Viagens no tempo



Cap. 24 - Viagens no tempo

Na manhã de segunda-feira, eles foram dispensados da primeira aula, de tão cansados e sonolentos que estavam, até os professores estavam assim.

Tiago, Lílian, Sirius, Kely, Remo, Tonks (que agora andava com eles), Frank e Alice foram para a Sala Comunal, pegariam suas coisas e esperariam lá, até dar a hora de irem para a primeira aula. Harry e Gina resolveram dar uma volta pelos jardins antes da aula.

Estavam perto da Floresta Proibida, andando e conversando, quando um grito que parecia ter vindo do interior da floresta os chamou a atenção. Em instantes, ele cessou.

- Será que alguém está correndo perigo? – perguntou Gina, espantada.

- Não sei, mas o que quer que seja parece que precisa de ajuda. Não parecia ter sido um grito de terror ou pavor, apenas um grito de susto. Mas, vamos ver podemos ajudar quem quer que seja – respondeu Harry. Eles se entreolharam e começaram a entrar na floresta. As árvores estavam cada vez mais juntas, e a escuridão começava a tomar conta do lugar.

Harry ascendeu a varinha e Gina fez o mesmo. Eles estavam fazendo o menor barulho possível, apurando os ouvidos, caso ouvissem mais alguma coisa que desse uma pista de onde viera o grito.

Por um tempo, não viram nada, exceto árvores e mais árvores. Embora não estivessem se embrenhado tão fundo na floresta, não havia som algum. De repente, eles escutaram um barulho de passos e viraram para trás mas, de novo, não viram nada.

Tudo aconteceu tão rápido que Harry e Gina não tiveram tempo nem de gritar. Uma juba de cabelos castanhos tapou completamente a visão de Harry, que não conseguia nem se mexer, devido ao susto, deixando sua varinha cair e se apagar.

Alguém alto e desengonçado abraçou Gina com força, quase não deixando-a respirar. Quando as duas pessoas se afastaram foi que Harry os reconheceu. Mesmo no escuro, era impossível não reconhecer aquela juba de cabelos castanhos e o alto e desengonçado, junto a ela.

- Rony! Hermione! – exclamou Harry, sorrindo e abraçando os dois, seguido de Gina.

- Olá, Harry – disse Hermione, quase chorando. – Olá, Gina!

- Oi, cara – disse Rony com um enorme sorriso. – Achamos que tinham morrido. Os dois sumiram.

- Não tínhamos como avisar vocês que estava tudo bem – falou Harry.

- Nenhuma coruja conseguiria encontrar os dois a vinte e um anos no futuro – respondeu Gina, rindo.

- Não mesmo – concordou Hermione, que agora já chorava de felicidade por ter encontrado os dois vivos.

- Venham, vamos sair daqui – disse Rony, olhando a sua volta. – Esse lugar está me dando arrepios.

- Por quê, Rony? – perguntou Gina, arqueando uma sobrancelha, enquanto Harry pegava suas varinhas que haviam caído e a acendia.

- Sei lá, tenho a impressão de que estamos sendo observados – sussurrou ele para os amigos.

- Vamos logo – disse Hermione, acendendo a própria varinha, para dar um pouco mais de luminosidade ao local.

Não tinham andado nem vinte metros quando alguma coisa, ou algumas, se mexeram atrás deles. Os quatro se viraram, apontando a varinha e viram vários olhos brilhando.

- Ah, não... – começou Rony, com a voz falhada, com medo. – De novo não!

- Corram! – fritou Harry, mas Rony não saiu do lugar, parecia que tinha perdido a sensibilidade das pernas.

- Correr não vai adiantar, Harry! – exclamou Hermione, tentando pensar em algo que pudesse tirá-los daquela situação. – Elas vão nos alcançar! São mais rápidas do que nós!

- E então o que faremos? – perguntou Gina que, como Harry, não conseguia pensar em nada.

- Não sei, estou tentando me lembrar de algum feitiço – disse Hermione, rapidamente. – Já sei!

- O quê? – perguntaram Harry e Gina. Rony estava demasiado assustado para sequer falar alguma coisa.

- Accio Vassouras! – gritou ela. – Agora temos que correr, ela estão começando a se aproximar! Anda, Rony! – exclamou ela, puxando o menino e todos saíram dali, correndo o mais rápido que podiam, mas as aranhas estavam quase os alcançando.

- Aranha Exumai! – gritou Harry, fazendo com que a aranha mais próxima voasse para longe. Hermione e Gina se viraram e executaram o mesmo feitiço, no mesmo momento em que quatro vassouras pararam na frente deles.

Cada um montou em uma e voaram para cima, passando pelas copas das árvores da floresta e sobrevoando-as, vendo, de novo, a luz do dia. Pousaram no gramado perto da cabana de Hagrid.

- Essa foi por pouco! – disse Rony, finalmente.

- Que horas são? – perguntou Gina.

- Nove horas – respondeu Hermione. – Por quê?

- A nossa aula já deve estar começando! – disse ela.

