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Eu estava na aula de adivinhação. Quer dizer, meu corpo estava na aula de adivinhação, mas minha mente estava bem longe dali, apenas vagando sem rumo. Eu estava com o livro aberto na página cento e alguma coisa como a professora havia pedido, eu acho, só que estava com o livro tapando minha cara para que a professora não percebesse que eu já estava dormindo.
De repente eu comecei a sentir um cheiro de flores. E não eram flores quaisquer, eram gérberas, eu conhecia bem o cheiro característico, eram as preferidas de minha mãe. E então um vermelho intenso dominou a minha mente. Era algo vermelho, eu sabia disso, mas não conseguia distinguir o que era. Então comecei a ver algo líquido escorrendo no ar, e então pude distinguir que era sangue. Mas então logo se transformou em fogo. E então se transformou.... na Weasley!
- Draco, acorda!!!! – de repente eu abri os olhos e pude ver que era Zabini que me chamava – Dormiu na aula de novo? – perguntou sorrindo.
- Pra variar – eu respondi com indiferença pegando meu material e saindo da sala, pois o sinal havia acabado de tocar.
Fui para o Salão Principal almoçar, e durante toda a refeição não vi nem sinal da Weasley. O almoço acabou e eu fui para as minhas aulas da tarde, e durante o resto do dia não a vi.
Então chegou a hora do jantar. Estava distraído, começando a me servir da única coisa boa que aquela escola tinha, a comida, e então a vi entrar com as amigas escandalosas. Só que ela sentou de costas para mim na mesa da Grifinória e do lado do Potter cicatriz, e aquilo me fez ficar fulo da vida!
Quando o jantar já havia acabado eu me levantei e comecei a caminhar em direção à cozinha. Eu ainda não acreditava que a minha detenção era ajudar os elfos! Cheguei e fiz cócegas na maldita pêra, o que a meu ver era uma coisa muito ridícula.
Entrei e todas aquelas criaturas minúsculas e imundas vieram ao meu encontro perguntando o que eu queria que eles fizessem por mim. Eu juro, eu tentei me controlar, mas não deu, então eu gritei:
- Desgrudem de mim, AGORA!!!
E funcionou, mas eles não pareciam ofendidos, continuaram fazendo a mesma coisa só que com certa distância. Então a porta por onde eu tinha entrado se abriu e por ela entrou o Zabini.
- Vejo que já chegou, Draco – ele me disse, sorrindo, fazendo o pouco de paciência que eu tinha se evaporar pouco a pouco.
- Não, Zabini, isso aqui é o meu espectro.
- Que ignorância. Tudo isso é por que viu a Weasleyzinha com o Potter?
O que se seguiu foi bárbaro. Eu peguei a minha varinha de dentro da capa com toda a velocidade que tinha, e lancei o primeiro feitiço que me veio à mente, fazendo Zabini cair com as pernas presas no chão. Então ele me paralisou e eu lancei um feitiço não-verbal para que ele ficasse no mesmo estado que eu.
Não havíamos percebido, mas já havíamos derrubado boa parte da cozinha e estávamos fazendo um enorme barulho, quando de repente a Minerva entra na sala acompanhada por um dos elfos que eu reconheci por ser o Dobby, e nos desparalisou.
- Vocês deviam se envergonhar! Se comportando pior do que crianças! Arrumem essa bagunça agora e eu estarei esperando vocês na minha sala em dez minutos. – E saiu da cozinha, fula da vida como eu nunca havia a visto.
Entreolhamos-nos com vontade de rir, esquecendo tudo o que havia acabado de acontecer, o que era muito comum na nossa “amizade”, e então saímos da cozinha deixando a bagunça para os elfos limparem.
Quando chegamos à sala dela batemos na porta e entramos, e então pude perceber que além da Minerva tinham mais três pessoas naquela sala: Granger, mini-Granger e a Weasley.
- Devido aos fatos ocorridos hoje – Ela começou olhando para mim e para o Zabini – Serei obrigada a fazer umas mudanças na detenção de vocês. Senhorita Granger, você continuará a corrigir provas comigo. Agora Senhorita O’Conner você passará a fazer sua detenção com o senhor Zabini, e a senhorita Weasley com o senhor Malfoy.
A reação que a Weasley e a mini-Granger tiveram foi hilária. As duas pularam da cadeira juntas e gritaram NÃO. Então a Minerva ficou olhando para elas como se fossem loucas que fugiram do sanatório.
- Mcgonall, porque essa mudança? – a Granger perguntou enquanto as loucas voltavam a se sentar.
- Deixar os senhores Zabini e Malfoy juntos numa detenção é a mesma coisa que pedir que eles destruam o que ainda não destruíram nesse castelo.
