakul sorrindo. - O Antigo Egito foi uma civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, tendo como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a este o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. A história do Antigo Egito inicia-se em cerca de 3100 a.C. altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egito, e termina em 30 a.C. quando o Egito, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio. Durante a sua longa história o Egito conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade econômica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egito dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates.
- Bem extenso. – comenta Gabriel sério.
- Sim. Ainda resta muita coisa sobre eles a ser descoberta e entendida. – fala Drakul sério. - A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade. Não existiu propriamente uma religião entre os Egípcios, no sentido contemporâneo da palavra (a própria palavra "religião" não existia na língua egípcia).
- Não tinham uma Religião? – pergunta Harry sem entender.
- É claro que tinham uma Religião! – fala Drakul seco. - A religião egípcia é tradicionalmente classificada como uma religião politeísta, conhecendo-se mais de duas mil divindades. Tratava-se de uma religião nacional, sem aspirações universais, que não era detentora de uma escritura sagrada. O mais importante na religiosidade egípcia não eram as crenças, mas o culto às divindades; assim, a religião egípcia preocupava-se mais com a ortopraxia do que com a ortodoxia. Alguns deuses eram adorados localmente, enquanto que outros assumiam um caráter nacional, sobretudo quando estavam associados com determinada dinastia.
- Muitos deuses, poucos templos, sem nada oficial. – fala Gabriel e Drakul concorda.
- Sim. Algumas pessoas, ou melhor dizendo, Reis e Faraós, foram depois, conduzidos a divindade, por assim dizer. Mas os deuses eram ordenados e hierarquizados em grupos. O agrupamento básico era em três deuses, em geral um casal e o seu filho ou filha (tríade). Assim, por exemplo, a tríade da cidade de Tebas era composta por Amon, Mut e Khonsu. Os agrupamentos de divindades mais importantes foram a Enéade de Heliópolis e a Ogdóade de Hermópolis, que eram acompanhados por um relato sobre a criação do mundo. As representações dos deuses poderiam ser antropomórficas (forma humana), zoomórficas (forma de animal) ou uma combinação de ambas. Contudo, os Egípcios em momento algum acreditaram, por exemplo, que o deus Hórus, muitas vezes representado com um homem com cabeça de falcão, tivesse de fato aquele aspecto. A associação dos deuses com determinados animais relacionava-se com a atribuição ao deus de uma característica desse animal (no caso de Hórus a rapidez do falcão).
- Interessante. – fala Harry concentrado na história.
- Sim. Já pensou em ser professor, Drakul? – pergunta Gabriel sorrindo.
- É claro. – responde Drakul sorrindo. – Um dos meus “disfarces” entre os trouxas é como professor Universitário de História. Agora escutem isso. Os templos no Antigo Egito eram a morada da divindade na terra. Ao contrário dos templos religiosos de hoje em dia, eles não eram acessíveis às pessoas comuns: apenas poderiam penetrar nas suas regiões mais sagradas, o faraó e os sacerdotes. Cada templo era dedicado a uma divindade e dentro dele achava-se a estátua dessa divindade guardada no naos; diariamente a estátua era lavada, perfumada, maquiada e alimentada pelos sacerdotes. Em determinadas alturas do ano, a estátua saía do templo numa procissão, à qual a população assistia, durante o percurso atuavam músicos e cantores.
- Uma verdadeira festa para o “Deus”. – comenta Harry sério.
- Já vi algo parecido com isso. – fala Gabriel sorrindo.
- De fato, uma festa para o “deus”. – comenta Drakul. – Onde você já viu isso acontecer antes? – pergunta Drakul sorrindo.
- Antiga Mesopotâmia. O cortejo do Deus ENLIL. – fala Gabriel e vê Drakul abrir um sorriso.
- Isso mesmo. Muito da Religião egípcia e da própria cultura deles parece derivar da cultura mesopotâmica, principalmente a praticada na cidade de UR. – fala Drakul. - Os Egípcios acreditaram numa vida para além da morte. Em princípio esta vida estava apenas acessível ao rei, mas após o Primeiro Período Intermediário esta concepção alargou-se a toda a população. Para aceder a esta vida era essencial que o corpo do defunto fosse preservado, razão pela qual se praticou a mumificação. Segundo crenças egípcias, para se conseguir a vida eterna, o morto deveria mostrar que não tinha pecados. Então, seu coração era colocado numa balança, tendo de se equilibrar com a "pena da verdade". Caso tivesse sucesso, o morto seria julgado puro. Caso não, seria levado à destruição eterna.
