O casamento



Capítulo cinco – O casamento

Todos descerão para o jardim, onde havia uma bela decoração simplória e majestosa ao mesmo tempo. Poderia se ver alguns membros da “Ordem”, outros pelo que Harry sabia não poderiam ir, pois apagariam o disfarce, afinal qualquer um ali seria considerado inimigo de Voldemort.
Por outros parou seu olhar mais profundamente, viu a avó Neville com o mesmo. Vira também os Delacour que haviam chegado no dia anterior e ajudado na decoração. Vira todos os Weasley e ainda uma tia muita famosa por parte de Rony. Algumas dezenas de outras pessoas não lhe eram familiar, mas havia grande quantidade de conhecidos, incluindo um que Harry fazia total questão de não ter visto: Rufus Scrimgeour.

- Espero que tudo de certo. – disse uma voz ao seu lado que o fez se arrepiar. Sua cabeça virou lentamente para encará-la, a última vez que fizera isso lhe deixara uma enorme dor, que ainda existia.

- Tomara Mione! – disse Harry enquanto encarava ela olhando fantasiosa para o altar vazio, mas mesmo assim tinha um belo brilho nos olhos.

- Harry... – pausou Hermione só para chamar sua atenção. –Será que um dia casaremos? – Harry deu um pulo assustado. Quase se engasgando com o oxigênio. – Não estou dizendo desse jeito. Eu quero dizer: você se casar com alguém e eu com outra pessoa. – respondeu ela rindo daquela situação nada confortável. Harry só pode respirar aliviado. – Não que também não possamos nos casar um dia desses. – disse com um sorriso mais do que sem vergonha. E assim partira deixando certo moreno de olhos verdes totalmente avermelhado de vergonha.

- Harry... Grande dia, não? – perguntou Percy com a voz em pura tristeza.

- Você ta mal com alguma coisa? – pergunta idiota é claro, era óbvio que não estava bem.

- E que eu vejo eles se casando. E eu vivo cheio de trabalho. – disse abaixando a cabeça em sinal de infelicidade.

- E então você fica se perguntando, quando vai acontecer o mesmo com você? – disse Harry olhando os convidados.

- Você leu meus pensamentos? – disse com um sorriso que não representava em nada alegria.

- Não foi preciso. – Harry olhou a sua volta e continuou. – Por que você não descansa um pouco do trabalho com o ministério. Acredito que ofertas não faltam?

- E Necessário ter pessoas no ministério. Apesar de meu pescoço e o de meu pai estar a prêmio. Scrimgeour logo será deposto, tenho quase certeza disso. Você-sabe-quem está com a mão no ministério, e só ele decidir quando para enfim assumir como Ministro. E para isso ele só precisa de um bom ventríloquo. – disse ele sereno, mas pensando como uma enorme oportunidade lhe fugiu das mãos.

- Penso que o ministério já mostrou qual é seu lado, agora a questão é Hogwarts. Creio que se Hogwarts for contra as atitudes do ministério haverá então duas bases fortes, rivais e que estarão prontas para combate. O Ministério é forte, mas Hogwarts formara os próximos bruxos. – disse Harry ainda mais calmo. – Pensa em Hogwarts?

- Há alguns dias recebi uma proposta para ser “Diretor Juvenil de Hogwarts”. Seria “Diretor de todas as casas”, “Diretor dos monitores” e “Diretor do Curso avançado de Defesa contra Magia Negra”. Tudo no grupo Juvenil.

- Uma ótima oferta. – disse Luna entrando na conversa com seu jeito sonhador. – Você vai aceitar não é? – Luna estava com um vestido laranja-amarelado. Era extravagante, excessivo, mas que a deixava bonita.

- Não posso. Ainda devo me manter no ministério.

- Claro que pode. Não só pode como deve. – disse somente agora o encarando.

- Devo? Como assim? Diz-me um motivo para ir? – perguntou irônico. Uma ironia da qual Harry não gostava, pois era muito esnobe.

