Confusão na certa



Olá pessoal! Como estão?? Bem, antes de colocar o cap eu gostaria muito de dizer certas coisas. Eu postei esse cap sob a influência de minhas fiéis amigas, pois esse mês não tive a alegria de ver novos leitores, muito menos de recebr comentários. Eu queria muito mesmo que vcs pudessem dar uma opinião sobre a fic. Eu pensei seriamente em desistir e ainda não eliminei essa possibilidade... =/ Espero que eu possa ter a alegria de ver novos leitores e principalmente, novos comentários sobre essa fic, ou até mesmo as outras que escrevi. Bom, além disso, eu gostaria de desejar à todos, ótimas férias!!! Que possam curtir bastante com seus amigos, viajar, dançar, sorrir, enfim, espero que se divirtam muito!! Bom, pelo menos é ISSO o que eu vou fazer! =)

Bjoss*

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O dia amanheceu cedo para Alvo Potter. Tudo o que acontecera no dia anterior pareciam lembranças distantes. O sumiço repentino de Claire, o estranho sorriso nos lábios dela, a pergunta de Tiago. O que o irmão queria dizer com aquilo? Ele perguntara se ele e Claire eram namorados e Al respondera que não, que a amizade eterna é o que permanecia entre ele e Claire Jones. Mas, era só a amizade dela que ele queria? Simplesmente, não sabia o que pensar naquele momento. O que será que acontecera para Tiago lhe fazer uma pergunta daquelas? As perguntas não queriam se calar, ecoavam em sua cabeça. Por quê não perguntou ao irmão o motivo da questão dele? Um sentimento estranho e árduo tomou conta de si, a insegurança. Só que, não era aquela insegurança que sentira na estação King’s Cross. Era, com certeza, uma insegurança diferente.
Claire Jones levantou cedo naquela manhã. A primeira pessoa que lhe veio à cabeça foi ele: o garoto que quase a beijara no dia anterior. Apesar de estar um pouco assustada com o “quase acontecimento”, ela estava feliz e não sabia explicar o porquê. Queria contar tudo o que estava sentindo para seu amigo, Al, porém, o difícil era encontrar a maneira certa de contar-lhe tudo. Não poderia chegar e simplesmente despejar toda a história em cima dele, afinal, ela quase beijara o irmão do próprio Alvo e era um assunto delicado a tratar. Mas, não poderia esconder dele o fato por muito tempo, pois ela mesma queria contar a ele. Finalmente, derrotada, vendo que não conseguiria mais dormir, resolveu levantar e se vestir. Desta vez, se arrumara mais do que usualmente: em seus cabelos ligeiramente ondulados se encontrava uma fina tiara preta e em torno dos olhos azuis acinzentados havia o fraco contorno de lápis. A menina espiava a si mesma por uma última vez no espelho, quando viu o reflexo de Rosa no mesmo. Claire virou-se para encará-la e ao vê-la, encontrou um sorriso quase que maroto em seus lábios. Ao ver a cara da amiga, que expressava desentendimento, Rosa se explicou:

- Se arrumando para um encontro, Cla?

- Claro que não, Rosa! Eu só estava querendo colocar alguma coisa diferente hoje...

- Sei...

- Ah, pare de ser irônica!

- Quem é que está sendo irônica aqui? – Disse Jade, já acordando e sentando-se na cama. Quando os olhos da loira já estavam abertos, completou:

- Nossa, caprichou hoje, hein, Cla?

- Querem parar vocês duas?

As duas garotas apenas se entreolharam, fingindo pensar no “caso”. Claire apenas as olhava, com os braços cruzados e as sombrancelhas erguidas. Finalmente, após alguns segundos, Rosa e Jade responderam, em uníssono:

- Não! – E em seguida, as três, inclusive Claire, riam gostosamente. A barulhada fez com que Karen Patil acordasse, porém ela não levantou nem ao menos, abriu os olhos. Seus ouvidos estavam atentos à conversa das garotas:

- Ei, Cla, como será agora... Com você e o Tiago? – Perguntou Jade, curiosa.

- Eu não sei... Eu preciso conversar com ele. Só não sei como... – Respondeu Claire, num meio sorriso.

- Mas, você não pode deixar pra depois, por que... Você quase o beijou ontem!

