Amigos a parte



O olhar de Harry Potter percorreu o salão lotado, enquanto ele sorria para as pessoas que poderiam ou não ser seus parentes. No grande ambiente ornamentado com sofisticação, os parentes riam e conversavam animados, querendo saber as novidades e, claro, quem no momento saía com quem.

Harry exalou um suspiro de enfado. Depois que as bodas propriamente ditas terminaram no altar da igreja, sob a bênção do padre, todos agora lá estavam reunidos para a recepção, onde os garçons já tinham começado a servir os canapés e champanhe em longas taças de cristal.

Casamento era sempre a mesma coisa, pensou ele, entediado. A noiva, bela e radiante, toda de branco, e o noivo, sempre de preto, figura apagada a seu lado. Bem, essa era a opinião de um solteirão inveterado como Harry.

Se não fosse a recepção do enlace de sua irmãzinha querida, teria achado alguma desculpa para desaparecer dali. Mas era, e não queria ferir os sentimentos de Luna, uma vez que sua vida dependia...

O olhar dele atravessou uma repentina abertura naquele mar de gente, e uma linda mulher surgiu. Parecia uma deusa.

De súbito, o momento passou a ser interessante, pensou Harry. Nenhuma jovem ali era tão bela, ou tão tentadora.

A luz opaca por sobre as cabeças da multidão conferia um suave brilho às feições dela, fazendo-a parecer etérea, como se tivesse descido das nuvens para deixar os meros mortais compartilhar de sua perfeição. Uma beleza única, que ele nunca vira antes.

Seu coração disparou. Harry já vira muitas mulheres bonitas antes, mas seu ritmo cardíaco não disparava com freqüência. Por que a visão dela provocara essa reação?

Mesmo de longe, podia distinguir muito bem os delicados traços femininos e os cachos de cabelos castanhos que acariciavam-lhe a face com sensualidade.

Quando ela se movimentou, a fenda lateral de seu vestido se abriu, revelando uma perna longa e delgada.

- Está pronto para pular a janela mais próxima e sair correndo pela rua, gritando? - perguntou Luna, sempre brincalhona, quando veio para o lado do irmão.

Os devaneios lascivos que se formavam na mente de Harry cessaram de imediato. Quando encarou sua irmã, tinha todas as reflexões pecaminosas refreadas.

- Eu não grito, minha querida.

- Parabéns! – Tia Minerva vinha na direção deles. – Que belíssimo casamento! Mas eu queria cumprimentar o noivo... – ela observava o salão.

- Ele está trocando o smoking por algo mais informal e confortável para a viagem, titia, e estará aqui logo, logo.

- Oh! Lá está Pansy! Vocês acham que ela fez alguma coisa no rosto? Uma plástica, talvez? – com um adeus apressado, correu até a outra mulher.

- Será que seremos assim, desse jeito, quando chegarmos à idade dela? – Harry meneou a cabeça.

Luna sorriu para ele. Então ela passou as mãos sobre a blusa de seu traje de viagem.

- Agora, o que estávamos mesmo conversando quando fomos interrompidos por Tia Minerva? – Indagou a noiva, de bom humor. – Ah! Sim! O fato de que você não grita! Se bem me recordo, gritou bem alto naquela tarde em que tomei emprestada a sua raquete de tênis. Metade da vizinhança o ouviu gritando. Lembra-se de que a Sra. Figg chamou a polícia? Ela achou que um assaltante tivesse entrado em nossa casa.

Harry deu risada.

- Aquilo foi diferente. Você usou a raquete para esmagar as uvas de mamãe. E eu acho que é permitido à um menino de doze anos um grito ocasional.

- Disse para mim que foi essa a razão pela qual perdeu o campeonato. Você odiava perder, naquela ocasião, quase tanto quanto odeia agora.

- Não é verdade. – Harry arqueou as sobrancelhas grossas. - Não deveria ter usado a minha raquete da sorte, Luna. O que pretendia? Você nunca admitiu nada até hoje.