- Bom, é melhor não encontrarmos a tal da balança. – fala Gabriel rindo baixinho ao imaginar tendo seu coração pesado por tal balança.
- Aí é que está o problema. – fala Drakul sério. – A pirâmide que vocês vão encontrar é do Deus que usa a tal da Pena da Verdade. Anúbis!
- Danou-se. – comenta Gabriel baixinho.
- Anu... quem? – pergunta Harry perdido.
- Anúbis era um deus antigo, guiando os mortos a caminho do submundo muito antes de Osíris ter se transformado em um deus importante. Entretanto, ao ajudar Ísis a mumificar Osíris depois de sua morte, ele também se tornou o santo benfeitor dos embalsamadores. Anúbis era associado com Ma’at, a deusa da justiça. Os egípcios acreditavam que quando você morresse, você viajaria pelo Corredor dos Mortos. Lá, Anúbis pesaria o seu coração contra a pluma de Ma’at, estabilizando a balança primeiro para garantir exatidão. Se o seu coração pesasse mais do que a pluma, ele seria comido pelo demônio. – explica Drakul sério.
- Espere. – fala Harry preocupado. – Nos filmes dos trouxas, Anúbis não é aquele que aparece com cabeça de cachorro? – pergunta Harry.
- Cabeça de Chacal! – fala Drakul arrepiado com o comentário de Harry. – Chacal não cachorro! Deus com cabeça de chacal! Os chacais são um dos muitos tipos de cães selvagens que então eram comuns no Egito. Anúbis domina a arte secreta de impedir que os corpos apodreçam. O “Senhor das necrópoles”, como é chamado muitas vezes, encarrega-se de velar os túmulos e introduzir no outro mundo as almas dos defuntos. Sua cor negra, é uma promessa de renascimento. Foi ele quem reconstitui o corpo de Osíris, embalsama-o e envolve-o em bandagens, nas quais Ísis inscreve fórmulas mágicas. Anúbis é quem acompanha Osíris e Thot, numa conquista ao vasto mundo.
- Interessante. – fala Gabriel sorrindo. – Mas, por que o associaram a um Chacal? – pergunta curioso.
- Os Cães Sagrados eram dedicados a Anúbis. O chacal, animal que tem o hábito de desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios o deus Anúbis, justamente a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos e patrono do embalsamamento. No reino dos mortos, na forma de um homem com cabeça de chacal, ele era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.
- Ele que começou com a idéia de embalsamar os corpos? Torna-los múmias? – pergunta Harry.
- Anúbis é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Todo egípcio espera beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cachorro deitado em uma capela ou caixão. É representado como homem com cabeça de cachorro ou forma de um cachorro ou na forma de um cachorro selvagem. Este animal que freqüenta as necrópoles lhe é associado.
- Certo, e como faziam a pesagem do coração? – pergunta Gabriel curioso.
- Anupu (Anúbis), guardião das necrópoles e Deus da mumificação, levava-o perante Osíris, soberano do reino dos mortos, o qual, juntamente com outros deuses, realizava a chamada psicostasia, em que o coração do defunto era pesado. Se as más ações fossem mais pesadas que uma pena, o morto iria para o Inferno Egípcio. Se passasse satisfatoriamente por essa prova, podia percorrer o mundo subterrâneo, cheio de perigos, até o paraíso (Campos de Iaru). A cerimônia da psicostasia (julgamento) realizava-se na Sala das Duas Verdades. Em uma das extremidades dessa sala, encontrava-se Osíris, sentado no trono e acompanhado por outros Deuses e 42 juízes. No centro da sala, colocava-se a balança em que se pesava o coração. Representado por um chacal ou por um cão deitado, ou ainda pela figura de um homem com cabeça de chacal ou de cão, o deus Anúbis (Anupu em egípcio, "o que conta os corações") era um dos responsáveis pelo julgamento dos mortos no além-túmulo. Enquanto o morto fazia sua declaração, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa da verdade (a verdade era o contrapeso com o qual se pesava o coração do morto durante o julgamento). O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência. – explica Drakul calmo.
- Presumo que os juízes garantiam o resultado imparcial da pesagem? – pergunta Gabriel.
