Sim ou não?



Capítulo quatro – Sim ou não

- O que vocês acharam? – perguntou Rony mostrando suas vestes.

- Você ficou bem. – respondeu Duda. – Mas e eu?

-Também. – respondeu Harry. – Todos estão muito bem. – disse a fim de acabar com a feira de vaidade.

- Guardei dinheiro as férias todas, para comprar essas roupas. – concluiu Rony.

- E valeu a pena. – respondeu Duda. – Ainda bem que mamãe mandou nossas malas. Eu sabia que tinha a roupa certa no guarda roupas, e ainda nova, nunca usada. – falou Duda com um sorriso besta.

- Estaremos o... – então um farfalhar surgiu ao norte da casa. Todos correm aflitos a janela já com varinha em riste. Em tempos ruins qualquer coisa anormal já era motivo de preocupação. Mas somente surgiram sete corujas com cartas no bico, cada. Voaram cada uma e cada qual a um dos jovens da casa. O primeiro a abrir uma delas fora Rony. Harry apenas pegou uma que caíra aos seus pés, uma carta por sinal muito familiar:

Sr. Harry Potter,
Quarto do Sr. Ronald Weasley
A toca...


Ele a abriu ainda incerto e leu:

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS
Diretora: Minerva McGonagall
(Ordem de Merlin, Segunda Classe, Grande Feiticeira, Confederação Européia de Bruxos).
Prezado Sr. Potter,
Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até a véspera da data repassada (31 de agosto), no mais tardar.
Atenciosamente,
Olívio Wood.
Monitor Chefe Juvenil.


Harry leu e não conseguiu acreditar. Olívio Wood era “Monitor Chefe Juvenil da Casa Grifinória”? Como assim? Mudanças tão dramáticas assim? Sabia que eram boatos da volta de Hogwarts e há menos de uma semana uma notícia surgira no profeta diário informando que a escola fechara as portas de vez. Mas agora recebia uma carta?


- Hogwarts vai reabrir então? – perguntou Harry confuso. Muita informação para sua cabeça naquele dia.

- É o que parece. – respondeu Rony com um sorriso bobo, mas mesclado com um toque de desapontamento.

- Olha! Eu ganhei uma carta. – mostrou Duda entusiasmado. Como ninguém entendeu, entregou a Harry para que lesse.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS
Diretora: Minerva McGonagall
(Ordem de Merlin, Segunda Classe, Grande Feiticeira, Confederação Européia de Bruxos).
Prezado Sr. Dusley.
Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até a véspera da data repassada (31 de agosto), no mais tardar.
Em nossas cedes lhe informaremos sobre seu ensino especificado.

Atenciosamente,
Professora McGonagall
Diretora


- Nossa! Essa eu não esperava. – concluiu Harry abobalhado. Mas como a própria diretora se responsabilizara pela carta não seria ele quem duvidaria.

- Angelina Johnson virou “Monitora Juvenil da Grifinória”? – perguntou Rony como se uma criança de cinco anos não entendesse por que fogo queima.

- A minha carta diz que Olívio Wood virou “Monitor Chefe Juvenil”. –disse ainda tentando entender o que aquilo significava. Mas não queria saber muito sobre isso, decidira após saber que Hogwarts não reabriria que o melhor era partir sem voltar à escola.

- O que isso quer dizer? – perguntou Duda incerto.

- Que McGonagall está botando muita gente para trabalhar no colégio. –respondeu Harry com uma piscadela para Rony. – Parece que ela não quer que as coisas fujam muito de sua mão. Essa é minha única suposição.

- Nossa! Vocês receberam as cartas de Hogwarts? – perguntou Luna adentrando o quarto. Era meio obvia a resposta se visse os papeis em suas mãos.

- Ganhamos. – responderam em coro.

- Eu fiquei super feliz. Mas a Gina quase chorou. – disse com sua voz sonhadora como se o choro da amiga não tivesse a afetado.