- Mas Mcgonall, eles não podem fazer detenção sozinhos então? – a Weasley perguntou – Olha para essa escrivaninha – ela continuou – São muitas provas para apenas você e a Hermione corrigirem, ficarão exaustas!
- Não se preocupe, querida – disse sem perceber que a Weasley estava apenas querendo se safar de ter uma detenção comigo – Eu corrijo provas desde os meus vinte anos, estou acostumada.
- É, desde os seus vinte anos realmente faz muito tempo – eu pensei, mas acho que acabei verbalizando isso, porque ela virou-se para mim e perguntou:
- O que disse, senhor Malfoy?
- Nada. – Respondi fazendo minha melhor cara de inocente. Acho que ela não acreditou, mas deixou passar.
- Pois bem. Agora vocês quatro passaram a limpar banheiros. Zabini e O’Conner, vocês ficam com as alas Norte e Oeste; Malfoy e Weasley alas Leste e Sul. Podem começar, é só pegas os materiais com o senhor Filch. E estão liberados à meia noite.
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Quando ouvi que ia ter detenção com o Malfoy eu simplesmente gelei. As coisas já estavam difíceis para mim com ele “longe” imagina então com ele tão perto! Tentei consertas as coisas, mas parece que Mcgonall não havia percebido meu desespero.
E agora estavam eu, Pah, Malfoy e Zabini caminhando, calados, para a sala do Filch.
Chegamos à sala e pegamos as coisas para a limpeza. Eu não suportava ver aquele sorriso de felicidade no Filch de cada vez que um aluno se ferrava, ainda mais se o aluno era eu!
Dei um abraço na Pah e disse para que só ela ouvisse: - Boa-sorte
Então ela abriu um pequeno sorriso e me respondeu com um igualmente.
Saímos os quatro da sala em silêncio, e quando viramos o corredor eu e o Malfoy fomos para a direita, e a Pah e o Zabini foram para a esquerda.
Eu estava andando na frente dele em silêncio, então virei do nada para ele e disse apontando um dedo na direção do seu rosto:
- Fique longe de mim durante o tempo que permanecermos juntos.
Então de todas as reações que eu poderia imaginar ele teve a mais inesperada. Ele segurou a minha mão e a colocou atrás das minhas costas, e chegou muito perto de mim.
- Acredite Weasley, eu já estou longe de onde eu realmente gostaria de estar. – Fiquei atônita com sua audácia, e ele pareceu perceber, pois abriu um de seus sorrisos sarcásticos. Então me aproximei mais ainda, fazendo nossos narizes roçarem, e disse:
- Então é melhor continuar assim – Me soltei e continuei andando para os banheiros.
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Quando chegamos ao primeiro banheiro a Weasley entrou primeiro, colocou suas coisas num canto e começou a limpar as pias.
- Os vasos são todos seus, Malfoy – ela me disse, sorrindo. Acho que ela estava achando realmente engraçado ver um Malfoy prestes a limpar algo.
- Por que eu tenho que ficar com os vasos? – eu perguntei enojado olhando para eles, pareciam mais que haviam vomitado ali.
- Porque eu só estou aqui por sua causa – ela respondeu e eu cheguei a conclusão de que ela estava certa, mas nem por isso eu limparia os vasos. Eu já estava ali sem reclamar pra ver se aproveitava a situação, mas limpar vasos já era demais!
- Eu não vou limpar esses vasos – eu respondi ainda olhando para eles, enojado.
- Então limpe o chão, Malfoy – ela respondeu irritada.
Eu comecei a limpar o chão. Se bem que o que eu fazia não podia muito bem ser chamado de limpeza. Eu simplesmente passava aquele negócio trouxa e de trouxas pra lá e pra cá.
- Malfoy, limpa isso direito – ela disse quando percebeu que eu não estava realmente limpando.
- Ah, qual é Weasley? Eu sei que você está com tanta vontade de fazer isso quanto eu! – Eu respondi arregaçando as mangas de minha camisa, pois mesmo que eu não estivesse fazendo tanto esforço o pouco que eu estava fazendo me fazia ficar com calor.
- Tudo bem, então vamos para o outro banheiro – ela respondeu quando havia terminado as pias e nós fomos para o banheiro ao lado.
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Dessa vez eu fiquei com o chão e ele com as pias, e ele continuou fingindo que limpava. Eu comecei a sentir calor então amarrei meu cabelo em um coque frouxo, levantei as mangas da camisa e abri os dois primeiros botões.
Então eu percebi que ele me observava pelo reflexo do espelho, e para provocar um pouquinho me virei um pouco, fingindo que não notei que ele me olhava, de modo que ele olhava agora para o meu colo.
Pude perceber um de seus sorrisos desdenhosos surgirem e então ele começou a cantar uma música.