- Claro. – responde Drakul. - Assim, ao ser pesado contra a verdade, verificava-se a exatidão dos protestos de inocência do defunto. Como as negativas vinham de seus próprios lábios, ele seria julgado pelo confronto com o seu próprio coração na balança. Diante dessas divindades e juízes, o morto devia realizar a confissão negativa, a sua declaração de inocência. Antes de fazê-la, o morto dirigia-se ao seu coração e pedindo-lhe que não o contradissesse. Freqüentemente, esta fórmula aparecia escrita no "escaravelho do coração", um amuleto que se colocava entre as ataduras da múmia, perto do coração. Depois de recitar essa fórmula, o morto colocava-se diante de cada um dos juízes e recitava outra fórmula, na qual se declara inocente de todos os pecados: Se o morto tivesse pecado, o prato da balança pesava mais, não era absolvido no julgamento e tornava-se demônio, que ameaçava o equilíbrio cósmico, e Amut, um monstro com cabeça de crocodilo e patas de leão e de hipopótamo, devorava-o. Se não fosse devorado, deuses como Chesmu arrancavam-lhe a cabeça e inflingiam-lhe uma série interminável de castigos (Inferno Egípcio).
- E alguém passava por este julgamento? – pergunta Harry curioso.
- Sim. – responde Drakul. - Só os justos de coração eram admitidos no reino de Osíris, nos Campos de Iaru, o que era o desejo de cada egípcio, identificar-se com Osíris (Deus dos Mortos) e assim poder renascer como ele o fizera (essa identificação com o deus vem expressa no Livro dos Mortos). O morto absolvido no julgamento ia para o paraíso, este era representado como uma planície com canais, à qual se chegava por uma escada. Ali se vivia feliz, porque os uchebtis realizavam todo o trabalho.
- Quem? – perguntam Gabriel e Harry ao mesmo tempo.
- Uchebtis. – fala Drakul sorrindo da ignorância dos dois. - Os uchebtis, significa "os que respondem", eram pequenas estatuetas colocadas no túmulo para servir o morto no Além. Os mais valiosos eram feitos de ouro e de lápis-lazúli, mas também havia os fabricados em terracota, pedra, faiança ou madeira. Muitas vezes eram figuras masculinas, com um arado ou uma enxada e um cesto às costas. Na parte da frente, escrevia-se um capítulo do Livro dos Mortos. Ao recitar esse texto, ganhavam vida e podiam trabalhar no lugar do morto. Em alguns túmulos encontraram-se 365 uchebtis, uma para cada dia do ano. Nos túmulos dos faraós, o número de uchebtis pode ser até superior.
- Religião interessante. – comenta Harry. – Até depois da morte o cara ainda comanda escravos.
- Pouco se cria. Muito se copia. – fala Gabriel seco.
- Como assim? – pergunta Drakul curioso.
- A idéia de um julgamento após a morte, de um castigo para os ímpios e de uma recompensa para os justos não é patrimônio exclusivo dos egípcios. A balança como instrumento de justiça aparece na Índia, no Japão e no Tibet, tal como no mazdeísmo, no cristianismo e no islamismo. As mitologias grega e romana falam de um julgamento no Além e descrevem o paraíso para os justos e o inferno para os maus. O cristianismo reuniu e adaptou algumas dessas crenças. No livro Apocalipse, fala-se de um Juízo Final e de um julgamento particularizado depois da morte, com recompensas e castigos. O tema da pesagem da alma, da balança nas mãos de um arcanjo, como São Miguel, ou de algum santo, foi um tema muito comum durante a Idade Média. Note que os capitéis, as colunas e os tímpanos das portas das igrejas aparecem decorados com cenas assim. Até mesmo as “auras dos santos” vem da cultura egípcia.– fala Gabriel sério.
- Está falando das “redomas” que aparecem nas pinturas sobre a cabeça dos santos? – pergunta Harry sério.
- Sim. São o que os Egípcios chamavam de Halo Solar. – responde Gabriel e Drakul confirma. – Agora, onde está essa pirâmide?
- Em Tebas! – responde Drakul sorrindo ao ver a cara de espanto de Gabriel.
- Qual é, Drakul? Até eu sei que Tebas foi mapeada por todos os lados possíveis. Não existe mais nada lá que não tenha sido descoberto. Sei que usaram até satélites trouxas fotografando toda a área ao redor dela. – fala Gabriel descrente.
- De onde estão falando? – pergunta Harry sem entender.
- Tebas é uma cidade do Antigo Egito (chamada Uaset em antigo egípcio), capital do reino durante o Império Novo. Nas proximidades ergue-se hoje a cidade de Luxor. Tebas e a sua Necrópole foram classificados como Patrimônio Mundial da Unesco há alguns anos. – explica Gabriel rapidamente.
- Sim. Tebas foi completamente mapeada. Mas o que procuramos não está acima do deserto, e sim abaixo dele. Abaixo do Tempo de Karnak. – fala Drakul rindo baixinho da cara de Gabriel.