- Cho é a “Monitora”. Sabemos que existe o cargo “Monitora Chefe” e “Diretora” que não é o caso de Cho. Como ela não era uma das melhores alunas, preferia beijar a estudar. E para estar acima dela teria que ser uma das melhores alunos da Corvinal nos últimos tempos. E quem seria?
Todos pausaram sem saber o que responder. Exceto por Percy que sabia exatamente a resposta, além de Luna. Espera aí! Então somente harry não entendera?

- Penélope Clearwater. Ta na cara que ela é a “Monitora Chefe” da Corvinal. – disse com um sorriso muito doce, totalmente correspondido por Percy.

- Volto logo. – disse Percy sumindo aos risos.

- Entendi por que você entrou na Corvinal e não na Lufa-Lufa. – Luna não entendeu.

- Lufa-Lufa é uma casa esplendida! Adoraria ter ido para ela, pois veja só: Grifinoria tem corajosos, Sonserina ambiciosos e corvinal inteligentes. Mas o que adianta Coragem sem inteligência? Resulta num plano idiota. Assim como ambição sem inteligência ou coragem não leva a lugar nenhum. E inteligência sem coragem para pôr-la em pratica? – pausou e respirou. – Mas para ser sincero tem que ter inteligência, pois o que diz pode ferir um amigo. Para ser bondoso tem que ter coragem, pois um bom coração salvaria um amigo mesmo que tivesse que morrer em seu lugar. – disse com um sorriso bobo, mas feliz. Harry a encarava perplexo. Tudo que ela havia dito era verdade, e até mesmo assustador. Mas Harry não se deu por vencido.

- E Ambição? – perguntou querendo derrubá-la, mas ela sorriu ainda mais.

- Ajudar quem amo; ser bom; ter muitas amizades. Essa é minha maior ambição. Eles não precisam de ambição, eles já têm tudo que querem. – disse serena e arrebatando Harry.

O garoto parou abobalhado estudando tudo que ela falara, nunca havia visto a Lufa-Lufa assim, e pensar desse modo era incrível. Por vezes algo produtivo saia da boca de Luna. Assim sendo não poderia discriminá-la mais, pois ele descriminou Lufa-Lufa durante anos e acabou de vê-la de forma incrível, seria burrice então desprezar Luna.

- Agora sei por que Percy foi para Grifinória, “casa dos corajosos”. – disse retomando a conversa após uma longa pausa.

- Por quê?

- Ele teve que decidir entre o que era fácil é o que era certo. – Harry se assustou era quase as palavras de Dumbledore. – E muito fácil ter um emprego que é: seguir o Ministro e relatar suas ações. Mas é muito difícil sair de um emprego bem remunerado por um amor, deixar o dinheiro de lado, os cargos que futuramente conseguiria, as amizades que lhe seriam úteis no trabalho, abandonar tudo para tentar reconquistar uma garota, a garota que ama.

Harry olhou Luna admirado, nunca a conhecera assim. Nunca conhecera essa pessoa que é. E se sentia envergonhado de nunca querer essa pessoa muito perto, vergonha de não acreditar nela, vergonha de discriminá-la.

- Harry o quê você escolheria?

- Não sei dizer se teria essa coragem. – respondeu paciente e calmo.

- Eu aposto com você que um dia o futuro vai te cobrar essa resposta.

- Tomara que não tão rápido. – Luna virou e sorriu para uma mesa.

- Melhor sentarmos, o casamento vai começar. – disse envergonhada como se nunca tivessem conversado na vida, e como se Harry fosse à pessoa mais importante do mundo.

E foram se sentar. Rony, Duda e Neville estavam vestidos semelhantes à Harry. Uma camisa social simples branca, a pedido da noive. E calças diversas, sendo a de Harry parte de um smoking, logo sendo preta. Haviam de fato comprado roupas no mesmo lugar, a exceção de Duda.
Hermione estava com um vestido rosa esplendoroso, não muito decente, pois mostrava um pouco do decote e era mais curto do que de muita gente, talvez até o mais curto. Gina com um azul turquesa maravilhoso, sem corte nas costas e duas alças a frente. Harry sentou ao lado de entre Luna e Gina, a mesa estava quase completa a exceção de uma cadeira que continuava desocupada.