Luna enrubesceu.

- Estava fazendo vinho. Tinha assistido à um velho filme na televisão sobre uma freira e decidi me converter ao catolicismo.

- E precisava de álcool para ficar religiosa?

- O vinho era para o sacramento da comunhão. – Empinou o queixo com desdém e mudou de assunto:- Vamos, conte-me, para o que você olhava com tanta atenção quando eu cheguei? Fez-me recordar uma pessoa em pleno regime com o nariz grudado na vitrine de uma confeitaria.

Harry não respondeu

Luna continuou, estalando os dedos:

- Já sei! Localizou uma fêmea! O gato se deparou com uma bela gatinha e estava ajeitando os bigodes. Eu deveria ter adivinhado. De quem é o coração que irá despedaçar dessa vez?

- Não despedaço corações, mocinha! Apenas entro nos relacionamentos com honestidade e deixo bem-entendido, pois sou bem explicito, que não procuro por casamento. Aceite quem quiser.

- Mesmo assim, você sempre as faz sofrer. Diga-me quem é a vitima da vez?

- A jovem dama que prendeu meu olhar está ali. – Harry indicou, com um gesto discreto, a mulher de sua fantasia. – Por favor, diga-me que não somos parentes dela, Luna.

Descobrir que a estranha que estivera cobiçando fazia parte da família poderia relegá-lo a noites de duchas frias e pesadelos apavorantes por pelo menos um mês.

Luna examinou a multidão.

Ele parecia tão aflito...

- Cabelos castanhos. Vestido vermelho.

- Kátia? – Luna fez que não. – Não teria essa oportunidade, Harry. Ela não é demais para você.

Harry sorriu com ar de superioridade.

- Quer apostar, minha querida irmã?

Ele ainda não encontrara uma única mulher que não pudesse seduzir e convencer a compartilhar sua cama. Tudo por mútuo consentimento, lógico, e com muita sedução. Sem força bruta de maneira alguma.

- Sabe que eu nunca aposta, mas deveria. Duvido que ela o tenha perdoado por arrancar as cabeças de suas bonecas.

- Aquela é Kátia? Nossa prima?!

Um gosto amargo de remorso encheu a boca de Harry. Olhou para a multidão mais uma vez, mas não localizou aquela com quem estivera fantasiando.

Luna gargalhou.

- Duvido que Kátia venha a perdoá-lo.

- Foi por acaso um crime de guerra? Espiões capturaram soldados nacionais? Diga-me uma coisa, ela não era um tanto...

- Gordinha? Sim, ela perdeu muito peso. E aquele é seu marido.

O grupo se dissipou um pouco, e Harry teve uma clara visão da jovem de novo.

- Desculpe-me, Luna. Não vejo homem algum ao lado dela.

A irmã apontou para o homem em questão.

- O rapaz baixo, de óculos. Bem ao lado de Kátia.

- Não, não é aquela a moça de quem estou falando. – Colocando as mãos nos ombros da irmã, ele a direcionou de leve para a esquerda. – Refiro–me àquela castanha de vestido vermelho.

Luna meneou a cabeça.

- Ai, ai... Afaste-se dela.

Harry sorriu, contente.

- Bem, pelo menos dessa não somos parentes.

- Sim, somos!

A expressão de sua irmã era, sem dúvida, de pura culpa. Nunca soubera mentir.

- Não se incomoda se eu for até ela e me apresentar? Afinal de contas, se somos parentes, que mal pode haver em nos conhecermos melhor?

- Sim, eu me incomodo, e muito. Você não pode fazer isso. – Agarrou o braço de Harry quando ele a ignorou e começou a caminhar.

- Irei falar com ela, a menos que você me diga qual é o problema – ele provocou.

Luna respirou fundo.

- É amiga intima de Rony.

- Hermione? Aquela da qual você já me falou? Rica... possui seu próprio negócio?