- Templo de quem? – pergunta Harry nervoso. - Que droga!! Vocês parecem estar falando em código. Falem a minha língua! – reclama Harry.
- Não tenho culpa se sua educação foi falha! – rosna Drakul sério ao ver Harry se aproximar do litro de uísque que ele tinha servido a Gabriel. – E não toque no meu uísque, se quiser ter esperança de um dia enfrentar o Tom! – avisa Drakul com a voz gelada e Harry se afasta do uísque imediatamente em linha reta.
- Harry, o Templo de Karnak tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares"). Designa o templo principal destinado ao Deus Amon-Rá, como também tudo o que permanece do enorme complexo de santuários e outros edifícios, resultado de mais de dois mil anos de construções e acrescentos. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 Km. Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak, o Templo de Mut (esposa de Amom) e o Templo de Luxor. Além disso, não muito longe, fica o templo de Montu, sendo que o de Khonsu (um dos templos mais bem conservados do Egito) está dentro do próprio complexo. – explica Gabriel se perguntando onde estaria a entrada da pirâmide.
- De fato. – explica Drakul sorrindo ao perceber que Gabriel sabia muito mais do que admitia. - O Templo de Karnak foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais: Amon, Mut e Khonsu, atingiu o seu apogeu durante a XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. No maior templo do Egito nenhum pormenor era descuidado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas. O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de 1 000 anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.
- Tudo bem, mas não teria sido descoberta uma pirâmide neste local? – pergunta Harry curioso.
- Não se ela for subterrânea. – fala Gabriel sério. – Sabe onde é a entrada para chegar a pirâmide?
- Sei onde é. – fala Drakul sorrindo. – Dentro do Templo de Karnak. Embaixo do altar de Amon-Rá.
- Então é só ir até lá e pegar a tal Rosa Negra? – pergunta Harry curioso. – Vamos logo. Quero voltar antes do almoço.
- Acorda, Harry. – fala Gabriel sério. – Você acha que é fácil assim? Vamos precisar de alguns itens. Espere aqui, Harry, e faça o que fizer, não irrite o Drakul. Volto logo.
Em seguida, vai até a “loja” de Irgil, onde pega algumas armas, explosivos e itens especiais, além de suprimentos para vários dias. Água e comida e muito explosivo plástico. Pegou ainda dois lança chamas. Renova sua munição e suas reservas de medicamentos. Principalmente contra venenos de animais peçonhentos. Vai até a loja de poções e compra algumas poções prontas.
Meia hora depois, estava de volta. E Harry ainda estava no mesmo lugar, sem sequer ter se mexido um centímetro para os lados. Estava pálido e suando muito. Drakul estava na frente dele, contando detalhadamente os 143 métodos diferentes de como empalava os inimigos e os traidores.
- Estamos prontos. – fala Gabriel assim que entrega uma mochila com conteúdo idêntico a sua para Harry e coloca algumas poções sobre a mesa, indicando a Harry que devia beber uma delas. – Beba isso. É uma poção que vai proteger nossos pulmões do ar que existe dentro da pirâmide.
- Para que fazer isso? – pergunta Harry curioso enquanto tomava a poção, junto com Gabriel.
- Maldição do Faraó! – fala Gabriel sorrindo para Drakul. – Depois te explico, Harry.
- Muito bem. Aparatem ao lado do Templo de Amon-Rá que eu os guiarei daqui. – fala Drakul sério. – Preciso ter acesso aos meus livros para os auxiliar em sua busca.
- Sem problemas. – fala Gabriel e pega no braço de Harry, aparatando a seguir, até o Templo de Karnak, no Egito.
- Estamos no local. – fala Gabriel para Drakul em seu comunicador.
- O que estão vendo? – pergunta Drakul pelo comunicador. –Seja bem claro e específico para que possa ajudar.
- Vejo os monumentos de Karnak, à margem direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Lúxor, integrando sítio histórico de Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito, embora não poucas de suas construções hajam desaparecido, por efeito da pilhagem secular de que foram vítimas. Vestígios do Médio Império atestam a importância de Karnak já a essa época histórica. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império: seu deus (sob a forma solarizada de Amon-Ra) e seus sacerdotes adquirem um poder prodigioso, que chega a ameaçar a própria instituição faraônica. A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Ra, cujo plano, muito complexo, testemunha numerosas vicissitudes da história dos faraós. O grande eixo este-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila encerra verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros. Com 21m de alturae diâmetro de 4m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso; os nomes de Sethi I e Ramsés II aí se vêem inscritos, repetidos indefinidamente. Numerosos edifícios secundários completam o grande templo de Amon-Ra: capelas de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth etc. A parte S do complexo é chamada Luxor. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia. Esfinges de pedra, ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas, na fímbria do deserto. – fala Gabriel ironicamente para Drakul. – Fui claro e específico o suficiente? Ou devo fazer um poema sobre o assunto?