- Chegou agora Neville? – perguntou Harry tentando ser educado, pois ainda não o cumprimentara.

- Cheguei com minha avó agora! – disse simpático.

- E os seus pais? – perguntou Luna com sua voz de sonhadora. Neville abaixou a cabeça, Rony engasgou com o que estava a beber, Harry congelou.

- Ta calor hoje, não? –interrompeu Hermione falando a primeira besteira que lhe veio à cabeça.

- Hein... – Luna insistiria, mas Gina logo soltara em voz alta:

- Harry você leu sua lista de livros? – perguntou Gina segurando sua mão e fazendo a do namorado começar a suar. Pode ver também que a outra mão da ruiva seguia para Luna que fora de leve beliscada, e entendeu que não deveria prosseguir com a pergunta.

- Li não. Você leu a sua? – era um papo extremamente idiota, mas como era para evitar perguntas sobre os pais de Neville. Só não sabia realmente se Gina estava naquele dia junto com eles. Mas provavelmente alguém deve ter-lhe contado.

- Também não li. Mas... – tentou dizer quando foi interrompida por uma música orquestral.

Todos levantaram para ver Fleur descer levemente das nuvens. Não era uma nuvem normal era mágica e totalmente bela. Por ela a moça descia lentamente e após atingir o chão seguiu rumo ao altar. Ela estava com um vestido branco com bordas rosa claro. Curto, extremamente curto e que não deixava a barriga avantajada à mostra. Fleur dissera que era bobagem, que havia engordado, mas a senhora Weasley insistia em gravidez e Harry dessa vez dava o braço a torcer pela Senhora Weasley. Era um vestido esplendido e gracioso, bem doce e curto que a deixava a mais bela da festa. Seu cabelo loiro estava soltando e voava junto ao vento de forma encantadora, realmente era a mais linda. E ela se comportava como tal. Andou como uma modelo até ao altar. O senhor Delacour a acompanhava com um sorriso dócil e amoroso. Parecia estar dizendo algo bem baixo para somente a filha ouvir, e isso a estava fazendo lacrimejar de felicidade. Ele a deixou no altar após um terno beijo na testa e saiu pelo canto direito.

- Caros bruxos e bruxas... – iniciou um velho senhor ao centro do altar. Tinha vestes completamente brancas assim como cabelos e barbas, era baixo, mas tinha um sorriso de pura felicidade. Olhou para o lado e completou – E também duendes. Estamos aqui para celebrar a união de duas famílias bruxas, numa só. Por favor... –pediu se voltando a Gui. – Pegue a mão de sua noiva e que os dois digam: Que o céu, o mar e a terra nos unam.

- Que o céu, o mar e a terra nos unam. – Fleur tentava segurar o choro. Mas não agüentaria muito.

- Que a magia nos una com um laço de sabedoria. Com um laço de felicidade. Com um laço de saúde. Com um laço de Paz. Com um laço de amizade.

- Que a magia nos una com um laço de sabedoria. Com um laço de felicidade. Com um laço de saúde. Com um laço de Paz. Com um laço de amizade. – Fleur piscava descontrolada.

- E por último e mais importante: Que o nosso amor seja eterno.

- Que o nosso amor seja eterno. – Fleur já não conseguia segurar e uma de suas lágrimas escapou pelo canto do olho direito.

- Toquem suas varinhas nas alianças. – As alianças estavam no altar, mas ao toque todos puderam ver um feixe rosa se projetar, as envolver e magicamente desaparecer. – Rosa é amor. Agora coloquem as alianças. – após colocarem as alianças o celebrante continuou. – Com o poder a mim investido e os torno... – e saiu um outro feixe, mas da varinha do celebrante unindo as duas mãos, feixe esse que percorreu todo o corpo dos noivos. – Marido e Mulher.

Os dois se beijaram, Fleur deixou novamente uma lágrima cair, nada comparado as da Sra. Weasley que chorava como uma criancinha. Gina chorava tentando disfarçar e Hermione chorava com a mão no peito. Um verdadeiro festival de lágrimas. Mas de fato muito belo.

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Bing Bing

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