- Mas não podemos ir para a aula e deixar os dois aqui – falou Harry, no que Gina concordou.

- Então, o que vamos fazer? – indagou a ruiva.

- Vou mandar um bilhete avisando que não vamos poder ir, para eles nos encontrarem na Sala Precisa depois da aula – respondeu Harry. Chamou a coruja de Tiago e deu a ela o pergaminho, que continha poucas palavras.

- Para quem você mandou essa carta, Harry? – perguntou Hermione, confusa. – E, para quê encontrar na Sala Precisa?

- Meus pais – respondeu Harry, simplesmente.

- O QUÊ? – gritaram os dois, de olhos arregalados.

- Sim, não perceberam nada quando Harry falou que nenhuma coruja os encontraria vinte e um anos no futuro? – indagou Gina, arqueando uma sobrancelha.

- Não, achei que era brincadeira – falou Rony e Hermione concordou.

- Não é – disse Harry, sorrindo. – Estamos em 1977, no último ano de meus pais na escola.

- Nossa, cara, deve ter sido muito bom conhecer seus pais, estar com eles – falou Rony, sorrindo também.

- Você não imagina o quanto! – disse Harry. – E, Hermione, para que tempo você estava pensando que estava?

- Não sei – respondeu Hermione, meio envergonhada. – Esse vira-tempo não parece estar funcionando direito, como não tinha sobrado nenhum inteiro, peguei esse quebrado mesmo, quando invadimos o Departamento de Mistérios... – continuou, mas foi interrompida por Harry.

- Vocês invadiram o ministério? – perguntou ele, incrédulo.

- Sim, mas dessa vez não foi tão difícil sair, porque não tinham dezenas de Comensais da Morte atrás da gente – respondeu Rony, rindo.

- E como encontraram o vira-tempo? – perguntou Gina.

- Ainda não consertaram todo o Departamento, é muito grande. E essa sala ainda estava... Bem, do jeito que deixamos – falou Hermione. – E esse aqui parecia ser o mais inteiro. Mesmo assim estava com alguns defeitinhos. Mas acho que deu para usar.

- Para que época vocês queriam voltar? – indagou Harry.

- Para o dia em que você nasceu, Harry, achamos que, se voltássemos para esse dia, poderíamos destruir as Horcrux e tentar acabar com Voldemort. E você estaria vivo e com seus pais – disse Hermione.

- Pelo visto o vira-tempo não funcionou tão bem assim! – exclamou Harry rindo.

- E vocês, o que estão fazendo aqui? – perguntou Rony.

- Foi tudo plano da Gina. Um vira-tempo caiu nas vestes dela no dia em que fomos ao Departamento de Mistérios e ela o guardou. Me trouxe para cá e eu não sabia de nada, fiquei sabendo quando chegamos e ela me contou.

- Agora queremos o mesmo que vocês – continuou Gina. – Acabar com Voldemort, para que o Tiago e a Lily possam viver. E como estão todos, Rony? – perguntou ela.

- Estão bem, embora muito abalados, achamos que estavam mortos. O Harry porque foi direto para você-sabe-quem e a Gina desapareceu, ninguém achou ela em lugar algum – respondeu Rony.

- Vamos falar com Dumbledore, agora? – indagou Harry. – Ele vai entender. Entendeu quando falamos com ele e nos deu dicas do que fazer.

- Tudo bem – concordaram Rony e Hermione e os quatro seguiram para o escritório do diretor.

****

Tiago, Lily e os outros estavam chegando na sala de aula quando o Eddy entra voando pelo corredor e pousa no ombro do dono.

- Por que está aqui, agora, Eddy? – perguntou Tiago. – A hora do correio já passou.

A coruja estendeu a perna e Tiago retirou o pergaminho. Logo após isso, ela saiu voando para o corujal. Tiago abriu e leu a carta, em silêncio. Era curta.

Pai,

Não poderei ir à aula hoje. Por favor, me encontre na Sala Precisa quando acabar a aula. Não se preocupe, não aconteceu nada sério.

Harry.

- De quem é? – perguntou Sirius, querendo ver a carta.

- Do Harry – respondeu o garoto.

- E o que ele quer? – indagou Lily, preocupada com o filho.

- Que o encontre na Sala Precisa depois da aula.

**

Os corredores estavam desertos, pois a aula havia acabado de começar. Um ventinho frio varria o castelo, tempo estava começando a tomar as características de inverno. Eles seguiram até a gárgula de Pedra, Harry disse a senha e subiram pela escada até a porta com a maçaneta de latão em forma de grifo. Harry bateu três vezes.

- Entre! – disse o diretor. Harry abriu a porta e os quatro adentraram no escritório. Dumbledore olhou para eles e analisou Rony e Mione cuidadosamente. – Hum, acho que nunca vi os dois também – disse ele, sorrindo. – Mas suponho que seja seus amigos do futuro, Harry.

- Sim, senhor – respondeu ele, sorrindo.

