Prólogo



Era o fim de um pesadelo, a realidade se tornou um sonho bom que Harry Potter temia muito em acordar. Aconchegado em sua cama confortável no dormitório da grifinória, o garoto foi abrindo os olhos lentamente, o clarão parecia ferir sua visão, estava tão bom dormindo, porque diabos tinha que acordar no melhor do sonho?... Ou será que não era sonho... Se foi sonho pareceu muito real...
Harry procurou pelo óculos, que se encontrava na mesa de cabeceira e se levantou, cada milímetro de seu corpo doía devido aos muitos ferimentos, em cada movimento parecia que seus membros iriam quebrar, mas ele já estava acostumado com a dor, à única coisa incomum era que a cicatriz em forma de raio não estava incomodando como fizera nos últimos dezessete anos.
Como de costume Neville roncava em sua cama, Harry procurou por Rony, mas a cama do amigo estava estava vazia, o que indicava que o ruivo já estava saboreando um excelente café da manhã. Foi se arrastando até o banheiro e tomou um banho demorado, cada gota que caía em seu corpo queimava, era como se o torpor do sono estivesse se esvaindo no vapor da água quente.
Harry se vestiu rapidamente, pensou se acordaria Neville para descer ao salão principal com ele, mas resolveu deixar o amigo dormir mais um pouco, afinal eles haviam passado por um mau pedaço até aquele momento e todos necessitavam de um longo descanso.
Não havia ninguém no salão comunal, Harry passou belo retrato da mulher gorda, ouviu ela resmungar:
- Isso são horas de me acordar...*bocejo*... Oooh é o senhor... eu não tinha visto... me perdoe...

Harry achou cômica a cara de espanto do retrato ao falar com ele, e soltou um risinho quando ela voltou a treinar seus “cantos de ópera...” como sempre fazia.

Ao passar pelos corredores, o moreno podia ouvir os comentários, dos quadros, por que Hogwarts estava incrivelmente vazia... Mas se tinha outra coisa além da dor, de que Harry certamente estava acostumado, era ouvir murmúrios por onde passava. Pelo menos desta vez os comentários não o difamavam como o herdeiro de Soncerina, nem como o eleito...
Foi ao adentrar o salão principal, Harry se deu conta do que realmente tinha feito... Estavam todos em festa, o salão irrompeu em aplausos com a entrada dele. Os únicos que Harry percebeu não estarem participando da festa eram os Weasley... E não era de se imaginar que fosse diferente...
Hermione com um passo passado pelas costas de Rony, tentava convencê-lo, sem muito sucesso, a comer alguma coisa, Rony estava com a cara amarrada...
- Rony... Anda, come alguma coisa... Por favor... Ou serei obrigada a ir acordar o Harry?

- Está precisando de ajuda Hermione? - Diz Harry com a voz rouca.

Hermione pulou no pescoço de Harry, que acariciou os cabelos volumosos da amiga.
-Harry...
Em meio ao abraço Harry avistou a pessoa de quem ele mais sentira falta todo esse tempo... Gina estava lá, consolando uma Srª Weasley aos prantos que também se atirara no pescoço de Harry.
- Harry querido... O mundo mágico está te devendo essa ...Minha família está te devendo...
E ele deixou escapar algo que estava engasgado pela garganta à algum tempo:
- Me desculpem... Todos vocês... Por todas as mortes que houveram... Mas é que mesmo se eu não estivesse aqui ... Ele viria de um jeito ou de outro...

Minerva Mc Gonagall adentrou o salão principal, com um sorriso que Harry raramente vira naquela mulher que exalava tanta firmeza.

- Harry... Não ouse pedir desculpas... Você salvou a vida de todos nós...

Harry seguiu seu impulso e deu um abraço na diretora... A mulher apenas corou, e afagou sorridente, os cabelos desalinhados daquele que um dia fora seu aluno.

- Teus pais ficariam orgulhosos... Você Harry é bem filho deles...
- Eu sei professora... Eu sei que ficariam...
Ele vira seus pais agora que analisava bem... Ele conversou com seus pais... com Sirius, Lupin... A falta que estes entes queridos fazia se abateu em Harry, mesmo este sendo forte, uma lágrima caiu de leve em seu rosto... Por que as pessoas de quem ele gostava tinham essa horrível tendência a morrer? Mas era faria de tudo para proteger quem lhe restava, mesmo que a maior ameaça já tenha ido embora...
Harry ao se afastar de McGonagall, vê um tufo de cabelos vermelhos se aproximando dele, Gina Weasley passou seu braço pelas costas de Harry, tinha um impulso... Ah... Como ela queria...Beijar aquela boca... Sentir aquele corpo que a tanto tempo ela não tocava...E o melhor... Sem a ameaça Voldmort rondando a cabeça do amado...

Harry estremeceu ao sentir as mãos de Gina, como ela fazia falta também... Mas o que era aquilo...
- Gina, agora não, por favor... – disse Harry afastando-se de Gina.
- Harry.. Mas você me prometeu... Depois que a guerra acabasse... - Gina estava tão vermelha quanto seus cabelos.
- Agora não é momento...
- Então quando vai ser?...- E a ruiva desatou no choro, Rony vinha ao encontro da irmã caçula.
Gina saiu em direção a torre da grifinória sem olhar na cara do irmão, Rony encarou Harry por um momento.

- Essas mulheres... Não entendem nossos sentimentos... – Disse Ron dando uma palmadinha nas costas do amigo.
- E dês de quando você entende de sentimentos em Rony Wealey? – Era Hermione que aparecia atrás o ruivo.
A relação dos dois estava bastante tensa desde que a guerra havia acabado, Rony (como sempre sofrendo dos nervos...), estava sendo demasiado frio com Hermione após o termino da guerra, só tinha cabeça para a morte do irmão, apesar de fazer jogo duro e não demonstrar o que estava sentindo... Todos sabiam que estava sendo um momento um bocado difícil.
Ao ouvir a implicância dos amigos, Harry soltou um riso, a amizade que existia entre eles trazia consigo uma paz... Paz essa que acalma qualquer sentimento ruim, semelhante ao canto da fênix.
A felicidade finalmente viria, e as muitas feridas que medi-bruxo algum consegue curar, essas feridas se cicatrizariam com o passar do tempo e deixariam de existir.

N/A Obrigada mesmo a todos que comentaram até aki
beijos

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