Ao ouvir isso, Karen arregalou os olhos escuros. Então, Claire e Tiago se beijaram? Ou quase, segundo Jade. Mas isso era detalhe, pensava ela. Mal podia esperar para contar a “novidade” para as outras amigas. Isso não daria em boa coisa. Após algum tempo, Karen ‘acordou’, para que as três de nada desconfiassem. Claire, Rosa e Jade se juntavam à Alvo e Tiago na mesa da Grifinória. A troca de olhares entre Claire Jones e Tiago Potter intrigava Al, que estava cada vez mais sem entender coisa nenhuma. De uma algo ele tinha certeza: essa troca de olhares não o estava agradando nem um pouco. Apesar de perguntar o que estava havendo, Al não obteve nenhuma resposta satisfatória. Extremamente irritado, não conseguiu prestar atenção em aula alguma naquela manhã. Claire simplesmente não lhe saia da cabeça. Ele a observava: a garota estava mais bonita do que usualmente. Não era possível. Não poderia estar se apaixonando pela sua melhor amiga. Além de que, ele deveria manter o amor bem distante da amizade. Ele nunca conseguiria tê-la, afinal, ela só o via como um amigo e nada mais. Mas, ele não estava apaixonado, ou pelo menos, tentava ao máximo afastar esses pensamentos. Ele sabia que Claire não sentiria o mesmo. Porque isso tinha de acontecer? Porque com ele?
A sineta bateu, anunciando o fim das aulas e o início do almoço. Após comer, Alvo decidiu ir à biblioteca, terminar alguns deveres ou fugir dos olhares que Claire e Tiago insistiam em lançar um ao outro. Mas que coisa! Por que estava tão irritado com uma coisa tão simples? Tentou em vão, esquecer do rosto dela. Tentou esquece-la. Nem que fosse só por um segundo. Ao chegar à biblioteca, deparou-se com um grupo de meninas que davam risadinhas. Entre elas estava Karen Patil. Ela e as amigas estavam em uma mesa ao lado da sua. Já irritado com tantas risadinhas, pediu educadamente que elas parassem, para que pudesse se concentrar. Até que sentiu uma mão em seu ombro. Virou-se para ver quem lhe tocara. Agora, encarava Karen, que disse:

- Alvo, entendo por você estar um pouco irritado, mas...

- Eu não estou irritado. Só queria terminar de escrever esse trabalho, mas está difícil com esse barulho. Desculpe se fui “grosso”.

- Ah, pare com isso... Nós já sabemos.

- Sabem do que?

- Da Claire e do seu irmão.

- Do que é que você está falando? – Questionou o moreno, confuso.

- Como do que? Que Claire e Tiago se beijaram...

- Como é? – Disse Alvo, com os olhos arregalados.

- Claire e Tiago se beijaram.

Antes que Karen pudesse dizer qualquer outra coisa, ele saiu, aparentando furioso. Como ela pôde? Correu. Queria explicações, queria saber o que realmente acontecera. Uma lágrima solitária rolou por seu rosto. Limpou-a com as costas da mão. Aquilo não era motivo para chorar. A sineta já batera. Claire estava na aula. Alvo se desculpou pelo atraso com Neville e pôs-se a prestar atenção na aula, ou pelo menos tentou. Às cinco horas, as aulas haviam terminado. Claire guardava os livros lentamente, com o olhar distante. Rosa dissera que precisava começar os deveres e disse que se encontraria com a amiga no dormitório. Alvo a esperou do lado de fora da estufa. Quando a garota saiu da mesma, Al a esperava, ela lançou-lhe um sorriso. O que não foi respondido, ele se mantinha sério. A garota estranhou a atitude do amigo e disse numa voz de preocupação:

- O que aconteceu, Al?

- Me diga você.

- Como?

- O que aconteceu, Claire?

- Bem, nada.

- Nada?

Um silencio fez-se presente entre os dois. E pela primeira vez, era um silencio constrangedor. Alvo quebrou-o com uma voz fria, que Claire nunca ouvira dele.

- Você beijou o Tiago, Claire?

- Al, eu... Quem lhe disse isso?

- Você é que não foi.

- Al, eu posso explicar, eu ia contar a você...

- Então, é verdade?

- Não, não é. Bem, em parte.

- O que quer dizer com isso?

- Eu e Tiago... Bem, nós quase nos beijamos e... – Claire não pôde terminar a frase, pois fora interrompida por Alvo:

- E você nem ao menos se importou em me contar?

- Eu ia contar a você, mas...