- Ela mesma. E não é apenas uma empresa própria, é mais como uma cadeia de negócios. Hermione também é a melhor amiga de meu marido. Eles se conhecem desde o ginásio. Se você a magoar, Rony jamais o perdoará, ou a mim. Como um presente de casamento, prometa-me que não fará nada para destruir a amizade de Hermione e Rony. Por favor...

Harry analisava Hermione. Mulheres o fascinavam. Amava tudo nelas. A maneira como se moviam com graça. O perfume e o riso. O sorriso tímido e sedutor. Acima de tudo, a maneira como os olhos delas faiscavam.

- Harry? Por favor, você precisa me prometer!

Ele olhou para a irmã. Naquele momento, Luna o fitava daquele jeitinho que o desarmava, obrigando-o a fazer qualquer coisa que pedisse.

- Tudo bem, você venceu. Como sempre.

Ela sorriu de leve, mas parecia preocupada.

- Ótimo, mas tem de jurar. Prometer apenas não basta.

Harry enganchou o dedo mínimo ao dela.

- Jure, Harry.

Luna ficou quieta, e não sairia dali até que o irmão jurasse.

- Tudo bem, eu juro.

- Dê-me sua palavra de que jamais irá flertar com Hermione.

- Eu nem mesmo chegarei perto dela.

Os ombros de Luna relaxaram, e a expressão amenizou-se.

- Obrigada. Agora dance comigo, irmãozinho. Nós não estivemos na pista de dança sequer uma vez.

Harry consultou o seu relógio de pulso, que mostrou quase nove horas.

- Vocês não deverão estar no aeroporto às dez e trinta?

- Sempre haverá tempo para uma dança com meu irmão querido – disse ela com os olhos brilhantes de amor, no mesmo instante em que agarrou o braço dele.

- Sendo assim, como posso recusar?

Harry permitiu que Luna o conduzisse à pista. Antes que se juntassem aos outros casais entregou-lhe um chaveiro.

- Aqui está a chave de meu apartamento, Harry. É melhor que você pegue isto antes que eu esqueça. Mas prometa que não dará nenhuma festa maluca por lá.

- De onde tirou essa idéia, Luna? Não costumo dar festas malucas. Além do mais, estarei trabalhando, você sabe. E a casa não é mais só sua. Está casada, esqueceu? – Olhou para a chave antes de enfiá-la no bolso. – Deve ter avisado isso a Rony, não é? Ele sabe que ficarei hospedado lá por uma semana?

- Você sempre se hospedou em meu apartamento, amor. E Rony me ama. Portanto, não se importará. Além do mais, estaremos em lua-de-mel.

- De qualquer modo, acho que você deveria ter conversado com o seu marido a respeito disso. Não gosto da idéia de ir para a casa de vocês sem o consentimento dele.

- Fique tranqüilo. Ele não fará nenhuma objeção. Acontece apenas que acabei me esquecendo de falar com ele sobre esse assunto. Porém, juro que mais tarde explicarei tudo a Rony, está bem? – Acariciou-lhe de leve os cabelos. – Apenas esteja certo de que manterá aquele compromisso. Tive de desatar muitos nós para estabelecê-lo.

- Pode deixar. Não tenho condições de perdê-lo. Estou jogando o meu futuro nesse programa de computação.

Luna apertou o braço dele, e começaram a se mover ao ritmo de uma canção lenta.

- Você se sairá muito bem, Harry. E que melhor lugar para jogar do que em Las Vegas.

***
- Rony!

O amigo de Hermione virou-se, com um sorriso acolhedor.

- Eu estava começando a imaginar se o veria antes que saísse para a sua lua-de-mel.

Ele a abraçou forte por um momento.

- Não vai chorar, vai, Hermione? Não no dia mais feliz de minha vida.

- Estou tão contente por você, meu amigo! E gosto muito de Luna, também. Fez uma ótima escolha, Rony. Parabéns.

- Obrigado, Hermione. Concordo que escolhi a melhor garota. Para ser sincero, nunca pensei que me apaixonaria... E então, por acaso, ela surgiu em meu caminho. Por Deus, em a amo tanto que chega a doer!

