Capítulo XII



Capitulo XII


Eles ouviram alguém inspirar com força, como se procurasse ar, viraram-se pra ele.
- Ninfa... - foi tudo que ele disse, antes de ficar inconsciente.

***


- Foi um milagre. – disse a Madre, convicta. - Foi um milagre. Dois milagres. Aquela garota nunca rezou na vida, nunca acreditou em nada. Ela simplesmente pediu ajuda num momento de desespero. Foi atendida. É um milagre. O próprio médico disse que ele realmente... Por Deus! Ele é um milagre!
Lourdes apenas fungou, não conseguia parar de chorar. Anne sorria bobamente, olhando para o irmão sobre a cama.

***


- Ninfa... – foi a primeira palavra que ele sussurrou, depois de uma semana inconsciente.
- Ela está no convento, querido, estou aqui com você... Eu e Anne. – respondeu Lourdes, colocando mais um pano quente na testa do rapaz.
Haviam o removido para casa há três dias.
- Ninfa... Ninfa... – ele repetiu, começando a se agitar.
- Calma, menino, está tudo bem, vou mandar buscá-la. – disse a velha, olhando para Anne que logo deixou o quarto, apressada.
- Salvar... Ninfa... Ninfa... – ele falava, agitando-se cada vez mais. – Salvar...
Estava delirando.
- Ela está bem, está vindo pra cá, querido, logo a verá, não te preocupes...
- Salvar... Salvar... – ele continuava a murmurar.

***


Hermione entrou correndo, sem sequer esperar convite. Esperara tanto pelo momento que ele acordasse.
A maior parte do tempo, na capela.
Será que havia adiantado?
Abriu a porta bruscamente, olhou para ele sobre a cama. Ele ainda estava dormindo, pôde ver de longe que ele estava bem suado, ela se aproximou lentamente.
- Que bom que chegou... Juro que se ele gritasse mais uma vez por ti, estouraria todos os pontos... – disse Lourdes levantado-se de onde estava, sentada ao lado de Harry, dando o lugar para Hermione. – Tive que dar uns dos calmantes que o doutor receitou... Vou descer para preparar algo para ele comer, não demoro.
A mulher saiu, fechando a porta sem fazer ruídos.
Hermione o olhou, estava com a barba um pouco crescida, mas ela ainda podia ver o rosto que sorria pra ela de forma tão peculiar.
- Harry... – ela sussurrou, aproximando-se dele.
Ele não respondeu, ela tomou uma das mãos dele entre as suas.
- Harry... Estou aqui. – Ela tornou a sussurrar. Sentiu seus dedos serem apertados. Sorriu. – Está me ouvindo, não é? – ele voltou a apertar a mão dela levemente.
- Salvar. – ele sibilou.
Hermione empalideceu. Suas mãos gelaram. Sua voz fugiu.
Ele abriu os olhos com dificuldade, fitou o rosto dela e sorriu fracamente.
- Voltei pra salvar-te. – ele sussurrou.
Ela simplesmente não soube o que dizer. Sentiu algo estranho dentro de si. Quem era ele? Um anjo? Um milagre mandado para salvá-la?
Hermione sabia que ele tinha ido por alguns minutos. O médico lhe contara, quando, depois de muitas horas, as freiras conseguiram tirá-la de dentro da capela, e que ele voltara milagrosamente, um acontecimento sem explicação para o médico, e com muita explicação para as freiras do convento.
- Meu anjo... – ela sussurrou, fracamente, sorrindo em meio as lágrimas que corriam seu rosto.
Ele sorriu também, e os olhos verdes dele brilharam sob a iluminação do sol forte que vinha da janela.
Hermione se aproximou dele lentamente, e, pela primeira vez, ela sentiu os lábios dele corresponderem ao beijo dela.
Sentiu mergulhar numa sensação nunca sentida antes. Era diferente e reconfortante, e passava segurança como uma promessa de que ele sempre estaria ali, pra ela, e nada mais importava. E a fazia se sentir segura... E ela simplesmente tinha certeza que ele a amava.
E haviam sido tantas provações, e tantos obstáculos e a única coisa que o manteve firme durante todo o tempo foi o amor que sentia por ela, e a necessidade de salvá-la.
- Vai ficar tudo bem... – ele sussurrou, separando-se dela, secando algumas lágrimas do rosto delicado da moça.
- Está tudo bem, meu anjo. – ela respondeu, num meio sorriso, fitando os olhos verdes dele. – Tu fizeste ficar tudo bem, porque me amou desde o primeiro instante e me salvou de tudo... – ela pausou, e desviou seu olhar do dele. – Me salvou de tudo de ruim.
Ele sorriu docemente, tocando o rosto dela levemente.
- Eu te amo.
Ela apenas sorriu em resposta.

Just save me.
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FIM





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N/a: Curtinho, eu sei.
mas ainda tem um epílogo, mais curtinho ainda.
=]

Espero que tenham gostado e deixem seus comentários.

Beijooooooooos e muitoooooooooooo obrigada por todos os comentários.

Amo vocês.

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