- Então, me contem a aventura da vez! – pediu Dumbledore, indicando duas cadeiras e conjurando mais duas, à frente de sua escrivaninha. Depois que eles se sentaram, Harry começou a contar a história, com a ajuda de todos. Após terminarem, Dumbledore ficou em silêncio por alguns minutos. – Certo, penso que, assim como esses dói jovens que chegaram algum tempo antes dos senhores, vieram com a mesma intenção deles.

- Sim, senhor – disse Hermione, feliz por estar vendo e falando com o diretor, já que há muito tempo não fazia isso.

- Mas, acho que não é necessário que continuem aqui. Se quiserem, é claro, terei o imenso prazer em acomodá-los!

- Não pretendemos ficar por muito tempo, professor – disse Rony.

- E por quê não, senhor Weasley? – perguntou ele, lançando um olhar profundo a Rony.

- Primeiro por que queríamos ir para a data do nascimento do Harry – começou Hermione. – E, segundo, já que vocês já estão fazendo o que queríamos fazer, não há razão para continuarmos aqui.

- Entendo, senhorita Granger. Mas, podem ficar o tempo que quiserem.

- Obrigado, professor – agradeceu Rony, sorrindo. – Mas também precisamos avisar todos do futuro que o Harry e a Gina estão bem. Todos estão tristes pensando que os dois estão mortos.

- Bom, isso vocês é que decidirão.

- Precisamos ir, senhor, meus pais e meus amigos estão esperando – disse Harry, se levantando.

- Certo, Harry, vejo vocês em breve.

- Até mais, professor – disseram Gina, Rony e Hermione. Ao saírem da sala do diretor, rumaram para o sétimo andar, se preparando para contar toda a história de novo.

**

- O que será que o Harry quer falar conosco? - perguntava Tiago a Lily de cinco em cinco minutos, na aula, pois sentavam juntos.

- Se não parar de perguntar isso eu vou fazer um feitiço para você ficar quieto! – ameaçou a ruiva. – Eu quero prestar atenção na aula!

- Eu sei, mas o que será que ele... – começou Tiago, mas foi interrompido.

- Silêncio! – murmurou a ruiva, apontando a varinha para ele discretamente. – Eu avisei! Vai ficar quieto ou não?

Tiago confirmou com a cabeça, pois as palavras simplesmente não saíam quando ele abria a boca. Lily desfez o feitiço e começou a falar antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa.

- Se perguntar sobre isso mais uma vez, te deixo mudo até o final da aula!

- Está bem, mas lembre-se que eu sou seu namorado! Futuro marido e futuro pai de seu filho – disse ele, fazendo-a abafar uma risada.

- Eu sei disso, mas não agüento mais você perguntando a mesma coisa a cada cinco minutos!

- Está bem, parei – respondeu ele, parando de falar e começando a prestar atenção na aula, ou fingir que prestava. Quando a sineta tocou, anunciando o fim da aula, Tiago jogou todo o material dentro da sua mochila de qualquer jeito e ficou a apressar os amigos. – Vamos logo! O Harry já deve estar lá! Andem!

- Ei, calma – disse Sirius. – Por que a pressa?

- Quero saber o que aconteceu, oras! – respondeu ele, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Depois que saíram da sala, seguiram direto para o sétimo andar quase correndo, para acompanhar Tiago. Este passou três vezes em frente à parede, que se transformou em porta. Eles abriram e entraram. A sala se transformara num lugar confortável, com poltronas e sofás fofos. Não havia ninguém lá.

- Está vendo, Tiago – falou Lily, colocando as mãos na cintura. – Corremos tanto e ele ainda nem está aqui.

Todos se sentaram para esperar o garoto. Tiago e Sirius sentaram lado a lado nas duas poltronas de Chintz. Como Harry estava demorando, começaram a conversar, até que o assunto chegou aos namoros.

- Eu ainda lembro dos gritos da Lily! – exclamou Remo, rindo.

- É, faz muito tempo que ela não grita – disse Kely, rindo também.

- E está muito bem assim, prefiro desse modo do que o de antes – respondeu Tiago. – Meu namoro está ótimo! – continuou, puxando Lily para um beijo, já que estava no sofá ao seu lado.

- Ah, eu pensei que eu era seu namorado! – falou Sirius, se fingindo de indignado e tirando Tiago de seu beijo, no que este fez cara feia.

- Está louco, Almofadinhas? – perguntou Frank, rindo.

- Ai ai, eu sempre soube que ele tinha uma quedinha pelo maroto Sirius Black! – disse Kely, entrando na brincadeira.

- Ele ficou louco sim, Frank – falou Tiago, de cara feia por ter sido arrancado de seu beijo.

- Não é isso que você me diz todas as noites quando nos encontramos no telhado da torre da Grifinória! – respondeu Sirius, fazendo biquinho.

- Hey, não era para revelar isso na frente de todos, Almofadinhas! – disse Tiago, também entrando na brincadeira. – Revelou nosso segredinho! – completou, enquanto todos gargalhavam. – Não pode me agarrar agora!