- Fico satisfeita por ouvir isso. – de repente, Hermione franziu as sobrancelhas. – Mas vi um homem muito sexy todo embasbacado por Luna minutos atrás. Bonita como é a sua esposa, você tem de ficar alerta. Sabe como é, um buquê de rosas, jantares românticos à luz de velas, presentes especiais... Essa espécie de coisa.

Rony arqueou a sobrancelha.

- Você e minha mulher não estiveram conspirando contra mim, estiveram?

- Nós?! – A expressão dela descontraiu-se, e ela riu a valer. – Não, mas havia mesmo um homem com Luna ainda há pouco. Deve ser algum parente. Eu estava esperando por uma apresentação. – Sorriu, travessa.

- Mostre-o para mim. É o mínimo que posso fazer, uma vez que você está me surpreendendo com essa conversa.

Hermione observou o ambiente. Suas feições ficaram rígidas. Os dois estavam ali um minuto atrás. O cavalheiro em seu smoking impecável era a melhor coisa que vira nos últimos anos. Cabelos escuros, feições másculas e fortes, e sem dúvidas marcantes. E o smoking caía-lhe como uma luva, tornando-o mais sensual ainda.

- Não me diga que você já perdeu a sua esposa. – Disse um senhor de idade, um tanto embriagado.

O sorriso de Rony não conseguiu disfarçar a irritação.

- Luna está mudando de roupa para a nossa viagem de lua-de-mel, daqui a pouco.

- Engraçado, mas vi sua jovem esposa ser conduzida para o tablado de dança um minuto atrás por um moço que parecia muitíssimo interessado nela.

- Obrigado pela informação. – Rony se controlava para não agredir o atrevido. – E você pode experimentar o café que está sendo servido ao lado do bar – acrescentou com cinismo.

Segurou Hermione pelo braço e a conduziu para longe.

- É algum familiar seu?

- Um tio distante...

Nem bem Rony se livrou do tio embriagado e apareceu-lhe pela frente uma senhora idosa com voz chorosa:

- Estou tão nervosa, Rony! Como vou fazer para pegar um táxi para me levar embora para casa, uma vez que é você que sempre faz isso e não estará aqui?

- Não se preocupe Tia Sprout. Há seguranças na porta que a ajudarão a encontrar condução.

- Mas, Rony, você se esquece de que não tenho idade para pegar qualquer táxi? E se me seqüestrarem? Oh! Adeus então, sobrinho querido. Seja muito feliz. – Deu um beijo no rosto de Rony e se afastou.

- Perdoe-me, Hermione, mas minhas tias me tiram do sério. Imagine você que Tia Minerva teve a infeliz idéia de perguntar a Luna se ela estava se casando grávida, porque achou que o vestido de noiva não disfarçava uma sutil barriguinha. Ainda bem que Luna não levou em consideração.

-Não há por que se desculpar, Rony. – Sorriu. – Pessoas de idade de um modo geral portam-se assim com o passar dos anos. Ah, lá está ele! Aquele a quem quero ser apresentada... – Um formigamento subiu-lhe pela espinha. Ela encarou Rony. – Dançando com sua mulher...

Rony arregalou os olhos.

- Aquele? Não acredito! Hermione, é incrível como você sempre tem uma aptidão para escolher o pior homem para namorar. É de fato inacreditável. No meio de todos os rapazes aqui, como é possível que focalizasse sua atenção justo nele? Seu radar foi quebrado quando nasceu?

- Muito engraçado... – Hermione fez uma pausa, admirando o homem bonito que dançava com Luna. – Admito que tive algumas experiências românticas desastrosas, mas...

- Algumas? Está sendo muito indulgente consigo mesma.

Ela deu de ombros.

- Tudo bem... Várias experiências. Mas venho mudando as minhas táticas. Decidi que agora só quero me divertir. Nada de relações amorosas emocionais. Apenas prazerosas, dessas que nos fazem transpirar.