- Claire, achei que confiasse em mim. E desde quando você gosta do Tiago? Suponho que seja outro “detalhe” que você deve ter esquecido de mencionar.

- Pára com isso, Al! Deixa eu explicar...

- Eu não preciso das suas EXPLICAÇÕES! – Disse ele, gritando a última palavra. Claire, magoada, falou:

- Alvo, não é a primeira vez que você faz isso! Você se diz meu amigo, mas você NÃO confia em mim!

- Porque eu deveria confiar, afinal?

- Porque... – A garota já iria responder, quando percebeu o que ele havia dito – Uma amizade sem confiança não é nada, ALVO POTTER! Eu iria te contar tudo, mas você não me escuta! É sempre assim. Você precisa ouvir o que os outros tem a dizer, para variar, principalmente, se esses ‘outros’ são seus amigos! Ou pelo menos, eram! – Dizendo isso, a garota simplesmente saiu em disparada. Lágrimas rolavam por seu rosto. Com ele pôde desconfiar dela? Já fizera isso uma vez. Claire já sofrera por essa desconfiança dele e não pretendia sofrer novamente. Ela não prestava atenção para onde ia e acabou por trombar com alguém. Os livros caíram no chão, e ela agachada, os pegava, ainda chorando. Uma mão encontrou a dela. Ela levantou a cabeça para ver quem realizara tal feito. Era Tiago. Ao ver os olhos de Claire, cheios de lágrimas, ele não disse nada, não perguntou nada, apenas a abraçou. Ela correspondeu o abraço com a mesma intensidade. As pessoas em volta os observavam, chocadas. Então, os boatos se confirmaram. Tiago ajudou a garota a pegar os livros e quando todos estavam no devido lugar (a mochila dela), saíram dali, pois queriam privacidade. Recorreram aos jardins. Sentaram-se sob a árvore em que quase se beijaram no dia anterior e abraçaram-se novamente. Era incrível como um abraço podia traduzir tudo, em vez de palavras. Porque naquele momento, palavras não significavam nada, não tinham importância nenhuma. Um silencio profundo caiu sob eles, ainda abraçados e não pretendiam deixarem-se tão cedo.
À frente da estufa, ainda estava Alvo Severo. Lágrimas finas molharam seu rosto. Então, era verdade o que Karen lhe dissera, tudo verdade. Ela lhe escondeu aquilo, um “pequeno” detalhe havia lhe escapado. Mas, o mais interessante daquilo tudo, era como se sentia frágil e vulnerável. Machucado profundamente. Seu próprio irmão lhe escondera o acontecimento. Será que eles não se importavam com o que ele poderia sentir ou pensar? Não, não se importavam. Não podiam (se importar), pois lhe omitir algo como aquilo era simplesmente inaceitável.
Não queria mais permanecer ali. Dando uma última olhada na estufa, partiu em direção ao castelo. Foi direto ao Salão Principal, para o jantar. Encontrou apenas Rosa na mesa da Grifinória. Claire e Tiago haviam desaparecido, de novo. Estariam se beijando agora? Não tinha significado nenhum agora. E Rosa? Ela sabia de tudo e não lhe dissera nada? Após, o jantar, resolveu questioná-la:

- Rosa, você sabia?

- Sabia do que, Al? – Respondeu a morena, um tanto confusa.

- Que Claire e Tiago se beijaram.

- Bem, hã... Sabia. Mas, pelo que sei, eles quase se beijaram. A Claire já te contou?

- Como pôde me esconder isso, Rosa?

- Claire disse que iria te contar hoje, Al. Ela mesma queria dizer.

- Karen Patil que me disse. Aposto que Claire não tinha a mínima intenção de me dizer algo sobre o acontecido.

- Karen Patil? Foi ela que espalhou tudo, então, - Disse Rosa, expressando irritação. – Olhe, Al, Claire queria muito contar, mesmo. E estou com o “pressentimento” que você brigou com ela, porque soube tudo por Karen.

Alvo não pôde responder à afirmação de Rosa. Ele sabia que a prima estava certa – como sempre – mas o orgulho lhe impedia de admitir que estava errado. O silencio permaneceu entre os dois e a morena cruzou os braços, vitoriosa. E então, apenas foram em direção ao Salão Comunal, em completo silencio.
Enquanto isso, nos jardins, mais precisamente, sob uma árvore frondosa, encontravam-se Claire Jones e Tiago Potter. Eles conversavam e naquele momento, Claire estava mais calma:

-... Eu tentei explicar a ele, mas Alvo não me deixou dizer nada. – Disse a garota.