- Ah, não consigo, é mais forte que eu. Perto de você eu não consigo me segurar! – continuou Sirius, sentando no colo de Tiago e abraçando-o. Ninguém mais agüentava de tanto rir. Foi nesse momento que a porta se abriu.

Todos olharam em direção à porta, para ver quem era. Quando Harry, Gina, Rony e Hermione viram a cena, tiveram que se sentar no chão, de tanto rir.

- O que foi aquilo? – perguntou Gina, vermelha, ao se recuperar do ataque de riso.

- A revelação do amor secreto de Sirius e Tiago – respondeu Alice, rindo.

- Se encontram as escondidas a noite, sabiam disso? – perguntou Kely, se fingindo de indignada.

- Se continuar assim eu não vou ter pai! – disse Harry, fingindo estar triste. Sirius, que ainda estava no colo de Tiago, foi empurrado para o chão por ninguém menos que Lílian.

- Sai pra lá, seu cachorro veado! – exclamou ela, segurando o riso. – Ele é meu! – terminou ela, beijando o namorado, enquanto Sirius fazia uma cara de cachorro abandonado.

- Nunca pensei que veria a Lily fazendo isso – disse Kely, rindo.

- Ela, que é a toda certinha! – exclamou Alice.

- As vezes temos que fazer umas loucuras, certo, senhor Potter? – perguntou ela.

- Com certeza, senhorita Evans, principalmente se essas loucuras forem iguais às de agora!

Depois que todos pararam de rir foi que perceberam a presença de mais duas pessoas na sala, que não conheciam.

- Acho que nunca os vi na escola – disse Lily, olhando para os dois.

- Como se chamam? – perguntou Frank.

- Esse é o Rony, meu melhor amigo, e essa é Hermione, minha melhor amiga – apresentou Harry.

- Ei, e onde eu entro? – perguntou Gina, colocando as mãos na cintura.

- Você é minha namorada! – disse Harry, beijando a ruiva. Quando se separaram, ele começou a apresentar os outros para Rony e Mione. - Esses são Tiago e Lílian, meus pais, Sirius, que vocês já conhecem, Kely, a namorada dele, Alice e Frank e o Remo, que também já conhecem.

- Eles podem até nos conhecer, mas nós não – disse Remo, sorrindo.

- Então, como vieram parar aqui? – perguntou Lily.

Os quatro começaram a contar a mesma história contada a Dumbledore. Quando terminaram, já era quase hora do almoço. Levou mais tempo do que quando foi dita ao diretor em razão das interrupções freqüentes para perguntas e comentários.

- Então, vocês começam a participar das aulas quando? – perguntou Alice.

- Amanhã mesmo – respondeu Hermione, sorrindo.

- E vamos ter mais um no dormitório! – exclamou Tiago, sorrindo também.

- E nós mais uma! – disse Alice.

Quando era meio-dia e meia, os onze seguiram para o Salão Principal, almoçar.

Vários olhares curiosos os seguiram pelo resto da semana, o mesmo que ocorrera com Harry e Gina quando chegaram, todos querendo saber quem eram os novos visitantes e por que estavam ali.

No meio de novembro, a neve e o frio intenso chegaram a Hogwarts, obrigando seus habitantes a se agasalharem melhor e ficarem dentro do castelo, devido ao frio. No terceiro sábado do mês teria um passeio à Hogsmeade e todos estavam animados para ir.

O sábado amanheceu claro e gelado, com uma camada de neve branca e intacta e uma névoa cobrindo os gramados da escola. No dormitório masculino, agora, havia sete camas. Rony roncava profundamente ao lado de Harry, que já estava acordado fazia algum tempo.

Eram nove da manhã quando Harry se levantou. Logo em seguida todos começaram a acordar e se aprontar para ir à Hogsmeade em uma hora.

Depois que todos estavam prontos, desceram para a Sala Comunal esperar as meninas que, como sempre, demoravam mais para se arrumar.

**

- Hoje vamos à Hogsmeade! – exclamou Kely, se levantando.

- E amanhã é o nosso aniversário de dois meses de namoro! – exclamou Lily, feliz.

- Vocês não têm idéia de como é bom estar aqui – disse Hermione, se levantando também.

- Por quê? – perguntou Alice.

- O futuro está enfrentando uma guerra incansável, desde que Voldemort retomou seu corpo – respondeu ela.

- Deve ser horrível – falou Lílian, pensando em seu futuro.

- Muito – disse Hermione. – Mas vamos mudar de assunto, hoje temos que ficar alegres!

Depois que todas se arrumaram, foram para a Sala Comunal, encontrar os meninos e, como de costume, eles já estavam lá e Tonks já esperava, também, junto a Remo.

Depois de tomarem café, todos rumaram para o Saguão de Entrada, enfrentar o frio cortante para chegar ao vilarejo. Estavam bem agasalhados, com luvas, cachecóis e gorros. Durante o percurso, várias garotas que passavam jogavam charme para Tiago, Sirius, Harry e Rony, enquanto Lily, Kely, Gina e Hermione faziam cara feia.