Rony ergueu a mão.

- Basta menina! É mais informação do que preciso saber. E isso não dará certo.

- Tem algo contra sexo casual? Hum, deveria discutir isso com Luna antes que partam para em lua-de-mel. Não há nada ,ais gostoso do que sair para jantar num restaurante romântico à luz de velas e uma música suave ao fundo, beber um bom vinho em cálices de fino cristal, sair para a noite com um leve zumbido nos ouvidos e um pequeno estalido no cérebro, ir para a cama com o acompanhante, ter uma maravilhosa noite de amor, e no dia seguinte, “bom dia e adeus”. Nada de compromissos e perguntas do tipo: “Você me liga amanhã?”

- Eu não tenho problema, Hermione. É você que tem. Sempre acaba se envolvendo. E sempre, sem escapar uma única vez, sai machucada da história.

- Dessa vez tudo será diferente, eu asseguro. Acredite-me, meu amigo. Tudo o que eu quero é...

- Não.

Hermione observava o estranho dançando com Luna. Ela podia, com toda a facilidade, imaginar-se deitada nua em seus braços fortes.

- O que quer que esteja pensando ou querendo, minha amiga, esqueça. Aquele é o irmão de Luna. Harry, o maior conquistador de todos os tempos. Indigno de uma dama como você.

Ela o encarou, espantada.

- Então aquele é o mal-afamado solteirão?

Hermione ouvira histórias sobre ele narradas por Rony, e mesmo algumas por parte de Luna. Harry Potter amava as mulheres, e elas sucumbiam diante de seu poder arrebatador. Bastava que estalasse os dedos para que elas corressem em sua direção.

Examinou-o com olho crítico. Quando Harry sorriu, notou um ar de meninice nele, enquanto ao mesmo tempo uma aura de suave sofisticação o circundava. Sim, Hermione gostou do que viu.

Harry na certa saberia como agradar uma mulher. A simples possibilidade de ser envolvida naqueles braços viris fez a pulsação dela disparar e seu corpo inteiro se arrepiar, consciente da extraordinária atração que ele lhe causava.

Hermione queria o que lera nos livros, mas o dinheiro sempre interferia nos seus namoros. O fato de ser uma jovem muito bem-sucedida, e rica, punha os homens inseguros. Era como se eles começassem a sentir-se inadequados e decidissem que tinham que provar alguma coisa.

E na cama, costumavam tirar o melhor proveito, enquanto ela acabava sempre frustrada. Queria um companheiro que não se importasse com nada, exceto fazer amor intenso a noite inteira.

- Harry partirá logo após a recepção. – A afirmação de Rony rompeu-lhe as conjecturas.

O coração dela bateu mais forte.

- Está brincando!

- Não, eu falo sério.

- Não é justo! – Hermione fez um biquinho, como uma menina triste.

- De qualquer forma, estará trabalhando, meu bem. – Ele a encarou. – Tem certeza de que quer decorar o apartamento de Luna com as próprias mãos, embora tenha uma equipe inteira trabalhando para você? Não iria ferir meus sentimentos se delegasse a tarefa para alguém mais, Hermione. Sei o quanto está ocupada com suas lojas.

Ela afastou o olhar de Harry e o fixou em Rony, enlaçando o braço dele.

- Já ponderei muito, Rony. E de jeito nenhum confiaria esse trabalho a outras pessoa. Você significa muitíssimo para mim, e sabe disso, não é, meu querido e velho amigo?

- Bem, sendo assim é melhor dar-lhe a chave do apartamento antes que eu esqueça. Acha que Luna desconfia de algo?

- Claro que não! Será uma total surpresa para ela.

- Ótimo! Minha mulher adora surpresas.

- Eu também.






N.A.: Primeiro capítulo postado!!!!! Espero que gostem... Eu decidi que a minha primeira fic seria uma adaptação e depois eu inventaria uma. Ando com as idéias a mil!!!! Até a próxima!!!!

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