- Bem claro. – fala a voz divertida de Drakul em sua orelha esquerda. – Vá para a direita, tem um pórtico.
- Já estamos na posição. – fala Harry pelo comunicador.
- Duzentos e cinqüenta metros a sua frente, tem um pequeno altar de pedra, não tem? – pergunta Drakul.
- Já estamos aqui. – fala Gabriel ao se posicionarem em frente ao altar.
- Abaixo do altar, deve ter uma pequena pedra falsa, segundo um papiro que estou lendo aqui. – fala Drakul ao ler um papiro tão antigo quanto o tempo. – Vocês devem pressionar essa pedra e ela vai abrir uma porta escondida.
- Está presa! – comenta Gabriel ao empurrar a pequena pedra e não a ver se mexer.
- Talvez seja uma questão de jeito e não de força. – fala Harry e coloca sua mão sobre a pedra falsa, fazendo um carinho na pedra. Logo, ouve-se um Click. – Viu? É uma questão de jeito, não de força. – fala Harry rindo de Gabriel.
Riu por três segundos, antes de um alçapão no chão se abrir e os engolir sem que pudessem reagir. Logo o alçapão voltou ao seu lugar e uma leve brisa no deserto varreu todos os vestígios de que tinham estado ali. A única coisa que permaneceu no ar por alguns instantes foi o grito de surpresa dos dois, antes de serem engolidos pelo alçapão.

Fim do Capítulo.
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Chato isso, né? Os autores param a história bem num momento emocionante! Hehehehe!
1. Rosa Negra conseguiu convencer Drakul a arriscar seus aliados em busca de algo que lhe interessa.
2. Harry e Gabriel estão prestes a iniciar sua jornada. Uma jornada que irá aprofundar a amizade entre eles, ou provocar a morte de ambos.
3. Neste Capítulo tivemos bastante informações sobre a cultura egípcia. No próximo, teremos mais ação. E piadas, é claro.
4. No próximo Capítulo, teremos “algumas” armadilhas que os esperam. Para quem é da minha geração e assistiu Indiana Jones ou A Múmia, já terá uma idéia dos que os espera.
5. Depois dos Comentários, a prévia do Próximo Capítulo.

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Prévia do Próximo Capítulo: Os Segredos da Pirâmide.
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- Harry, tome cuidado onde pisa. – alerta Gabriel sério. – Não quero disparar uma... – e ouve um Click onde Harry havia acabado de pisar. - ...armadilha.
- Ho-Ho! – fala Harry preocupado. – Isso não é bom, é?
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- Não! Você não passou pela porta! – reclama Harry. – VOCE EXPLODIU A PORTA!
- E daí? – pergunta Gabriel olhando para a sala onde estavam. – Passamos pela porta! Qual o motivo para tanto drama?
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- Gabriel, você conhece aquela piada do sogro? – pergunta Harry decidido a irritar Drakul.
- Não. – comenta Gabriel sorrindo e entendendo a idéia de Harry. – Como é essa piada?
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- Drakul! Fugir é inútil! Eles são mais rápidos do que nós. E não se cansam. Temos que enfrentá-los! – grita Gabriel.
Sem perder tempo, virou-se e mentalizou um Inferno os cobrindo de chamas. Totalmente inútil.
- Estupefaça! – gritou Harry ao seu lado atingindo em cheio um dos Guardiões que nem sequer sentiu o feitiço.
- Magias são inúteis. – fala Gabriel se desviando de uma lança de metal que um guardião lhe jogou. Rapidamente leva a mão até sua mochila de armas e pega uma em especial.
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- Escute bem, Harry. Se você falar novamente um “Ho-Ho” , eu quebro suas pernas! – ameaça Gabriel. – Tudo aqui é feito de armadilhas. Tome cuidado onde pisa, toca ou mexe, entendeu? – pergunta sério.
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É isso aí! Só que para termos um novo capítulo serão necessários alguns comentários. Quer dizer, MUITOS COMENTÁRIOS.
Ou comentam ou mando uma múmia por e-mail para assombrar vocês!!!
Hehehehe!

Um abraço do Claudiomir e da Clara.

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Comentários (1)

  • Jheni weasley

    Quem diz que fanfic é passa tempo esta mentindo, pois fanfic também é cultura.

    2011-07-24
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