“Eu quero, mas não consigo evitar
Eu amo essa sensação
Ela me deixou preso entre minha fantasia e o que é
real
Eu preciso disso quando quero, eu quero quando não
preciso
Digo para mim mesmo que eu pararei todo dia, sabendo
que não vou parar”

Fiquei estática quando ouvi a letra da música. Sim, eu havia entendido o recado, ele estava querendo jogar, e eu aceitaria numa boa. Mas ele não ganharia.
Levantei minha cabeça na direção do espelho e quando ele percebeu isso se virou em minha direção e continuou a cantar.

“Eu tenho um problema e não sei o que fazer a respeito
Mesmo se soubesse, eu não sei se fugiria dele, mas
Eu duvido
Sou arrebatado só de pensar e eu sei que é verdade
Querida, você se tornou meu vício
Eu estou tão viciado em você
Querida, mas eu gosto disso”

Eu admitia para mim que a voz rouca dele causava um efeito em mim, mas não admitiria jamais a vontade louca que me deu de beijá-lo.
Então ele desencostou da pia e veio até mim. Estendeu a mão, a qual automaticamente eu aceitei e me puxou para cima.

“E é tudo por sua causa
E é tudo por...
Nunca desistirei
Ela tem o toque mais doce”

Ele enlaçou minha cintura e foi me empurrando devagar na direção da parede, seus olhos percorriam dos meus olhos a minha boca, enquanto os meus faziam o mesmo caminho em seu rosto. Até que eu senti o contato da parede gelada com as minhas costas.

“Penso nisso cada segundo
Estou pensando nisso, mas
Minha preocupação é a próxima vez que eu conseguirei
mais
Sei que deveria ficar longe, porque ela não me faz
bem
Eu tentei e tentei, mas minha obsessão não me deixa
partir”

Nós já estávamos muito juntos, com os corpos grudados e a boca indo para este caminho também. Quando seus lábios estavam para roçar no meu eu virei meu rosto, que estava escarlate e quente, na direção da parede.

“Eu tenho um problema e não sei o que fazer a respeito
Mesmo se soubesse, eu não sei se fugiria dele, mas
Eu duvido
Sou arrebatado só de pensar e eu sei que é verdade
Querida, você se tornou meu vício
Eu estou tão viciado em você
Querida, mas eu gosto disso”

- Chega por hoje, Malfoy. – eu disse empurrando-o de leve, mas ele não se mexeu.
- Você vai ver Weasley, você vai ter um sonho inesquecível comigo e vai se arrepender por estar me dizendo isso – ele me disse com um notável mau-humor.
- Pode ser, mas por enquanto eu não estou arrependida – eu respondi e me desvencilhei dos seus braços. Peguei as coisas da limpeza e sai do banheiro. Deixei-as na sala do Filch e fui para o meu dormitório.

“Sem dúvida, tão viciado
Em você, em você
Por sua causa
E é tudo por sua causa
Nunca desistirei
Ela tem o toque mais doce
Ela tem o toque mais doce”

P.S.: Eu consegui!!!! Nem demorei taaaanto para postar =D hsuahusahua. Bem, só queria dizer que eu não gostei muito do final desse capítulo, mas como eu queria mais clima entre eles foi tudo que eu consegui. Beijos e, por favor, comentem.

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