Na metade do caminho, começou a nevar. Ele andaram mais rápido, tremendo, com as bochechas vermelhas de frio. Chegaram ao vilarejo e foram direto ao Três Vassouras, tomar uma cerveja amanteigada para esquentar.

O bar estava apinhado de gente. Agora era mais difícil encontrar uma mesa vazia, pois estavam em doze. Enquanto uns foram juntar duas mesas, os outros foram buscar as cervejas. Eles se sentaram e começaram a beber e conversar.

Depois que todos terminaram, as garotas queriam ir até a Dedosdemel, enquanto os garotos queriam ir à Zonko’s, portanto se dividiram em dois grupos e combinaram de se encontrarem em quarenta minutos no próprio Três Vassouras.

Quando os garotos estavam voltando para o bar, uma tempestade de neve começou a cair. Eles apressaram o passo e entraram no local, que estava mais cheio do que antes. Eles avistaram as meninas já sentadas, cada uma com uma sacolinha de doces.

- Faz tempo que estão aqui? – perguntou Tiago, cheio de neve nos cabelos.

- Não, alguns minutos antes de começar a nevar – respondeu Lily, rindo. – E você está parecendo um bolinho com glacê!

- Por quê? – perguntou ele, enquanto todos começavam a rir do comentário da ruiva.

- Vá até o espelhe e veja você mesmo, Pontas – respondeu Sirius, que tinha se lembrado de tirar a neve antes de entrar no Três Vassouras.

Tiago foi até um espelhinho que havia numa das paredes e se viu cheio de neve. Passou a mão nos cabelos para retirá-la e voltou para a mesa.

- Melhor agora? – questionou ele, rindo.

- Ah, estava tão fofinho! – respondeu Sirius, zoando com o amigo.

O bar foi se enchendo cada vez mais de alunos que procuravam um lugar para se proteger do frio e da neve e tomar alguma coisa que os esquentasse. Enquanto isso, o céu ficava cada vez mais escuro, anunciando uma tempestade ainda mais forte em alguns minutos.

- Acho melhor voltarmos para o castelo – disse Hermione, olhando pela janela, que estava meio embaçada devido à quantidade de pessoas no bar, mas, mesmo assim, era possível ver nuvens carregadas se aproximarem.

- Por que, Hermione? – perguntou Rony, arqueando uma sobrancelha.

- Daqui a pouco a tempestade vai ficar mais forte, e não parece que vai passar rápido – respondeu ela, apontando para a janela. – Olhem só como está o céu.

Ninguém discordou de Hermione. Uma tempestade realmente forte estava chegando. O mais rápido que puderam, saíram do bar, rumo ao castelo. O vento cortante açoitava seus rostos descobertos.

Estava difícil caminhar em toda aquela neve e com o vento forte contra eles. Perto dos portões ladeados por javalis alados da escola, o vento se tornou ainda mais forte.

Lily estava ainda mais branca do que já era, com as mãos insensíveis, mesmo que estivesse com luvas. Quando atravessaram os portões, ela caiu na neve. Parecia que suas pernas e braços estavam paralisados, travados por causa do frio que só aumentava.

Por causa do chiado do vento em seus ouvido e olhos semi-cerrados para impedir a neve de entrar neles, ninguém viu o que tinha ocorrido. Tiago foi o primeiro a perceber a ausência da namorada, quando olhou para os lados, alguns metros a frente dela.

- Lily, cadê a Lily? – perguntou ele, desesperado quando não a viu em lugar algum.

- O quê? – ele ouviu a voz de Sirius vinda de algum lugar a esquerda.

- A LILY SUMIU! – gritou Tiago, para que todos ouvissem.

- Como assim sumiu? – perguntou Harry, alto, também procurando a ruiva.

- Pontas, vamos congelar se continuarmos aqui! – exclamou Remo que, provavelmente não havia escutado que Lílian havia sumido.

- Façam o seguinte, voltem para o castelo, eu vou voltar pelo caminho que viemos para ver se acho ela – respondeu Tiago. – Vão na frente, eu já vou!

Dizendo isso, se virou para trás e começou a caminhar de volta para os portões, enquanto os amigos retornavam à escola. Um pouco mais a frente, Tiago tropeçou em algo e caiu de cara na neve.

Quando se levantou e olhou para o que o fizera tropeçar, viu alguém quase coberto de neve. Ele se ajoelhou ao lado da pessoa e começou a tirar a neve que a cobria, começando pelo rosto. Era Lily. Estava ali, desmaiada, mais branca do que a neve.

Tiago retirou toda a neve de cima dela e a pegou nos braços, levando-a o mais rápido que podia para o interior do castelo. Ao chegar no Saguão de Entrada, seguiu quase correndo para a ala hospitalar. Entrou correndo e deitou-a numa cama. Ainda estava branca e gelada.

Com a correria, Madame Pomfrey saiu de sua sala para ver o que estava acontecendo.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou ela, ao ver Tiago em pé ao lado de uma cama e um caminho de neve, que entrava pelo local até onde ele estava parado.