- Isso é típico do Al. – Respondeu Tiago, tentando manter-se calmo.

- O que eu não consigo entender, é o porquê de ele ter ficado tão irritado com tudo.

- Mas, não é óbvio, Claire?

- O que é óbvio? – Perguntou ela, confusa.

- Ah, nada. Esqueça o que eu disse. – Disse o moreno, não querendo revelar o possível segredo do irmão.

- Está bem. Bem, Tiago eu acho... Acho que preciso de algum tempo para colocar as idéias no lugar. Olha, me desculpe por isso. Não me leve a mal. Eu gosto de você. Mas, preciso me acostumar com idéia e organizar tudo.

O garoto demorou algum tempo para lhe responder. Parecia pensar e após uma fração de segundo, respondeu:

- Claro. Te dou o tempo que precisar.

- Obrigada, obrigada mesmo. – E em seguida, Claire depositou no rosto do garoto um beijo terno e doce. O sorriso nos lábios do pequeno maroto já traduzia tudo, por isso, ele nada disse. Juntos, lado a lado, caminharam em direção ao castelo. Ao chegarem, o banquete já havia terminado, apesar, de ser apenas 15 para as nove da noite. Tiago perguntou à Claire se estava com fome e ela disse que sim. Então, ele pediu que o seguisse. Claire o fez. Eles desciam as escadas, e a garota cujos cabelos eram castanhos com leves mechas claras, não fazia idéia para onde estava indo. Finalmente, os dois estavam à frente de um quadro o qual havia frutas. Tiago inclinou-se para frente e fez cócegas na pêra? Claire estranhou o gesto, fazendo uma careta e riu em seguida. Ele virou-se para encará-la: a garota ficava muito bonita quando ria. O moreno gostava de vê-la feliz. Surpreendentemente, uma passagem se abriu e a mesma revelou a cozinha de Hogwarts. Claire ficou estupefata. Aquele cômodo era enorme e nele, havia muitos elfos-domésticos, correndo de um lado para o outro, parecendo muito, mas muito, atarefados. Ao perceberem a presença dela e de Tiago ali, uns 10 elfos puseram-se à disposição.

- O que você quer comer? – Perguntou Tiago, sorrindo.

- Eu posso escolher? – Respondeu ela, com uma outra pergunta. Ele acenou com a cabeça positivamente, ainda sorrindo. Animadamente, ambos pediram o que desejavam e quase que instantaneamente, os mesmos 10 elfos voltaram com o que eles haviam pedido. Após jantarem, agradeceram e deixaram à cozinha. E caminhando novamente, lado a lado, direcionando-se a seus respectivos dormitórios, rezando para não serem pegos por estarem perambulando os corredores àquela hora. Então, quando chegaram (finalmente) ao Salão Comunal, despediram-se e antes que ela pudesse deixá-lo, o “maroto” disse:

- Claire, o que fizemos hoje – quando fomos à cozinha – fica em segredo, certo?

- Pode contar com isso – Respondeu-lhe, olhando-o e sorrindo.

Claire Jones chegou ao seu dormitório e suas amigas estavam à espera. Pelo menos, Rosa e Jade. Karen já se encontrava dormindo. A garota disse que contaria tudo no dia seguinte, pois estava muito cansada e tivera um dia cheio. Ambas as amigas concordaram, dizendo que também desejavam contar à ela certas coisas. Após os devidos “boas-noites”, as três adormeceram.
No dormitório masculino do primeiro ano, estava Alvo Potter, extremamente pensativo. Em sua mente, passavam-se as cenas do que acontecera naquele dia. Ele deveria ter escutado Claire. Deveria ter-lhe dado pelo menos uma chance de explicar tudo. Porém, a raiva, a desconfiança e talvez até o ciúme impediram-no de deixá-la dizer qualquer coisa. Precisava se desculpar e rápido. Mas, antes, deveria esclarecer tudo. Com Claire e com o irmão, Tiago. Tudo precisava voltar ao lugar. O difícil era pensar como isso poderia acontecer, uma vez que não seria fácil reconquistar a confiança de Claire Katherine Jones. Em meio a seus pensamentos, dormiu, suspirando profundamente, esperando que tudo melhorasse e que quando acordasse, descobrisse que tudo que ocorrera fora apenas um sonho. Um sonho ruim por sinal.









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