- Por quê? – perguntou Harry já à frente de todos e com ar de preocupado.

- E que a Cho é a nova “Monitora Juvenil da Corvinal”, e ela não gostou muito da notícia. – disse falando calmamente cada sílaba algo que irritou extremamente Harry por sua calma.

- De qualquer jeito eu não iria mesmo. – disse Harry seguro ou inseguro, decidiria isso depois.

- Nem eu! – afirmou Rony. – Irei com Harry aonde ele for. – disse fazendo Harry sentir a tal segurança. Viram? Depois ele realmente decidiu.

- Eu sim. – disse Luna saindo do quarto e batendo a porta com certa violência.

- Por que ela fez isso? – perguntou Rony xingando ela baixo, pois a porta não parecia mais firme.

- No sexto ano ela me disse... – Harry pesou se deveria mesmo falar, e continuou. – Que quando havia a AD ela “parecia que tinha amigos”... – disse com um nó na garganta, era ruim falar isso e nem sabia o motivo.

- Mas ela tem amigos. Ou nos agora viramos “bandinhos”? – perguntou irritado e checando a porta para saber se a mesma agüentaria ficar de pé.

- O que são “bandinhos”? – perguntou Duda confuso.

- É uma praga mágica.

- Como os cupins. – respondeu Harry antes que Duda ficasse mais confuso. –Eles têm uma secreção que decompõem habitações.

- Entendi. –pausou pensando.

“Anotação mental: Duda esta pensando, anotar na agenda!”
Pensou Harry com um sorriso sórdido.

– Mas quero ir para “Hograts”.

- É Hogwarts. – corrigiu Rony.

- Tanto faz. Eu quero aprender tudo que eu puder. Quero virar um grande bruxo. – Harry não entendia como alguém que há meses odiava bruxos poderia agora querer ser um deles. Nem nunca o vira tão obstinado, a não ser que fosse a ganhar algo, comer algo, ou bater em algo ou alguém.

- Pena não podermos te acompanhar. Mas lá estarão Gina e Luna. – Disse Rony tentando ver se realmente havia algo de bom em tê-las como companheiras.

- Vocês terão de ir sim. –disse a Sra. Weasley adentrando o quarto de Rony como um furacão. – McGonagall não enviou essas cartas à toa. Ela quer que a Ordem esteja em peso em Hogwarts. Decidindo ações e protegendo os alunos. Sem contar que se não forem, não terão o apoio da Ordem em suas decisões pessoais. – Harry encarava-a boquiaberto. A Mulher falara extremamente rápido, mas ainda sim com fôlego para dar grande ênfase no final da última frase, ainda ressaltando o “decisões pessoais”. No caso a jornada de Harry, Hermione e Rony, como ele bem sabia.
Era uma proposta absurda, nem ao menos podia se chamar de proposta. Harry sabia que precisaria da “Ordem” em alguma hora ou a toda hora. Alguns planos seus sempre envolviam outros membros, como assim não ajudariam?

– Remo disse que se vocês forem para Hogwarts, vocês entrarão na “Ordem” oficialmente com total apoio. – disse a Sra. Weasley com medo na voz e um gritinho abafado.

- E como saberemos que a “Ordem” nos ajudara? – disse articulador como deveria ser.

- Por Deus, Harry. Que pergunta. E a nossa palavra. – pausou como se fosse chorar. – O que vocês dizem sim ou não?

Talvez um minuto tenha se passado no qual a Sra. Weasley definhava, mas evitava chorar. Rony apenas colocara a mão sobre o ombro de Harry e disse um simples “com você”. Duda havia saído do quarto, sempre nessas conversas ele era colocado de lado e com o entusiasmo que ele tinha queria logo espalhar a notícia para todos da casa.

- Sim nós vamos. – respondeu Harry com força e confiança na voz, mas ainda sim com uma ponta de medo.

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