- Eu não sei, mas a senhora pode fazer alguma coisa, não é? Perguntou ele, segurando a mão gelada da ruiva.

- O que houve com ela?

- Não sei, só que quando a vi, estava desmaiada, quase coberta de neve, perto dos portões do castelo.

- Está muito frio lá fora, o desmaio deve ter ocorrido por causa disso – disse a enfermeira, analisando a ruiva. – É só dar a ela uma poção reanimadora e ela vai melhorar em instantes – terminou ela, fazendo Tiago ficar aliviado.

- Estávamos voltando de Hogsmeade, queríamos chegar antes da tempestade, mas acabamos pegando-a um pouco antes de chegar aqui.

- Certo, vou pegar a poção, volto em um segundo – disse ela, entrando em sua sala. Alguns instantes depois, saiu com um copo que continha uma poção avermelhada que parecia fumegar de leve. Deu-a à Lílian, que recuperou a cor na hora. – Ela acordará em alguns minutos.

Tiago se sentou numa cadeira e ficou esperando a namorada acordar e Madame Pomfrey retornou para sua sala.

Não tinham se passado nem cinco minutos quando dez pessoas entraram na ala hospitalar e se postaram em volta da cama de Lily.

- Ela está bem? – perguntou Harry.

- O que aconteceu com ela? – indagou Kely.

- Vai demorar para ela acordar? – questionou Alice.

- Calma, uma pergunta de cada vez – disse Tiago, sorrindo, o que indicava que nada grave tinha acontecido, senão ele não estaria sorrindo assim. – Ela está bem sim, Harry. Eu não sei exatamente o que aconteceu, Kely, quando percebi que ela não estava mais do meu lado e fui procurá-la, a vi desmaiada no chão, quase totalmente coberta de neve. E, Alice, Madame Pomfrey disse que ela acordará em alguns minutos.

- Que bom! – disseram todos.

- Isso aqui é uma ala hospitalar! – exclamou Madame Pomfrey, saindo de sua sala e olhando para o grupo. – Saiam todos! Ela vai acordar daqui a pouco, agora, fora!

- Eu fico – avisou Tiago.

- Está bem, mas só você – disse ela. – Vamos, o que estão esperando?

- Esperamos você na Sala Comunal, Pontas – falou Sirius. Os dez saíram da ala hospitalar e seguiram para a torre da Grifinória. A tempestade ainda não tinha parado, e o céu escurecia mais a cada minuto. Embora ainda fosse de manhã, parecia noite.

- Chifre de Unicórnio – disse Gina à Mulher Gorda, que girou par frente, permitindo a entrada deles na Sala Comunal. Ela estava quase vazia, pois todos os alunos deviam estar esperando o fim da tempestade para voltar. Só havia alguns primeiranistas e segundanistas, que ainda não tinham permissão para visitar o vilarejo.

Se sentaram em frente à lareira, onde um fogo forte crepitava e aquecia toda a sala.

**

Poucos minutos depois da saída de seus amigos, Lily acordou. Abriu os olhos lentamente, sem reconhecer o lugar, mas, depois, sentiu que sua mão esta sendo apertada por alguém e olhou para o lado. Sorriu ao ver quem era e, finalmente, reconheceu que estava na ala hospitalar.

- O que eu estou fazendo aqui? – perguntou ela, tentando se lembrar do que acontecera.

- Você desmaiou enquanto estávamos voltando. Estava coberta de neve quando te encontrei – respondeu Tiago. – Te trouxe para cá e Madame Pomfrey te deu uma poção.

- Obrigada – agradeceu ela, sorrindo.

- Você se lembra do que aconteceu? – indagou Tiago.

- Não, não me lembro de quase nada – respondeu ela, tentando se lembrar de mais alguma coisa. – Só lembro que tive... Não sei... Uma espécie de pressentimento ruim, tudo ficou preto e... Foi só.

- É estranho, mas depois vemos isso. Vou ver com a Madame Pomfrey se você pode sair – e, dizendo isso, soltou a mão da ruiva e foi até a salinha da enfermeira. Voltou com um sorriso que nem precisava de palavras. – Vamos?

- Claro – respondeu ela, sorrindo, e se levantou. Mas, quando o fez, teve uma nova tontura e se desequilibrou. Tiago foi rápido e impediu-a de cair no chão.

- Você está bem?

- Sim, foi… Só uma tontura, já estou melhor.

- Tem certeza?

- Sim, vamos.

Eles saíram da ala hospitalar e rumaram para a torre da Grifinória, onde seus amigos os esperavam. Tiago sempre de olho na ruiva, para o caso de ela ter outra tontura. Ele usou seu conhecimento sobre o castelo e entrou por vários atalhos, chegando rapidamente à torre. Lily disse a senha e os dois entraram. Tiago se sentou numa poltrona vazia e puxou Lílian para se sentar em seu colo.

- Está melhor, Lily? – perguntaram todos, quase ao mesmo tempo.

- Estou sim – respondeu ela, passando os braços em volta do pescoço de Tiago e apoiando a cabeça em seu ombro. – Preciso falar com você depois – sussurrou ela, ao ouvido do rapaz, para ninguém ouvir.

- Está bem – respondeu ele, igualmente baixo, abraçando-a pela cintura. – Quer falar agora?

- Daqui a pouco – respondeu ela. – Está tão bom aqui, com você.

Quando Tiago olhou-a outra vez, viu que havia adormecido.

- Vou levá-la ao dormitório, deve estar cansada, já volto – disse Tiago, se levantando com a ruiva nos braços. Todos concordaram e ele seguiu para seu próprio dormitório. Entrou e deitou-a cuidadosamente em sua cama. Pegou um cobertor, deitou-se ao seu lado e cobriu os dois, para que ela não passasse mais frio.

Abraçou-a e ficou apenas contemplando-a, como era linda... Não soube quanto tempo ficou ali, olhando para ela... Lily acordou, mas não teve vontade de abrir os olhos... Estava tão quentinho e confortável...

Quando os abriu, a primeira coisa que viu foi Tiago, observando-a e sorrindo.

- Me trouxe até aqui? – perguntou ela.

- Quem mais seria?- questionou ele, sorrindo e beijando-a docemente.

- Não sei, eu estava dormindo. Quem pode me dizer isso é você... – falou a ruiva, rindo.

- Fui eu sim e fiquei aqui, com você todo esse tempo e poderia ficar por muito mais!

- Como você consegue? – indagou ela, olhando-o profundamente.

- O quê?

- Ser tão fofo... Falar coisas tão lindas...

- Eu sou perfeito! – disse ele, sorrindo.

- Convencido, isso sim! – exclamou ela, rindo.

- Não, eu só sou feliz!

- E por quê?

- Porque eu tenho a garota mais linda de Hogwarts e porque ela me ama também.

- E que seria essa sortuda? – perguntou ela, sorrindo mais ainda.

- Ah, isso eu não falo, é segredo.

- Ah, se não falar vou pensar que é o Sirius, ele já revelou o amor secreto de vocês dois.

- Então... Vou dar uma dica de quem é, está bem? Mas só uma dica!

- Certo – respondeu ela. Tiago se aproximou de seu rosto e encostou seus lábios nos dela delicadamente. Rapidamente, aprofundou o beijo e ficaram assim por algum tempo. Quando se separaram, os dois estavam ofegantes.

- E agora, já sabe que é? – perguntou ele.

- Ainda não, preciso pensar mais um pouco. Não pode me dar outra dica?

- Já dei uma... Mas, te dar mais uma não custa nada – respondeu ele, beijando-a de novo, dessa vez, mais ardentemente.

- Eu acho que já descobri que é – disse ela.

- Então, me diga – pediu ele, sorrindo.

- Não, prefiro dar uma dica – respondeu ela, rindo e beijando-o.

- Te amo e te amarei para sempre! – falou Tiago ao ouvido dela.

Alguns minutos depois, sem saber como explicar, Tiago já estava por cima da ruiva, beijando-lhe não só a boca, mas toda a face e seu pescoço. Ela o afastou delicadamente e Tiago olhou-a, confuso.

- O que foi?- perguntou, a over que ela não falava nada.

- Eu... Eu ainda não estou pronta, Ti – respondeu ela, dando um sorrisinho fraco.

- Não precisa ficar com vergonha, meu anjo ruivo – disse ele, deitando-se ao lado dela outra vez. – Eu entendo.

- Obrigada – agradeceu ela. – Você será o segundo a saber quando estiver.

- Segundo?

- Claro, eu serei a primeira! – respondeu ela, rindo.

- Então, o que queria falar comigo?

- Era sobre aquele pressentimento que eu falei. Eu senti que... Que algo ruim está para acontecer.

- Tem alguma idéia do que pode ser? – perguntou ele, preocupado.

- Nenhuma. Só sei que algo de ruim vai acontecer, mas não sei o quê.

- É bom estarmos preparados... – começou Tiago, mas, nesse momento, alguém entrou no dormitório, branco feito papel, com uma cara assustada.

- O que aconteceu? – perguntou Lily, preocupada. Essa cara não significava boa coisa. Mas não obteve resposta.

- Fala logo, Almofadinhas, o que aconteceu? – questionou Tiago, quase gritando, e se levantando, seguido por Lily.

- Estamos sendo... Atacados – respondeu Sirius, ainda na porta, com os olhos arregalados.

- Atacados por quem? – perguntou Tiago, mas, vendo que não obteria resposta tão rapidamente, resolveu trazer o amigo à realidade de forma mais fácil. Chegou até ele, segurou-o pelos ombros e sacudiu.

Sirius, aparentemente, voltou a realidade, e Tiago percebeu, tarde demais, que fizera a coisa errada, pois Sirius começou a entrar em pânico, sem saber o que fazer. Lily parou-o e olhou-o bem nos olhos.

- Nos diga exatamente o que está acontecendo, Sirius – pediu ela, calmamente, o que fez o maroto se tranqüilizar... Um pouco.

- Estamos sendo atacados, Hogsmeade está sendo atacada, eles estão vindo para Hogwarts! – gritou ele, exasperado.

- Quem está vindo para Hogwarts? – perguntou Lily, tentando ficar calma. Tiago já sabia o que vinha a seguir.

- Eles, todos eles, vão atacar Hogwarts, temos que fazer alguma coisa! – falou Sirius, entrando em pânico de novo.

- Assim não dá! – disse Lily, perdendo a calma. – Com ele desse jeito não vamos conseguir nenhuma informação!

- Eu acho que já sei o que está havendo Lily – disse Tiago, anormalmente sério.

- Então me diga logo, o Sirius não está em condições de falar nada no momento.

- São os... – começou Tiago, mas Sirius o interrompeu, segurou-o pelos ombros e começou a sacudir o amigo.

- Vamos fazer alguma coisa logo, Pontas! – gritou ele, fazendo Tiago perder totalmente a paciência.

- SE ACALMA, ALMOFADINHAS! – gritou ele e Sirius parou tudo de repente.

- Então, agora me explique, Tiago, o que está acontecendo, que até agora eu não entendi nada – disse a ruiva.

- Comensais da Morte – respondeu Tiago, olhando-a seriamente.

- Mas, por que eles estariam aqui? – perguntou ela, confusa.

- Voldemort quer dominar Hogwarts, impor as trevas, chegou até a pedir o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas a Dumbledore, mas é claro que ele negou. Desde então, ele têm feito de tudo para acabar com Dumbledore, mas Dumbledore é mais poderoso. É o único que Voldemort teme.

- E como você sabe de tudo isso? – questionou Lílian, tentando ingerir todas as informações que estava recebendo.

- Meus pais são aurores, trabalham no ministério, tentam deter Voldemort e escuto eles falando sobre isso – respondeu Tiago.

- Entendo... – disse ela, lentamente, interligando tudo. – E agora, o que vamos fazer?

- Não sei, primeiro temos que ver se algum professor está dando instruções – respondeu ele, olhando para Sirius, que estava sentado na cama, coma a cabeça nas mãos.

- Então vamos! – disse a ruiva, pegando sua mão e puxando-o para fora do dormitório. Sirius se levantou e foi atrás.

Quando chegaram na Sala Comunal, viram que todos tinham a mesma expressão preocupada e até assustada de Sirius. Quando os três chegaram junto dos amigos, todos automaticamente se viraram para ele.

- O que faremos? – perguntaram todos quase ao mesmo tempo.

- Primeiro vamos falar com algum professor – disse Tiago, se dirigindo ao buraco do retrato. Mas, no momento em que ia empurrá-lo, ele se abriu e a professora McGonagall entrou. – Professora, nós... – começou ele, mas ela o interrompeu.

- Primeiro, peço que mantenham a calma – começou ela, olhando para todos. – Eu sei que é difícil, afinal, estão perto da nossa escola. Segundo, peço que os primeiranistas e segundanistas – continuou, se referindo aos menores que ali estavam. – Não saiam daqui em hipótese alguma. E vocês, que já são maiores, fiquem em grupos e patrulhem os corredores, atentos a qualquer barulhinho que seja. Mas não saiam do castelo, é muito perigoso. Os aurores e bruxos mais experientes do ministério estão vindo ajudar.

Antes que algum deles falasse alguma coisa, ela saiu apressada para ajudar a deter os comensais.

- Mas há muitos alunos em Hogsmeade! – exclamou Harry.

- Eu sei, mas o que podemos fazer? Ouviram a professora, não podemos sair do castelo! – disse Hermione.

- Não vou deixar que machuquem mais ninguém! – disse Tiago, sério.

- Mas, Tiago, não podemos fazer nada! – falou Lily, sabendo que não adiantaria muita coisa.

- Eles já perseguiram minha família, Lily, não posso deixar que façam mal a mais famílias.

- Eu... Não sabia disso – disse a ruiva, com um olhar triste.

- Vamos, temos que patrulhar os corredores! – disse Remo, e os doze saíram juntos da Sala Comunal, atentos a qualquer movimento, com a varinha em punho, prontos para se defenderem de qualquer modo, se fosse necessário.

Quando estavam passando na frente do Saguão de Entrada, Tiago saiu em disparada para fora do castelo.

- Tiago, volta! – gritou Lily, tentando convencer o namorado a voltar para o castelo, mas não adiantou absolutamente nada. A ruiva queria ir atrás dele, mas Remo e Kely a seguraram.

- Não, Lily – disse Remo, segurando seu braço esquerdo.

- Você não pode ir até lá – continuou Kely, segurando seu braço direito.

- Mas... Ele foi, não quero que aconteça o mesmo que aconteceu um mês atrás, foi horrível vê-lo naquele estado! – exclamou Lílian, chorando e se lembrando do dia em que Tiago fora atacado por Snape.

- Ele vai ficar bem, Lily – consolou Alice, embora não estivesse tão certa de suas palavras.

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